O NASCIMENTO DE
CRISTO
TEXTO
ÁUREO
= “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel” (Is 7.14).
VERDADE
PRÁTICA
= A doutrina do nascimento virginal de Cristo é um dos pilares da nossa fé,
claramente, exarados na Palavra de Deus.
LEITURA EM
CLASSE = MATEUS 1.18-25
INTRODUÇÃO
A data do nascimento de Jesus é
desconhecida, e nada tem a ver com o início de sua existência como o Verbo de
Deus, e, sim, com a sua encarnação, a fim de cumprir a obra redentora da
humanidade.
I. A
PREEXISTÊNCIA DE CRISTO
São numerosos os textos bíblicos que
falam da existência de Cristo, desde a eternidade, antes do seu nascimento em
Belém de Judá.
1.
Existia com o Pai, na Criação. “No princípio era o verbo, e o verbo
estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as
coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo
1.1-3). O autor da Epístola aos Hebreus aplica as palavras d Salmo 102.25, ao
Filho: “No princípio, Senhor, lançaste OS fundamentos da terra, e os céus são
obras das tuas mãos; eles perecerão; tu, porém, permaneces...” (Hb 1.10 - ARA).
2.
Existia na glória, antes que houvesse mundo. Isto é revelado pelo próprio
Cristo em sua oração sacerdotal: “E agora, glorifiCa-me ó Pai, contigo mesmo,
com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo” ( Jo 17.5 -
ARA).
3.
Designado Salvador, desde os tempos eternos. É o que afirma o apóstolo Paulo:
“Conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus
antes dos tempos eternos” (2 Tm 1.9). Pedro ensina: “Fostes resgatados da vossa
vã maneira de viver.., com o precioso sangue de Cristo..., conhecido, ainda
antes da fundação do mundo” (1 Pe 1.18-20).
4.
Cristo existia antes de Abraão. Pela fé, Abraão o contemplou,
representado pelo cordeiro que substituiu Isaque no monte Moriá (Gn 22.10-13).
Quando Jesus disse aos judeus: “Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia,
viu-o e regozijou-Se. perguntaram-lhe pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta
anos, e viste a Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos
digo: Antes que Abraão existisse, eu sou”
( Jo 8.56-5 8). O Verbo Divino existia antes da fundação do mundo (Jo
1.1).
5.
Cristo, o Cordeiro Pascoal. Depois de vários milagres, diversas pragas e muitas
promessas de Faraó, o povo israelita ainda continuava escravo. Quando, porém, o
cordeiro pascoal foi imolado e seu sangue aspergido nas umbreiras e vergas das
portas, Israel saiu do Egito.
Isto fala de Cristo que já existia,
designado por Deus, para encarnar-Se no ventre da virgem, a fim de proporcionar
a libertação dos escravos do pecado. Esta é a interpretação de Paulo, ao
escrever: “Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7).
6.
Cristo no Éxodo.
Custo é o centro das atenções e de todas as revelações de Deus. Na libertação
de Israel e na peregrinação pelo deserto, Ele estava presente. Quando o povo
teve sede, o Senhor disse: “Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em
Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá” (Ex 17.6). Na
expressão: “Estarei ali diante de ti sobre a rocha”, aparece o Cristo, a Fonte
da Água Viva. Paulo explica este fenômeno, ao afirmar: “E beberam da mesma
fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a
pedra era Cristo” (1 Co 10.4).
7.
Cristo, revelado no Antigo Testamento. Além dos numerosos tipos relacionados a
sua pessoa, existem claras revelações atinentes a sua vinda: a concepção (Is
7.14); o lugar onde nasceria (Mq 5.2); o seu ministério (Dt 18.15); o seu
sacerdócio (1 Sm 2.35,3 6); a sua morte (Si 22; Is 53); a sua ressurreição (Si
16.10); e o seu reinado (Jr 23.5,6).
II. CRISTO,
DIVINO E HUMANO
Só mediante o nascimento virginal, Ele
seria, ao mesmo tempo, divino e humano.
1.
A virgem dará à luz um filho. Tanto Mateus como Lucas concordam que
Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.18; Lc 1.34) e nasceu de uma
virgem. A doutrina da encarnação de Jesus, durante anos, enfrenta várias
oposições dos teólogos liberais. Entretanto, é inegável o cumprimento do que
Deus determinou mais oumenos700 anos antes do nascimento de Cristo, através do
profeta Isaías.
2.
A importância da encarnação de Cristo. Para ser qualificado como Redentor que
pagaria o preço dos nossos pecados e trazer-nos-ia a salvação, era necessário
que Jesus fosse totalmente humano, mas, sem pecado, e plenamente divino (Hb
7.25,26). Cristo satisfez estes requisitos:
a. Nasceu de uma mulher (Lc 2.6,7);
b. Concebido pelo Espírito Santo (Mt
1.20);
c. Filho de Deus (Jo 3.16).
Como resultado, sua concepção não foi
natural e, sim, sobrenatural. O anjo disse a Maria: “Descerá sobre ri o
Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso
também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).
3.
Cristo, divino e humano. Jesus viveu e sofreu como pessoa humana, e
compadeceu-se dos fracos (Hb 4.15); como Filho de Deus, Ele tem poder para
libertar-nos do domínio do pecado e do poder de Satanás (At 26.18; Hb 2.14-16).
Divino e humano, foi qualificado para servir de sacrifício pelos pecados de
todos os homens, e, como sumo sacerdote, para interceder pelos que se aproximam
de Deus(Hb7.24-28; 10.9-12).
III. A DIVINDADE
DE CRISTO
Cristo tornou-se humano, mas não deixou
de ser divino. A sua deidade é claramente revelada no Novo Testamento. Paulo
escreve: “Aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude”; “porquanto nele
[em Cristo] habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Cl 1.19; 2.9).
1.
Nomes divinos de Cristo:
a.
Deus
- De eternidade a eternidade Jesus é Deus” (Hb 1.8,9). Tomé convertido,
confessou: “Senhor meu, e Deus meu” (Jo 20.28);
b.
Senhor
- Ananias disse a Saulo: “O Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te
apareceu no caminho por onde vinhas” (At9.17). A expressão Senhor Jesus aparece
muitas vezes no Novo Testamento.
c.
Filho de Deus -
Por ocasião do batismo de Jesus, foi ouvida a voz do Pai: “Tu és meu Filho
amado, em ti me comprazo”; e, Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, disse a Jesus:
“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Lc 3.22; Mt 16.16).
2.
Atributos divinos conferidos a Cristo:
a.
Eternidade.
Em relação a Jesus, lemos: “Tu, porém, és o mesmo e os teus anos jamais terão
fim” (Hb 1.12). “Não tendo princípio de dias, nem fim de vida” (Hb 7.3).
b.
Onipotência.
Cristo, após ressuscitar dos mortos, disse: “É-me dado todo o poder no céu e na
terra” (Mt 28.18). Ele é “o soberano dos reis da terra”; “Rei dos reis e Senhor
dos senhores” (Ap 1.5; 19.16).
c.
Onisciência.
É uma qualidade que só pertence a Deus. Pedro declarou: “Senhor, tu sabes todas
as coisas...”(Jo2l.l 7).
d.
Onipresença.
Antes de sua ressurreição, Jesus estava sujeito às limitações do corpo humano,
impossibilitado de estar presente em mais de um lugar ao mesmo tempo (veja Jo
11.6-15, 21-32). No entanto, antes de sua ascensão, Ele disse: “Eis que estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20b). Esta
declaração de Cristo é corroborada pela experiência de milhões de cristãos
espalhados por todo o mundo, que são ajudados pelo amado Salvador.
3.
Adoração prestada a Cristo. Jesus exerceu o seu ministério entre as
“ovelhas” da casa de Israel. Os seus primeiros discípulos eram judeus e o
adoravam, como prova de que reconheciam a sua divindade, pois eles, desde o
cativeiro em Babilônia, curados da idolatria, reverenciavam somente a Deus,
conforme instrução de Moisés (Dt 6.4).
“E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb
1.6). O próprio Jesus perguntou ao cego de nascença a quem restaurara a vista:
“Crês tu no filho do homem?” A resposta foi: “Creio, Senhor; e o adorou” (Jo
9.35-38). Outras passagens: o leproso purificado (Mt 8.2); Jairo (Mt9.18-25) a
mulher Cananéia (Mt 15.25); todos esses o adoraram, porque reconheceram a sua
divindade.
IV. OBRAS
DIVINAS ATRIBUÍDAS A CRISTO
Jesus
disse:
“Tudo o que este [o Pai fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (Jo 5.19).
1.
Criador.
No tocante a Cristo, Paulo disse: “Pois nele foram criadas todas as coisas, nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, seiam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e
para ele” (Cl 1.16).
2.
Sustentador de todas as coisas. Em Hebreus 1.3, lemos: “Ele, que é o
resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, Sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder..,”. A mais, diz Paulo: “Ele é antes de todas
as coisas. Nele tudo subsiste” (Cl 1.17). 3. Cristo perdoa pecados. Quando
Jesus disse ao paralítico: “Perdoados estão os teus pecados”, os escribas
retrucaram: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?” (Mc 2.5-7). À mulher
pecadora, arrependida, chorava aos pés do Mestre, Ele disse: “Perdoados são os
teus peca- dos”, e acrescentou: “A tua fé te salvou; vai-te em paz” (Lc
7.48-50). Se Cristo tem poder para perdoar pecados, é Deus!
4.
Cristo ressuscitou dos mortos. Jesus disse: “Pois assim como o Pai
ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem
quer” (Jo 5.21). Disse mais: “Eu sou a ressurreição é a vida. Quem crê em mim,
ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). Isto ficou provado, quando Ele ressuscitou
a filha de Jairo (Mc 5.41,42), o filho da viúva de Naim (Lc 7: 14-15) e a
Lazaro no quarto dia de morto (Jo 11.43,44). Mas Jesus tem poder não apenas
para ressuscitar em casos como estes. Quanto ao que crê no seu nome, Ele disse:
“...eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40).
5.
Cristo proclama a sua divindade. Ele nunca procurou glória para si
mesmo, mas não negava a sua divindade, quando isto era requerido dele. Quando o
sumo sacerdote o interrogou: “És tu o Cristo, o Filho do Deus bendito? Jesus
respondeu: Eu sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do
Todo-poderoso, e vindo com as nuvens do céu” (Mc 14.61,62). Em João 10.30,
Jesus afirma: “Eu e o pai somos um”. Assegurou que não blasfemava, ao dizer:
“Sou Filho de Deus” (Jo 10.36). Estas são provas irrefutáveis da divindade de
Cristo.
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1994
Nenhum comentário:
Postar um comentário