8 de abril de 2010

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRUTAL ( 2 )

OS PERIGOS DO DESVIO ESPIRUTAL ( 2 )

TEXT0 ÁUREO = “Mas de vós, á amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos” (Hb 6.9).

VERDADE PRATICA = Há um grande perigo para aqueles que, uma vez conhecendo a verdade de Deus, dela se afastam, negando sua eficácia e poder.

Leitura Bíblia = HEBREUS 5.11-14; = 6.1,2,4- 6, 10,13,16-20

INTRODUÇÃO

DEUS ACUSA SEU POVO INFIEL = 2.1

A história de Israel era uma história de apostasia. Antes, Israel seguira o Senhor com fidelidade e desfrutara sua proteção. Gerações subseqüentes voltaram- se para ídolos, esquecendo-se dos atos poderosos do Senhor e degradaram a terra que Deus tivera a bondade de lhes conceder. Até os sacerdotes, líderes civis e profetas haviam abandonado o Senhor. Ao contrário dos pagãos, que guardavam lealdade para com seus deuses indignos, Israel trocara seu Deus glorioso e suas bênçãos por ídolos inúteis. Por conseguinte, sofria humilhações nas mãos de estrangeiros. Mesmo assim, buscava alianças protetoras com essas nações.

O Senhor comparou Israel em sua rebelião e idolatria a uma prostituta e a uma videira boa que se tornou brava. Sua culpa era como uma nódoa indelével diante de Deus. Em sua busca frenética de falsos deuses, o povo era como uma fêmea de camelo irrequieta que vai de um lado para o outro ou como urna jumenta vigorosa à procura de um parceiro macho. A idolatria pode acarretar apenas vergonha. Os ídolos do povo mostrar- se-iam inúteis quando chegasse a crise. Apesar da infidelidade, o povo alegava ser inocente e acusava o Senhor de tratá-lo de maneira injusta. Respondendo, o Senhor apontou para a rebeldia flagrante e para os atos vergonhosos de idolatria em toda a terra.

Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por ventos de doutrinas (Ef 4.14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se arrepender. O tema desta lição, por seu expressivo conteúdo doutrinário, merece cuidadosa análise à luz da Palavra de Deus.

II - INFÂNCIA ESPIRIRTUAL

1. Negligentes para ouvir (5. 1 1). Ë próprio das crianças em geral serem negligentes para ouvir. Faz parte da sua estultícia (Pv 22.15). Aqui o escritor dirige-se aos cristãos que já deviam “ser mestres pelo tempo”, ou seja, pessoas que não eram mais neófitas na fé. Aliás, os novos convertidos, vistos como crianças espirituais, normalmente são os melhores ouvintes.

2. Necessitados de leite (vv.12,13). O crente “menino” não se desenvolve por não saber ouvir a Palavra de Deus. Os leitores da Epistola aos Hebreus ainda careciam dos ensinamentos rudimentares da fé cristã: precisavam “de leite, e não de sólido alimento”.

Aliás, em nossos dias, observa-se muita “meninice” em diversas igrejas. Trata-se de “movimentos estranhos”, embusteiros e perigosos, que não têm base na Palavra de Deus. Essa gente precisa, se quer mesmo crescer e ser adulto na fé, do leite puro da Palavra de Deus para crescimento, fortalecimento e imunização espiritual.

III - OS RUDIMENTOS DA DOUTRINA

1. Arrependimento e fé (6.1). Constituem os dois pilares da doutrina da salvação. São elementos fundamentais que não podem faltar no ensinamento e formação do novo convertido. O escritor fala de “arrependimento de obras mortas”. Sendo eles judeus, convertidos ao cristianismo, provavelmente ainda queriam reviver os velhos conceitos da lei, tais como a guarda do sábado, a implementação dos sacrifícios, a observância das luas novas, etc., esquecendo-se da salvação somente pela graça, mediante a fé.

2. Batismos e imposição de mãos (v.2). A doutrina dos batismos faz parte do início da fé, e não dos estágios mais avançados do desenvolvimento espiritual. Hoje, ainda há “meninos”, ensinando que só se deve batizar em nome de Jesus, e não na forma trinitariana como Jesus ordenou (cf. Mt 28.19). Quanto à imposição das mãos, nos moldes do Antigo Testamento, que consistia num gesto simbólico de transmissão de bênçãos (como fez Jacó), os crentes daquela ocasião não deveriam mais preocupar-se. Agora, com Cristo, o gesto de impor as mãos, no nome de Jesus, propicia a cura divina (Mc 16.18; At 28.8).

3. Ressurreição e juízo (v.2). Todo crente em Jesus, desde o início de sua fé, em seu discipulado básico, deve saber que Cristo morreu por nossos pecados, mas ressuscitou para nossa justificação (Rm 4.25), e para um dia julgar o mundo com justiça (At 17.31).

IV - O CRAVE PERIGO DA APOSTASIA

1. O que é apostasia. Do gr. apostásis, afastamento, abandono da fé. Apostatar significa abandonar a fé cristã de modo premeditado e consciente. No texto em apreço o escritor adverte quanto ao perigo da apostasia.

2. O arrependimento impossível (vv.4,5). O capítulo em estudo contém uma solene advertência contra a apostasia deliberada e insensível. Nele são apresentados cinco motivos pelos quais um apóstata empedernido não pode mais arrepender-se:

a) “Já uma vez foram iluminados”. Jesus é a luz do mundo (Jo 8.12); os que o aceitam de verdade, experimentam seu perfeito fulgor, e reconhecem que outrora encontravam-se nas trevas, no mundo, sem Deus e sem salvação. Agora não são mais novos convertidos. São crentes que sabem diferençar as trevas do Diabo da luz de Cristo.

b) “Provaram o dom celestial”. O texto não se refere a neófitos na fé, com limitada convicção do evangelho. Refere-se, sim, a crentes que tiveram uma experiência real com Cristo (ver 1 Pe 2.1-3), provando a salvação que, pela fé, é dom de Deus (Ef 2.8,9).

c) “E se fizeram participantes do Espírito Santo”. Aqui a advertência é severa para aqueles que foram pelo Espírito Santo imersos no corpo de Cristo.

O apóstolo Paulo diz que “todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.12,13). Fica claro que o escritor dirigia-se a pessoas que conheciam muito bem o significado da comunhão com o Espírito Santo.

d) “E provaram a boa palavra de Deus”, O escritor repete o verbo provar, referindo-se a crentes que tiveram um conhecimento mais que superficial das verdades de Deus, expressas em sua Palavra. Não apenas sentiram o “cheiro”, mas “comeram” a Palavra, experimentando-a e confirmando-a como verdadeira (cf. Jo 17.17).

e) “E (provaram) as virtudes do século futuro”. Os leitores da carta eram crentes que além da vasta experiência espiritual, puderam, ainda no presente, experimentar as bênçãos e as virtudes do porvir. Jesus disse: “E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino de Deus” (Lc 10.9); “...o Reino de Deus está entre vós” (Lc 17.21).

3. A recaída no fosso da apostasia (v.6). O escritor diz que para aqueles que possuíam as experiências descritas nos vv.4 e 5, e recaíssem, seria “impossível” (v.4a) serem “outra vez renovados para arrependimento” (v.6a). Não se trata de um crente que se afasta da igreja local por pecados relativamente comuns entre os homens. Quase sempre essas pessoas se arrependem e pedem perdão a Deus e à igreja.

A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor, diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima, abandonam a Cristo, negando-o e renegando-o de modo proposital e deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tão escrachado de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (conforme 1 Tm 4.2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo. É uma situação tão difícil que a pessoa acaba blasfemando contra o Espírito de Deus, não tendo mais condições de obter o perdão do Pai (cf. Mt 12.3 1). Este é o “pecado para a morte” de que trata o apóstolo João em sua epístola (1 Jo 5.16b).

4. Expondo Cristo ao vitupério.

a) Voltam a crucificar o Filho de Deus. A morte de Cristo foi por Deus preordenada para ocorrer apenas uma vez, como de fato aconteceu. Os sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam muitas vezes sacrifícios, inclusive por si mesmos (Hb 9.26). Mas Cristo ofereceu-se uma única vez “para tirar os pecados de muitos” (Hb 9.28). Quem o conhece, experimentou sua salvação, e mesmo assim, peca proposital e deliberadamente, volta a crucificá-lo, expondo-o ao vitupério.

b) Terra maldita. Usando uma trágica metáfora, o escritor dá a entender que o coração de quem tem conhecimento de Cristo e o despreza, apostatando da fé, é como uma terra antes boa, mas tornando-se reprovada, “produz espinhos e abrolhos”, e só presta para ser queimada.

V - A FIDELIDADE DE DEUS

1. Deus não é injusto (v.10). O escritor considera os destinatários de sua carta como pessoas amadas, de quem espera “coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação...”.

Isso prova que, embora a apostasia os ameaçasse constantemente, eles não tinham caído nela; estavam sendo advertidos. Em seguida, ele diz que “Deus não é injusto” para se esquecer da obra, do trabalho e da caridade deles para com os santos, a quem serviam.

2. Deus cumpre suas promessas (v.13). Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca alcançou a bênção, porque esperou com paciência (vv.14,15).3. impossível que Deus minta (vv. 16-20). Deus quis mostrar a “imutabilidade de seu conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente Deus não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se interpôs com juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que Deus minta” e, por isso, devemos “reter a esperança proposta, a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu”, onde está Jesus, nosso mui amado e eterno Sumo Sacerdote.

VI - MORNIDÃO ESPIRITUAL JESUS ADVERTE O PASTOR

1. Ao anjo da igreja (v. 14). O Senhor Jesus não se dirigiu diretamente aos crentes laodicenses, mas ao anjo da igreja o pastor. Pois ele é o responsável pelo estado espiritual da igreja. Isto não anula, evidentemente, a responsabilidade de cada crente diante de Deus (Rm 14.12). Quanto ao pastor, além de prestar contas de si mesmo ao Senhor, o mesmo fará em relação à igreja que Jesus lhe confiou (Mt 25.21; 1 Pe 5.1-4; Hb 13.17). Ele é o apascentador (1 Pe 5.2) e o vigia do rebanho (Is 21.11), razão pela qual deve ser o exemplo para sua igreja (1 Tm4.12).

2. Jesus se apresenta à igreja(v. 14b). “Isto diz o Amém”. Para a igreja morna, Jesus se apresentou como o Amem”, ressaltando a fidelidade e a verdade divinas. A igreja de Laodicéia não tinha firmeza de propósitos; era vacilante e sem poder. A ela, Jesus se apresentou também como a “testemunha fiel e verdadeira”. Ele é o modelo invariável e imutável para todos os crentes (lTs 1.6; Hb 4.1 5a).

VII - A MORNIDÃO DE LAODICÉIA

1. “Eu sei as tuas obras” (3.1 5). Os crentes de Laodicéia viviam de modo desordenado, carnal e autoconfiante em seus recursos. Não eram contrários ao evangelho, porém não viviam de acordo com a Palavra de Deus. Eram mornos.

Aos cristãos laodicenses, o Senhor Jesus iniciou sua mensagem de advertência, declarando que sabia, plenamente, as obras que eram praticadas por eles. Ele vê tudo o que se passa nas igrejas (Mc 4.22).

2. “Que nem és frio nem quente” (3.1 5b). Laodicéía tornou- se insuportável para Deus. Num realismo surpreendente, o Senhor acrescentou: “Tomara que foras frio ou quente” É compreensível que o Senhor deseje uma igreja quente; mas uma igreja fria, parece contra-senso. Isto só é explicável se este último estado for pior do que o anterior.

3. Vomitado por Deus (v.16). Como o crente morno não permite que Deus opere plenamente em sua vida, é vomitado pelo Senhor, segundo a figura usada no Apocalipse.

Somente quem já se sentiu rejeitado por Deus pode avaliar como isso é terrível. Davi e Saul, em conseqüência de seus pecados, passaram por situações de abandono por parte de Deus (SI 51.8,12; 1 Sm 28.6; 16.1).

VIII - CAUSAS DA MORNIDÃO

1. Apego à prosperidade material (3.17 a). A igreja de Laodicéia, localizada num próspero centro comercial, achava-se apegada à riqueza. Ao invés de serem gratos a Deus, aqueles crentes preferiam viver de modo egoísta, secular e carnal. Resultado: a riqueza material era acompanhada de miséria espiritual (1 Tm 6.10).

2. Auto-suficiência (3.1 7a). A igreja, representada pelo seu pastor, dizia: “... e de nada tenho falta”. Há pessoas que, quando pobres, acham- se apegadas a Deus, à sua Palavra, à igreja. Porém, quando Deus lhes concede prosperidade material, tornam- se egoístas e ingratas. Deixam de dar prioridade à vida espiritual para se envolverem com as coisas materiais, esquecendo-se completamente de Deus e de sua casa.

3. A realidade espiritual de Laodicéia (3.17b). Enquanto os crentes de Laodicéia diziam-se ricos, Jesus chamava-os de pobres: “e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”. Os olhos de Deus (Ap 2.18) vêem não apenas o exterior, mas o coração de cada um. A igreja havia perdido as riquezas da glória (Ef 1.1 8) e da graça (Ef 2.7).

IX - A MISERICÓRDIA DE DEUS PARA COM LAODICÉIA

1. Miséria espiritual. “E não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (3.1 7b).

Cinco palavras foram suficientes para o Senhor Jesus resumir a situação de extrema penúria espiritual de Laodicéia. Eles julgavam-se ricos. Mas, diante do Senhor, eram miseráveis, pobres e cegos. Nada possuíam. Entretanto, Deus, em sua misericórdia, apontou o caminho para que a igreja saísse da miséria espiritual.

2. Solução para a miséria espiritual. “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças” (3.18 a). Na tipologia bíblica, o ouro é símbolo da glória de Deus. No Tabernáculo e no Templo, alguns utensílios eram de madeira, mas revestidos de ouro. É o que Deus requer de nós, obreiros e crentes em geral. Que sejamos revestidos de Deus (Rm 13.14), protegidos com a armadura espiritual (Ef 6.11), plenos do fruto do Espírito Santo (CI 3.1 2), da caridade (Cl 3.14). Isso é ser rico para com o Senhor, ainda que, na vida material, experimentemos a carência de recursos.

3. Vestes espirituais de santidade e pureza. “E vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez” (3.18b). Isto significa purificação das vestes espirituais manchadas pela iniqüidade (Zc 3.1-4; Ap 22.14). O pecado não somente nos mancha as vestes espirituais, como também nos deixa nus diante de Deus. Haja vista o ocorri- do com Adão e Eva após haverem desobedecido a voz divina (Gn 3.7- 11). Disto concluímos que, tanto espiritual quanto fisicamente, devem os filhos de Deus andar de maneira ordeira e decente conforme recomenda a Palavra de Deus (1 Tm 2.9).

4. Exortação ao arrependimento. “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zelo- soe arrepende-te” (3.1 9). O amor de Deus estendeu-se sobre a igreja de Laodícéia, alertando-a quanto ao castigo prestes a abater-se sobre ela caso não se arrependesse: “sê, pois, zeloso e arrepende-te”.

5. Jesus do lado de fora! “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo” (3.20). Jesus estava do lado de fora. Mas, misericordioso como é, continuava a bater até que alguém lhe ouvisse a voz (Ap 3.20). Ele quer restaurar-nos com um grande avivamento. Aleluia! Abramos-lhe, pois, a porta e o convidemos a entrar sem mais tardança.

6. Promessa gloriosa! “Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 3.21,22). De todas as promessas de vitória, dadas às igrejas da Ásia, talvez a que Jesus fez a Laodicéia tenha sido a mais gloriosa. E esta promessa diz respeito a nós também.

X - O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL DO CRENTE DEFININO OS TERMOS

1. Sinais e prodígios (v. 1). A palavra hebraica ‘óth, traduzida no texto, por “sinal” é termo genérico que significa: “marca, insígnia, indício, milagre, sinal miraculoso”. Quando o sentido é de sinais miraculosos, ‘ôth vem acompanhado do termo hebraico môphéth, “maravilha, milagre, sinal, feito” (Ëx 7.3; Dt 4.34; 6.22). O Novo Testamento usa o termo grego smeion para descrever os milagres operados por Jesus (At 2.22). À luz do texto sagrado, é perfeitamente possível alguém manifestar tais sinais e maravilhas sem ser enviado por Deus.

2. Espírito de adivinhação (v. 16). A palavra grega usada para “adivinhação” é python, nome de um dragão que, segundo a mitologia clássica, era guardião do templo de Apolo e do oráculo de Delfos. Acreditava- se que Apolo se encarnava nessa serpente para inspirar as pitonisas. Os gregos chamavam de python, portanto, ao adivinho que previa o futuro. Adivinhação consiste na revelação de segredos do passado, do presente e do futuro. Essa prática associa-se à feitiçaria, cujo intento é usar poderes do mundo espiritual para influenciar as pessoas ou até eventos.

3. Discernimento. A palavra grega para “discernimento” é diakrisis. O termo aparece três vezes com o sentido de contenda (Rm 14.1). Discernimento, pois, é a capacidade de escolher entre o bem e o mal em virtude do crescimento espiritual (Hb 5.14). a capacidade sobrenatural para se distinguir a fonte da manifestação espiritual, se é de fato do Espírito Santo, de um espírito demoníaco ou meramente humano (1 Co 12.10).

XI - AS ARMAS ESPIRITUAIS

1. O dom do Espírito Santo. O dom de discernir OS espíritos aparece logo após o dom de profecia (1 Co 12.10). Por essa razão, muitos vêem no referido dom o recurso para se “julgar” as profecias (1 Co 14.29). Entretanto, o contexto neotestamentario anunciadores mostra que o dom não se limita a essa função; é também útil para a origem das várias maníaca manifestações de profecias, línguas, visões e curas. O discernimento de espírito manifesta-se em situações em que não é possível, pelos recursos humanos, identificar a origem da atuação sobrenatural,

2. O discernimento apostólico (v. 18). Há duas maneiras para se discernir a fonte da mensagem ou dos milagres: pelo conteúdo doutrinário (Hb 5.14; 1 Jo 4.1) ou pela revelação do Espírito Santo (At 5.1-5). O apóstolo Pedro não teria como saber o propósito de Ananias e Safira sem a intervenção do Espírito de Deus. Em Filipos, diz o texto sagrado que a jovem com poderes de adivinhação “isto fez por muitos (v. 18): “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (v. 17). Isso parece mostrar que o discernimento foi tanto pelo conteúdo doutrinário como também pela revelação do Espírito Santo,

XII - AS ASTÚCIAS MALIGNAS

1. Uma mensagem embaraçosa (v. 17). A jovem estava possessa, tomada pelo espírito das trevas, logo, a mensagem não vinha de si mesma, mas do espírito que a oprimia. Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44) e o principal opositor da obra de Deus (At 13.10). Por que, então, o espírito adivinho elogiou os dois mensageiros de Deus, dizendo a todos que eles eram do caminho da salvação e servos do Deus Altíssimo? Porque era uma estratégia demoníaca identificar para confundir o povo.

2. O termo “salvação” (v. 1 7). O texto não esclarece a que salvação o espírito imundo referia-se, considerando ser um termo comum entre os pagãos. Essa técnica é usada, ainda hoje, pelas seitas. A salvação dos mórmons, por exemplo, apresenta sentido diferente daquela pregada pelo cristianismo bíblico: como libertação dos pecados (Mt 1.2 1), livramento da condenação eterna (Rm 8.1) e transformação pelo poder do Espírito Santo (Tt 3.5).

3. Qual a intenção do espírito de adivinhação? O propósito diabólico era dizer a todos que a mensagem que Paulo e Suas pregavam seria a mesma da jovem adivinhadora. Ainda hoje, Satanás usa essa estratégia para fazer o povo acreditar na falsa idéia de que todas as religiões levam a Deus. Essa mensagem é absolutamente oposta à Bíblia; Jesus é singular, o cristianismo é exclusivo; somente Jesus conduz o homem a Deus (Jo 14.6; At 4.12).

XIII - DISCERNIMENTO

1. O falso e o verdadeiro (v. 2). Deus deu a Israel profetas legítimos, os quais falaram inspirados pelo Espírito Santo. Mesmo no reino dos profetas, Deus permitiu o surgimento de falsos profetas (2 Pe 1.19-21; 2.1). Como distinguir o falso do verdadeiro? O texto sagrado diz: “profeta ou sonhador ... te der um sinal ou prodígio” (v. 1). Isso fala de sinais grandiosos que podem impressionar os imprudentes. O termo: “Vamos após outros deuses” (v. 2), trata-se de milagres estranhos. Qualquer um, portanto, mesmo com o mínimo de discernimento, tem condições de discernir a fonte desses aparentes milagres.

2. A necessidade do discernimento. Já vimos em lições anteriores a possibilidade de manifestações sobrenaturais por meio de homens não comprometidos com a verdade. Jesus disse que o Anticristo virá fazendo sinais, prodígios e maravilhas de maneira tal que, se possível fora, enganaria até os escolhidos (Mt 24.24). Os agentes de Satanás transformam-se em anjo de luz, e seus mensageiros em ministros de justiça (2 Co 11.13-15). O crente depende da ajuda do Espírito Santo para discernir a verdade, e, para isso, é necessário estar em comunhão com Ele.

XIV - O PROGRESSO ESPIRITUAL DO CRENTE - COLOSSENSES 2.1-7

A DEFESA DOS CRISTÃOS

1. O “grande combate” (2.1). Paulo, amoravelmente de clara que gostaria que os irmãos colossenses soubessem “quão grande combate” ele enfrentava em favor deles. Ele era um valoroso combatente da fé. Parte desse combate consistia em confrontar as falsas doutrinas, as heresias, os falsos ensinos e as falsas filosofias que, juntamente com seus mentores, atacavam os irmãos das igrejas que fundara, ou ajudara a fundar. Essa mesma luta o apóstolo sustentou junto a outras igrejas (Fp 1.27-30; 1 Ts 2.2; 2 Tm 4.7).

2. A finalidade do combate pela fé (2.2).

a) Corações consolados. O termo “consolar” neste versículo, tem no original o sentido de encorajar, animar. Certamente, os ataques das heresias, em Colossos, causavam desânimo entre os irmãos. Há nas igrejas muitos crentes com problemas e desanimados.

Não só problemas espirituais, mas os referentes às lutas do dia- a-dia; aqueles que surgem no trabalho, na família, e nos relacionamentos podem em conjunto causar desânimo espiritual. Daí, porque o obreiro precisa ministrar a Palavra, na unção do Espírito Santo para consolar os crentes. E ministrar “bem”, como asseverou Paulo em sua segunda epístola a Timóteo 2.15.

b) “Unidos em caridade” (2.2). Os crentes de Colossos já eram “santos e irmãos fiéis em Cristo” (1.1). Mas Paulo desejava que eles experimentassem um aperfeiçoamento maior em suas qualidades como servos de Deus. Além de consolados, deveriam demonstrar uma união. Uma das armas principais de Satanás - e das mais usadas contra a igreja é a divisão e desunião entre os irmãos. Ó, que Deus nos faça “viver em amor”, como diz este versículo! Como poderiam vencer as sutilezas das heresias, como poderiam resistir aos embates contra o inimigo espiritual se não fossem unidos? Não bastava estar simplesmente unidos, mas “unidos em caridade”.

c) “E enriquecidos da plenitude da inteligência”. A inteligência a que Paulo referiu-se nesse texto, com certeza, era a “inteligência espiritual” (1.9) que lhes permitia entender o que seria “o mistério de Deus — Cristo”, revelado aos gentios. As heresias gnósticas tentavam diminuir o valor transcendental de Cristo, o preeminente Senhor e Redentor de suas almas. Seria uma loucura trocar Cristo, a “imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (1.15) pelas idéias heréticas que identificavam Cristo como sendo apenas uma das “emanações” de Deus, semelhante a outros seres (aeons) angelicais segundo esta teoria perniciosa.

XV - OS TESOUROS DA SABEDORIA E DA CIENCIA (2.3)

1. Tesouros escondidos. A esta altura, a Palavra de Deus nos amplia a visão sobre “o mistério de Deus — Cristo”, revelado aos gentios e conhecido dos colossenses, que já possuíam a “inteligência espiritual”. O Senhor sabia que as heresias de Colossos eram um sinistro engodo, ou isca, para atrair a fé de crentes incautos, que se guiam pelas aparências e, pelas vantagens imediatas que alguém ou alguma coisa lhes propicie. Muita gente absorvia (como hoje) aqueles ensinós heréticos, que não passavam de falso conhecimento e falsa riqueza cultural.

A verdadeira riqueza espiritual é conhecer os tesouros de Deus (Rm 11.33). Só que esses tesouros do “conhecimento e da sabedoria de Deus” não estão amontoados na superfície como um depósito para quem quiser apanhar; ambos estão ocultos em Cristo (“em Quem estão”).

2. Solene advertência. “E digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas” (2.4).

a) Persuasão enganosa. Hoje, a técnica ou “arte da persuasão” é muito praticada pelos adeptos das seitas. Eles são treinados para “vender” suas idéias aos homens, inclusive com técnicas de propaganda bem elaboradas, seguindo um roteiro muitas vezes sob a orientação de especialistas em “marketing”. Mas Paulo mostrou aos colossenses que só em Cristo toda a sabedoria e toda a ciência de Deus podem ser encontradas.

b) Presente em espírito (2.5a). “Porque, ainda que esteja ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco”. Estar “presente em espírito” nem de longe quer insinuar qualquer conotação de espiritismo, telepatia, “viagem astral”, ou outra qualquer idéia errônea dos movimentos heréticos. Certamente, o apóstolo queria cientificar-lhes de que estaria com eles, espiritualmente, em oração, solidário, em dedicação, em união, e em comunhão. Ver a explicação disso em Fp 2.2; 1 Co 1.10.

c) Firmeza em Cristo (2.5b). Nada é mais gratificante para um servo de Deus, líder de uma igreja local, do que perceber que as ovelhas de Cristo, sob seus cuidados, estão firmes nos caminhos do Senhor. O evangelista João, provavelmente escrevendo a uma igreja por ele fundada, expressava sua alegria pela vida dos crentes assim firmados no evangelho: “Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos recebido o mandamento do Pai” (2 Jo v.4).

XVI - ANDANDO EM CRISTO (2.6)

1. “Recebestes o Senhor Jesus”. Quando a pessoa recebe Cristo como seu Salvador deve também tê-lo como seu absoluto Senhor e nunca se deixar levar por apelos heréticos. Sabemos de crentes que, apesar de estarem há mais de trinta anos na igreja, ao participarem de certos encontros religiosos de caráter persuasivo, saem destes completamente fora de si: “passei tantos anos na igreja em que aceitei a Cristo, mas agora é que sei o que é ser crente!” Sem dúvida alguma, tais pessoas jamais tiveram uma experiência real com Jesus em suas vidas. Pessoas com esse comportamento são facilmente levadas pelas “palavras persuasivas” dos adeptos das seitas, como adverte o v.8.

2. “Andai nele”. Essa figura do “andar” em Cristo bem demonstra o sentido do viver diário do crente, segundo o padrão que é Cristo. Ele é a vereda para o nosso caminhar. Todos os dias, todos nós caminhamos de um lugar para outro, mesmo que em pequenos percursos. Aplicando a figura ao lado espiritual, Paulo exortou os colossenses a não só terem Cristo como seu Senhor, mas também a andarem nEle. Andar em Cristo significa, de modo geral, viver em obediência aos seus preceitos, ordenanças e mandamentos.

3. “Arraigados, edificados, e confirmados na fé” (2.7). Antes da salvação, o pecador tem suas raízes no mundo do pecado, na vida carnal, sob influência do Maligno. São raízes más, de ignorância e trevas espirituais.

Os colossenses foram exortados a ser “arraigados”, ou seja, a ter raízes na fé em Cristo. Se andar em Cristo é viver diariamente em obediência ao Senhor, estar “edificado” nEle significa ter a firmeza e a convicção oriunda da fé, cumprindo a doutrina emanada da sua Palavra (Pv 4.2; Ef 4.14). A fé salvífica, alcançada pela graça, e por meio da fé pessoal, “é dom de Deus” (Ef 2.8), mas, para ser confirmada, precisa do testemunho através das obras do salvo, preparadas por Deus para que andemos nelas (Ef 2.10; Tg 2.26).

4. “Assim como fostes ensinados” (2.7). Paulo queria dizer aos crentes que estariam “andando” em Cristo, “arraigados e edificados na fé”, que permanecessem “assim”, ou seja, da forma pela qual foram ensinados. Todo crente bem doutrinado segundo as Escrituras não precisa de ensinos outros, estranhos, inovações descabidas, nem para a vida pessoal. Quem anda atrás dessas “novidades” é porque atrasou-se espiritualmente e não voltou a crescer segundo Deus. De fato, somente o ensino da Palavra de Deus em sua ortodoxia, pode livrar uma igreja local, e os que nela congregam, das falsas doutrinas das seitas e das heresias. A Palavra de Deus é poder e tem poder para combater o mal. Ela é a “espada do Espírito” (Ef 6.17). Os irmãos de Colossos são exortados a obedecerem a doutrina, e a desenvolverem a prática da ação de graças a Deus por sua vida, edificada e arraigada na fé em Cristo Jesus (2.7).

XVII - AVIVAMENTO ESPIRITUAL TODOS DEVEMOS BUSCAR

A CHAMA DO AVIVAMENTO DA IGREJA TESSALÔNICA (1 Ts 1: 1-3

1. A chama do zelo e do fervor espiritual (v. 1). O apóstolo Paulo identifica os destinatários da epístola como “a igreja dos tessalonicenses”. Ele difere no endereçamento quando diz “dos tessalonicenses”, e não “aos” tessalonicenses, indicando que aquela igreja tinha identidade própria. Ou seja, desde o seu nascimento, o zelo e o fervor espiritual daqueles cristãos era uma marca que os caracterizava.

2. A chama da fé ativa (v.3). Aqui vemos que a igreja creu e desenvolveu uma fé dinâmica e crescente: “a vossa fé cresce muitíssimo” (2 ts 1.3). Nesse texto, estão três grandes virtudes do cristianismo: fé, amor e esperança. A expressão “obra da vossa fé” (v.3) não se contrapõe à justificação pela fé. Essa “obra” não é um ato de justiça que justifica o homem diante de Deus (Is 64.6; Ef 2.8,9). Na verdade, a “obra da fé” se refere ao desempenho espiritual do cristão, pela fé, depois de salvo.

3. A chama do amor em ação. “Trabalho do vosso amor” (v.3). Não se trata de amor filantrópico, mas do amor gerado pelo Espírito Santo, como “fruto do Espírito” (Cl 5.22). Não é apenas de “um ato de amor”, mas do trabalho contínuo a favor do evangelho de Cristo.

4. A chama da esperança. A frase “paciência da esperança” (v.3) tem a ver literalmente com: “resistência, constância ou perseverança da esperança”. Só tem essa esperança quem sabe esperar em Deus. Aquela igreja enfrentou perseguições e adversidades, no entanto, o apóstolo a elogia pela capacidade que teve em manter acesa a chama da esperança. É nas adversidades que devemos manter a esperança, pois temos realmente o que esperar, segundo as promessas de Deus: “Fiel é o que prometeu’ (Hb 10.23).

XVIII - MANTENDO A CHAMA DO AVIVAMENTO ACESSA

1. A chama inicial deve permanecer acesa (1 Ts 2.1). Afirma o apóstolo: “bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã”. Ele queria saber do resultado de todo trabalho pioneiro que ali fora realizado com muito sacrifício. Graças a Deus, o trabalho realizado não tinha sido inútil. O resultado era patente na vida daqueles irmãos. A igreja precisa manter acesa a chama do “primeiro amor”.

2. A chama da pregação precisa ser reavivada (1 Ts 2.13). O evangelho tem sido pregado com abnegação e fervor? Lamentavelmente, o que mais se vê são pregadores e mestres presunçosos, vaidosos, gananciosos e trapaceiros, que apesar de na aparência não demonstrarem nada disso, revelam-se nas atitudes. Aquele espírito amoroso e sacrifical que deve permear a mente e o coração dos pregadores, parece ter desaparecido. O evangelho como Paulo pregava era eficaz. A mensagem que aqueles crentes recebiam era a própria Palavra de Deus (v. 1 3). Por isso, tornavam-se imitadores das igrejas de Deus (v.1 4). No versículo 20, Paulo fala de sua alegria pelos frutos resultantes de seu ministério para Deus, pois a igreja de Tessalônica era, de fato, a sua glória e alegria, na presença de Deus.

XIX - A CHAMA DO AVIVAMENTO E A VOLTA DO SENHOR Ts 4: 13-18)

1. A chama da pureza moral (1 Ts 4.1-12). Paulo sabia que, enquanto a Igreja aqui estivesse, seus membros estariam sujeitos às tentações e pecados na sua vida cotidiana. Por isso, no texto bíblico acima mencionado, três coisas da vida do crente são tratadas pelo apóstolo: a pureza moral (vv. 1-8), o amor fraternal (vv.9,10) e o trabalho honesto (vv. 11,1 2). Quanto à pureza moral, fala da maldita realidade da prostituição em suas várias formas. Esse tipo de pecado da sociedade deve ser totalmente rejeitado por um crente que ama ao Senhor (1 Ts 4.1,2). O “amor fraternal” é o tipo de relacionamento que deve ser cultivado pelo cristão (1 Ts 4.9,10). Sobre a prática do trabalho honesto, devemos evitar atitudes que desabonem nossa conduta ou que representem engano, negligência e irresponsabilidade em nossas atividades di- árias, sejam elas quais forem (1 Ts 4.11,12).

2. Corrigindo conceitos equivocados (4.1 3). Paulo soubera que entre os cristãos de Tessalônica propagavam-se equívocos doutrinários referentes à situação dos mortos em Cristo e acerca da volta do Senhor. A liderança da igreja tem a responsabilidade de esclarecer doutrinaria- mente os enganos dos crentes, bem como seu desconhecimento das doutrinas vitais da Bíblia. Foi justamente o que Paulo fez: “Não quero que sejais ignorantes acerca dos que dormem” (v.1 3).

3. A verdade acerca do estado dos mortos (1 Ts 4.14-1 7). A Bíblia ensina que, num determinado momento da sua vinda, o Senhor voltará apenas para a sua Igreja, constituída pelos vivos e pelos mortos em Cristo. Nesta fase, Jesus virá até as nuvens, e ouvida a voz de convocação para os santos (v.16), os “mortos em Cristo” ressuscitarão primeiro, e num “abrir e fechar de olhos” (1 Co 15.51), subirão ao encontro do Senhor nos ares. Os vivos ouvirão, em seguida, a chamada do Senhor, e já transformados do seu estado material para o espiritual, subirão ao encontro do Senhor juntamente com os que foram ressuscitados (v.1 7)

CONCLUSÃO

1 - Caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de arrependimento impossível, e se perderem eternamente.

2 - A mornidão espiritual causa grande desgosto e pesar ao Senhor Jesus. Chequemos, pois, constantemente a temperatura do nosso coração. É preciso reacender, diariamente, a paixão espiritual por Jesus. As Escrituras afirmam que, um dia, os santos com Ele reinarão ( Mt 19.28; Ap 20.4). Então, como ficar diante de um futuro tão glorioso? Nunca se esqueça da exortação do Senhor: “O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.1 3).

3 - É dever do cristão não se levar pela manifestação de sinais sobrenaturais sem antes ter certeza de sua origem. Há quem defenda a ortodoxia cristã, mas não tem qualidade ética, não vive o que prega e nem prega o que vive. Por outro lado, há quem viva uma vida exemplar, mas cuja doutrina é heresia. Que Deus abençoe e ajude-nos! Fiquemos sempre na Palavra de Deus.Nesta lição, destacamos o fato de que todos os valores doutrinários da Bíblia continuam tão atuais quanto foram no passado. O papel da Igreja, hoje, é manter acesa a chama do avivamento espiritual para preservar os ensinos e valores bíblicos para que podemos enfrentar todo mal que nos queira nos desviar da presença de Deus.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD 1988

Lições bíblicas CPAD 2001

Lições bíblicas CPAD 2004

Lições bíblicas CPAD 2007

Manual Bíblico Vida nova

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