A QUEDA
DA BABILÔNIA, A CABEÇA DE OURO
TEXTO ÁUREO =
“Então respondeu Daniel, e disse na presença do rei: Os teus dons fiquem
contigo, e dá os teus presentes a outro; todavia lerei ao rei a escritura, e
lhe farei saber a interpretação” (Dn 5.17).
VERDADE PRÁTICA = No
tempo certo, Deus se manifesta, para fazer justiça aos justos e castigar os
ímpios.
LEITURA
EM CLASSE = DANIEL 5.1,2,5,8,11,17,23-30
INTRODUÇÃO.
Veremos,
nesta lição, o cumprimento das palavras que Daniel disse a Nabucodonosor, ao
interpretar o sonho deste rei: “Depois de ti se levantará outro reino, inferior
ao teu” (Dn 2.39). Babilônia, a cabeça de ouro, foi derrotada, para dar lugar
ao reino de prata, o medo-persa, no ano 539 a.C. Vejamos, então, os
acontecimentos relatados no capítulo 5 do livro de Daniel.
1.
MOMENTO HISTÓRICO DA BABILÔNIA
Nabucodonosor
havia morrido no ano 562 a.C. Segundo fontes históricas, o rei que o sucedeu
foi Nabonido, o qual deixara na capital, Babilônia, seu filho Belsazar como
co-regente, enquanto ele próprio cuidava dos interesses do reino em outra parte
de seus vastos domínios. Ciro, o mandatário persa, estava em franca campanha de
guerra, com o objetivo de ampliar os limites de seu território. Seu exército
cercava a grande cidade dos caldeus (Babilônia), considerada inexpugnável.
Indiferente
a tudo isso, o rei Belsazar deu um banquete para mil de seus grandes, uma
grande festa, regada com muito vinho. A presença das mulheres e das concubinas
sugere que a festividade tinha em caráter sensual. Já embriagado, Belsazar
ordenou que fossem trazidos os vasos sagrados que Nabucodonosor trouxera do
templo em Jerusalém, e colocara na casa do tesouro de seu deus (Dn 1.2).
Belsazar e seus convidados usaram aqueles vasos, para beber vinho. Foi um gesto
sacrílego, irreverente, de profundo desrespeito ao Deus vivo e verdadeiro, com
o intuito leviano de dar um toque diferente àquela orgia profana.
II. A
INTERVENÇÃO DE DEUS.
A festa
era ruidosa. Embriagados, todos louvavam os ídolos de ouro, prata, cobre,
ferro, madeira e pedra. Num momento, fez-se silêncio.
Os que
dançavam, pararam. Os louvores interromperam-se de modo súbito. Viam-se dedos,
como de mão humana, os quais escreviam na parede! Todos ficaram sobressaltados.
De
imediato, o rei, muito angustiado, convocou os sábios do seu reino, para que
interpretassem a escritura na parede. Mas eles não conseguiram. Isto deprimiu o
soberano ainda mais. Então, a rainha entrou na sala do banquete, lembrou a
todos os feitos de Daniel no reinado de Nabucodonosor, e sugeriu que o profeta
fosse convocado, para ler aquele texto. Ela testemunhou acerca dele, ao
declarar que nele havia um espírito excelente. A referência “teu pai
Nabucodonosor” não significa pai biológico, mas predecessor real no trono, uma
forma polida de se referir àquele antecessor ilustre.
Fica
claro, no texto bíblico, que Daniel não estava na festa, embora fosse um dos
grandes do reino. Ele foi introduzido na sala do banquete. As recompensas prometidas
por aquele rei ímpio em nada sensibilizaram o santo homem de Deus. Antes de
interpretar a mensagem na parede, lembrou a Belsazar como Nabucodonosor fora
castigado por sua soberba, até tomar conhecimento de que Deus, o Altíssimo, tem
domínio sobre o reino dos homens (Dn 5.21).
E
interessante notar que Daniel, ao dirigir—se a um ímpio. repreendeu-o, por não
ter ele dado glória ao Deus “em cujas mãos está a tua vida e todos os teus
caminhos”! (Dn 5.23). Condenou-o tão-somente pela sua soberba (Dn 5.22) que
teve a expressão máxima na sua atitude desafiadora de deliberado sacrilégio (Dn
5.23). Fez pouco caso daqueles vasos sagrados, porque desprezava o Deus dos
judeus, a quem pertencia aqueles objetos, para seu uso exclusivo. Por isso,
disse Daniel: “Te levantaste contra o Senhor” (v.23).
III. A
INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NA PAREDE
A
escritura na parede era: Mene, Mene. Tequel, Ufarsim.
1. MENE, MENE significa: “CONTOU
DEUS TEU REINO E O ACABOU”. Era o cumprimento do que fora predito pelo profeta
Jeremias: “Porque o destruidor vem sobre ela, sobre Babilônia, e os seus valentes
serão presos, já estão quebrados os seus arcos; porque o Senhor, Deus das
recompensas, certamente lhe retribuirá. E embriagarei os seus príncipes, e os
seus sábios, e os seus capitães, e os seus magistrados,e ps seus valentes; e
dormirão um sono perpétuo, e não acordarão, diz o Rei, cujo nome é o Senhor dos
Exércitos. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Os largos muros de Babilônia
totalmente serão derribados, e as suas portas excelsas serão abrasadas pelo
fogo” (Jr 5 1.56-58).
Uma
descrição detalhada de um historiador: “Naquela noite, Ciro desviou o Eufrates
para um novo canal, e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco
cidade a dentro, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”.
Falharam
os que deviam velar pela segurança da Babilônia. A Bíblia, muitas vezes,
exorta-nos à vigilância, especialmente ante a vinda do Senhor Jesus, que virá à
hora em que não pensamos (Mt 24.44). Ele aconselha: “E olhai por vós, não
aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e
dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21.34).
2. TEQUEL significa: “FOSTE PESADO NA
BALANÇA E FOSTE ACHADO EM FALTA” (Dn 5.27). Qual foi a grande falta
de Belsazar? Ele sabia qual o caminho certo, e que Deus era o único verdadeiro
(Dn 5.22) e escolheu, deliberadamente, zombar do Criador. O homem em pecado
está em falta diante de Deus, porque não alcança as exigências da lei divina. E
uma situação comum aos seres humanos, porque “todos pecaram e destituídos estão
da glória de Deus” (Rm 3.23). No Céu não entra pecado (1 Co 6.9,10; Ef 5.5; Ap
21.27; 22.14). Mas o Senhor preparou a solução, por intermédio de Jesus Cristo:
“A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt
2.11). Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” ( I Jo 1.29).
3. UFARSIN significa: “DIVIDIDO FOI O TEU
REINO E DEU-SE AOS MEDOS E AOS PERSAS” (Dn 5.28). Esta
previsão cumpriu-se naquela mesma noite:
“Belsazar,
rei dos caldeus foi morto” (Dn 5.30). Dano, o medo, ocupou o reino (Dn 5.31).
CONCLUSÃO
A
palavra profética teve fiel cumprimento! Por isso, devemos confiar plenamente
na promessas de Deus, as quais são verdadeiras. Na sombra do Onipotente devemos
repousar, pois, no tempo certo, Ele nos dará a vitória.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 1995
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