31 de janeiro de 2010

A reconciliação, com uma dupla noção

A reconciliação, com uma dupla noção

O apóstolo continua mostrando os motivos de eles não terem desfalecido diante das aflições, a saber, sua expectativa, seu desejo e garantia de felicidade após a morte (vv. 1-5). Ele ressalta uma inferência para o conforto dos crentes no seu estado presente (vv. 6-8) e outra para estimulá-los em seu trabalho (vv. 9-11). Então apresenta um pedido de desculpas por dar a impressão de aprovar-se a si mesmo e oferece uma boa razão para o seu zelo e diligência (vv. 12-15). Ele menciona duas coisas que são necessárias no nosso viver cristão até o fim: regeneração e reconciliação (vv 16-21).

A Expectativa do Crente depois da Morte - - w. 1-11

Nesses versículos, o apóstolo dá continuidade ao argumento do capítulo anterior, referente aos motivos da sua coragem e paciência diante das aflições.

I Ele menciona sua expectativa, desejo e garantia da felicidade eterna depois da morte (vv. 1-5). Observe particularmente o seguinte:

1. A expectativa do crente pela felicidade eterna após a morte (v. 1). Ele sabe, ou está bem assegurado pela fé, a respeito da verdade e realidade da coisa em si, de que existe uma outra vida gloriosa depois que esta vida presente termina. Ele tem uma boa esperança em relação ao seu interesse nessa bem-aventurança eterna do mundo invisível: “Sabemos que temos uma construção de Deus, temos uma expectativa firme e bem fundamentada da felicidade futura”.

Observemos: (1) Que tipo de céu o crente espera habitar um dia. Ele o vê como uma casa, ou habitação, uma moradia, um lugar de descanso, um refúgio, a casa do nosso Pai, onde há muitas mansões, e nosso lar eterno. Essa é uma casa nos céus, nesse lugar alto e santo que excede em muito todos os palácios desta terra, da mesma forma que os céus estão muito acima da terra. E uma construção de Deus, cujo construtor é o próprio Deus. Portanto, essa construção é digna do seu autor.

A felicidade do estado futuro é o que Deus preparou para aqueles que o amam. São habitações eternas nos céus, não como tabernáculos humanos, as pobres casas de barro, nas quais nossas almas agora habitam, que estão deteriorando, “. . . cujo fundamento está no pó (veja Jó 4.19). (2) Quando é aguardada, essa felicidade será desfrutada imediatamente após a morte, tão logo .. . a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer”. Observe: [1] Que o corpo, essa casa terrena, é apenas um tabernáculo, que precisa ser dissolvido em breve. Os pregos serão tirados e as cordas serão afrouxadas, e então o corpo retornará ao pó. [2] Depois disso virá uma casa não feita por mãos humanas. O espírito retornará para Deus, que o deu. Aqueles que caminharam com Deus aqui habitarão com Ele para sempre.

2. O desejo sincero dos crentes quanto a essa bem-aventurança futura, que é expressa pela palavra stenazomeu — gememos, que significa:

(1) Gemido de tristeza debaixo de uma carga pesada. Assim os crentes gemem por causa das cargas da vida: “E, por isso, também gememos” (v. 2). “...nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos carregados” (v. 4). Nosso corpo e as calamidades da vida são uma carga pesada. Mas os crentes gemem porque estão sobrecarregados com um corpo de pecado, e as muitas corrupções que ainda restam e continuam assolando-os. Isso faz Paulo exclamar: “Miserável homem que eu sou’ (Rm 7.24).

(2) Os crentes gemem, desejando a felicidade da outra vida. Eles gemem pelo seguinte: “E, por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (v. 2), para obter uma imortalidade abençoada, “para que o mortal seja absorvido pela vida” (v. 4), “... estando vestidos”, para não serem “achados nus” (v. 3).

Se for a vontade de Deus, não dormiremos, mas seremos transformados; porque não é desejável em si ser despido. A morte, considerada meramente como uma separação da alma do corpo, não é desejada, mas, sim, temida. Mas se ela for considerada uma passagem para a glória, o crente está pronto para morrer em vez de viver, estar ausente do corpo, para estar presente com o Senhor (v. 6), deixar esse corpo para estar com Cristo, e tirar esses trapos de mortalidade e colocar as vestes de glória. Observe: [1] A morte nos despojará da roupa da carne, e de todo o conforto que a vida pode oferecer, bem como acabará com todas as dificuldades daqui. Chegamos nus a este mundo e nus sairemos daqui. Mas: [2] As almas afáveis não serão encontradas despidas no outro mundo. Elas serão vestidas com vestes de louvor, com mantos de justiça e glória. Elas serão libertadas de todas as suas dificuldades, e suas vestes serão lavadas e branqueadas no sangue do Cordeiro (Ap 7.14).

3. A garantia do crente do seu interesse nessa bem-aventurança futura, em um relato duplo:

(1) Da experiência da graça de Deus, ao prepará-lo para essa bem-aventurança.

“Ora, quem para isso mesmo nos preparou foi Deus” (v. 5). Observe: Todos os que foram chamados para o céu no futuro são preparados para o céu enquanto estão aqui. As pedras dessa construção espiritual e desse templo celestial são formadas aqui embaixo. Aquele que nos preparou para isso é Deus, porque nada menos do que um poder divino pode tornar a alma um participante da natureza divina. Somente a mão de Deus pode nos preparar para isso. Muita coisa precisa ocorrer para preparar nossa alma para o céu, e essa preparação do coração vem do Senhor.

(2)0 penhor do Espírito deu a eles essa garantia: o penhor é parte do pagamento e assegura o pagamento completo. A graça e o conforto atual do Espírito são garantias da graça e do conforto eternos.

II O apóstolo ressalta uma inferência para o conforto dos crentes no seu estado e condição presente neste mundo (vv. 6-8). Observe o seguinte:

1. Qual é o estado e a condição atual deles: Eles vivem “ausentes do Senhor” (v. 6). Eles são peregrinos e estrangeiros neste mundo. Eles moram aqui neste lar terreno, ou neste tabernáculo, por pouco tempo. Embora Deus esteja conosco aqui, pelo seu Espírito, e em suas ordenanças, não estamos com Ele como esperamos estar: não podemos ver sua face enquanto vivemos: “(Porque andamos por fé e não por vista)” (v. 7). Não temos a visão e o gozo de Deus, como uma dádiva que está presente conosco, e como esperamos ter no futuro, quando veremos como somos vistos. Observe: A fé é para este mundo e a visão está reservada para o outro mundo. E nosso dever e deve ser o nosso interesse, andar por fé, até chegarmos a viver por vista.

2. Quão confortáveis e corajosos deveríamos ser diante das dificuldades da vida, inclusive na hora da morte: “Pelo que estamos (devemos estar) sempre de bom ânimo” (v. 6), e outra vez (v. 8): “Mas temos confiança e desejamos, antes, deixar este corpo”. Se os cristãos verdadeiros considerassem de maneira adequada a perspectiva da fé em relação ao outro mundo e os motivos da sua esperança na bênção após a morte, seriam confortados diante das dificuldades da vida e fortalecidos na hora da morte. Quando estiverem diante do último inimigo, devem criar coragem e estar dispostos antes a morrer do que a viver. Devem despir-se deste tabernáculo conforme a vontade de Deus.

Observe: Assim como aqueles que são nascidos de cima anelam estar lá, assim basta estarmos ausentes do corpo, e logo estaremos com o Senhor; basta morrer, e estar com Cristo; basta fechar nossos olhos para todas as coisas neste mundo e abri-los no mundo de glória. A fé se transformará em visão.

III Ele continua despertando e estimulando a si mesmo e aos outros para a obra a ser realizada (vv. 9-11).

Por isso, a esperança bem-fundamentada do céu está longe de nos prover qualquer tipo de encorajamento para a preguiça ou a segurança pecaminosa.

Pelo contrário, essa esperança nos deveria animar a usar o maior cuidado e zelo na religião: “Pelo que (ou, porque esperamos estar presentes com o Senhor), muito desejamos” e nos esforçamos (v. 9).

Philotimoumetha — somos ambiciosos e nos esforçamos tão diligentemente quanto os homens mais ambiciosos são para obter aqui- loque almejam.

Observe o seguinte:

1. O motivo da ambição do apóstolo — a aceitação de Deus. Temos o propósito, quer vivos ou mortos, quer presentes no corpo ou ausentes desse corpo, de ser agradáveis ao Senhor (v. 9), para que possamos agradar aquele que nos escolheu, para que o nosso grande Senhor possa nos dizer:

Fizestes bem. Era isso que ansiavam como o maior favor e honra: era o auge da ambição deles.

2. Outros motivos estimulantes para despertar a atenção deles acerca do julgamento vindouro (vv. 10,11). Há muitas coisas relacionadas a essa grande questão que deveriam intimidar os homens mais temerosos a ter o máximo de cuidado e atenção na prática cristã. Por exemplo, a certeza desse julgamento diante do qual temos de aparecer. A universalidade do julgamento, diante do qual todos devemos aparecer.

O trono do julgamento do grande Juiz, o Senhor Jesus Cristo, diante do qual todos devemos comparecer. Ele aparecerá em fogo flamejante. A recompensa a ser recebida então, por coisas feitas nesse corpo, que será muito particular (cada um separada- mente), e muito justa, de acordo com o que a pessoa tiver feito, seja bom ou mau. O apóstolo chama esse julgamento tremendo de “...o temor que se deve ao Senhor” (v. 11) e diz estar motivado a persuadir os homens a se arrependerem e viverem uma vida santa, para que, quando Cristo aparecer com poder, eles apareçam diante dele com paz no coração. E, a respeito de sua fidelidade e diligência, ele confortavelmente apela a Deus, e à consciência daqueles a quem escreveu: somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos.

O Ministério dos Apóstolos vv. 12-15

Aqui observe:

I O apóstolo apresenta uma justificativa para seu aparente elogio de si mesmo e de seus companheiros (v. 13), e diz o seguinte:

1. Ele não tinha a intenção de elogiar-se, quando falou da sua fidelidade e diligência nos versículos anteriores. Ele também não queria suspeitar da boa opinião deles a seu respeito. Mas:

2. A verdadeira razão era colocar um argumento na boca deles para poderem responder aos acusadores dele, que proferiram vás vanglórias e gloriavam-se apenas em aparência. Assim eles poderiam gloriar-se deles ou defendê-los contra as acusações dos seus adversários. E se as pessoas podem dizer que a palavra foi manifesta em suas consciências e foi eficaz na conversão e edificação delas, esta é a melhor defesa que podem fazer quanto ao ministério da palavra, quando forem difamadas e acusadas.

II Ele apresenta boas razões para o seu grande zelo e diligência. Alguns dos adversários de Paulo o tinham acusado, possivelmente, por causa do seu zelo e fervor; como se fosse louco, ou, na linguagem dos seus dias, um fanático.

Eles atribuíram tudo ao seu entusiasmo, como o governador romano tinlia dito: “As muitas letras te fazem delirar” (At 26.24).

Mas o apóstolo diz o seguinte:

1. O seu zelo e esforço era para a glória de Deus e para o bem da igreja: “Porque, se enlouquecemos, é para Deus e para sua glória; e, se conservamos o juízo, é para vós, ou para promover o vosso bem” (v. 13). Se eles manifestavam um grande ardor e impetuosidade em alguns momentos, e usavam de extrema calma em argumentações convincentes em outros, era para o melhor fim. Eles tinham bons motivos para usar os dois métodos.

2. “Porque o amor de Cristo nos constrange” (v. 14).

Eles estavam debaixo dos constrangimentos mais suaves e fortes para fazer o que fizeram. O amor tem uma virtude constrangedora de animar os ministros e cristãos em geral no cumprimento do seu dever.

Nosso amor por Cristo tem essa virtude. E o amor de Cristo por nós, que foi manifestado na sua morte em nosso favor, tem esse efeito sobre nós, se for devida- mente considerado e julgado da forma correta. Observe como o apóstolo argumenta em favor da razoabilidade do constrangimento do amor, e declara:

(1) O que éramos antes, e deveríamos continuar a ser, se Cristo não tivesse morrido por nós: Estávamos mortos (v. 14). “... se um morreu par todos, logo, todos morreram”; mortos na lei, debaixo da condenação da morte; mortos em pecados e ofensas, mortos espiritualmente. Considere: Esta era a condição deplorável de todo aquele por quem Cristo morreu: Eles estavam perdidos e destruídos, mortos e decaídos, e teriam permanecido miseráveis para sempre se Cristo não tivesse morrido por eles.

(2) O que deveriam fazer essas pessoas por quem Cristo morreu; que vivessem para Ele. E isso que Cristo planejou: que ““... os que vivem”, que foram vivificados por Deus por meio da sua morte, vivam “para aquele que por eles morreu e ressuscitou” e não vivam mais para si” (v. 15). Observe: Não nós, mas Crista deveria ser o objetivo do nosso viver e das nossas ações. Um dos objetivos da morte de Cristo era curar-nos desse amor-próprio e levar-nos sempre a agir debaixo da influência imponente do seu amor. A vida cristã deve ser consagrada a Cristo. Viveremos como deveríamos viver quando vivermos para Crista, que morreu por nós.

O Ministério dos Apóstolos - - vv. 16-21

Nesses versículos, o apóstolo menciona duas coisas que são necessárias para o nosso viver cristão, sendo que as duas são conseqüências da morte de Cristo por nós; a saber; a regeneração e a reconciliação.

I A regeneração, que consiste em duas coisas, a saber:

1. O desapego do mundo: “...daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne (v. 16). Não possuímos ou temos influência sobre pessoa ou coisa alguma neste mundo com fins carnais e vantagens materiais. Somos, na verdade, capacitados pela graça divina, não para ocupar-nos com este mundo, nem com as coisas deste mundo, mas para viver acima dele. O amor de Crista está em nosso coração e o mundo está debaixo dos nossos pés”.

Considere: Bons cristãos devem desfrutar dos confortos desta vida, e de suas relações neste mundo, com uma indiferença santa. “...ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, diz o apóstolo, já o não conhecemos desse modo”. E questionável se Paulo tinha visto a Cristo em carne. No entanto, o restante dos apóstolos o tinha visto, e da mesma forma pode ter sido o caso entre aqueles a quem estava escrevendo agora.

Porém, ele não queria que eles se avaliassem de acordo com isso, urna vez que mesmo a presença corporal de Cristo não deveria ser desejada pelos seus discípulos.

Devemos viver de acordo com sua presença espiritual e o conforto que isso proporciona. Observe: Aqueles que fazem imagens de Cristo e as usam em sua adoração não estão seguindo o caminho que Deus designou para fortalecer sua fé e vivificar seus sentimentos; porque é a vontade de Deus que não mais conheçamos a Cristo em carne.

2. Uma mudança completa do coração: “Assim que, se alguém está em Cristo”, se alguém de fato é cristão, e demonstra isso na prática, “nova criatura é”, ou deveria ser (v. 17).

Alguns interpretam este texto da seguinte maneira: que seja uma nova criatura. Este deve ser o cuidado de todo aquele que professa a fé cristã, que seja uma nova criatura; não só que tenha um novo nome e vista um novo uniforme, mas que tenha um novo coração e uma nova natureza. A mudança que a graça de Deus faz no coração é tão grande, que “...as coisas velhas já passaram— pensamentos velhos, princípios velhos, práticas velhas, já passaram; e “...eis que tudo se fez novo”. Observe: A graça regeneradora cria um novo mundo na alma. Todas as coisas são novas. O homem renovado age a partir de um novo princípio, por novas leis, com novos fins, em uma nova convivência.

II A reconciliação, com uma dupla noção:

1. Como um privilégio inquestionável (vv. 18,19). A reconciliação pressupõe a ruptura de uma amizade. O pecado causou essa ruptura. Ele quebrou a amizade entre Deus e o homem. O coração do pecador é preenchido de inimizade contra Deus, e Deus é ofendido verdadeiramente pelo pecador. No entanto, existe a possibilidade da reconciliação; o Deus ofendido do céu está disposto a se reconciliar. E perceba:

(1) Ele apontou o Mediador da reconciliação. Ele nos reconciliou consigo por meio de Jesus Cristo (v. 18). Deus deve ser reconhecido do inicio ao fim na tarefa e cumprimento do Mediador. Todas as coisas relacionadas à nossa reconciliação com Jesus Cristo vêm de Deus, que pela mediação de Jesus Cristo reconciliou o mundo consigo mesmo. Ele colocou-se na condição de ser reconciliado com os ofensores, sem causar qualquer agravo ou insulto à sua justiça ou santidade. Ele não imputa ao homem as suas transgressões e desiste do rigor do primeiro concerto, que foi quebrado, não insistindo na vantagem que Ele poderia ter legitimamente contra nós pela quebra da aliança. Ele está disposto a formar um novo pacto, uma nova aliança de graça, e, de acordo com o teor dela, Ele está livre para perdoar todos os nossos pecados e justificar livremente, pela sua graça, todo aquele que crer.

(2) Ele estabeleceu o ministério da reconciliação” (v. 18). Pela inspiração de Deus, foram escritas as Escrituras, que contêm a palavra da reconciliação, mostrando-nos que a paz foi feita pelo sangue da cruz, que a reconciliação foi operada, e nos orientou em como podemos estar interessados por ela. Ele estabeleceu o oficio do ministério, que é o ministério da reconciliação. Os ministros devem abrir e proclamar aos pecadores os termos da misericórdia e reconciliação e persuadi-los a concordar com eles. Porque:

2. A reconciliação é entendida aqui como nosso dever indispensável(v. 20). Da mesma forma que Deus está pronto a ser reconciliado conosco, nós também devemos nos reconciliar com Ele. E é o grande alvo e plano do evangelho que a palavra da reconciliação prevaleça contra os pecadores para que abandonem a sua inimizade contra Deus. Ministros fiéis são embaixadores de Cristo, enviados parar tratar com os pecadores acerca de paz e reconciliação: Eles vêm em nome de Deus, com suas súplicas, e agem em nome de Cristo, fazendo aquilo que Ele fez quando esteve nesta terra e o que Ele deseja que seja feito agora que está no céu.

Que condescendência maravilhosa! Embora Deus não possa ser considerado um perdedor na disputa ou desavença, nem um ganhador na paz, no entanto, pelos seus ministros Ele suplica para que os pecadores abandonem a sua inimizade e aceitem os termos que Ele oferece, para que possam ser reconciliados com Ele, com todos os seus atributos, com todas as suas leis, e com todas as suas providências, e creiam no Mediador, e aceitem a redenção e concordem com todo o seu evangelho.

Para nos encorajar a fazer isso, o apóstolo acrescenta o que deveria ser bem entendido e devida- mente considerado por nós (v. 21), a saber: (1) A pureza do Mediador: Ele “...não conheceu pecado”. (2) O sacrifício que ofereceu: Ele foi feito “...pecado por nós”; não um pecador, mas pecado, isto é, uma oferta pelo pecado, um sacrifício pelo pecado. (3) O fim e desígnio de tudo isso: ..para que, nele, fôssemos feit os justiça de Deus” e justificados livremente pela graça de Deus pela redenção que está em Cristo Jesus. Observe: [1] Como Cristo, que não conheceu pecado, foi feito pecado por nós, para que nós, que não temos justiça própria, fôssemos feitos nele justiça de Deus. [2]

Nossa reconciliação com Deus somente ocorre por meio de Jesus Cristo e pelo seu mérito. Portanto, devemos somente confiar nele e na sua justiça.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Comentário Bíblico NT. Mathew Henry

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