20 de abril de 2011

Espírito Santo: Agente capacitador da obra de Deus


 “Espírito Santo: Agente capacitador da obra de Deus’’.

Introdução

O espírito Santo reveste o crente com poder para que este faça a vontade de Deus; para fazer a Sua obra. Que podemos fazer sem o “poder do Espírito”? Nada! Precisamos do poder de encorajamento, de renúncia, de amor, para fazermos a obra de Deus. Os discípulos de Jesus, enquanto não foram revestidos do poder, estavam assustados, com medo de morrer e escondidos.
No dia de Pentecostes foram “cheios do Espírito” e suas vidas se tornaram poderosas, corajosas e atuantes. Receberam uma dinâmica espiritual capaz de vencer todos os obstáculos. Fazer o Serviço de Deus sem estarmos preparados para fazê-lo é correr o risco de não fazermos nada, isto é, não frutificará o que nos propusermos a fazer.


I.                   Relacionamento do Espírito Santo com a humanidade.


a.      O espírito Santo operando em nossas faculdades mentais.
Depois do homem ser convencido pelo Espírito Santo a render-se ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, umas das primeiras atividades do Espírito na nova vida é confirmar a Salvação recebida. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). Paulo está declarando que existe um “testemunho conjunto”, entre o Espírito de Deus e o espírito humano (ou a consciência).
Esta é uma certeza e confiança que só o Espírito Santo pode conceder. Sem essa certeza, nossa Salvação seria superficial. A alegria que reina no coração do crente vem do fat da absoluta certeza e convicção de que está salvo. É o espírito dentro do crente quem fortifica essa confiança na Salvação recebida. Quem salva é Jesus e quem dá a certeza da salvação é o Espírito Santo.

b.      O espírito operando nos sentimentos e vontades.

O espírito habilita o crente, preparando-o para a vitória sobre o poder do pecado. Por si mesmo, o crente não encontra meios de vencer o pecado ao seu redor. Ele precisa de meios de vencer o pecado ao seu redor. Ele precisa de poder para vencer o pecado nas suas inumeráveis investidas. Para que vença, é preciso “andar no Espírito”, como diz a palavra de Deus: “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segunda a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.4).

A partir do momento em que uma pessoa torna-se “nova criatura”em Cristo, o Espírito que nela habita guiará essa pessoa conforme os ditames da Palavra de Deus. Todas as respostas, todas as diretrizes para a vida cristã estão na Bíblia, e o Espírito Santo as tornará vivas e poderosas. Ser guiado através da Palavra de Deus pelo Espírito é viver segundo o Espírito – “mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (I Co 2.12). 

c.       O Espírito Santo e a adoção.

“A palavra de Deus diz que todo aquele que tem o fruto do Espírito é um filho de Deus, a experiência, ou a consciência interior, me diz que eu tenho fruto do Espírito; consequentemente, concluo de forma racional: Portanto, sou um filho de Deus” (J. Wesley).
Só o Espírito Santo pode dar convicção ao homem que mediante o sangue de Cristo fomos feitos filhos de Deus. E o primeiro privilégio de um filho adotado é chamar Deus de Pai. Pela presença interior de Cristo e pela obra do Espírito Santo, a nossa filiação se torna um experiência abençoada de comunhão com Deus. O segundo privilégio do filho adotado é que ele se torna herdeiro da riqueza do Pai adotivo.

“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Não existe o compartilhar da glória de Cristo, a menos que exista o compartilhar dos seus sofrimentos. Os sofrimentos, e depois a glória, constituem a ordem indicada no caso de Cristo (1 Pe 1:11). A mesma coisa se aplica àqueles que são seus co-herdeiros, porém, o Espírito de Deus nos fortalece e nos ajuda intercedendo por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8:26).


II.                O Espírito Santo na vida do Crente.

a.      A presença constante do Espírito Santo.

Na conversão, nós, crendo em Cristo, recebemos o Espírito Santo e nos tornamos co-participantes da natureza divina. O Espírito Santo é o agente da nossa santificação. Na conversão  o Espírito Santo passa habitar no crente, que começa a viver sob sua influência santificadora que nos purifica, dirige e nos liberta da escravidão do pecado. “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos?” (Co 6.19).
Porque o Espírito Santo habita em nós, nosso corpo nunca deve ser profanado por qualquer impureza ou mal. Devemos deixar que o Espírito Santo molde nosso caráter para produzirmos os “frutos do Espírito”. “Mas o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.22-23).

Não devemos querer separar ou isolar as partes material e espiritual, o corpo e o espírito. Deus tem interesse em que corpo, alma e espírito sejam cheios da sua plenitude. Nosso espírito é o lugar da habitação, o centro e o trono do Espírito Santo, mas nosso corpo é o seu templo.


b.      O desenvolvimento da relação com o Divino Espírito Santo.

Uma das tarefas do Espírito Santo é criar nos filhos de Deus a convicção da filiação e de amor filial que o leva a conhecer Deus como Pai. “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4.6). O termo “aba” é aramaico e significa “Pai”. Era a palavra que Jesus empregava quando se referia ao Pai Celestial. A combinação da palavra araica “Abba” com a palavra grega que significa “Pai” (Pater), expressa a grande intimidade, a profunda emoção, o anelo, o afeto e a confiança mediante os quais o Espírito Santo nos leva a clamar a Deus.


c.       Ser “cheio do Espírito Santo”.

“Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, Cheio do Espírito Santo [...]” (At 13.9).
Mesmo quem foi batizado no Espírito, com Paulo o foi (At 9.17), deve ser sempre renovado, estando sempre cheio do Espírito. Existem ocasiões que necessitamos de poder extraordinário do Espírito para o enfrentamento da oposição ao evangelho ou atividade satânica e para avançar anunciando o evangelho.


III.             O batismo com o Espírito Santo capacita-nos a fazer a obra de Deus.


a.      Intrepidez para testemunhar.

Quando Daniel Berg esteve no Brasil pela última vez, antes de passar para o Senhor, lhe perguntaram qual era o segredo do crescimento das Assembleias de Deus no Brasil, e ele simplesmente respondeu: “É o Espírito Santo. É o Espírito Santo que batiza os crentes e eles saem pregando o Evangelho e ganhando almas para Jesus. É esse o Segredo”.
Quando a terceira pessoa da trindade encontra espaço em nossas vidas par atuar, o resultado não pode ser diferente; alegria contagiante que emana da alma, dedicação em profundidade, disposição para o serviço do Senhor e o desejo de compartilhar a fé e passar a fazer parte da vida crente.
As experiências dos irmãos no Dia de pentecostes explicam as maneiras de a “Grande Comissão” alcançar sucesso nos nossos dias. Aquele original derramamento do Espírito Santo trouxe ousadia sobrenatural para testemunhar. O segredo que nos move para anunciar o Evangelho é estarmos cheios do Espírito.


b.      Formação de discípulos.

Seguir os passos de Jesus é nos tornarmos seus discípulos. Aceitar Jesus como Salvador e Senhor requer não somente crer na veracidade do evangelho, mas também assumir o compromisso de sepultá-lo com abnegação. Só o crente cheio do Espírito Santo pode a cada dia “negar a si mesmo e tomar a cada dia a sua cruz”. ( Lc 9.23).
É realmente nossa obrigação anunciar o evangelho. O senhor Jesus, depois de sua ressureição, procurou os seus discípulos, a quem declarou: “É me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos (Mt 28.18-19). Eis a nossa responsabilidade pessoal. E para nos dar autoridade para sermos testemunhas foi que Jesus rogou ao Pai que enviasse o Consolador, o Espírito Santo. Que busquemos um reavivamento neste ano do centenário das Assembleias de Deus no Brasil, para que, movidos pelo Espírito Santo, anunciemos com ousadia o evangelho.


c.       Chamados para servir.

A Bíblia nos afirma que todos os crentes são chamados para servir a Deus, e todos têm uma função específica a cumprir. Em sua primeira Epístola Universal, o apóstolo Pedro afirma que todos os salvos fazem parte do Sacerdócio espiritual, cuja tarefa é anunciar as virtudes de Deus.
“Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação Santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9). A Igreja primitiva encarou com seriedade a ordem de Jesus e usaram dons e talentos para servirem ao Senhor e principalmente anunciar o Evangelho, mesmo com risco às suas vidas.
“Servindo de boa vontade, como ao senhor e não como aos homens”(Ef 6.7). Devemos servir ao Senhor com o coração íntegro e mente disposta, pensando somente em como agradar a Deus.
Infelizmente as Igrejas estão cheias de pessoas que lá vão somente para se servirem das bênçãos que Jesus lhes pode oferecer. Querem apenas o que lhes interessa. Que Deus nos ajude a “Celebrar com júbilo e servi-lo com alegria” (Sl. 100).


IV.             Conclusão.

A igreja realiza um grandioso serviço, quer no sentido espiritual ou filantrópico; todavia, é preciso muito cuidado para que não seja negligenciada sua principal missão: ganhar almas através da evangelização.
O profeta Daniel já afirmava que “os ganhadores de alma refulgirão como estrelas” (Dn. 12.3), e Paulo esclarece que os ganhadores de alma receberão a coroa de glória: “Porque, qual é a nossa esperança, gozo ou coroa de vitória? Portanto não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?” (I Ts 2.19).
Que Deus nos faça, através do Espírito Santo, verdadeiros ganhadores de almas!

Elaboração por:- Jaquesilene Silva

Igreja Evangélica Assembléia de Deus

Dourados - Ms


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