11 de janeiro de 2009

UM EXEMPLO DE FÉ E DE HUMILDADE

Leia Josué 3:1-17

Imagine que sua família passa por sérios problemas. Você está atravessando dificuldades financeiras tão gigantescas que não sabe como sobreviverá economicamente. Você pode perder sua casa, seu emprego e sua reputação. De fato, o problema é tão grave que seu maior medo é perder até a família.
Daí... Deus fala diretamente com você numa voz audível! Diz que vai exaltar você na presença de toda a sua família. Fará um grande milagre e você liderará sua família, afastando-os da terrível crise. Depois, Deus lhe revela o resultado do livramento de sua família, mostrando como todos que testemunharam o milagre passaram a considerá-lo um grande herói.

Depois Deus lhe diz para transmitir à sua família o que ele acabou de lhe revelar. O que você faria? Obviamente pensaria em transmitir tudo o que Deus falou — inclusive a afirmação deque ia exaltá-lo! Afinal, foi o que ele disse. Espera-se que você diga à sua família o que Deus lhe falou!

Agora, multiplique esta fantasia por mil, substituindo seu nome pelo de “Josué” e o de sua “família” por todo o povo de Israel. Entretanto, não pense que se trata de fantasia, pois é realidade. Neste capítulo veremos o que Josué fez quando surgiu a oportunidade de se exaltar, baseando-se numa mensagem direta de Deus.
Sua resposta foi impressionante.

O RETORNO DOS DOIS ESPIÕES!

Quando os dois espiões enviados por Josué retornaram de Jericó, estavam entusiasmados com a perspectiva da entrada na terra de Canaã. Do ponto de vista humano, Josué deve ter respirado aliviado quando leu o relatório — “Certamente o Senhor nos deu toda esta terra nas nossas mãos, e todos os seus moradores estão desmaiados diante de nós” (Js 2:24).

Uma confirmação

Deus já tinha garantido a Josué que a terra era deles (1:2-4). E Josué creu no que Deus dissera (vv. 10,11). No entanto, o relatório auspicioso dos dois espiões acrescentou um toque de realidade que fortaleceu sua fé. Deus sabia da necessidade do seu servo. Embora tivesse deixado bem claro que a vitória já estava garantida, desde que aceitassem as condições, o Senhor permitiu que Josué acumulasse algumas evidências militares, a fim de que o ajudassem a acreditar em sua promessa e poder comunicá-la com mais confiança à nação.

Um rio caudaloso

Entretanto, o grande teste da fé de Josué ainda estava por vir (3:1-6). Embora os cananeus que viviam do outro lado do Jordão parecessem um obstáculo, os filhos de Israel tinham diante de si um rio de águas turbulentas que os separava da terra.
Com ou sem espiões, este problema parecia tão grande quanto o que Moisés enfrentou quando chegou com o povo às margens do mar Vermelho, sem nenhum meio humano de atravessar para o outro lado. Como já vimos na história de Raabe, a fé verdadeira e as obras piedosas andam lado a lado. Assim foi na vida de Josué! Depois que recebeu o relatório dos espiões, ele não perdeu tempo. Levantou acampamento logo cedo e conduziu todo o povo para a margem do rio Jordão (veja mapa a seguir).




Uma nova geração

Você consegue imaginar o que se passava na mente dos filhos de Israel? Diante deles havia uma correnteza de água forte e larga. O rio Jordão tinha inundado suas ribanceiras, largo como um campo de futebol. A própria palavra “Jordão” significa “descida”. O rio tem uma inclinação de cerca de 330 metros em sua jornada do mar da Galiléia até o mar Morto. Embora tal inclinação já crie naturalmente uma correnteza forte, durante a estação das chuvas ela se torna ainda mais rápida. Não havia como os israelitas atravessarem com suas crianças, animais e bagagens.
Não havia pontes, nem lanchas e muito menos helicópteros — somente a forte correnteza.
A maioria dos israelitas que enfrentava aquela crise fazia parte de uma nova geração. Muitos não tinham testemunhado o milagre no mar Vermelho. Os poucos que tinham estado lá eram muito jovens na ocasião e não se lembravam. Por causa da desobediência, seus pais tinham morrido no deserto. Grande parte desta nova geração tinha apenas ouvido falar sobre o que Deus tinha feito. Suas mentes deviam estar envolvidas numa mistura de medo e expectativa. Deus repetiria o milagre?

Uma promessa sem especificações

Até aquele momento provavelmente Josué não sabia exatamente como Deus iria levá-los ao outro lado do Jordão. Enquanto marchava para adiante, com milhares de vidas sob sua responsabilidade, deve ter fortalecido sua coragem repetindo para si mesmo as palavras de Deus depois da morte de Moisés: “Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão” (Js 1:2).
Em termos humanos, Josué estava enfrentando o maior teste de sua vida: e se nada acontecesse? O que o povo faria? Como ficaria sua reputação como líder?

“Fé é a vitória?”

No entanto, a fé de Josué superou seus temores. Além disso, sua fé era contagiante. Os sacerdotes levitas lideraram o grupo, carregando a Arca da Aliança: uma pequena caixa, provavelmente de cerca de 1,5 m de comprimento, 75 cm de largura e 75 cm de altura. Era recoberta de ouro por dentro e por fora e continha as tábuas de pedra com os Dez Mandamentos e outros símbolos da liderança divina.

Quando o povo acampava, a Arca era colocada no Santo dos Santos, dentro do Tabernáculo (Ex 26:33). Agora estava sendo carregada adiante de Israel, quando o povo marchava em direção ao Jordão. Desde que a Arca representava a presença de Deus, os israelitas sentiam que o próprio Deus os estava liderando em direção à margem do rio. A profundidade da fé de Josué pode ser vista em sua afirmação confiante para o povo: “Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” (Js 3:5).

Aparentemente os detalhes ainda não tinham sido revelados, mas Josué cria que Deus daria instruções quando fosse necessário. Deus é fiel às suas promessas, e por isso foi exatamente o que fez!

OUTRA MENSAGEM DA PARTE DE DEUS

Logo no início de minha vida cristã, eu ficava confuso sobre a questão da fé. De alguma forma achava que fé envolvia um salto no escuro. “Se Deus diz, eu creio”, costumava repetir. Atualmente, continuo fazendo esta mesma afirmação, mas agora há uma diferença. Agora sei que não preciso me desculpar ou ficar na defensiva sobre fé em relação à Palavra de Deus revelada na Bíblia.
Agora entendo que Deus nunca pediu às pessoas para crerem em algo que não seja baseado na realidade ou em fatos substanciais. Quando ele pediu a Josué para ir ao rio Jordão e crer que as águas se abririam (Js 3:7,8), a fé de Josué baseava-se não somente na afirmação direta e pessoal de Deus, mas também na experiência anterior, que incluía um milagre similar, ocorrido no mar Vermelho.

A comunicação direta de Deus

Ë muito importante notar que a obra de fé de Josué não se baseava numa fé cega em algum pensamento subjetivo ou intuição. Era uma fé baseada em fatos. Deus falou, não por intermédio de uma voz interior ou experiência existencial, mas por meio de revelação direta. Josué ouviu (miraculosamente) a voz de Deus dizendo: “Vou levá-lo ao outro lado do Jordão”, assim como Deus confirmou sua presença a Israel em muitas ocasiões, sob a liderança de Moisés.

Deus estava mais uma vez falando diretamente a Josué, e no momento mais oportuno. Quando se aproximaram da forte correnteza, Deus disse: “Hoje, começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, como fui com Moisés, assim serei contigo” (v. 7).

Uma promessa específica — um significado específico

Quando Deus disse a Josué: “Como fui com Moisés, assim serei contigo” (1:5; 3:7), estava se referindo ao grande evento ocorrido muitos anos antes, quando Israel estava sendo perseguido pelo exército egípcio. O mar Vermelho estava adiante deles, e o inimigo se aproximava por trás em alta velocidade! Foi então — não antes que Deus disse a Moisés para estender seu cajado na direção do mar Vermelho. Toneladas de água se ergueram num montão e Israel passou em seco. Quando chegaram em segurança ao outro lado, Deus ordenou que Moisés levantasse novamente o cajado sobre o mar. A água voltou ao seu lugar e destruiu o exército egípcio.

Quando estas lembranças encheram a mente de Josué, ele entendeu claramente o significado da presente promessa. O poder de Deus estaria com ele assim como estivera com Moisés. Também compreendeu o significado das instruções específicas de Deus para os sacerdotes, para que andassem até a borda das águas do Jordão carregando a Arca e parassem aí para testemunharem outro milagre fantástico (3:8).

Para entender o que estava acontecendo, tente visualizar como era o rio Jordão na época da cheia. Em condições normais, o rio corria com um volume bem menor de água. No entanto, quando a neve começava a derreter nas montanhas ao norte, o Jordão inundava suas ribanceiras, atingindo locais que geralmente eram cobertos por vegetação. Quando os sacerdotes molharam seus pés na borda das águas naquele dia, provavelmente o Jordão estava no seu ponto máximo. (3:15).

O PORTA-VOZ DE DEUS

A Bíblia não registra muitas ocasiões em que Deus tenha falado diretamente com um grande número de pessoas. Geralmente ele falava com um indivíduo ou um pequeno grupo pessoas especialmente escolhidas para serem porta-vozes da mensagem divina. Naquele momento da história de Israel, Josué era o mensageiro de Deus para o povo (3:9-13).

A grande tentação dos homens

Depois que Deus falou diretamente com ele, note o que Josué disse ao povo: “Hoje vocês verão Deus me exaltar diante de vocês!”
Foi isso que Josué disse ao povo? É claro que não! Foi o que Deus disse a Josué, não o que Josué disse aos israelitas. Pelo contrário, ele disse: “Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós” (3:10).

Por direito, Josué poderia ter repetido exatamente o que Deus lhe dissera. No entanto, ele não fez isso. Não houve nenhum vestígio de orgulho ou de arrogância em sua atitude! Seu interesse era que Deus fosse exaltado e glorificado no que estava para acontecer. Pense, porém, na tentação que Josué tinha diante de si. Como teria sido fácil atrair as atenções para si e tentar construir sua reputação. Era uma excelente oportunidade de se exaltar diante do povo. O próprio Deus dissera especificamente que o exaltaria.
A área mais vulnerável dos homens

Josué, primeiramente por causa dos seus sentimentos de insegurança, era muito vulnerável a este tipo de tentação. Haja vista como ele se perturbou quando se deu conta de que o manto de Moisés recaíra sobre seus ombros. Ficou tão assustado que literalmente tremeu. Pessoas medrosas são suscetíveis ao orgulho. Muitas vezes têm uma reação exagerada a elogios e louvor. Pessoas inseguras em geral são mais vulneráveis à tentação da exaltação pessoal do que pessoas seguras.
Josué, porém, não respondeu com falsa humildade ou com orgulho. Tinha descoberto a segurança nas promessas que Deus lhe fizera. Foi capaz de transcender a tentação de autoglorificar-se. Deus honrou somente aquele que podia receber o mérito pelo milagre que estava para ocorrer.

Um homem em quem Deus podia confiar

A resposta de Josué foi admirável, especialmente em vista do fato de que ficara com medo e assustado diante da grande tarefa. Sua resposta, porém, mostra a principal razão por que Deus o escolheu em primeiro lugar. Deus sabia que podia confiar nele para aquele papel de liderança. Sabia que Josué podia lidar com a tentação que seduz todo indivíduo que é incumbido de grandes responsabilidades.
Entenda, contudo, que Deus usa os homens seus talentos, dons e habilidades. Josué era um líder que Deus podia usar. O Senhor já o provara muitas vezes. Josué era um estrategista brilhante. Enviou os espiões, pensava em todos os aspectos da questão e tinha boa comunicação com seus líderes.
No entanto, quando teve de dizer aos filhos de Israel sobre os planos de Deus, rejeitou completamente a oportunidade de se exaltar. Esta é uma extraordinária prova de maturidade espiritual!

ADIANTE!

O grande evento estava para acontecer! Em obediência e pela fé os sacerdotes entraram no rio (3:14-17). A forte correnteza parou e a água começou a retroceder todo o caminho de volta, até a cidade de Adão. Deve ter sido uma vista e tanto! Alguns eruditos acreditam que a cidade de Adão localizava-se a quase 50 km rio acima (veja mapa na p. 65).

O que você acha que os espiões cananeus pensaram, diante desse fenômeno inacreditável? Como você acha que se sentiram quando milhares de israelitas marcharam, atravessando o Jordão em terra seca? Lembre-se de que o milagre podia ser visto e ouvido a quilômetros de distância. Em poucas horas, todos os reis dos dois lados do rio sabiam do ocorrido.

Com este milagre, Deus não somente exaltou Josué aos olhos dos filhos de Israel, mas também reiterou seu poder e majestade ao mundo pagão, à humanidade perdida, aos homens, mulheres e crianças que ama. Seu desejo é que os homens se voltem para ele com fé e obediência. Estava dando aos habitantes de Canaã outra oportunidade de se arrependerem de seus pecados, abandonarem seus deuses de madeira e de pedra para adorarem o Deus vivo e verdadeiro.

Pessoalmente, creio que Deus salvaria cada habitante de Canaã que tivesse se voltado para ele pela fé como fez com Raabe. Advertir as pessoas sobre o juízo vindouro e depois abrandar quando se arrependem faz parte do caráter de Deus.

Um pregador rebelde

Veja o exemplo dos ninivitas. Deus encarregou Jonas de ir a Nínive e advertir seu povo de que seriam destruídos por causa das suas obras malignas. Jonas resistiu. Foi na direção oposta, mas finalmente — depois de tentar evitar a responsabilidade ele pregou a mensagem de perdição na grande cidade. Dentro de quarenta dias, Ninive seria destruída (Jn 3:4). Não houve alternativa em sua mensagem. O desastre era iminente.

Note, porém, que o povo de Nínive acatou a mensagem de Jonas. Todos se arrependeram vestindo-se com panos de saco e cinzas. “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (v. 10).

Como pode ser isso?

Pode ser difícil compreender como um Deus soberano, que declara que algo vai acontecer, possa mudar de idéia. No entanto, quando as pessoas se arrependem, Deus perdoa! A habilidade de retirar o castigo, quando nos voltamos para ele, é inerente à natureza divina.
Note que Deus estava enviando uma advertência após a outra aos cananeus. O castigo estava a caminho. Desde o mar Vermelho, com os milagres realizados no deserto, com os quarenta anos de julgamento sobre Israel e agora com a divisão das águas do rio Jordão, Deus estava dizendo: Arrependam-se! Abandonem seus caminhos perversos e seus falsos deuses e me adorem! Se não quiserem obedecer, o juízo está vindo.

Não tenha dúvida: os cananeus entenderam a mensagem. Lembra-se das palavras de Raabe aos dois espiões?

“Temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes. Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença... Josué 2:10,11

Um coração penitente

Raabe ouviu o Senhor. Abandonou seus pecados e os falsos deuses para adorar o Deus único e verdadeiro: “O Senhor, vosso Deus”, ela afirmou, “é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (v. 11). No entanto, a maioria esmagadora dos cananeus recusou-se a abandonar a idolatria. Se tivessem se arrependido, se tivessem ouvido a voz de Deus por intermédio de Israel, ele teria abrandado sua ira e, com um coração cheio de amor, recebido cada um deles na aliança de segurança e proteção. Jonas falou sobre isso:

[Eu] sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. Jonas 4:2

Esta, portanto, era a mensagem de Deus para os cananeus, quando seu povo caminhava atravessando o Jordão.

TORNANDO-SE UM HOMEM DE DEUS HOJE

Princípios de vida


Existem três lições dinâmicas que emergem deste estudo:

Princípio 1: Deus honra fé, mas ele não espera que seus filhos ajam com base na fé cega.

Freqüentemente os mestres da Bíblia enfatizam a importância da “fé”, quando ensinam sobre muitos desses personagens do Antigo Testamento. Certamente é verdade que a fé é o ponto principal em muitos desses relatos. Isso fica bem claro em Hebreus 11. Muitas vezes, porém, não enfatizamos que a fé deles baseava-se totalmente em fatos — na revelação direta de Deus e nas promessas que fez a estes seguidores fiéis. Isso pode ser visto na experiência de Josué, quando se aproximou do rio Jordão. Ele tinha grande fé, mas também tinha grandes evidências e informações concretas sobre as quais baseava a fé.
A armadilha da “experiência”

Atualmente muitos cristãos estão se desencaminhando por confiar em experiências e sentimentos, os quais, em alguns casos, estão em clara oposição à Palavra de Deus revelada. Essas experiências pseudocristãs podem nos levar a algumas armadilhas bem sutis, se não nos certificarmos de que nossos sentimentos e desejos (e até nossa fé) estão em harmonia com as Escrituras.

Interpretação apropriada da Bíblia

Também temos de nos certificar de que a promessa que reivindicamos é adequada para nós hoje. Por exemplo, Deus nunca nos prometeu que faria parar as águas do rio Jordão, ou de qualquer outro rio. Ele tinha um propósito especial em mente para Josué e os israelitas quando realizou aquele milagre para todos verem — inclusive os inimigos de Israel.

Por outro lado, Deus nos prometeu muitas coisas para nosso encorajamento. Por exemplo, prometeu que jamais nos deixaria ou nos abandonaria = (Hb 13:5; = Mt 28:20). Sua presença sempre estará conosco. Em outras palavras, nossa responsabilidade, como cristãos, é basearmos nossa fé nos ensinamentos diretos das Escrituras, destinados a todos os cristãos de todas as épocas. Isso significa que devemos ler nossa Bíblia atenta e devotamente, buscando conhecer a vontade divina para nossa vida.

Um “salto no escuro”

Outro equívoco cometido por alguns cristãos é dar aos de fora a impressão de que a fé cristã é um salto no escuro. Não é isso! A fé pode e deve ser baseada numa religião com uma mensagem confiável. Há mais evidências internas e externas de que a Bíblia é um livro confiável do que qualquer outro registro histórico. Esta afirmação pode surpreender alguns, mas é um fato. Baseia-se em evidências bem conhecidas entre aqueles que já fizeram uma comparação cuidadosa entre a narrativa bíblica e outros documentos históricos.

Crise pessoal de fé

Quando eu era um jovem cristão, fiquei muito desapontado, primeiramente porque tirei os olhos de Deus e comecei a olhar para os seres humanos três líderes cristãos em especial, que não conseguiam trabalhar juntos. Todos eles confidenciavam comigo sobre as fraquezas e os “pecados” dos outros. Infelizmente, não pude suportar esta experiência. Quase “perdi” minha própria fé.
No final, porém, aquela “crise de fé” acabou sendo a mais importante que tive em minha experiência cristã. Fez com que eu avaliasse com mais atenção a base da minha fé. Deus graciosamente me dirigiu para estudar com um grande erudito do Novo Testamento, o Dr. Merrili Tenney. Deus usou este homem para demonstrar que minha fé podia se basear num conjunto de obras literárias confiáveis e verificáveis. Ele também atravessara um período de dúvidas mas, em sua busca, descobriu o que me ensinou — que a Bíblia é um livro no qual podemos confiar! Nossa fé em Deus e no seu Filho Jesus Cristo não é um “salto no escuro”.
Princípio 2: Deus honra os cristãos que o honram.

Talvez a lição mais tocante que emana desta história do Antigo Testamento é a forma como Josué deu glória a Deus. Seria muito fácil ele se exaltar, depois de Deus ter dito claramente que iria honrá-lo naquele dia. Este era um dos segredos do sucesso de Josué, como um crente do Antigo Testamento. Este é um dos segredos da vida cristã bem- sucedida.

Temos de desenvolver um equilíbrio adequado quanto ao uso soberano que Deus faz dos seres humanos. Deus usa nossos talentos e nossas habilidades. Ele na verdade deseja que tenhamos confiança em nós mesmos. Quer que honremos uns aos outros. Acima de tudo, porém, ele deseja toda a glória. Só ele é Deus! Ele nos criou! Sem ele não podemos fazer nada! Nossa própria vida e nosso alento estão em suas mãos.

A armadilha da “auto-imagem”

Sua tentação pessoal para o orgulho pode ser exacerbada pelos sentimentos de insegurança e pela falta de valor. Parece estranho, mas é verdade! Muitas vezes, pessoas com problemas de auto-imagem reagem ao sucesso como uma esponja seca absorve a água. A necessidade que têm de afirmação (feedback) é tão grande que se dão exagerado valor.

Seja qual for a causa de orgulho e exaltação pessoal persistentes, trata-se de um comportamento inadequado. Precisamos tratar do problema, abandonar o orgulho e dar glória e honra a Deus em tudo o que fizermos.

Não significa que não devamos aceitar honras e elogios, mas de preferência desenvolvermos a habilidade de lidar com eles de maneira equilibrada e de modo correto. Quanto mais nos tornamos seguros interiormente e no Senhor, mais seremos capazes de louvar e honrar a Deus e aos outros com equilíbrio e naturalidade.

Princípio 3: Deus continua em busca da humanidade perdida.

Um dos propósitos primários de Deus ao chamar Israel para ser o seu povo escolhido era usá-los como nação para comunicar sua justiça e amor pelo mundo perdido. Atualmente, o plano de Deus é usar o seu Corpo, a Igreja, para comunicar esta verdade àqueles que ainda não o conhecem. Assim, Jesus orou ao Pai antes de retornar ao céu:

Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer [todos os cristãos de todas as épocas] em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um (...) Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. João 17:20,21,23

Pedro também escreveu sobre o propósito de Deus ao alcançar o mundo:

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação. 1 Pedro 2:9-12

Memorize o seguinte texto bíblico:

Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Efésios 4:1-3



Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
1º- Trimestre 2009 – Lição 03 – José Lidera Israel na Travessia do Jordão
Livro:- Josué um modelo de vida, Gene Getz

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