7 de novembro de 2012

JONAS A MISERICÓRDIA DIVINA


JONAS A MISERICÓRDIA DIVINA

TEXTO ÁUREO = “E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez” (Jn 3.10).

VERDADE PRÁTICA = O relato de Jonas ensina nos o quanto Deus ama e esta pronto a perdoar os que se arrependem.

LEITURA BIBLICA = JONAS 1: 1-3,15,17; 3: 8-10

INTRODUÇÃO

Jonas. No hebraico é Yonah, que significa “pombo”. Era filho do profeta Amítai, do Reino do Norte, e habitava em Gate Hefer (2 Rs 14.25); segundo Jerônimo, uma aldeia nos arredores de Nazaré. Jonas viveu na época de Jeroboão II, entre 791-753 a.C., quando os assírios atormentavam o Reino de Israel.

O livro é um testemunho da soberania divina. Jeová não é apenas um Deus nacional, mas Senhor de toda a Terra, que faz justiça e usa de misericórdia para com todos os homens. Com exceção do segundo capítulo, o livro é uma narrativa da missão do próprio Jonas, enviado a Nínive, capital da Assíria, a fim de que o povo daquela cidade se arrependesse de seus pecados. O Senhor Jesus mencionou o “grande peixe” e a missão de Jonas em Mateus 12.39-41.
O LIVRO DE JONAS
 “Misericordioso e piedoso é o SENHOR; longânimo e grande em benignidade” (Sl 103:8). De forma pungente e sucinta, esta é a mensagem de Jonas.
Ler este livro é ver o mundo pelos olhos de Deus. Todos os indivíduos de todas as nações, de todas as raças são pessoas, almas, cada uma com um destino eterno. Cada pessoa é preciosa à vista de Deus; uma, tão preciosa quanta a outra.

“O livro de Jonas”, afirma W. W. Sloan, “está mais próximo dos ensinamentos do Novo Testamento do que qualquer outro texto das Escrituras hebraicas. O tema central é que Deus está interessado em todas as pessoas de qualquer nacionalidade ou raça e espera que aqueles que o conheçam se dediquem a compartilhar esse conhecimento”. Nunca na história, o livro de Jonas teve maior relevância que hoje. Há tremenda urgência que todo cristão sinta e considere esta mensagem, a fim de se envolver na missão mundial da igreja.

Entendemos a mensagem à medida que observamos Jonas — insensível, vingativo, nacionalista e implacavelmente soberbo — que prende sua fé no peito, enquanto Deus procura fazer com que ele a compartilhe de acordo com o seu propósito mais amplo de redenção. Jonas, ao lutar contra os procedimentos divinos, às vezes nos lembra o mesquinho irmão mais velho do pródigo. 

E como o pai, perdoador e alegre, o Senhor insiste para que Jonas abandone a aboboreira murcha e a barraca queimada pelo sol e vá compartilhar da alegria da cidade poupada. Aqui, Jonas nos lembra o servo desumano em outra das parábolas de Jesus. Quase podemos ouvir o Senhor pleiteando com o profeta: “Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão [...] como eu também tive misericórdia de ti?” (Mt 18.32,33).

A historicidade da profecia de Jonas não foi questionada até recentemente, quando os estudiosos incrédulos se recusaram a “engolir a baleia”. Desde então, outros fatores miraculosos no relato também entraram em discussão. Para alguns, parecia mito. Para outros era alegoria do exílio e a missão de Israel com base em Jeremias 5 1.34. Um terceiro grupo o considerava parábola. Mas há boas razões para aceitá-lo como narrativa histórica.
O profeta Jonas, sem dúvida, foi uma figura histórica. Residia em Gate-Hefer, era filho de Amitai e serviu como verdadeiro profeta do Senhor no Reino do Norte durante o reinado de Jeroboão II (aproximadamente 786-746 a.C.; 2 Rs 14.25). Foi, portanto, antigo contemporâneo de Oséias e Amós. A Bíblia não relata o que Jonas fez depois de ter pregado em Nínive. A tradição que diz que foi enterrado em Nínive num local marcado por uma mesquita carece de apoio histórico.

Jesus menciona a experiência de três dias de Jonas no “ventre da baleia” para indicar antecipadamente sua experiência entre a crucificação e a ressurreição. E, pelo visto, nosso Senhor considera o arrependimento dos ninivitas como fato histórico. Na realidade, Jonas é o único profeta do Antigo Testamento com quem Jesus se comparou e o fez no assunto da ressurreição (Mt 12.39-41; Lc 11.29-32).

A missão de Jonas em Nínive com suas feições miraculosas não foi única. Ela é comparada às missões de Elias a Sidom e de Eliseu à Síria (1 Rs 17.8-24; 19.15; 2 Rs 8.7- 15). Nem a perigosa viagem do apóstolo Paulo para Roma, no Novo Testamento, foi tão diferente da viagem de Jonas em suas implicações miraculosas (At 27.1—28.14).

O livro de Jonas está na forma de narrativa histórica linear e não há indicação de que deva ser interpretado de outro modo. Até o século XIX, os judeus e cristãos em geral consideraram o livro como relato verdadeiro.

Conforme sugere Robinson: “Podemos alegar enfaticamente que, para Jonas, a força da autodefesa de Jeová exigia uma missão verdadeira para uma cidade pagã com um arrependimento verdadeiro e ‘salvamento’ autêntico. Não é fácil acreditar que o desafio: ‘Não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive’? Foi apresentado ao povo de Israel pelo escritor inspirado como consideração puramente hipotética.

A autoria e data do livro de Jonas são incertas. O texto é a respeito de Jonas, mas não foi necessariamente escrito por ele. Não temos informação sobre quem fez o registro. Nem sabemos quando a história foi escrita. E provável que a composição tenha sido feita antes da queda do Reino do Norte (721 a.C.) ou, no máximo, antes da queda de Nínive (612 a.C.). Pode ser que o livro não tenha sido colocado em sua forma atual até depois da última data. Tiramos esta conclusão do fato de que o tempo passado “era” é usado para descrever Nínive (3.3).
E possível que durante a vida de Jonas a Assíria, cuja capital era Nínive, passava por um período de declínio. A sucessão de três reis fracos diminuíra seu prestígio e poder no mundo. Babilônia, no baixo vale do Tigre-Eufrates, ganhava força e era uma ameaça a ter de enfrentar. 

No noroeste, Urartu — a antiga Armênia — também ameaçava a supremacia assíria. Os territórios tributários ocidentais também estavam cientes do declínio da Assíria, e o sucesso de Damasco e Arpade ao resistir os monarcas assírios encorajou outros. Essa situação resultou numa sucessão de calamidades que deixaram o império grandemente exaurido.
Parecia ocasião apropriada para o Espírito de Deus se mover na capital. O estado de espírito das pessoas era de incerteza e insegurança, o que proporcionou uma colheita madura. O Senhor buscou um ceifeiro na pessoa de Jonas.

A importância das circunstâncias é sugerida por 5. C. Yoder, quando escreve acerca do fugitivo Jonas: “Este era um homem que fugiu da oportunidade que surge, talvez, uma vez na vida e, ainda, mais raramente, na história de uma nação, para levar um povo ao arrependimento. E agora o mensageiro que foi chamado para representar Deus nesta missão estava pouco propenso a enfrentar as questões, quaisquer que tenham sido, e assumir a responsabilidade que a oportunidade lhe dispunha”.

A TEMPESTADE NO MAR  = ( Jn 1 )

O nome Jonas significa pombo, no hebraico, Conforme 2 Reis 14.25, Jonas era proveniente da aldeia de Gate-Hefer, situada a cerca de 4 km ao norte de Nazaré, na Galileia. O livro é de autoria do próprio profeta que usou o recurso da terceira pessoa, estilo este comum entre escritores hebraicos, para relatar sua história.

Contemporâneo dos profetas Amós e Oséias, Jonas escreveu seu livro no ano 780 a.C., aproximadamente, já no fim de sua carreira e cerca de 60 anos antes da tomada do Reino do Norte (Israel) pelos assírios.
Ainda que tendo sido um arauto do SENHOR, considerado um profeta de Israel, na sua missão, Jonas é mais um evangelista. Tendo esse duplo oficio, um dia proclamou o juízo divino contra os cidadãos de Nínive, capital da Assíria. Vemos, no decorrer do seu livro, o tema “A Misericórdia de Deus”.

A fuga de Jonas ( Jn 1.1-6 )

A palavra de Deus fora confiada a Jonas e sua chamada não poderia ter sido mais clara. Porém, o profeta resolveu não ir a Nínive, mas fugir para Társis, na Espanha (vv. 2,3).
Com isso, ele tentava algo impossível: escapar da presença do SENHOR. Ao verificar a geografia da região (mapa), vemos que as duas cidades estão em direções opostas. A medida que Jonas procurava aproximar- se de Társis, mais longe ficava do local da sua missão predita. O resultado foi que o profeta não conseguiu fugir da presença de Deus.

O Desespero da tripulação (Jn 1: 7-10 )

A tripulação decidiu tomar providências a fim de descobrir por causa de quem estava sofrendo tão grande mal. Lançaram sorte e recaiu sobre Jonas (v. 7) que, indagado, respondeu que era um hebreu e servia ao Deus do céu, mas, que estava fugindo dEle (vv. 8-10). Com isso, todos ficaram muito aflitos. Suas últimas e mínimas esperanças de resgate, talvez, naquele momento teriam afundado nas águas turbulentas que os cercavam.


NO VENTRE DO GRANDE PEIXE ( Jn 2 )

A primeira menção de oração de Jonas encontra-se no início do capítulo 2 do seu livro. No capítulo não encontramos qualquer referência à oração feita pelo profeta. E o triste caso que não deveria ocorrer na vida de muitos crentes: só oram quando estão em situação difícil. Mas Jonas orou; e com disposição, sinceridade e contrição.

GRITANDO DO VENTRE DO ABISMO ( Jn 2:13)

Se possível, coloque-se no lugar desse profeta, em meio a um compartimento de carne, escuro, de cheiro estranho, com algas, peixes e outros tipos de vida marítima e água em volta. Realmente, um lugar muito desagradável para se ficar. Porém, Jonas deve ter sentido que, mesmo assim,;  ele estava nas mãos de Deus. A primeira parte de sua oração é um clamor ao SENHOR e a subsequente resposta do alto. Angustiado, gritou e Deus ouviu a sua voz de dentro do ventre do peixe. O Salvador está sempre alerta ao clamor de Suas criaturas, onde quer que estejam.

O servo aceitou a disciplina d0 SENHOR. Reconheceu que fora Deus que o mergulhara “... no profundo, no coração dos mares,...” (v. 3). Observou que as ondas e vagas do Criador passavam por cima dele (v, 3). Submetendo-se ao SENHOR e àquela situação, Jonas procurou restaurar os elos da comunhão com o seu Pai Celestial.


AS AGUAS CERCANDO ATÉ A ALMA ( Jn 2: 46)


É possível que Jonas tenha ficado inconsciente por algum tempo, mas, logo tenha voltado ao normal para meditar sobre Deus e Sua maneira de lidar com ele. Seu caso foi altamente milagroso. Durante o tempo que esteve no ventre do peixe, ele adorou ao SENHOR e orou. Sua última oração enquanto ali retido, e também a principal, é a que temos neste capítulo.
O desânimo procurava dominar Jonas. Ele tinha admitido a sua falta, tinha pedido perdão a Deus, mas continuava no seu sepulcro aquático. O ambiente o sufocava até à alma. Cercado por água salgada, pela treva e por detritos, deve ter chegado à beira do desespero. Sentiu-se perpetuamente aprisionado; contudo, reiterava que Deus era o seu SENHOR e O agradecia porque depois de fazê-lo descer à base das montanhas, o levantou com vida, da sepultura.

A MISERICÓRDIA DIVINA

O arrependimento dos ninivitas (Jn 3:5-9)

O efeito da pregação de Jonas foi algo impressionante e maravilhoso. Os cidadãos, do maior ao menor, creram e se arrependeram de seus pecados. O próprio rei ordenou um jejum a ser observado pelos homens e pelos animais. A cidade se vestiu de panos de saco e, como Jó, assentou-se na cinza, O seu clamor subiu a Deus e se converteu dos maus caminhos e da violência das suas mãos. Os ninivitas reconheceram e abandonaram suas transgressões, sendo as principais a avareza e a ambição opressiva de dominar e controlar outras nações, anexando-as ao seu império.

Vemos aqui o maior avivamento registrado na Bíblia! A maior e mais poderosa cidade daquele tempo submetendo-se, humildemente, ao único e verdadeiro Deus! A mensagem de um servo do SENHOR abalou e mudou uma população inteira. O arrependimento sincero dominou o comércio, as escolas, os templos, os palácios, as casas, enfim, tudo. Nínive foi sacudida até os alicerces, movidos pelo arrependimento. A transformação foi total e atingiu a todos.
A causa principal deste impacto espiritual em Nínive, foi o poder convencedor do Espírito Santo, associado à receptividade positiva dos corações arrependidos e voltados para Deus.

O perdão dos ninivitas ( Jn 3:10)

O versículo dez é mais um entre muitos nas Escrituras a falar da graça abundante do Salvador que contemplava os atos do povo da grande capital e “mudou Seus planos”. Estava pronto para destruí-la, mas, demonstrando misericórdia, deu-lhe um prazo de quarenta dias antes do juízo destruidor. Diante disso, Nínive tomou nova atitude diante de Deus e o SENHOR a perdoou de suas iniquidades.
Depois dos quarenta dias, a ira divina não arrasou a poderosa e arrogante cidade porque seus habitantes se arrependeram de seus pecados e se voltaram para Deus.

A MISERICÓRDIA DIVINA ( Jn 4)

Se o Livro de Jonas tivesse se encerrado com o capítulo três, seria como um conto de fadas, com a costumeira frase final: “... e todos viveram felizes para sempre”. Mas não foi bem assim. Aquele que trouxera a mensagem de Deus aos assírios agora se encontrava em situação deplorável. Ao invés de se alegrar com o povo por sua mudança para o bem, o profeta resmungou tristemente sobre o milagre que transformou Nínive.

A IRRITAÇÃO DE JONAS ( Jn 4: 1-5)

O servo do SENHOR estava desgostoso, aborrecido, irado. Se ele fosse Deus, teria esmagado a cidade de vez, pois o profeta lamenta por Deus não ter destruído a cidade como prometeu. Interessante é que o Pai Celeste usou este seu filho, tão contrário a esta grande missão. E Deus, e não os homens, quem escolhe e separa a quem quer. Enfim, o SENHOR é bondoso e usa o que temos de bom, e com o tempo, muda e aperfeiçoa o restante de nós.

Parece um paradoxo esta atitude de Jonas. Não precisamos fazer uma averiguação das razões psicológicas do caráter do homem para tentar descobrir seus motivos. Possivelmente igual a muitos de nós hoje, ele gostaria de ver o castigo destruir pecadores ao invés de vê-los transformados pelo amor do Mestre. O arauto de Deus soube pregar com unção, mas, infelizmente, não aprendeu quão mister e vital é também a misericórdia para com os outros.
Ao orar ao SENHOR (v. 2), esse porta-voz desgostoso mostra-se ciente dos atributos de Deus. Mas, talvez por sentir que falhara como profeta, por não ver o cumprimento da sua profecia, preferia que o Altíssimo não fosse misericordioso com os ninivitas. Tal era a sua queixa que queria morrer. E quando o SENHOR lhe perguntou se esta sua ira era razoável, ele não respondeu e saiu da cidade. Alimentava ainda a esperança de que Deus destruiria Nínive e exterminaria os seus habitantes.

A lição do SENHOR ( Jn 4.6-11)

Poderíamos intitular esta última seção do livro de: “Jonas e o Verme”. Antes, um “animal” enorme o tinha salvado; agora, um bicho pequeno quase o destruía.
O SENHOR preparou a planta que providenciou sombra para o profeta; depois preparou o verme que matou a planta e o sol abrasado esquentou a cabeça do arauto aborrecido. Jonas outra vez implorou que desejava morrer. Deus, então, lhe instrui acerca da compaixão, indicando que muitas vezes a compaixão de Jonas, como também a nossa, é mal dirigida ou aplicada.

Infelizmente, o profeta se preocupava mais consigo próprio e seu conforto do que com as almas* da grande capital da Assíria. Ele tinha esquecido que o SENHOR é um Pai cheio de ternura e misericórdia, que tanto aspira resgatar, quanto reivindicar.

DEUS CONVENCE JONAS PELA LÓGICA = Jonas 4.1-11

O DESCONTENTAMENTO DE JONAS, 4.1-3

A auto-estima e o nacionalismo de Jonas o indispuseram a aceitar as intenções misericordiosas de Deus para com um povo arrependido. Os ninivitas fizeram com que ele ficasse profundamente ressentido com o perdão mostrado àquela cidade. Ver milhares dos inimigos de Israel em busca de Deus, na verdade, enfureceu o profeta.

De seu baixo ponto de vista, tudo o que via era que sua predição não se cumprira — portanto, era falsa — e o inimigo nacional de Israel fora poupado. Desgostou-se Jonas extremamente... e ficou todo ressentido (1). Literalmente: “Foi mal para Jonas” e “isto [o desgosto] o queimava”
O profeta percebeu que, se a Assíria, o destruidor predito de Israel (Os 9.3; 11.5,11; Am 5.27) fosse destruída como profetizara, Israel ficaria livre de seu maior perigo. Não haveria pesado tributo a pagar, e o país se desenvolveria em uma nação mais forte e influente. Porém agora parecia que, com a salvação dos inimigos de Israel, Jonas anunciava a destruição de seu próprio povo.

Mas Israel não seria poupado apenas com a destruição de Nínive. Eram seus próprios pecados que destruíam a nação israelita (cf. Mt 7.4,5).
A despeito de seu espírito hostil, Jonas considerava-se crente fiel, pois orou ao SENHOR (2). E tristemente comum que a pessoa que observa as formas devocionais e se considere crente manifeste atitudes insensíveis e rejeite a vontade de Deus.

A PREOCUPAÇÃO DE DEUS POR TODOS, 4. 10,11

Quando o Senhor falou com Jonas, explicou o que tentara dizer, ao argumentar a partir de um caso menor para um maior. Ele disse: Tiveste compaixão da aboboreira, na qual não trabalhaste... que, em uma noite, nasceu e, em uma noite, pereceu; e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais? (10,11).
As opiniões variam quanto à interpretação da declaração relativa à população da cidade. Certos estudiosos entendem que as 120.000 pessoas mencionadas referem-se apenas a crianças, o que nos leva a supor que a população total girava em torno de 600.000 habitantes.
Outros deduzem que os 120.000 dizem respeito aos indivíduos que desconheciam a lei moral de Deus (ver terminologia semelhante em Dt 5.32; Js 1.7). Se este for o caso, os 120.000 seriam a população total. Seja como for, Deus expressa sua preocupação pelo sofrimento de quem não pode se valer. O Senhor mostrava como a exclusividade religiosa de Jonas o cegara. A mensagem era: Você nada teve a ver com a origem ou crescimento da aboboreira que pouco viveu, mas se afligiu por sua destruição. 

CONCLUSÃO

Em nossa Bíblia temos os exemplos proeminentes de Jonas e de Pedro (Atos 10), que foram contrários a levar a mensagem do amor de Deus aos gentios. Ousamos contar-nos entre os que são pertinazes e negligentes para levar a mensagem da graça salvadora de Cristo às ovelhas perdidas da casa de Israel? Graças a Deus para todo o sempre, ele tem compaixão! Mas, temos nós?

O amor de Deus em nosso coração nos constrangerá a aceitarmos o pleno compromisso que o Senhor buscou em Jonas e recebeu com alegria de Paulo. Esse amor afinará nossos ouvidos à sua voz, de forma que ouviremos o chamado de Deus para testificarmos mundialmente de sua salvação. Atenderemos ao seu chamado para exercermos uma mordomia solene e sagrada da vida e das posses. A medida de nossa resposta ao chamado de Deus é, na realidade, a extensão de nosso amor por Ele.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus 

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 2003
Comentário Bíblico Beacon
Bíblia de Estudo Pentecostal
Livro:-  Os Profetas Menores – Charles L. Feinberg
EETAD – Os Profetas Menores =  Richard Leroy Hoover

JONAS O CRENTE FUGITIVO

TEXTO ÁUREO = “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (SI 139.7).

VERDADE PRÁTICA = É conforta dor para o cristão, saber que todos os seus passas estão sendo contemplados pelo Senhor, contribuindo, assim, para uma vida sincera, e não de aparência.

TEXTO BÍBLICO BÁSICO = Jn 1.1-10

INTRODUÇÃO

A lição de hoje é uma advertência, pois nos lembra que nada existe em oculto aos olhos de Deus. Podemos esconder nossos atos aos olhos dos pastores, dos obreiros e da igreja; porém, jamais dos olhos de Deus. Consideremos ocaso do profeta lonas: ninguém sabia que ele estava fugindo da missão que lhe fora confiada; no entanto Deus estava contemplando todos os seus atos. Precisamos tomar cuidado, prezado leitor. Deus não dorme!  Isto posto, vamos estudar os seguintes fatos sobre o profeta:

1. A ORIGEM DE JONAS

O profeta lonas era filho de Amitai, da tribo de Zebulom, e natural de Gate-Hefer, próxima a Nazaré, no Reino do Norte.  Ele exerceu o ministério durante o próspero reinado de Jeroboão 11(784 - 748 a.C). O autor do Segundo Livro dos Reis presta-nos este testemunho sobre o desempenho profético de lonas: “Restabeleceu ele (Jeroboão 11) os termos de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da planície, conforme a palavra do Senhor, Deus de Israel, a qual falara pelo ministério de seu servo lonas, filho do profeta Amitai, o qual era de Gate-Hefer” (2 Rs 14.25). No entanto, encontramos Jonas...

II. FUGINDO DA PRESENÇA DO SENHOR

É lamentável que Jonas tenha resolvido fugir da responsabilidade que Deus lhe havia confiado, e, ao invés de viajar até Ninive, tenha tentado fugir para Társis, em flagrante desobediência, pensando ficar livre da espinhosa missão.

1. A ordem expressa do Senhor (v.1,2). Não cabia ao profeta questionar o merecimento do povo ninivita de receber ou não o favor divino. Deus havia decidido conceder-lhes a oportunidade de se arrependerem do estado pecaminoso em que se encontravam. Através da mensagem profética, Jonas deveria levar os ninivitas ao arrependimento, a fim de escaparem do juízo divino.

Todavia, por ser um povo cruel, idólatra ao extremo, o profeta recusa-se a cumprir a ordem do Senhor, de ir a Nínive. Ele preferia que os ninivitas perecessem nas mãos de Deus! lonas esqueceu que as misericórdias de Deus são novas a cada manha (Lm 3.22.23). Por isso, ele resolveu fugir da presença de Deus, indo para Társis.

2. O navio para Társis (v.3). No seu indiferentismo, lonas inicia sua perigosa trajetória de desobediência. O caminho do desobediente, ainda que pareça ser agradável, é muito árduo, e o pedágio é muito caro para se transitar por ele; e os que se utilizarem dele vão deparar-se com a ira de Dens (Ef 5.6, Pv 14.12; Jr 16.17).

No mar desta vida, para onde estás dirigindo a tua embarcação? Para Társis ou para Canaã Celestial? Aconselho-te que examines agora a tua bússola (a Palavra de Deus), pois ela indicará o teu rumo, a tua direção (SI 119.105). Se sentes que não estás na rota estabelecida pelo Capitão da nossa salvação; ou se não estás no lugar para onde Deus te enviou, corrige o Leu rumo imediatamente, conforme a Sua vontade (SI 37.23,24; Pv 3.5,6).

3. A tempestade no mar (v.4). Deus temo controle de todo este Universo, e isso inclui os mares e os ventos também (Si 104.4).Iniciada a viagem, diz o texto que Deus mandou uma tempestade e o mar ficou tão agitado que as ondas ameaçavam quebrar e afundar o navio. Deus age de muitas maneiras, às vezes estranhas para nós, e por amor a Jonas não permitiu que ele prosperasse em sua desobediência. Através da tempestade Ele queria falar ao Seu servo.

Talvez urna tempestade esteja se abatendo sobre ti, pode ser que Deus esteja querendo falar contigo, caro leitor. Procura fazer a vontade de Deus, e a tempestade cessará.

III. O SONO ESPIRITUAL DO PROFETA

Disse Deus a Jonas: “Levanta-te, vai ‘a grande cidade de Nínive, e...” (v.2). Essa ordem deveria ser imediatamente obedecida. Porém lonas, com o seu ressentimento alimentado contra os assírios, não aceita cumprir a tarefa que lhe é dada e prefere ignorar a ordem divina; e, apesar da tempestade, desce ao porão do navio e deita-se para dormir, O sono espiritual desencadeia uma série de males, pois deparamo-nos com o profeta...

1. Dormindo na tempestade (v.4-6.). Tranqüilo! Desocupado! Dormindo um profundo sono! Os tripulantes, Lodos pagãos, trabalhavam muito. Embora fossem acostumados a enfrentar tempestades, o perigo era muito grande. Enquanto isso, o culpado dormia.
Estamos contemplando tempestades destruindo milhões de vidas neste mundo: tempestade sobre a família; tempestades sobre os governantes que, esquecendo se de que “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 33.12), estão procurando firmar-se nos seus poderosos tronos consultando os demônios, e o resultado é que não conseguem acertar o rumo das suas “embarcações”, que quase sempre naufragam no mar dos enganos; tempestades de mundanismos e modismos sobre a igreja, com intuito de comprometê-la com o mundo, enfraquecendo a sua identidade.

Enquanto a tempestade cai, lamentavelmente, muitos profetas estão dormindo, quando deveriam denunciar o pecado e pregar a santidade, exortando o povo de Deus a ser o “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5.13,14). Meditemos nas palavras do apóstolo Paulo em sua epístola aos Efésios 5.14-17; 6.10-18.

2. O culpado é descoberto (1.7-10). Julgando que uma tempestade dessas só poderia acontecer por causa de alguém a bordo, os marinheiros lançaram sortes e a sorte caiu sobre lonas! Ele era o culpado de tudo o que estava acontecendo! Algumas vezes Deus aprovou esta maneira de se descobrir o culpado de transgressão. Lembremos do caso de Acã, cuja culpa levou o povo de Israel à derrota em Ai, onde o ofensor foi descoberto pelo método de lançar sortes. Veja Pv 16.33; At 1.26; Is 7.13-18. Conhecido o culpado deparamo-nos com um novo quadro.

3. O desespero dos marujos (1.11-14). Apavorados perguntaram ao profeta: “Que faremos nós, para que o mar se acalme?” (v.1 1). lonas sabia que estava colhendo o resultado de sua desobediência, pois não praticava o que pregava para os outros. Sabia que por ter recusado ir onde Deus o enviara, estava diante de um grande perigo, que por sua vez estendia-se aos pobres marujos. Nossa desobediência pode acarretar sofrimentos a pessoas inocentes (Jn 1.14). Diante do perigo que ameaçava a todos, Jonas se dispôs a dar a própria vida para salvar os que estavam naquele navio. Este é o caminho dos que rejeitam obedecer a ordem divina (Pv 10.9; Ir 16.17).

IV. A ORAÇÃO DO FUGITIVO

A ordem do fugitivo para os marinheiros foi: “Levantai-me, e lança-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade” (1.12). Após uma oração, fizeram justamente isso. Lançaram lonas no mar! E imediatamente acalmou-se a tempestade. Ao cair lonas no mar, Deus preparou um grande peixe que tragou o profeta, ficando ele três dias e três noites no ventre do mesmo. Ali teve tempo de meditar sobre seus atos errados e abrir sua alma para o Senhor e orou a Deus com fé, chegando sua súplica diante do Pai celeste. Jonas reconheceu encontrar-se...

1. Lançado fora da presença de Deus (2.14). Foi uma sensação muito desagradável. O homem que foi chamado por Deus e recebeu instruções para cumprir uma missão, agora, por sua desobediência, sentindo estar separado de Deus, ficou desesperado, conforme suas palavras no capítulo 2. Nada há que possa substituir a comunhão com Deus; e o homem, por sua vez, só está em paz, enquanto mantém o vínculo desta comunhão (Rm 5.1).

Que Deus nos guarde de não sermos lançados fora de sua presença, o que ocorrendo estaremos perdidos para sempre. Veja o que sucedeu a Caim (Gn4.9. 16) e a Moisés (Ex 33.12-17). Nossa vitória está condicionada à nossa comunhão permanente com o Senhor (SI 16.11; 140.13). lonas, que tinha experiência de comunhão com Deus, arrependido procurou humildemente sua antiga posição, e assim podemos vê-lo...

2. Restaurado à comunhão cem o Senhor (2.5,6). Quando há quebrantamento e o transgressor clama por socorro divino, Deus atende, imediatamente, em cumprimento da Sua Palavra (Si 34.18; 147.3); Jonas arrependeu-se sinceramente e propôs em seu coração obedecer à chamada divina e ir pregar naquela cidade pela qual sentia fortes ressentimentos, por causa das crueldades dos ninivitas contra a sua terra natal. A oração que subiu do coração do profeta fugitivo foi uma oração de fé e arrependimento, e Deus a ouviu.

3. Pagando os votos ao Senhor (2.7-9). Jonas, já restaurado, sentiu um ardente desejo de cumprir, imediatamente, após sua libertação, o que votou ao Senhor. O Salmista, agradecido pelas bênçãos recebidas de Deus, interrogou a si mesmo: “O que darei ao Senhor pelos inúmeros benefícios recebidos?” (SI 115.12-14).

Quantos há que um dia, diante de situação semelhante a de lonas, correram aos pés do Senhor, pedindo- lhe misericórdia e fazendo votos para serem atendidos. Pela bondade divina foram atendidos e depois se esqueceram de pagar os votos que prometeram. Cuidado, se você prometeu pagar um voto ao Senhor e ainda não o fez, o Espírito Santo está usando esta lição para lhe despertar amorosamente, sem que seja preciso uma cobrança divina mais séria. Consulte a Bíblia e veja o que ela diz sobre este assunto: SI 50.14; 65.1; Ec 5.4.

4. 0 livramento do profeta (2.10). Após o gesto de humilhação e arrependimento de Jonas, Deus conduziu o grande peixe rumo à praia para ali vomitar o profeta desobediente! Deus não mudou, Ele é o mesmo (S190.l,2).

CONCLUSÃO

Alguém disse ser impossível que Jonas tenha sobrevivido, havendo permanecido três dias e três noites no ventre do peixe. Teria morrido asfixiado ou queimado pelos sucos gástricos. Outros afirmam que a estreita garganta do peixe não permitiria a passagem de um homem. Essas suposições têm por finalidade desacreditara Palavra Deus.  Entretanto, para Deus o milagre é coisa muito fácil. Aliás, a Bíblia não diz que foi uma baleia, como muitos afirmam,mas,sim, um grande peixe que engoliu Jonas

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Lições bíblicas CPAD 1993


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