4 de novembro de 2014

A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO - 01

A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO

TEXTO ÁUREO = “E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23)

VERDADE PRÁTICA = Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus Ele nos abatera

LEITURA BIBLICA = Daniel 5: 1, 2,22-30

INTRODUÇÃO

A primeira metade do livro de Daniel é o registro de uma série de encontros cruciais entre o orgulho e poder de homens insignificantes e o grande e bondoso Deus. Este, em última análise, dirige as ações dos homens quer eles reconheçam isso, quer não. O incidente desse quinto capítulo serve como clímax da jornada meteórica ao longo da história do reino Babilônico. Após a morte de Nabucodonosor, o seu filho, Evil-Merodaque, o sucedeu no trono. Esse é o rei que deu honra especial ao rei Joaquim, depois de 37 anos de exílio, ao soltáá10 da prisão e designar-lhe uma pensão (Jr 52.31-34; 2 Rs 25.27-30).

Depois de dois anos, Neriglissar, o cunhado de Evil-Merodaque, liderou uma revolta e o assassinou. Neriglissar tinha se casado com uma das filhas de Nabucodonosor e reivindicava um certo direito real, especialmente por meio do seu filho, Labashi-Marduque. Mas o jovem não recebeu apoio e logo foi morto pelos seus amigos de confiança. Os generais e líderes políticos escolheram Nabonido, outro genro de Nabucodonosor, um auxiliar experimentado e de confiança durante a maior parte do seu reinado. Nitocris, filha de Nabucodonosor, deu um filho a Nabonido. Seu nome era Belsazar. Por causa do seu sangue real, Belsazar, três anos após a ascensão de Nabonido ao trono, foi feito co-regente com seu pai. Ele tinha a incumbência de governar a cidade e província da Babilônia. Esse foi o rei Belsazar descrito por Daniel, como os caracteres cuneiformes têm revelado após décadas de confusão sobre a sua identidade, mesmo entre estudiosos conservadores.

A FESTA DE BELSAZAR = 5:1-4

5: 1 - Durante muitos anos tem existido confusão sobre quem foi Belsazar, e os céticos ampliaram-na como outra razão para destruir a fé na veracidade do livro. Contudo, arqueólogos, mais uma vez, descobriram evidência que prova a exatidão histórica da Bíblia. Tabletes de argila têm sido descobertos referindo-se a Belsazar como filho de Nabonido.
Isto faria de Belsazar o neto de Nabucodonosor, uma vez que Nabonido foi casado com sua filha. Era muito comum nos dias da Bíblia que um neto ou mesmo bisneto se referisse a um membro ilustre de sua linhagem como "pai" (5:2, 11, 13, 18,22).

Depois da morte de Nabucodonosor (562 a.C) o império babilônio experimentou um rápido declínio. Seu filho, Evil-Merodaque (2 Reis 25:27) ascendeu ao trono mas governou durante pouco tempo (562 - 560 a.C). Neriglissar, um cunhado, assassinou Evil-Merodaque e então reinou durante quatro anos (560 - 556 a.C) quando ele, também, foi assassinado. Labassi-Marduque tornou-se o cabeça durante nove meses; foi deposto pelo partido sacerdotal, e Nabonido, um ex-sacerdote babilônio sob Nabucodonosor, foi nomeado rei do império.

Nabonido reinou durante dezessete anos (556 - 539 a.C). Próximo do fim do seu reinado, ele fez de seu filho primogênito, Belsazar, co-regente. Obviamente, Belsazar era o governante número dois do império e isto explica porque ele ofereceu fazer de Daniel o "terceiro no governo" (5: 16,29). Evidentemente, Nabonido esteve longe da Babilônia neste tempo.


5:2 - Como um jovem "exibido" que se vangloriava de sua posição e poder, Belsazar deu uma enorme festa. Ele ordenou que bebessem dos vasos sagrados que Nabucodonosor tinha anteriormente trazido de Jerusalém (veja 2 Reis 24: 1 0-14; 25: 13-17; Daniel 1 :2; Jeremias 28: 19-22).

5:3-4 - Eles desconsagraram estes vasos santos não somente por removê-los de seu propósito ordenado, mas porque foram profanados mais tarde, quando foram usados para louvar os deuses ídolos da Babilônia.


O IRREVOGÁVEL JUIZO DE DEUS

O semblante do rei mudou quando a mão escreveu na parede, 5:5-9.

5:5-6 - Belsazar ficou aterrorizado quando viu os dedos de uma mão humana escreverem sobre o estuque da parede do palácio. Pode-se bem imaginar porque seus joelhos bateram um contra o outro!

5:7-9 - Em pânico, o rei mandou chamar os sábios de seu reino para interpretarem a escrita. Desesperado para saber o significado, ele ofereceu grandes prêmios incluindo ser o terceiro governante do reino. Contudo, ninguém podia dar a interpretação.

Daniel é trazido perante o rei, 5:10-16.

5: 1 O - A rainha aqui referida pode não ter sido uma das esposas de Belsazar, que já estavam no salão do banquete (v. 2). Talvez esta rainha fosse sua própria mãe, a filha de Nabucodonosor.

5: 11-13 - Quando ela descreveu Daniel, mostrou que estava bem informada sobre ele e sua relação com Nabucodonosor (veja 2:46-49; 4:9).

5: 13-16 - Quando Daniel foi trazido perante o rei, o mesmo oferecimento de recompensa lhe foi feito.

A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA

Daniel recusa o oferecimento do rei, mas lhe revela o motivo da
escrita, 5:17-23.

5: 17 - Daniel não estava interessado no na recompensa oferecida pelo rei. Ainda que mais tarde lhe tivesse sido dada (v. 29), era uma recompensa sem valor porque o reino caiu naquela mesma noite. Contudo, Daniel desejava dar a interpretação porque era um anúncio claro de que a queda da Babilônia vinha como um julgamento direto do Senhor!

5: 18-19 - A história registra que Nabucodonosor era um grande homem. Daniel revela que sua grandeza foi possibilitada por Deus (veja Daniel 2:21,37; 4: 17,25,32).

5:20-21 - O orgulho causou a queda de Nabucodonosor. Ele tinha sido afligido com uma estranha doença até que aprendeu a dar honra ao Senhor (capítulo 4).
5:22-23 - Belsazar ignorou a lição da história. Sua própria arrogância levou-o a cometer uma desonra semelhante ao Senhor do céu, ao contaminar os vasos santos e ao usá-los para louvar os ídolos.

A interpretação da escrita, 5:24-31.

5:24-28 - As palavras são apresentadas como "Mene", que significa "numerado"; "Tequel", que significa "pesado"; e "Ufarsim" ou "Peres" (5:28), que significa "divisão." ("Peres" é a forma singular de "Ufarsim"). A mensagem que Daniel interpretou revelava a queda do reino babilônio.

5: 29 - Belsazar honrou sua promessa de recompensas, e Daniel permitiu-lhe mostrar alguma integridade mantendo sua palavra, ainda que as dádivas nada significassem para ele.

5: 30 - Naquela noite de 538 a.C. Belsazar foi morto e a Babilônia caiu sob os medos e os persas. Este foi um cumprimento de profecia, não somente de Daniel, mas também daquilo que [saías tinha falado 175 anos antes (Isaías capítulos 13; 14; 21; 47). Uma vitória tão fácil para os medos e os persas parecia impossível, porque a cidade da Babilônia era circundada por uma muralha de 105 metros de altura por 26 metros de espessura (6 carros de guerra podiam percorrê-la emparelhados). Contudo, Ciro arquitetou uma brilhante estratégia militar.

O rio Eufrates corria através da cidade, mas a base da muralha estava mergulhada na superfície da água. Ciro foi rio acima alguma distância e desviou a água para um lago artificial que drenou o leito do rio de modo que seu exército pôde marchar para dentro da cidade. Uma vez dentro dela, o exército ainda enfrentava as muralhas ao longo de cada margem do rio, mas talvez porque a festa de Belsazar estivesse acontecendo, os portões estavam abertos. Como poderia alguém, a não ser que estivesse inspirado, imaginar o nome do rei invasor, ou que as portas estariam abertas? Mas Isaías profetizou as duas coisas 175 anos antes que acontecessem (Isaías 45:1-5).

5: 31 - A identificação exata de Dario, o Medo, é discutível; contudo, os mais fortes argumentos parecem ser que ele se ajusta à descrição de um homem referido comumente em vários textos cuneiformes do sexto século a.C. com o nome de "Gubaru". Definitivamente, ele não deverá ser confundido com Dario, o Grande, que mais tarde dominou a Pérsia (521-486 a.C.). Ciro, o Grande, foi o governador universal deste novo império que é freqüentemente chamado o Império Persa. Contudo, Ciro indicou Dario para ser o governador sobre a província da Caldéia.



Aplicações para os Dias de Hoje:

1. Daniel 5: 18-20 - o homem não deverá tomar para si a honra quando suas realizações parecerem grandes, mas deverá dar glória e honra ao Senhor que torna todas as coisas possíveis (l Crônicas 29:11-15; Deuteronômio 8:10-18; 1 Coríntios 4:7; 1 Timóteo 6:17-19).

2. Daniel 5:27- Todos os homens serão "pesados nas balanças" no sentido que enfrentaremos julgamento (2 Coríntios 5: 10; Romanos 14: 12). Deveremos examinar-nos continuamente para que não "sejamos achados insuficientes" pelo modo com que usamos os talentos, o tempo e as línguas (Mateus 25:14-30; 25:31-46; Romanos 12:1-2; 1 Coríntios 6:19-20; Mateus 12:35-37).

CONCLUSÃO

O que parecia impossível aconteceu caiu a grande CIDADE DE BABILÔNIA. Ruiu a glória das nações. Depois de várias advertências, Deus cumpriu Sua promessa e libertou Seu povo do cativeiro que durou 70 anos. Desde a invasão de Babilônia à cidade de Jerusalém, até a queda do último rei, Belsazar, vemos a mão de Deus conduzindo a história e o destino das nações.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA
novotempo.com
www.estudosdabiblia.net
Comentário Bíblico Beacon Daniel

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