A INFANCIA
DE JESUS
TEXTO AUREO
= Crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lucas
2.52).
VERDADE
PRATICA =
Crescer de forma integral e uniforme, como Jesus cresceu, deve ser o alvo de
todo cristão.
LEITURA
BIBLICA = LUCAS 2.46-47, 3.21,22
De início, notemos os
seguintes princípios espirituais:
Para entender corretamente a pessoa de Cristo, temos de
considerar o seu lado humano. O crescimento espiritual conduz a uma vida de
vitória. • O fato notável concernente à adolescência de Jesus foi a sua
perfeita obediência.
Somente Lucas dá-nos essas informações íntimas da infância
de Jesus. O propósito de Lucas era levar o Evangelho aos gregos (como Mateus
dirigiu-se aos judeus e Marcos aos romanos). Lucas acentua a perfeita
humanidade de Jesus. Os' gregos estavam à procura do homem ideal. Jesus foi
esse homem ideal. Todo ser humano passa por vários estágios de desenvolvimento
mental e físico. Assim também passou Jesus. A encarnação de Cristo foi
autêntica e não fictícia. Jesus, o Filho de Deus, teve a meninice perfeitamente
normal como qualquer outra criança.
Após a apresentação no Templo, Lucas nos dá a oportunidade
de conhecer um incidente sobre Jesus ao contar Ele 12 anos de idade. Este
evento teve lugar quando a infância, segundo a Lei, estava findando. O fato
revela o desenvolvimento físico dum menino de 12 anos. Mas seu desenvolvimento
mental e espiritual eram mais _avançados.
UM MENINO EM CRESCIMENTO
(Lc 2.39,40)
Após o nascimento de Jesus, Maria e José permaneceram em
Belém por algum tempo. Talvez pensassem que o Messias, como Filho de Davi,
devia ser criado na cidade natal de Davi. Mas o plano de Deus era diferente.
Havia profecias concernentes à Galiléia que deviam ser cumpridas (ls 9.1,2).
Nesta parte, é Mateus que nos informa como os magos vieram
do Oriente e como José levou Maria e o menino Jesus ao Egito, onde'
permaneceram até depois da morte de Herodes, o Grande, fato que ocorreu no dia
19 de abril do ano 4 a.C. Em seguida, foram morar na peque na cidade de Nazaré
- "rebento", "renovo" ou "broto".
1. Morando em Nazaré (Lc
2.39). Como "nazareno" (Heb.
"netseri") Jesus seria o cumprimento das numerosas profecias do
Antigo Testamento que descrevem o Messias como o "renovo" ou
"broto" que saiu do velho tronco da outrora gloriosa árvore da
família davídica (Ver Is 11.1, versículo em que o vocábulo "netser" é
usado). Em Is 4.2; 52.2; Jr 23.5; 33.15; e Zc 3.8; 6.12, encontramos esse
vocábulo hebraico com o mesmo sentido. Jesus, o "Nazareno", cumpriu
todas essas profecias, sendo Ele o "Renovo" de Deus. Convém notar que
Jesus não era "nazireu". A semelhança das palavras pode confundir
alguém. Aos nazireus foi proibido beber do fruto da videira ou tocar em corpo
morto. Jesus, no entanto, bebeu do fruto da videira e tocou em um corpo morto,
e até restaurou-lhe a vida. Sim, Jesus foi "nazareno", mas não
"nazireu" (Nm 6.1-21)
2. Nota geográfica. Nazaré situa-se numa depressão rodeada por colinas que dão
para o belo vale de Esdraelon, o qual chega até a região montanhosa, na costa
do Mediterrâneo, e às montanhas de Gilboa perto do rio Jordão. A vila estava
construída numa encosta, na direção sudeste. Do alto das colinas, avistam-se o
monte Hermom coberto de neve, como também o monte Carmelo, a baía de Aco, o mar
Mediterrâneo e o monte Tabor. Avista-se também o mar da Galiléia, qual jóia
incrustada entre as colinas da região. Na direção sul avista-se a planície de
Esdraelon, que os mercadores e guerreiros atravessaram durante séculos. Nazaré
era cidade estratégica, situada numa encruzilhada e famosa rota comercial de
caravanas.
Por outro lado, a cidade de Nazaré não é mencionada no
Antigo Testamento. Parece que o plano de Deus era que Jesus t (se criado num
lugar não mencionado nas profecias, para que ninguém o reconhecesse fora da h
predeterminada por Deus. Também Deus quis que a infância Jesus fosse totalmente
normal Para isto Nazaré era um ótimo lugar.
Que bênção foi o menino Jesus naquele lar em Nazaré! Maria e
José testemunharam s crescimento e desenvolvimento todos os sentidos. Tiveram
privilégio de observar a sua humanidade em perfeito desenvolvimento como Deus,
o Criador desejava. Não havia nenhum d: feito neste menino, nem hereditário,
nem surgido depois. Assim o menino Jesus tomou-se fisicamente forte, bem como em
escrito.
Junto com este crescimento físico havia um crescimento e
sabedoria, e na graça de Deus que plenamente se manifesta nele. Aqui estava no
mundo pela primeira vez um ser humano que o ideal de Deus para conosco estava
se realizando. Jesus "o resplendor da sua glória, e expressa imagem da sua
Pessoa” (Hb 1.3).
"Enchendo-se de
sabedoria" (Lc 2.40). Esta expressão claramente
indica a instrução que Jesus recebia em seu lar e na escola que funcionava na
sinagoga daquele lugar, como também fala daquela sabedoria que p vinha de sua
natureza divina.
Até a idade de 4 ou 5 Jesus como qualquer criança, recebia
instrução dos pais. Aos anos o menino judaico era em" do à escola na
sinagoga para as Escrituras, a começar c Levítico ... As Escrituras eram seu
único estudo até a idade • 10 anos, tempo em que lia Levítico, o Pentateuco, os
livros proféticos e finalmente estudava biografias dos homens eminentes do
judaísmo (Hagiografia Grandes trechos eram memorizados. Dos 10 aos 15 anos,
estudava as tradições da Lei, que eram ministradas oralmente. (Mais tarde é que
foram escritas.)
Podemos entender que o menino Jesus brincava com as outras
crianças em Nazaré como toda criança brinca. Mas não houve nenhuma ostentação
de sua parte e nem tampouco operou milagres tais como esses contados num livro
chamado "O Evangelho da Infância", escrito séculos depois.
Podemos afirmar que desde os primeiros anos Jesus ocupava
seu lugar no culto na sinagoga local (Lc 4.16). Quando ainda bem pequeno, Ele
teria começado a ajudar José na oficina de carpintaria, onde fabricariam
portas, janelas, móveis, utensílios, jugos, carroças etc. Assim o
desenvolvimento de Jesus foi uma coisa muito natural, e normal. Era necessário
que Ele conhecesse todos os aspectos da vida humana, menos o pecado, a fim de
identificar-se conosco e assumir o nosso lugar na cruz do Calvário.
É importante saber também que Jesus não foi meio homem e
meio Deus, como certos líderes religiosos naquele tempo ensinavam. Ele era 100%
Deus e, ao mesmo tempo, 100% homem. Tal fato não é fácil de entender, mas assim
a Bíblia ensina. Dentro de sua pessoa, Jesus possuía todas as qualidades, todas
as características e todos os atributos da divindade (CI 2.9).
Ele também possuía todas as qualidades da natureza humana.
Ele soube manter essas qualidades divino-humanas de tal maneira que nunca houve
conflito entre elas. As duas naturezas, a divina e a humana, existiam nele na
mais perfeita harmonia dentro de uma só personalidade, Jesus Cristo. Jesus foi
um menino perfeitamente normal: tomou-se um verdadeiro homem. Para nós tudo
isto é mistério, mas assim a Bíblia afirma, e assim cremos, e nela depositamos
a nossa fé.
UM MENINO SURPREENDENTE (Lc
2.41-50)
1. Costume Antigo. Os hebreus celebravam sete festas durante o ano sacro
judaico.
A primeira ela a Festa da Páscoa, realizada durante o mês
Nisan (que corresponde a abril). Esta festa comemorava a libertação do Egito:
era celebrada no dia 14 desse mês. A Festa dos Pães Asmos tinha início no dia
seguinte à Páscoa.
A palavra "asmos" é "matstsah", que
significa "doce". O fermento era comumente adicionado à massa para
fazê-la crescer. Freqüentemente, na Bíblia o fermento é símbolo de
contaminação. Seu uso foi proibido na oferta de manjares. Em outras ocasiões
era o uso permitido. Na Páscoa todo fermento era removido da casa dos
israelitas.
Certamente Jesus, como os demais meninos em Nazaré, gostavam
de ir a Jerusalém para assistir à Festa da Páscoa. A Lei exigia que todos os
varões assistissem às três grandes festas nacionais: Páscoa PentEicoste e
Tabernáculos (Êx 23.14-17; Dt 16. 16). As mulheres não eram obrigadas a
assistir, mas os rabis recomendavam que também assistissem. Quando Israel foi
espalhado entre as nações, essas práticas tomaram-se - difícil de serem
observadas. Hoje, quando os judeus celebram a Páscoa costumam dizer entre si:
"Para o próximo ano em Jerusalém". Nos tempos neotestamentários
muitos judeus conseguiam fazer a longa viagem de terras distantes a Jerusalém,
especialmente por ocasião da Páscoa. A Páscoa era conhecida como a Festa. Mais
de 2 milhões de judeus enchiam Jerusalém anualmente, a fim de celebrarem essa
festa.
Durante a viagem, os peregrinos cantavam hinos,
especialmente os Salmos 120 e 134; salmos muito apropriados para tal ocasião,
por terem muitas referências a Jerusalém (Sião). Então, ao passarem pelo vale
do Cedrom, subindo ao Templo, cantavam o Salmo 24, que diz: "Quem subirá
ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de
mãos e puro de coração" (v.3,4). Foi Jesus a primeira pessoa a entrar no
Templo que realmente cumpriu esta exigência: Ele era realmente limpo de mãos e
puro de coração.
Lucas no seu Evangelho incluiu a visita a essa festa da
Páscoa, para nos informar que na idade de 12 anos o Senhor Jesus já sabia que
era o Filho de Deus, o enviado ao mundo em missão divina. Por isso é fácil
entender que para Jesus o Templo seria uma grande atração. Isto explica porque
o menino Jesus demorou-se no Templo mesmo depois que a sua caravana já
regressara a Nazaré.
2. Pais descuidados (Lc
2.41-45). O fato que Maria e José não deram
falta do menino Jesus durante o primeiro dia de viagem, leva-nos a concluir que
Jesus era muito desenvolvido e hábil naquilo que fazia. Não se preocupavam com
ele, sabendo que dava conta de si, em qualquer situação. O incidente nos mostra
a amizade que havia entre as famílias de Nazaré, e como Jesus se dava com as
outras crianças de sua idade. Assim, quando Maria e José deram falta dele,
foi-lhes um choque bastante rude. De certo, foi a primeira vez que tal coisa
acontecia.
3. Os mestres maravilhados. Depois de três dias, a contar· do dia em que verificaram a
ausência dele, Maria e José encontraram-no no· Templo, ou seja, em uma das
salas ao lado do Templo. Jesus estava no meio dos doutores. Era costume durante
a Páscoa que os grandes raabis ou mestres reunissem pequenos grupo em tomo de
si a fim de darem instrução religiosa e responderem às perguntas que surgiam.
Assim, é possível que durante esses dias de festa Jesus
Tivesse ouvido muito desses mestres ensinar e lhes tivesse
feito perguntas. Agora que as multidões já haviam ido embora, esses mestres
foram atraídos por este menino tão singular. Contudo Jesus era humilde e ficou
aos pés desses homens, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. (Era costume
naquele tempo os alunos e mestres ficarem assombrados com a inteligência, o
discernimento e a compreensão teológica deste menino de apenas 12 anos Jamais
haviam visto coisa igual.
4. A sabedoria do menino
Jesus. "A pergunta bem elaborada",
disse certo erudito, "constitui a metade de sua resposta" Assim foi
nesta ocasião quando Jesus formulou interrogações aos mestres, no Templo (Lc
2.46,47) Um estudo deste texto revela que o menino Jesus tanto soube fazer as
interrogações como responder a elas, e isto porque as perguntas e as respostas
continham a sabedoria divina. A própria interrogação, pela sua formulação, já
revelava esta extraordinária sabedoria. O texto não diz que os autores
interrogavam a Jesus. mas que Ele lhes interrogava e apresentava respostas.
5. Estudo da palavra "coração". Lucas 2.51 indica que Maria guardou. em seu
"coração" as coisas que Jesus falou durante esta visita ao Templo.
O erudito Alexandre Sou ter assinala que a palavra
"coração" em grego tem dois significados básicos:
a. Refere-se ao órgão
físico do corpo.
b. Refere-se à mente. Em certos casos refere-se à personalidade, ao caráter, ou
à vida íntima da pessoa (1Co 14.25; 1 Pe 1.22). As vezes refere-se ao estado
emocional da pessoa (Rm 9.2). Paulo usou a palavra coração em referência à
mente ou ao intelecto (R,m 1.21) e à vontade (Rm 2.5).
A maneira como a palavra usada determina o seu verdadeiro
significado. Não se pode duvidar de que o salmista se referia à mente quando
escreveu: "As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam
agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e Redentor meu!" O Quando
Lucas diz que Maria guardou estas coisas no seu coração, ele está dizendo que
ela guardou estas coisas em seus pensamentos, na sua mente.
O MENINO EM DESENVOLVIMENTO
(Lc 2.51,52)
1. A obediência continua
(Lc 2.51). O que nos impressiona na vida do
adolescente Jesus é o respeito perfeito e a obediência absoluta que Ele prestou
à sua mãe e a José. Ele lhes estava sujeito espontaneamente, por amor. Não
havia a mínima rebelião contra a autoridade do lar onde Deus o havia colocado.
Embora sendo o Filho de Deus, Ele não pleiteou qualquer isenção de
responsabilidade, ou de obrigações de tarefas. Devemos observar como, na
infância da raça humana, foi na questão da obediência que Adão e Eva falharam.
Mas Jesus não falhou! Graças a Deus!
2. O desenvolvimento
continuo (Lc 2.52). Nesses anos de
adolescência, Jesus continuou a desenvolver-se em todas as áreas da vida:
física, mental, social, e espiritual. À medida que enfrentava as complexas
situações da vida que todos nós conhecemos, Jesus sempre saiu vitorioso.
Evidente era que achou graça diante de Deus e dos homens. Jesus, como Filho do
homem, nem uma vez cometeu pecado. Confiando nele também teremos vitória contra
o pecado.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. A importância da
doutrina da humanidade de Cristo. Nosso
Senhor era "verdadeiro homem". Ele não era um semideus nem um
semi-homem.
Era Deus no pleno sentido da palavra e,' ao mesmo tempo,
verdadeiramente homem. Foi concebido pe10 Espírito Santo, mas nascido duma
mulher (Gl 4.4). Deus preparou-lhe um corpo (Hb 10.5). Era um corpo
verdadeiramente humano (Hb 2.14). Jesus passou por todos os processos de
desenvolvimento físico, mental, social e espiritual. Foi um processo sadio e
normal e não anormal..
Para nós isto constitui um mistério que não podemos
penetrar. Devemos. na simplicidade da fé, aceitar a declaração de Paulo em 1
'I'm 3.16: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi
manifestado na carne" (Ver Jo 1.14). Como menino, Jesus estava sujeito a
Maria e José e foi depois chamado de o carpinteiro de Nazaré. Como homem,
estava sujeito às limitações físicas. Experimentou o cansaço (Jo 4.6), a fome
(Mt 21.18), a sede (Jo 19.28), a tentação (Lc 4.2), a dor e a morte. Conheceu
as emoções do amor e da tristeza. Ele chorou, agonizou e irou-se contra a
hipocrisia.
À destra de Deus. Ele é o "Filho do homem" (At
7.55, 56). Ele é o único "Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,
homem" (1Tm 2.5).
Cristo é Deus. Há uma falsa doutrina que faz de Jesus nada
mais do que um homem, um homem bom, mas somente homem. Isto é blasfêmia.
Para compreender Cristo, é necessário compreender sua
humanidade: É imprescindível aceitar também a sua divindade e crer nele. Os
autores da Bíblia assim fizeram, declarando de modo inequívoco a sua humanidade
plena.
Em Cristo "habita corporalmente toda a plenitude da
divindade" (CI2.9). Como homem morreu na cruz, mas como Deus destruiu as
fortalezas do Diabo e ressurgiu dentre os mortos. Ele declarou: "Eu sou
aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos
séculos" (Ap 1.l7,18).
2. É possível que um crente
salvo se desvie? Aceitamos Cristo como
Salvador, por um ato da nossa vontade e é possível posteriormente rejeitá-lo
por um ato dessa mesma vontade. Mas as circunstâncias externas, essas não têm
poder para nos separar de Cristo (Rm 8.35-39).
O Antigo Testamento contém numerosas referências contra este
pecado de desviar-se. Exemplos: Ez 18.24; Jr 17.5. O Novo Testamento também nos
avisa contra o pecado de abandonar a fé: Jo15.2,5,6. Os avisos de Paulo
encontram-se em Rm 6.16; 8.13; 11.21,22; 1 Tm 4.1,6. Pedro usa a alegoria do
cão que volta ao vômito (2Pe 2.15,20-22; ver também Hb 10.29). Qualquer cristão
descuidado na sua vida espiritual já se está desviando. Se continuar assim, e
deliberadamente preferir viver no pecado, acabará perdendo a sua posição em
Cristo (GI 5.21).
Mas graças a Deus, a pessoa que "perdeu" Jesus,
como Maria e José o perderam, podem encontrá-lo novamente onde Ele está. Para
isso, deve confessar e abandonar o pecado (1Jo 1.9).
3. A importância do
crescimento harmônico da pessoa: físico, mental e espiritual. O desenvolvimento da pessoa de Jesus foi perfeito e isto
deve ser o nosso modelo.
Na questão de desenvolvimento da pessoa temos que considerar
os hábitos que adotamos. Jesus foi primeiro um menino, e mais tarde um homem,
de bons hábitos. Dos bons hábitos surge o homem bom. Ao nascermos não temos
hábitos nenhuns. Estes formados através do desenvolvimento. São o resultado escolhas que fazemos.
Devemos formar bons hábitos em todas as áreas da nossa vida,
mesmo os hábitos ordem física, como seja, o d canso, a dieta, o lazer, a
temperança e a disciplina devemos abusar do corpo, que ele é "templo do
Espírito Santo" (1Co 6.19).
Na vida mental é também importante ter hábitos como seja o
controle dos pensamentos. Devemos evitar pensar no que for imoral prejudicial e
evitar a preocupação demasiada, e a lascívia etc..
Lembremo-nos de que Jesus venceu todas essas tensões, pois
"foi Ele tentado todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado"
( 4.15). Uma vez que Ele venceu, podemos chegar confia mente ao trono da graça,
a de recebermos misericórdia acharmos graça para receber socorro em ocasião oportuna
(Hb 4.16). Paulo recomendou "Pensai nas coisas lá do alto não nas que são
da terra (Cl 3.2).
A INFANCIA
DE JESUS
TEXTO AUREO
= Crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lucas
2.52).
VERDADE PRATICA
= Crescer de
forma integral e uniforme, como Jesus cresceu, deve ser o alvo de todo cristão.
LEITURA
BIBLICA = LUCAS 2.46-47, 3.21,22
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Com base nas
informações abaixo e no mapa seguinte, apresente aos alunos os fatos e regiões
relacionadas à infância de Jesus. Acompanhe a ordem alfabética.
(A) Nazaré: Anunciação (Lc
1.26-38), cerca de 7-6 a.C.
(B) Nas montanhas [Hebrom?]: Visita
a Isabel (Lc 1.39-56). Decreto de César Augusto (Lc 2.1-2).
(C) Belém: Censo (Lc 2.1-4),
cerca de 6-5 a.C. Fatos consequentes: Nascimento de Jesus (Lc 2.7);
Anúncio aos Pastores (Lc 2.8-20); Circuncisão de Jesus (Lc 2.21), 8 dias de
nascido.
(D) Jerusalém: Apresentação de
Jesus (Lc 2.22-38), 40 dias de nascido; Visita dos magos (Mt 2.1,2,8).
(C) Belém: Herodes, seu
decreto e fuga da matança (Mt 2.8,13-18), cerca de 5 a.C.
(E) Egito: Estadia (Mt
2.19-21).
(A) Nazaré: Retorno e
infância (Mt 2.23; Lc 2.31), cerca de 7 d.C.
(D) Jerusalém: Entre os doutores
aos 12 anos (Lc 2.42,46 ), cerca de 7-8 d.C.
(A) Nazaré: Dos 12 aos 30
anos (Lc 2.51,52).
Palavra
Chave
Infância: Período de
crescimento, no ser humano, que vai do nascimento até a puberdade.
O texto
bíblico da lição desta semana trata da infância de Jesus, o Filho de Deus (Jo
1.49; Mc 15.39). São poucos os relatos inspirados da infância de Cristo, por
isso devemos extrair deles tudo o que pudermos para uma melhor compreensão da
mais bela e incomparável historiada humanidade.
A INFÂNCIA DE
JESUS
1. Jesus
também foi criança. Muitos se esquecem de que Jesus, como homem, já foi
criança. Ele cresceu junto a seus pais terrenos. Como toda a criança, teve que
aprender a falar, escrever etc. Somente Lucas registrou, ainda que de forma bem
resumida, a primeira fase da vida terrena de Jesus.
A
expressão, “e o menino crescia”, (v.40) afirma que Ele viveu entre nós e passou
por todas as etapas do desenvolvimento humano até chegar à idade adulta. Como verdadeiro
homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Ele crescia em
sabedoria na graça divina. Era perfeito quanto à natureza humana, e prosseguia
para a maturidade, segundo o desígnio do Pai.
a) O crescimento físico de Jesus (v.40). O texto nos diz
claramente: “e o menino crescia”. Tudo indica que Jesus teve um crescimento
normal, fora de qualquer anomalia. Era uma preparação para o cumprimento do seu
ministério.
b) O crescimento espiritual (v.40). O menino Jesus
não fora levado pelas paixões juvenis e carnais do seu tempo. Ele estava no
mundo, porém não era do mundo (Jo 1.10). “Não ameis o mundo, nem o que no mundo
há”, adverte-nos a Palavra (1Jo 2.15). O infante Jesus viveu dentro desses
preceitos, tornando-se forte espiritualmente. Por isso o apóstolo Paulo
adverte-nos: “Fortifica-te na graça que há
em Cristo Jesus” (2Tm 2.1).
c) Crescimento intelectual (v.40). Jesus também
cresceu em toda sabedoria a ponto de confundir os doutores da lei. Pedro nos
ensinou: “Crescei na graça e no conhecimento” (2Pe 3.16). Jesus cresceu em toda
a extensão, embora fosse tudo em todos. Ele é a graça de Deus manifestada (Tt
2.11).
2. Fonte de
informação sobre a infância de Jesus. Os Evangelhos são as fontes básicas de informação
sobre Jesus como homem. Os escritores dos Evangelhos tinham como objetivo
mostrar a redenção da humanidade por nosso Senhor Jesus Cristo: “Esta é uma
palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores” (1Tm 1.15).
O silêncio que
precedeu o início da apresentação pública de Jesus não deve surpreender-nos.
Mateus, Marcos, Lucas e João deram profundo enfoque à última semana da vida
terrena de Jesus, quando a tão aguardada redenção do pecador foi consumada.
O MENINO JESUS
ENTRE OS DOUTORES
1. Uma
família piedosa (v.41). A Páscoa era a mais importante festa religiosa de
Israel. Todo homem adulto tinha o compromisso, segundo o preceito divino, de ir
anualmente a Jerusalém, à Festa da Páscoa (Dt 16.16).
As mulheres não
tinham esse compromisso. Isso mostra o quanto Maria era devotada.
Zelosos no
cumprimento da Lei de Deus, José e Maria iam todos os anos à Festa da Páscoa
(v.41). Não dispunham de muitas posses, mas, mesmo assim, não deixavam de ir a
Jerusalém para a adoração. Eles são exemplos de dedicação e amor a Deus.
2. O menino Jesus
em Jerusalém (vv.43-46).
Jesus foi levado, por seus pais, a Jerusalém pela primeira vez para a cerimônia
de purificação de acordo os preceitos da lei (Lc 2.22). Segundo o costume
judaico, Ele foi circuncidado, recebendo seu nome pessoal no oitavo dia (Lc
2.21-24).
A festa durava
sete dias (Êx 12.15). Aos doze anos, foi o menino Jesus outra vez a Jerusalém.
Nessa ocasião, seus pais o perderam na multidão. É provável que, na viagem de
regresso, Maria tivesse pensado que Jesus estava com José e vice-versa.
Descobriram, então, que Ele não estava entre os que retornavam. E, assim,
decidiram voltar para Jerusalém.
Passado três dias,
os pais de Jesus o encontraram “no templo, assentado no meio dos doutores,
ouvindo-os e interrogando-os” (v.46). O que chamou a atenção dos doutores e dos
que presenciaram a cena era o conhecimento e interesse de Jesus, ainda um
adolescente, pelas coisas de Deus. Ele não somente fazia perguntas, mas também
as respondia.
O DESPERTAR DA
CONSCIÊNCIA DIVINA EM JESUS
1. Consciente
de sua identidade e filiação divina (v.49). José e Maria estavam
conscientes da origem divina de Jesus, bem como de sua missão redentora (Lc
1.30-38; 2.8-19,25-35). Então, Maria perguntou a Jesus: “Filho, por que fizeste
assim conosco (v.48)?” Jesus lhe respondeu com outra pergunta: “Por que é que
me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”
(v.49). O menino demonstrou ter plena consciência de que era, de fato, o Filho
de Deus e o Messias de Israel.
2. Um exemplo de
obediência (v.51).
Mesmo plenamente consciente de que era o Filho de Deus, Jesus era ao mesmo
tempo submisso a José e Maria: “e era-lhes sujeito” (v.51). A obediência é um
ato de rendição voluntária, do contrário, se torna escravidão, o que é
contrário ao Espírito Santo (Mt 14.36; Gl 5.1).
Jesus foi
obediente em tudo: “embora fosse Filho aprendeu a obediência” (Hb 5.8). Neste
versículo encontramos a última referência a José no Novo Testamento. Nas bodas
de Cana da Galiléia, ele não estava presente (Jo 2.1). Talvez já houvesse
falecido.
CONCLUSÃO
O limitado
relato bíblico que temos a respeito da infância de Jesus é plenamente suficiente
para a compreensão da Sua vida. O compromisso do cristão só tem a ver com o que
está escrito na Bíblia; não com especulações.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 2008
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
COHEN,
A. C. A vida terrena de Jesus.4.ed., RJ: CPAD, 2000.
DOWLEY, T. Pequeno Atlas Bíblico. RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000
DOWLEY, T. Pequeno Atlas Bíblico. RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000
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