11 de abril de 2011

O QUE É BATISMO COM ESPÍRITO SANTO


O QUE É BATISMO COM ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO  = “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

VERDADE PRÁTICA = O batismo no Espírito Santo é a unção prometida por Deus que capacita o crente a realizar com êxito o serviço cristão.

LEITURA BIBLICA = ATOS 2.1-8

INTRODUÇÃO

Antes que Jesus ascendesse aos céus, exortou os seus discípulos a buscarem o batismo no Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.4, 5, 8). Eles obedeceram, e depois de 10 dias de perseverança e oração, foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas (At 2.1 - 4). Foram revestidos do poder do alto para executarem a grande tarefa que lhes confiara o Senhor Jesus: evangelizar o mundo (At 1.8). Era o Dia de Pentecostes. E, assim, teve início a dispensação denominada “ministério do Espírito” (2 Co 3.8).

1- O QUE É O BATISMO

1. Concepções errôneas. O batismo no Espírito não é a mesma coisa que:

a) Salvação. Os discípulos já eram salvos antes do Pentecostes (Lc 22.28; 10.20; J0 13.10; 15.3). Já tinham participado da ceia (Mt 26.26, 27), e sido enviados pelo próprio Senhor Jesus a pregar (Mt 28.18-20). Eles já eram salvos; restava-lhes, porém, serem revestidos do poder do alto. Na casa de Cornélio, os crentes foram batizados no batismo no Espírito no mesmo dia em que receberam a Jesus; porém, tiveram primeiro os seus corações purificados pela fé (At 15.8, 9). Em Éfeso, havia discípulos que já tinham crido, mas que desconheciam a realidade do batismo no Espírito Santo (At 19.1-6). Portanto, a salvação e o batismo no Espírito são experiências distintas entre si.

b) Santificação. Embora o Espírito promova a santificação na vida do crente (Gl 5.16-18, 24-26), isso nada tem a ver com o batismo no Espírito Santo. A pessoa pode ser santificada e cheia do fruto do Espírito (Gl 5.22), e, mesmo assim, não ser batizada no Espírito Santo. A santificação é paulatinamente cultivada e atua de maneira gradual em nossa vida, enquanto que o batismo no Espírito é um dom concedido por Deus; recebemo-lo de uma única vez (At 10.45).

c) Alegria. A salvação traz grande alegria ao coração do ser humano (Rm 14.17). Porém, sentir grande alegria, ou emoção, não significa que o crente é ou haja sido batizado no Espírito: é o resultado da salvação (2 Co 2.2; 6.10). Vejamos, portanto, o que é o batismo no Espírito Santo.
2. A promessa do pai. O batismo no Espírito é assim chamado porque, no Antigo Testamento, o Pai havia prometido o derramamento do Espírito a todos os que lhe invocassem o nome.  No AT encontramos muitas promessas sobre a efusão do Espírito. Dessa promessa, falaram: Salomão (Pv 1.23); Isaías (Is 28.11, 12; 44.3); Joel (JI 2.28-32); Zacarias (Zc 12.10) etc. A promessa também foi feita através de João Batista (Mt 3.11) e principalmente por Jesus, o Filho de Deus (Jo 14.16, 17, 26; 16.7, 13; At 1.4, 5, 8).

3. Revestimento de poder. Temos, aqui, uma das expressões bíblicas que definem o derramamento do poder do alto em nossas vidas (Lc 24.49).
Na Bíblia, porém, encontramos outras expressões, como:

a) Batismo no Espírito Santo (Mt 3.11; At 1.5): descreve o mergulho do crente na Plenitude do Espírito Santo (At 2.4; 4.8, 31; 9.17) e é uma referência ao transbordamento desse poder.

b) Unção (1 Jø 2.20, 27; 2 Co 1.19-21): refere-se, figurativamente, à unção que recebiam, no Antigo Testamento, sacerdotes, reis e alguns profetas.

c) Virtude do Espírito Santo (At 1.8): fala do poder sobrenatural recebido por ocasião do batismo no Espírito Santo, e que conduz o crente à vitória (Zc 4.6; 2 Co 4.6) etc.

II. A EVIDÊNCIA INICIAL E FÍSICA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Línguas estranhas. Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia descido sobre várias pessoas, como João Batista (Lc 1.47), Isabel (Lc 1.41), Zacarias (1.67) e Simeão (Lc 2.52). No entanto, não há nenhum registro de que algum desses personagens haja falado línguas estranhas.

No dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo foi acompanhado por um sinal externo bem evidente e audível: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo concedia que falassem” (At 2.4). A evidência de que os discípulos haviam, de fato, recebido o batismo no Espírito Santo foi o falar em línguas. Esta é a evidência indubitável e clara do batismo no Espírito Santo. Cada um dos que se encontravam no cenáculo teve a sua própria experiência (At 2.2, 3); todos falaram línguas que jamais tinham aprendido.

2. A evidência como padrão. Como já dissemos no tópico anterior, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi o falar em línguas estranhas. Esta evidência deixou bem claro que os discípulos haviam recebido a promessa do Pai (At 2.17, 18, 38, 39).

O falar em línguas, pois, serve como padrão para se aferir se alguém foi ou não batizado no Espírito Santo (At 11.15-17). O que se deu no dia de Pentecostes, repetiu-se na casa de Cornélio (At 10.46); em Éfeso (At 19.6); na vida de Paulo (At 9.17, 18; 1 Co 14.18). Em Samaria (At 8.20, 21), embora a Bíblia não o declare, também deve ter havido línguas estranhas por ocasião do avivamento que lá houve nos dias dos apóstolos.

III. A FINALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. Capacitação para o serviço. “A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 127). O batismo no Espírito capacita o crente a pregar (At 1.8) com autoridade celestial (At4.13, 20,29,33,34). Através dessa ferramenta indispensável ao serviço cristão (2 Co 10.4,5), o crente produzirá muitas conversões como fruto de seu trabalho evangelístico e missionário (At 11.22-24).

Uma grande mudança operou-se na vida dos discípulos depois de eles terem recebido o poder do alto. Tão logo foram batizados no Espírito Santo, puseram-se de pé para proclamar o Evangelho de Cristo (At 2.2, 14). As portas que até então estavam fechadas (Jo 20.19), abriram-se. E eles saíram às ruas, praças etc, para anunciarem a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

2. Novo dimensionamento espiritual. O batismo no Espírito Santo proporciona aos crentes:

a) Visão dos perdidos. Paulo teve a visão das necessidades dos macedônios (At 16.9) e dos coríntios (At 18.9-11).  Que Deus nos desperte a obedecer a visão celestial (At 26.19), pois a seara já está branca para a ceifa (Mt 9.37; Jo 4.35). Conscientizemo-nos desta verdade: não somos enviados apenas para semear, mas também para ceifar.

b) Incentivo para a conquista de outras bênçãos. O batismo no Espírito Santo não é o ponto final de nossas experiências com Deus: é a porta para a conquista de uma infinidade de outras realizações espirituais. Quando Israel entrou na terra prometida, tinha diante de si um território amplo e espaçoso, cuja conquista dependia de um avanço contínuo (Js 1.3; 18.1-4). Por conseguinte, devemos avançar sempre na conquista das “coisas que estão diante de nós” (FI 3.12, 13).

3. Aprofundamento da comunhão com Deus. O “falar em línguas” leva-nos a ter uma comunhão mais íntima com Deus (1 Co 14.2, 28), proporcionando profunda edificação pessoal (1 Co 14.4). É o refrigério prometido por Deus (Is 28.11, 12). E, ainda, uma força extraordinária na oração (1 Co 14.15), pois oramos em espírito (Rm 8.26; Ef 6.18), e, assim, damos “bem as graças” (1 Co 14.17) num tipo de linguagem que Satanás não entende.


IV. COMO RECEBER O BATISMO

O recebimento do batismo no Espírito não está vinculado a mérito, pois é um dom de Deus (At 10.45); nem a métodos, pois o Espírito opera como o vento (Jo 3.8), que sempre toma direções diferentes; nem a datas, pois Jesus, o batizador, é soberano, e batiza quando lhe apraz; nem a locais, pois Ele batiza onde quer; nem a posturas corporais, pois o que vale é a posição do coração (Jr 29.13; Jo 7.38).

O batismo no Espírito Santo é para todos (At 2.3 8). Vejamos algumas condições para  recebê-lo:

a) Arrependimento (At 2.38, 39), voltando para Deus, em uma mudança radical de atitude.

b) Obediência (At 5.32), pela qual o Senhor derrama seu Espírito sobre “servos” e “servas” (At 2.18);(Mc 16.17; Ef 1.13), pois os que crerem verão a glória de Deus em suas vidas (Jo 11.40; 7.38; Gl 3.2, 5).

c) Busca ardente, com perseverança (Lc 11.9-13; Mt 7.7), “até” receber o poder (Lc 24.49), e também com desejo e sede ardente (SI 143.6; Is 41.17, 18; 44.3).

Conclusão

Que todos sejam cheios do poder do Espírito Santo para receberem edificação pessoal, e serem capacitados para a sublime tarefa de evangelização do mundo.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1988

SEGUE ABAIXO ALGUNS ESTUDOS QUE PODE FORTALECER E AJUDAR SEUS CONHECIMENTOS

ESTUDO Nº. 01 - O BATISMO NO ESPIRITO SANTO

De acordo com a Palavra de Deus, podemos observar que a atuação do Espírito Santo no Antigo Testamento era esporádica e com um objetivo bem definido. Desta forma, vemos que “o Espírito do Senhor se apoderou de Davi”, 1 Sm 16.13; de Sansão, Jz 14.6, e operou nos profetas de Deus. Sabemos ainda que Ele estava nos momentos da criação deste mundo (Gn 1.2) e que todos os homens chamados para a obra de Deus, ou para conduzir o povo aos objetivos de Jeová, eram usados pelo Espírito de Deus.


Ë interessante observar que Eliseu, nos últimos momentos em que esteve com Elias, fez-lhe um pedido: “Peço-te que haja porção dobrada do teu espírito sobre mim”. De forma que, no Antigo Testamento, o Espírito era dado por medida; no Novo Testamento, porém, é derramado até que transborde.

A Bíblia afirma que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo. Ele não recebeu o Espírito Santo esporadicamente, como no Antigo Testamento, pois o Espírito não lhe foi dado por medida, Jo 3.34; o Espírito Santo é uma pessoa, agindo em perfeita harmonia com Cristo, para a realização da vontade do Pai.

Após a ressurreição de Jesus, passados cinqüenta dias, vemos o cumprimento da promessa de ,Joel 2.28 e também a revelação de que vivemos os últimos dias.
Jesus falou do Espírito Santo, que viria e assistiria aos seus discípulos de todos os tempos. Era o Espírito que iria consolar os discípulos, sem dúvida, mas era, acima de tudo, o Paracleto (Jo 14.16-26; 15.26; 1.7), que significa Protetor e Sustenta- dor. Ele daria também o revestimento de poder para que pudessem ir ao mundo falar do Evangelho, como poderosas testemunhas da obra expiatória de Cristo.

A palavra “Baptizo”, no Grego, quer dizer: eu imerjo, eu mergulho. Logo, concluímos que o batismo no EspíritQ Santo é um revestimento glorioso de poder, é ser imergido, mergulhado no Espírito Santo. É um derramamento do Espírito envolvendo totalmente o crente.

Objetivo

O objetivo do batismo no Espírito Santo é, primeiramente, capacitar o crente para ser testemunha do Senhor Jesus e do seu poder, At 1.8. É, também, um meio pelo qual o crente torna-se cheio do Espírito para a realização da obra de Deus. O batismo não é o fim, mas o começo; é a porta que conduzirá ao compartimento de outras bênçãos, como a dos dons espirituais, do fruto do Espírito e da vida renovada. Ser cheio do Espírito Santo é mais do que um privilégio — é um dever, Ef 5.18.

Para quem é o Batismo no Espírito Santo

E para quem ouve. O Batismo no Espírito Santo é para quem ouve, dá atenção à Palavra de Deus e aceita a salvação de Jesus. Quem tem a certeza de que seus peca- dos foram perdoados, e anda em novidade de vida.

E para quem crê. O Batismo no Espírito Santo é para todos aqueles que crêem nos seus sinais e evidências, da mesma forma que creram os discípulos no dia de Pentecoste. É preciso crer que é uma realidade também para os nossos dias: “...e nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei...” At 2.17; precisamos crer “...que a promessa diz respeito a vós...” (At 2.39; 10.45) e que é uma doutrina bíblica, Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5,8; 11.16.
E para quem busca. Os discípulos ficaram em Jerusalém, no cenáculo, perseverando unânimes em oração e súplica até que desceu sobre eles o Espírito Santo, no dia de Pentecoste, conforme a promessa de Jesus:Lc 24.49; At 1.12-14. Se buscarmos, também receberemos: Mt 7.7,8.

É para quem quer receber. Em Ap 3.20, Jesus diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Assim como Jesus, o Espírito Santo também bate à porta para entrar, mas não força a entrada; portanto, torna-se necessário abrir o coração para que o Espírito Santo entre. Como dar algo a quem não o quer? Mas se a pessoa o deseja, tudo se torna fácil. Se alguém deseja o Espírito Santo, o Senhor o dá em abundância. Aleluia!

A evidência do batismo no Espírito Santo, O que aconteceu no dia de Pentecoste, em Jerusalém, quando desceu o Espírito Santo batizando os discípulos, mostra-nos a evidência do batismo no Espírito Santo, como vemos em Atos 2. Foram vista por eles línguas repartidas como de fogo e todos foram cheios do Espírito Santo, na presença de representantes de aproximadamente quinze nações, e falaram noutras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Concluímos então, que, de acordo com a Palavra de Deus, a evidência do batismo no Espírito Santo consiste no falar noutras línguas.

Quando Pedro anunciou o Evangelho a Cornélio e sua família, diz-nos o texto que “caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a Palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus”, At 10.44-46. Vemos aqui a evidência das novas línguas. Logo após, quando Pedro justificava-se perante a Igreja por haver batizado Cornélio, disse que, quando caiu o Espírito Santo sobre Cornélio e os que com ele estavam, lembrou-se do que .Jesus disse: “. mas vós sereis batizados com o Espírito Santo”, At 11.16.

Em outra ocasião, quando Paulo foi pregar o Evangelho em Efeso, encontrou lá alguns discípulos que conheciam apenas o batismo de ,João (batismo do arrependimento). Então, “impondo-lhes Paulo as mãos, veio o Espírito Santo: e falavam línguas, e profetizavam”, At 19.6.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Revista o  Obreiro – CPAD – 1984

ESDTUDO DE Nº. 02 - O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

O fato e a evidência do batismo com o Espírito Santo foi, é, e será na Igreja do Deus vivo até a vinda de Jesus Cristo, as línguas estranhas. O batismo com o Espírito Santo é uma doutrina cardeal da Bíblia, imutável, atual, necessária e indiscutível.
Confiar essa doutrina ao passado e negar sua realidade atual é também o mesmo que confinar a igreja contemporânea ao passado. As reações provadas pelo movimento do dia de Pentecoste são as mesmas hoje, com a interrogação: “que quer isto dizer?”.

Alguns grupos evangélicos não negam a doutrina do batismo com o Espírito Santo, mas negam a sua atualidade nos moldes da Igreja primitiva. Outros grupos afirmam receber o batismo com o Espírito Santo sem a evidência do falar em línguas (glossohUia). Separar a evidência física da doutrina pertinente, significa negar, também, sua evidência histórica e presente. Portanto, nosso objetivo neste artigo é destacar os pontos que fortalecem a doutrina e refutar as idéias contrárias à interpretação bíblica e pentecostal. Inicialmente procuraremos apresentar:

A obra que precede o batismo com o Espírito Santo

É fato indiscutível que o batismo com o Espírito Santo é obra distinta da conversão. Não é uma operação espiritual isolada, mas uma seqüência da nova vida em Cristo Jesus.

O Espírito Santo no trabalho da convicção. O Espírito Santo atua neste processo em três esferas relativas à convicção: a esfera da mente, a esfera do sentimento e a esfera da vontade. Essas esferas estão diretamente ligadas à alma do pecador, visto que o Espírito Santo inicia seu trabalho com a alma do pecador. Depois de convencê-la, então o espírito humano tornar-se-á acessível à obra espiritual.

Na esfera da mente, o Espírito Santo trabalha com o objetivo de convencer o pecador intelectualmente através da Palavra de Deus. Ele demonstra que “a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”, Hb 4.12. Notemos que o Espírito Santo utiliza a Palavra de Deus com poder, o qual penetra no ser total do homem ou seja, seu corpo, alma e espírito.

No livro de Neemias temos uma oração que inclui estas palavras: “E deste o teu bom Espírito para os ensinar”, 9.20. Noutro texto fica confirmada a atuação do Espírito Santo em nossa mente, quando diz: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito”, Rm 8.27. Portanto, o Espírito Santo trabalha para convencer a mente do homem acerca das verdades espirituais, Um outro texto reforça o fato de que o Espírito Santo é o divino revelador, no contexto que estamos a discorrer. Está escrito: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Por que qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que está nele? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus”, 1 Co 2.10,11.

O Espírito Santo atua na esfera do nosso sentimento. Não é suficiente que o homem seja convencido intelectualmente. Ele precisa ser convencido no âmago de suas emoções. Ele precisa ser convencido a tomar uma decisão. É nessa esfera que o Espírito Santo procura despertar o pecador a ter desejo de ver, de possuir aquilo que lhe é apresentado da parte de Deus. Ele move as nossas emoções através da convicção intelectual gerada pela verdade divina anteriormente ensinada.

Paulo, o apóstolo das gentes, roga as orações dos santos invocando o sentimento do Espírito Santo, quando diz: “E rogo-vos irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”, Rm 15.30. Paulo evoca um sentimento do Espírito que é o amor. Isto prova que o Espírito Santo é pessoa dotada de sentimentos, numa esfera infinitamente superior a tudo o que é humano, e por isso mesmo Ele atua nessa área, procurando convencer o pecador a tomar posse da bênção de Deus que lhe é oferecida.

O Espírito Santo atua na obra da convicção e a da vontade. Mais uma vez temos que reconhecer a personalidade do Espírito Santo. Ele é dotado de vontade. um atributo-pessoal de que é também dotado o ser humano. É aqui nesta esfera que Ele age quanto a nossa decisão, visto que o pecador já está convencido da verdade através da mente e do seu sentimento. A vontade não é algo isolado dentro do ser humano. Ela está ligada aos impulsos da mente e do sentimento.

O Espírito Santo trabalha ainda no ser humano, na convicção de três fatos, dos quais o pecador não pode fugir. É uma ação tríplice de convicção que só o Espírito Santo pode realizar. Essa tríplice ação do Espírito deve ser entendida à luz do texto de ,João 16.8-10, que diz: “E. quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça. porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.”

Primeiro, o Espírito convence do pecado, mostrando ao pecador que seu caminho. sua vida errante podem ser mudados. É um ato que absolve do passado negativo mediante a confissão e o arrependimento. O pecado é uma realidade e o pecador precisa ser liberto dele e da sua condenação.

Segundo, o Espírito convence da justiça. Aqui neste ato o Espírito mostra o caminho da libertação. Ele apresenta a Cristo e sua obra expiatória no Calvário. Convence de que a justiça divinà exigida contra o pecado foi cumprida na cruz. Isso garante um novo presente e um ditoso porvir para todo aqueleque crer.
Terceiro, o Espírito convence do juízo. Aqui o Espírito Santo aponta para o futuro. O juízo inescapável foi executado e a força de sua condenação foi aplacada. Cristo se fez juízo por nós.

O juízo final condenatório do futuro, quando todos os homens terão de comparecer perante o Grande Trono Branco, nada terá a ver com aqueles que aceitaram e seguiram a Cristo como Salvador, no presente. Dentro deste assunto há um segundo ponto a considerar, que é:

O Espírito Santo no ato da conversão do pecador. Um fato é constatado na experiência cristã. Muitas pessoas. às vezes, são convencidas das verdades inconfundíveis do Evangelho, mas não se convertem. Rejeitam toda a obra do Espírito Santo no seu trabalho da convicção. Entretanto, sabemos que a convicção experimentada pelo pecador pode conduzi-lo à conversão a Jesus Cristo.

O apóstolo Pedro, logo após a experiência do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste, e após o milagre do coxo de nascença, na porta do templo. pregou com autenticidade. Sua mensagem foi poderosa e direta. Entre muitas verdades expostas por Pedro está uma exortação que diz: “Arrependei-vos. pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados. e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”. At 3.19.

A conversão envolve o ato de se fazer meia-volta em relação à vida pecaminosa e dirigir-se para Deus. É o Espírito Santo quem conduz o pecador à conversão. O ato da conversão implica no homem aceitar o senhorio de Cristo sobre sua vida. E plena submissão ao Senhor dos senhores. E o Espírito Santo quem conduz os homens ao senhorio de Cristo. Esse fato é confirmado pela Bíblia, quando diz:

“Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que ,Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”, 1 Co 12.3. O ato da conversão operada pelo Espírito Santo implica o recebimento de Cristo em nossa vida, de modo direto. Esse recebimento de Cristo significa submeter-se a Ele e viver de acordo com a sua vontade. Está escrito: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele”, Cl 2.6.

É no ato da conversão que o Espírito Santo mostra ad pecador uma nova perspectiva da vida, a nova vida em Cristo, isto é, o novo “modus vivendi” espiritual. Ele identifica a sua obra com a nova vida e o conscientiza de que é uma “nova criatura” (2 Co 5.17). Essa nova vida recebida do alto representa a gloriosa habitação do Espírito Santo no interior do pecador remido. Essa habitação do Espírito no interior da “nova criatura” torna-se em perene fonte de energia e vida espiritual. Em João 7.38 Jesus disse: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d’água viva correrão do seu ventre”.

Revista o  Obreiro – CPAD – 1984



ESTUDO DE Nº. 03 - O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO = “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar ei4 outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).

VERDADE PRÁTICA = O batismo com o Espírito Santo é a dádiva de Deus para os seus filhos, assim como a salvação é a sua dádiva para os perdidos.

LEITURA BIBLICA = LUCAS 24.49, 52; ATOS 2.14.

INTRODUÇÃO

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, com a evidência física inicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; 1 Co 14.15, 26). No entanto, o batismo do Espírito, como vemos em 1 Co 12.13; Gi 3.27; Ef 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.5) são imersos no corpo místico de Cristo (Hb 12.23; 1 Co 12.l2ss). Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo.

I. A PROMESSA DO BATISMO E O SEU CUMPRIMENTO

Dos cerca de 500 irmãos que viram Jesus ressurrecto e ouviram o seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas 120 deles atenderam (1 Co 15.6). Que acontecera aos demais que lá foram? Nem todos buscam com sede e perseverança o batismo com o Espírito Santo.

1. Analogia do batismo. Tanto Jesus quanto João Batista empregaram o termo “batismo” para descrever o revestimento de poder do Espírito Santo sobre o crente (At 1.5; 11.16; Mt 3.11; Mc 1.8). Ora, em todo batismo têm de haver três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser batizado; um batizador; e um elemento ou meio em que o candidato será imerso. No batismo com o Espírito Santo, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor Jesus; e o elemento ou meio em que o filho de Deus é imerso é o Espírito Santo.

2. A promessa do batismo pentecostal. Há várias promessas de Deus no Antigo Testamento a respeito do derramamento do Espírito sobre o povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns 800 anos antes do advento de Cristo (Jl 2.28-3 2).

3. Predita por João Batista. João foi o arauto de Jesus; foi homem cheio do Espírito Santo. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a promessa do batismo: Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32, 33; At 11.16.
4. Confirmada por Jesus. Em diversas ocasiões Jesus confirmou a promessa do batismo com o Espírito Santo.

a) Marcos 16.17. Jesus declarou: “falarão novas línguas”.

b) Lucas 24.49. Neste texto, Jesus denominou a promessa como a “promessa de meu Pai”. O batismo com o Espírito Santo foi o último assunto de Jesus aos seus, antes da sua ascensão (vv.50, 51).

c) João 7.38, 39. Esta passagem deve ser estudada juntamente com Atos 2.32,33. O apóstolo Pedro, após ser batizado com o Espírito Santo e pregar no Dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa do batismo, agora cumprida em Jerusalém (At 2.1-4).

5. A promessa divina cumprida. No Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de Deus foi receber, preservar e comunicar a revelação divina - as Santas Escrituras (Rm 3.1, 2; 9.4; 2 Co 3.7). O privilégio especial do povo de Deus em o Novo Testamento, entretanto, é receber o Espírito Santo: a) na conversão (Jo 3.5; 14.16, 17; 16.17; 2 Co 3.8,9; Rm 8.9); b) no batismo com o Espírito Santo; e, c) subseqüentemente, por meio da vida cristã (At 4.8, 31; 9.17; 13.9, 52; Ef 5.18).

II. OS CONCEITOS DO BATISMO COM O ESPIRITO SANTO

Da parte de Deus, o batismo com o Espírito Santo é, a um só tempo:

1. Uma ditosa promessa - “a promessa do Pai” (At 1.4). O batismo com o Espírito Santo procede da vontade, amor e promessa de Deus para os seus filhos.

2. Uma dádiva celestial inestimável - “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). O batismo é uma dádiva de Deus aos crentes.

3. Uma imersão do crente no sobrenatural de Deus - “sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1.5). A partícula original desta última referência também permite a tradução “batizados no Espírito Santo”.

4. Um revestimento de poder do alto - “até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). É como alguém estando vestido espiritualmente, ser re-vestido de poder do céu.

III. COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPIRITO SANTO

1. Sendo a pessoa já salva. o batismo com o Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos ao serem batizados no Dia de Pentecostes:
a) Tinham seus nomes escritos no céu (Lc 10.20);
b) Eram limpos diante de Deus (Jo 15.3);
c); Possuíam em si a vida espiritual (Jo 15.4,5,16);
d) Haviam sido enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mt 10.1; Lc9.1,2; 10.19).

2. Crendo na promessa divina do batismo. O batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4; 2.16, 32, 33).

3. Buscando com sede, em oração (At 1.4, 14; Jo 7.37-39; Lc 11.13). A oração é um elemento necessário e indispensável para o crente obter o batismo com o Espírito Santo.

4. Adorando a Deus com perseverança. Louvando sempre a Deus. Assim fizeram os candidatos antes do primeiro Pentecostes (Lc 24.51, 52).

5. Perseverando em unidade fraternal. Isso também eles fizeram antes do primeiro Pentecostes (At 1.14).

6. Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At 5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a Cristo?

IV. OS RESULTADOS DO BATISMO COM O ESPIRITO SANTO

1. Edificação espiritual individual. Mediante o cultivo das línguas recebidas com o batismo, o crente é edificado pessoalmente (1 Co 14.4,15).

2. Maior dinamismo espiritual. Isto é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66- 72; At 4.6-20).

3. Maior desejo e resolução para orar e interceder (At 3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26). O crente cheio do Espírito ora e intercede constantemente a favor dos filhos de Deus.

4. Maior glorificação do nome do Senhor. Isto “em espírito e em verdade”, nos atos e na vida do crente (Jo 16.13, 14).

CONCLUSÃO

De acordo com Atos 2.17, o batismo com o Espírito Santo é para qualquer nação: “Toda carne”, Não há qualquer distinção de sexo para receber o batismo, pois está escrito que é para “filhos e filhas” (At 2.17). Também não importa a idade do candidato (“mancebos e velhos”) ou a camada social do indivíduo (“servos e servas”). Portanto, todos podem e devem buscar essa dádiva celeste.

Lições bíblicas CPAD 2006


ESTUDO DE Nº. 04 - O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO = “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento, mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas rido sou digno de levar; ele vos batizara com o Espírito Santo, e com fogo” (Mt 3.11).

VERDADE PRÁTICA = Ser batizado com o Espírito Santo é uma necessidade imperiosa na vida de todo o crente que deseja ser usado por Deus no Seu serviço.

TEXTO BIBLICO BÁSICO  = At 2.1-13

INTRODUÇÃO

A experiência do batismo com o Espírito Santo tem-se feito numa das pedras basilares da doutrina pentecostal, por vários séculos, como uma doutrina tanto bibliocêntrica quanto prática e experimental.

I. A PROMESSA DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Um dos sinais prenunciados pelos profetas do Antigo Testamento, alusivo ao fim dos tempos para judeus e gentios, trata do derramamento do Espírito Santo em grande profusão sobre a terra.

1. Nas palavras do profeta Joel. No livro do profeta Joel, capítulo 2, versículos 28 e 29, lemos uma das primeiras promessas referentes ao batismo com o Espírito Santo: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito”.

2. Nas palavras de João Batista. Mais de quinhentos anos haviam-se passado desde que esta profecia do Senhor fora dada a Joel, quando, pelas campinas verdejantes da Judéia, e pelas margens úmidas do Jordão, apareceu João Batista, o precursor do Salvador, anunciando: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo” (Mt 3.11).

3. Nas palavras de Jesus Cristo. Não tardou até que Cristo, na força do Espírito, começasse o seu ministério, no desenvolver do qual, também falou sobre a obra do Espírito Santo, começando com o novo nascimento, seguindo-se o batismo com o mesmo Espírito. Ele próprio disse quando de sua estada numa festa dos judeus em Jerusalém: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d’água viva correrão do seu ventre”.
E acrescenta o apóstolo João que “isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo 7.38,39). Após ressuscitar dos mortos, noutro lugar, antes de subir para o Pai, diante dos seus discípulos, outra vez disse Jesus: “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo; não muito- depois destes dias” (At 1.5).

4. Cumprimento da promessa. Após ter dito isto, foi Jesus elevado ao Céu, e, já à mão direita do Pai, cumpre o que prometeu, conforme registra Atos 2.1-13, o texto básico desta lição. Os anos e os séculos vão se escoando e o momento do arrebatamento da Igreja se aproximando, enquanto milhões de pentecostais, espalhados por todos os continentes, têm experimentado a realidade do cumprimento da promessa do batismo com o Espírito Santo.

II. A REALIDADE DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

O batismo com o Espírito Santo, como promessa, é algo não apenas para ser desejado e buscado pelo crente. Mais do que isto, como doutrina bíblica deverá ser corretamente compreendido.

1. Falsos conceitos sobre batismo com o Espírito Santo. No decorrer dos anos, muitíssimos conceitos errôneos têm surgido a respeito do batismo com o Espírito Santo. Muitas “boas intenções” têm contribuído para se generalizarem tais conceitos. De um lado estão os antipentecostais a confundirem o batismo com o Espírito Santo com a conversão, com o novo nascimento.

Do outro lado estão muitas correntes “renovacionistas” e “carismáticas” falando dum batismo com o Espírito Santo alheio à autenticidade bíblica. Enquanto isto, no centro, estão também não poucos pentecostais nominais, que já não nutrem nenhum interesse por cooperar no sentido de que as suas congregações, principalmente os crentes mais novos tenham a experiência do batismo com o Espírito Santo.

2. O que não é o batismo com o Espírito Santo. E importante saber que o batismo com o Espírito Santo não é a mesma coisa que o novo nascimento. Ambas são experiências distintas. Jesus primeiramente disse a seus discípulos: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). Só depois eles foram batizados com o Espírito Santo.

Os crentes samaritanos bem como os doze discípulos de Éfeso (At 8.14-17; 19.6), por certo já possuíam os seus nomes escritos no Livro da Vida quando receberam o dom do Espírito Santo. O próprio Jesus, não obstante ter sido gerado por obra e graça do Espírito, só aos trinta anos de idade foi Ungido pelo Espírito Santo e capacitado para a sua missão (Lc 4.17-20).

3. O que é o batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é o âmago da experiência de Pentecoste. Desse modo, um verdadeiro pentecostal não é alguém que simplesmente pertence a uma denominação com esse nome, mas alguém que foi batizado com o Espírito Santo e que continua a transbordar da sua virtude.

O batismo com o Espírito Santo é, dentre outras coisas: a) o cumprimento integral e total da promessa do Pai, sobre a qual falou o Senhor Jesus Cristo (At 1.4); b) a unção indispensável a todo crente, que, possuidor da natureza divina, tem o dever de testemunhar de Cristo e do seu Evangelho por todos os lugares, até os confins da terra (At 1.8); e c) o fluir das fontes cristalinas da salvação, que manam na alma do pecador perdoado, pela bondade do Senhor (Jo 7.38,39).

4. Todo crente deve buscar o batismo com o Espírito Santo. Um dos ensinos preferidos pelos antipentecostais é que o crente não deve buscar o batismo com o Espírito Santo, pois, segundo eles, o crente que assim faz está sujeito a receber um espírito de demônio em lugar do Espírito Santo. Este ensino é não só absurdo como também uma blasfêmia inominável, contra o qual se manifesta o Senhor Jesus Cristo em Lucas 11.14-20.

O crente não batizado com o Espírito Santo deve pedir a Jesus, o doador do Espírito Santo, que o batize, e também (é bíblico) os crentes já batizados, devem orar em favor dos que ainda não foram batizados, para que sejam cheios do Espírito Santo. Pedro e João oraram para que os crentes samaritanos fossem batizados com o Espírito Santo (At 8.17); o mesmo fez Ananias com Saulo                (At 9.17). Paulo impôs as mãos sobre os doze discípulos em Éfeso, e, enquanto orava, o Espírito Santo veio sobre eles de sorte que tanto falavam em línguas como profetizavam (At 19.6).
Uma vez que o batismo com o Espírito Santo é uma bênção destinada a todos os crentes, todos os crentes devem desejá-lo e buscá-lo.

III. A EVIDÊNCIA FÍSICA DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. No dia de Pentecoste (At 2.4). A demonstração comum ou evidência física inicial de que todos foram cheios do Espírito Santo, foi que todos falaram em outras línguas; línguas que não haviam aprendido, faladas, portanto, pela operação sobrenatural do Espírito Santo.

2. Entre os crentes em Samaria (At 8.14-17). Ainda que o texto bíblico não mostre explicitamente que os samaritanos hajam falado em línguas estranhas como evidência do batismo com o Espírito Santo, vários autores são de opinião que isto tenha ocorrido; pois, se não tivesse havido a manifestação das línguas, como os apóstolos teriam notado a diferença entre eles antes e depois da oração com imposição de mãos? E mais, por que razão Simão, o mago, iria oferecer dinheiro aos apóstolos em troca do poder de provocar aqueles fenômenos, se ele não os tivesse visto?
3. Sobre Saulo em Damasco (At 9.17,18). Também no caso de Saulo, o texto bíblico não diz claramente que ele tenha falado em línguas, mas diz que ele foi cheio do Espírito Santo. Porém, uma vez que Paulo diz falar mais línguas que os coríntios (1 Co 14.18), a opinião mais comum entre comentaristas das Escrituras é que ele tenha falado em línguas, quando foi cheio do Espírito Santo.

4. Na casa de Cornélio (At 10.44-46). Foi a ênfase dada pelo apóstolo Pedro e seus companheiros ao fato de que os gentios em Cesaréia haviam recebido o dom do Espírito Santo da mesma forma como os quase cento e vinte no dia de Pentecoste, que apaziguou o ânimo dos apóstolos em Jerusalém, de sorte que disseram: “Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida” (At 11.18).

5. Sobre os discípulos em Éfeso (At 19.6). Cerca de vinte anos após o dia de Pentecoste, o batismo com o Espírito Santo ainda era acompanhado com a evidência física inicial de falar línguas estranhas. Esta evidência satisfazia não só a um dos requisitos da doutrina apostólica, quanto à manifestação do Espírito, como também cumpria fielmente as palavras de Jesus. “Estes sinais seguirão aos que crêem: . . .falarão novas línguas” (Mc 16.17)

IV. PROPOSITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Já dissemos que o batismo com o Espírito Santo é doutrina bíblica e se destina a todos os crentes, independentemente do tempo e da denominação à qual estejam filiados. Mas, quais os propósitos do batismo com o Espírito Santo? Dentre estes, atentemos para os seguintes:

1. Viver abundantemente para Deus (Jo 7.38,39). Do momento do novo nascimento até à morte ou à glorificação, a vida do cristão deverá estar identificada com o progresso espiritual, marcado por uma vida de submissão e de comunhão com Deus.

2. Identificar o crente com Cristo (Lc 4.18, 19). Disse o Dr. A.B. Simposon, fundador da Aliança Bíblica Missionária: “Primeiro, o Senhor nasceu pelo Espírito, e posteriormente iniciou seu ministério no poder do Espírito Santo. Espero que assim como ‘o que santifica, como os que são santificados, são todos um’, de igual maneira nós devemos seguir seus passos e imitar sua vida. Nascidos no Espírito nós também devemos ser batizados com o Espírito Santo, e logo viver a vida de Cristo e repetir sua obra”.

3. Poder para testemunhar (At 1.8). A experiência da salvação do homem começa no Calvário, enquanto que o seu serviço começa no Pentecoste, ou seja, com a experiência do batismo com o Espírito Santo.


A finalidade deste batismo está prescrito na própria promessa de concessão: capacitar o crente para o trabalho divino,  O crente, pois, corre um sério risco, uma vez batizado com o Espírito Santo, se não assumir uma vida de compromisso com o testemunho cristão.

Lições bíblicas CPAD 1988

ESTUDO DE Nº. 05 - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Atos 1. 5
“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.”
Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo
(ver 1.4 nota sobre “batismo no”, ao invés de “batismo com”, o Espírito Santo).
A respeito do batismo no Espírito Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:
(1) O batismo no Espírito é para todos que professam sua fé em Cristo
Que nasceram de novo, e, assim, receberam o  Espírito Santo para neles habitar
(2) Um dos alvos principais de Cristo na sua missão terrena
Foi batizar seu povo no Espírito  (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; lo 1.33).
Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar
Aaté que fossem batizados no Espírito Santo e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At.4,5,8).
(3) O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada.
Assim como a obra santificadora do Espírito é distinta e completiva em relação à obra regeneradora do mesmo Espírito. Assim também o batismo no Espírito complementa a obra regeneradora e santificadora do Espírito. No mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse:

Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22), indicando que a regeneração. E a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser “revestidos de poder”. Pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8).
Portanto, este batismo é uma experiência subseqüente à regeneração (ver 11.17 nota; 19.6 nota).
(4) Ser batizado no Espírito significa experimentar a plenitude do Espírito, (cf. 1.5; 2.4).
Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecoste.
Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecoste (e.g. Lc 1.15,67)
Locas não emprega a expressão batizados no Espírito Santo”.
Este evento só ocorreria depois da ascensão de Cristo (1.2-5; Lc 24.49-51, lo 16.744).
(5) O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46; 19.6;).
(6) O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial
Para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho
E pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1 Co 2.4).
Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espirito Santo.
Na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com Seu povo (lo 14.16-18; 16.14; 1 Co 12.7).
(7) Outros resultados do genuíno batismo no Espírito Santo são:
(a) mensagens proféticas e louvores (2.4,17; 10.46; 1 Co 14.2,15);
(b) maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo
Uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8 nota; At 1.8 nota);
(c) uma vida que glorifica a Jesus Cristo (lo 16.13,14; At 4.33);
(d) visões da parte do Espírito (2.17);
(e) manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1 Co 12.4-10);
(f) maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Em 8.26);
(g) maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (lo 16.2 3; Ar 2.42) e
(h) uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Em 8.15; GI 4.6).
(8) A Palãvra de Deus cita várias condições prévias para o batismo no Espírito Santo.
(a) Devemos aceitar pela fé a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17).
Isto importa em submeter a Deus a nossa vontade (“àqueles que lhe obedecem”, 5.32).
Devemos abandonar tudo o que ofende a Deus, para então podermos ser  “vaso para honra, santificado e idóneo para o uso do Senhor” (2 Tm 2.21).
(b) É preciso querer o batismo, O crente deve ter grande fome
E sede pelo batismo no Espírito Santo (lo 7.37-39; cf, Is 44.3; Mt 5.6: 6.33).
(e) Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31; 8.15,17).
(d) Devemos esperar Donvictos que Deus nos batizará no Espírito Santo (Mc 11.24; At 1.4,5).
(9) O batismo no Espírito Santo permanece na vida do crente mediante á oração (4.31), testemunho (4.31,33)
A adoraçào no Espírito (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas).
Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no Espírito Santo sobre o crente
Se ela não for expressa numa vida de oração, dá testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

(10)O batismo no Espírito Santo ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de Deus
Para, assim, testemunhar com poder e retidão.
A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do Espírito Santo  (ver 4.31 nota; cf. 2.4; 4,8,31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no Espírito
Portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito, que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).
Biblia de Estudo Pentecostal

ESTUDO DE Nº. 06 - O QUE NÃO É BATISMO COM ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO = “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” (1Co 12.7).

VERDADE PRÁTICA = A experiência pentecostal ó a certeza de que somos revestidos do poder de Deus, para vivermos vitoriosamente.

LEITURA = ATOS 2.37-39

INTRODUÇÃO

A dificuldade para se aceitar a experiência do batismo com o Espírito Santo tem levado muitos servos de Deus a relegarem a referida experiência ao passado. O acontecimento do dia de Pentecoste nas vidas quase 120 discípulos é tratado apenas como um evento histórico desnecessário à Igreja atual. Por isso, nesta lição, estudaremos “o que não é batismo com o Espírito Santo”. Confrontaremos as declarações bíblicas com as antipentecostais:

I. EM RELAÇÃO À NOVA VIDA EM CRISTO

Esta nova vida é produzida pelo Espírito Santo, no ato da conversão. Diz a Bíblia: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Co 5.17) Esta passagem fala da experiência da salvação, que representa para o pecador sua “nova vida”, ou seja, seu novo “modus vivendi”. Ela é interpretada, erradamente, como o batismo com o Espírito Santo. Por isso, responderemos a esta questão nos quatro itens que se seguem:

1. O batismo com o Espírito Santo não significa a regeneração. E o Espírito Santo quem realiza a obra da regeneração (Jo 3.5-8). Ele transforma a vida do pecador, agora morto “em delitos e pecados” (Ef 2.1).
No batismo com o Espírito Santo, após a conversão, o pecador é revestido do poder do alto, para viver vitoriosamente.

2. O batismo com o Espírito Santo não é o perdão de pecados. Afirmam os antagonistas do movimento pentecostal que o batismo com o Espírito Santo é recebido no ato da conversão. Dizem que no dia de Pentecoste, não havia diferença entre os quase 120 discípulos reunidos no Cenáculo e os quase três mil que se converteram naquela ocasião. Entendem que todas aquelas pessoas, ao receberem e aceitarem mensagem de Pedro, foram automaticamente batizadas com o Espírito Santo. E inaceitável esta interpretação. Percebe-se, facilmente, a distinção entre os dois grupos.

O primeiro, recebeu o “dom do Espírito” e falou em “outras línguas”, enquanto que o segundo ouviu a mensagem para o arrependimento dos pecados, pregada por Pedro que falou da promessa aos que cressem: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38).

3. Não há um só batismo. Esta declaração de que “não há um só batismo” choca-se com Efésios 4.5: “Há um só batismo”. Entretanto, não tomemos a frase de um texto isolado para contrariar o resto das Escrituras que falam da “doutrina dos batismos” (Hb 6.2). Embora a forma plural,no grego, “baptismõn”, em Hebreus 6.2, refira-se ao cerimonial da purificação dos judeus (Mc 7.4), também faz distinção entre o batismo de João e o do Cristianismo (Lc7.29;At18.25; 19.3;Mt28.19,20; Mc 16.16; At2.38). Do ponto de vista bíblico, “há um só batismo” de arrependimento (Mc 1.4; At 2.38); “há um só batismo” como Espírito Santo(Mt3.11;At l.5,8; 11.16; 19.2-6). Paulo, ao afirmar: “há um só batismo”, referia-se ao batismo em água, que simboliza o “sepultamento da velha vida”.

4. O batismo com o Espírito Santo não significa a imersão no corpo de Cristo. Paulo escreveu aos Gálatas: “Pois todos vós, que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo” (Gl 3.27). Esta passagem nada tem a ver com o batismo no Espírito Santo. Ser batizado em Cristo é o ato de regeneração em seu corpo, a sua Igreja. Em 1 Coríntios 12.13, lemos: “Fomos batizados no corpo de Cristo pelo único Espírito”.

II. EM RELAÇÃO À MANIFESTAÇÃO DAS LÍNGUAS

O falar em línguas estranhas está cm Atos 2.1-13. Há diferença entre o “ser cheio do Espírito” e o “ser batizado com o Espírito Santo”. Os antagonistas não aceitam esta distinção, pois entendem que as duas manifestações são a mesma coisa. Entretanto, Atos 2.4 informa que estas experiências podem ser simultâneas, mas sempre distintas. Em primeiro lugar, os discípulos “foram cheios do Espírito” e depois “começaram a falarem outras línguas”.
Nesta lição, respondemos às acusações e às falsas teorias contra a evidência do “falar em outras línguas”.

1. As línguas faladas no dia de Pentecoste não resultaram de um delírio emocional. A expressão “outras línguas” serve de base para os antagonistas inventarem suposições teóricas e mentirosas acerca da declaração bíblica de que “começaram a falar em outras línguas”. Negam a evidência sobrenatural das línguas faladas, ao afirmarem que “outras línguas” não se refere às produzidas pelo Espírito Santo, pois oram meramente humanas. Declaram que os discípulos, reunidos naquele dia, estavam perturbados emocionalmente. Por isso, num extravasamento de profunda emoção, ao lembrarem da morte do seu Senhor, de seus subconscientes brotaram a palavras estranhas que representavam vários dialetos e diversas línguas.

Informam que eram expressões poéticas e arcaicas, sem nenhuma relação com a realidade das línguas faladas pelos judeus vindos de todo o mundo. Denominam “glossas arcaicas e poéticas”, resultantes de um delírio emocional muito forte. Ora, as palavras ou as frases, advindas do subconsciente, seriam impressões de fora, armazenadas sem o auxílio da mente (o consciente). Tudo isto é uma tentativa de negar a evidência sobrenatural das línguas faladas pelos discípulos.

Deste modo, afirmam que as línguas faladas por eles resultaram da armazenagem em memória, trazidas à tona pelas palavras, frases ou orações ouvidas a muito tempo e reproduzidas num momento de “êxtase emocional”. Ora, tudo isto é especulação mentirosa e perigosa que ofende a pessoa do Espírito Santo. Foi Ele quem ensinou os discípulos, sem a ajuda dos seus intelectos, a falar sobrenaturalmente aquelas línguas. Toda a tentativa antagonista é a de negar a evidência sobrenatural do falar em outras línguas. Na verdade, eram desconhecidas para os discípulos, mas constituíam-se em um sinal para s incrédulos (1 Co 14.22).

2. As línguas ouvidas pela multidão não foi um milagre de audição. A narrativa de Atos 2.6-8 diz que a multidão, ao ouvir o barulho vindo do Cenáculo, ficou pasmada e confusa, diante do que ouviam e viam. As pessoas perguntavam umas as outras: “Não são todos galileus esses homens que estão falando? Então, como é que os ouvimos, cada um, na nossa própria língua?” (At 2.7,8). Declaram que as línguas ouvidas pela multidão foi um milagre de audição. Afirmam que os discípulos não falaram aquelas línguas, mas Deus transformou seus louvores em línguas, ouvidas só pela multidão. Com isto se esforçam para negar a evidência escriturística de que “falaram em outras línguas”. Ainda em nossos dias, admitem o batismo com o Espírito Santo, sem a prova física do “falar em línguas”.

3. As línguas estranhas não são articulações irracionais. E o Espírito Santo quem habilita e ensina o cristão a falar as línguas espirituais, às vezes, desconhecidas do que fala e por quem as ouve.
Entretanto, não temos o direito de rejeitá-las com palavras blasfemas contra o Espírito Santo. Tratar as línguas espirituais como articulações irracionais, que produzem sons estranhos, com ruídos, grunhidos, gritos e ecos desconexos, é o mesmo que identificar o Espírito Santo como ser irracional.

Fizeram o mesmo com Jesus, em seu ministério terreno. Certa feita, Ele libertou um homem, cego, mudo e endemoninhado. Ao contemplarem o que fora liberto do demônio que o escravizara, os fariseus declararam: “Ele não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mt 12.24).
Atribuíram ao Diabo, o poder pelo qual Jesus libertou aquele homem. Mas o Filho de Deus chamou a atenção deles: “Todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada” (Mt 12.31). O Espírito Santo possui todos os atributos pessoais: fala, audição, intelecto, vontade e sentimento.

4. As línguas estranhas não são apenas estrangeiras. Atos 2.5-13 registra a presença dos judeus de várias partes do mundo. Os discípulos, que formavam o grupo de quase 120 pessoas, eram oriundos da Galiléia e Judéia. No dia de Pentecoste, eles receberam o batismo com o Espírito Santo e começaram a falaras línguas dos partos, dos medos, dos elamitas, da Mesopotâmia, da Capadócia, do Ponto, da Ásia, da Frígia,da Panfília, do Egito, da Líbia, da Arábia, de Cirene e de Roma. Os judeus, nascidos nestes lugares, ouviram os discípulos falar suas línguas, quando não eram letrados, nem poliglotas.

O Espírito Santo os habilitou a falar aqueles idiomas, sem que os mesmos os tivessem anteriormente estudado. Os antipentecostais declaram que Deus nos ajuda, por seu Espírito, a aprendermos as línguas estrangeiras, para pregarmos o Evangelho em todo o mundo. E um argumento desprovido de respeito ao Espírito Santo. Dizem alguns, com ironia, que falam vários idiomas. Entretanto, o que aconteceu com os discípulos no dia de Pentecoste, é que a terceira pessoa da Trindade os habilitou a falar aquelas línguas, como sinal do batismo com o Espírito Santo.

Elas eram estrangeiras e conhecidas dos presentes naquela hora, mas eram desconhecidas dos discípulos. Foram faladas independentemente da aprendizagem intelectual. Paulo ensina que as línguas espirituais são desconhecidas dos homens, pois diretamente com Deus 14.2,14,18). Ele não proíbe que fale em línguas. Pelo contrário, aos que receberam este que falem em línguas, mas ordeiramente (1 Co 14.26-28).

III. EM RELAÇÃO À IGREJA, ONTEM E HOJE

“O falarem línguas” é importante paras Igreja de hoje? Atualmente, há necessidade das línguas estranhas, ou devem ficar relegadas história da Igreja primitiva? O batismo com o Espírito só é válido com evidência do falar em línguas? Pode alguém recebê-lo sem precisar em línguas?
São perguntas questionamento da Igreja atual. Respondem estas questões, quando refutamos alguns falsos conceitos sobre a experiência do dia Pentecoste:

1. O batismo com o Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos.  Afirmar que a experiência do dia Pentecoste foi exclusiva e necessária, tão somente para fortalecer a Igreja emergente, significa confinar o fato à história e desconhecer as dimensões da promessa apresentada por Pedro. Ele Citou profecia de Joel 2. 23,28,29 e declarou que seu Cumprimento dava-se naquele momento Em Atos 2.38,39, afirmou “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa diz respeito a vós, a vossos filho e a todos os que estão longe; a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”. Por isso, não podemos limitar, nem reter a ação do Espírito Santo na história. Ele foi enviado para acompanhar a Igreja até a volta de Jesus.

2. As línguas não cessaram. Paulo escreveu aos corintos: “O amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. Quando, porém, VIER O QUE É PERFEITO, então o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13.8-1O).Esta passagem é mal interpretada. Sem qualquer critério exegético alguns ensinadores burlam as regras de interpretação. Tomam apenas a parte do texto que lhes interessa, como: “havendo línguas, cessarão”, e abandonam o seu contexto. Não é preciso muito esforço para se entender, gramaticalmente, que a expressão fala do presente e do futuro.

Lições bíblicas CPAD 1994

QUE O ESPIRITO SANTO POSSA BATIZAR Á MUITOS



BOA AULA









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