O
QUE É ÉTICA CRISTÃ
TEXTO ÁUREO
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas convêm; todas as coisas me são Lícitas, mas nem todas as coisas
edificam." (1Co 10.23)
VERDADE
PRÁTICA
As Escrituras Sagradas ensinam o que convêm à
virtude do bem-viver cristão em sociedade.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Mt 5.13,14: Os cristãos foram chamados
para ser "sal" e
"luz"
Terça – Mt 24.35: A Palavra de Deus é o fundamento
da Ética Cristã
Quarta – Êx 20.1-17: O Decálogo é a lei moral
proferida pelo próprio Deus
Quinta – Tt 2.11-14: O Evangelho produz
transformação no caráter do ser humano
Sexta – Mt 6.33: Priorizando o Reino de Deus e a sua
justiça
Sábado – Mt 5.48: Chamados a uma vida de perfeição
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = 1 Coríntios 10.1-13
HINOS
SUGERIDOS: 104, 177, 221 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO
GERAL
Apresentar o conceito e os fundamentos da Ética
Cristã.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Compreender o que significa Ética Cristã e qual a
sua importância para a Igreja.
Entender que o ser humano necessita de parâmetros
para viver conforme a vontade de Deus.
Conhecer os fundamentos da Ética Cristã, a fim de
saber lidar com assuntos potencialmente divisores.
INTRODUÇÃO
À ÉTICA CRISTÃ
No século XXI, a humanidade está vivenciando uma era
de relativismo exacerbado. O certo e o errado são conceitos que não fazem muito
sentido para o homem da era pós-moderna. Tudo depende da pessoa, do tempo e do
lugar. Estamos no momento que nós mesmo podemos decidir egoisticamente o que
quisermos; não ter preconceitos sobre nada; ainda que a Bíblia diga o
contrário.
Devemos achar natural dois homens ou duas mulheres
viverem como casal e ainda adotarem filhos; etc. No decorrer das lições,
dedicaremos nossa atenção ao estudo da Ética Cristã. Trata-se de um assunto
polêmico e delicado, mas, ao mesmo tempo, repleto de encantos.
As questões éticas mostram-se como um campo vasto
cujo horizonte parece inatingível, todavia seus assuntos estão muito próximos
de nós. O estudo deste conteúdo provoca a reflexão sobre os mais diversos
conflitos da vida humana, força-nos a observar o mundo que nos rodeia e
leva-nos a considerar os nossos valores em busca de respostas certas, a fim de
que tomemos decisões sensatas.
O cristão precisa assumir a responsabilidade de
analisar os assuntos do cotidiano frente a uma sociedade que apresenta
diferentes propostas quanto ao modo de ser e viver; de certo e errado. Além
disso, ele deve romper com as barreiras do preconceito e fortalecer seu
entendimento bíblico acerca de cada pauta proposta. Nesse sentido, a disciplina
oferece parâmetros que o auxiliarão a compreender seus direitos e seus limites
à luz da revelação divina.
O
aborto é pecado? Não é só pecado; é homicídio.
E a eutanásia? Não pode ser vista como ato humanitário nem como suicídio
assistido; é assassinato. E a união civil de homossexuais?
Não se trata de contrato social; é abominação diante
de Deus e o opróbrio diante dos homens. E o uso de drogas? Os médicos chamam de
dependência; a Bíblia trata-o como vício e feitiçaria.
E
o sexo livre? Tem-no o mundo como liberação; a
Bíblia, como fornicação, adultério e impureza. E a violência? Que jamais seja
tolerada como resposta à violência; a violência só produz a violência. E a
mentira? Se o pai da mentira é o Diabo, por que iríamos nós entrar nessa árvore
genealógica? “O estandarte da ética cristã ainda é ainda o nosso mais
importante guia”. [Winston Churchill]. Os referenciais do mundo são movediços,
instáveis e mutantes, ao sabor do tempo e do lugar, o guia infalível do crente
em jesus é a Palavra de Deus, que é a lâmpada para os pés e luz para o caminho
(Sl 119. 105).
O
significado de ética: Ética é o estudo da moralidade.
Consiste da análise da natureza da vida humana, como os padrões do
"certo" e "errado”, pelos quais a conduta possa ser guiada.
A
palavra Ética é originada do grego ethos: modo de ser,
caráter. Através do latim mos (ou no plural mores) costumes; de onde se derivou
a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e
para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres
no relacionamento indivíduo.
Contudo a ética de Deus é diferente dos homens, pois
Deus não precisa de padrões éticos e morais a seguir. A ética humana muitas
vezes confunde o certo e o errado a luz e as trevas, o doce com o amargo, o
moral e o imoral.
Este tipo de padrão ético muitas vezes é diabólico,
pois promove ou defende ações que vão contra a palavra de Deus. Infelizmente
muitas igrejas estão vivendo tais padrões éticos e morais.
DEFINIÇÃO
DE ÉTICA CRISTÃ
Em princípio, “ética” pode ser definida como o
estudo crítico da moralidade. Consiste na análise da natureza da vida moral
humana, incluindo os padrões do “certo” e do “errado” pelos quais sua conduta
possa ser guiada e dirigida. - Em resumo: “ética” é na prática aquilo que você
pensa e faz.
O
Que é Ética? A palavra tem origem no grego e
significa costumes, disposição, hábito, uso, conduta. Pode ser definida como o
conjunto de valores morais e de princípios que norteiam as ações sociais nos
âmbitos individuais e coletivos.
No contexto evangélico “Ética Cristã” é um somatório
de princípios que formam e dão sentido à vida cristã normal. É a marca
registrada de cada crente. É o que cada crente é, pensa e faz.
Para o cristão, a Ética pode ser entendida como um
conjunto de regras de conduta, aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a
Palavra de Deus. (I Coríntios 10. 32).
Para o cristão, a ética pode ser entendida como um
conjunto de regras de conduta, aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a
Palavra de Deus.
Os padrões da ética humana mudam conforme as
tendências dos valores morais da sociedade. De país para país, verifica-se que
há o fenômeno chamado de “Nova Moralidade”, que envelhece em pouco tempo.
A
ÉTICA CRISTÃ NO VELHO TESTAMENTO
I. A Ética e os Dez Mandamentos: -
Os Dez Mandamentos, também chamados “Decálogo”, dados por Deus a Moisés no
Monte Sinai (Êxodo 20), formam o primeiro tratado ético, dado pelo Senhor com o
propósito de reger o comportamento do homem. Como tal, o decálogo estabelece os
deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o seu próximo.
1.
A Ética e os Livros Poéticos: - Jó, Davi e Salomão,
(Os Sábios) tiveram um papel especifico e decisivo na forma da ética cristã.
Com o patriarca Jó aprendemos o quanto o homem pode sofre e ainda assim não
afastar do seu Redentor que vive (Jó 19. 25). Com Davi, através de seus Salmos
proféticos ou não, aprendemos que a despeito das nossas naturais limitações,
Deus é Senhor do universo e vela por nós (Sl 121).
Com Salomão, através dos seus provérbios imortais e
do seu Eclesiastes, aprendemos que a verdadeira sabedoria tem a sua fonte em
Deus e que qualquer tipo de vida ou ocupação descentralizada de Deus é Pura
Vaidade.
2.
A Ética e os Profetas: [São 12 os Livros Proféticos] - Os
profetas, de modo especial, coube a responsabilidade de interpretar e
popularizar o ensino da Lei. Neste particular, os profetas eram uma espécie de
vigilantes e promotores do desenvolvimento Espiritual e Social da nação. Na qualidade de mensageiros da vontade
divina, confirmavam a fé dos humildes e tementes a Deus, condenavam a
autossuficiência dos arrogantes, e elevavam a fidelidade e justiça divina acima
de todos e qualquer padrão humano.
A Ética nos Evangelhos. No Sermão da Montanha, encontramos as REGRAS
BÁSICAS do Reino de Deus, trazidas por Jesus
Cristo. A Ética do Sermão do Monte e das demais partes do evangelho é tão
elevada, que nem mesmo a maioria dos cristãos a têm levado à prática.
Exemplos:
- A justiça do cristão deve exceder a dos escribas
e fariseus (Mt 5.20);
- Quem somente olhar para uma mulher, pensando em
adulterar com ela, já adulterou (Mt 5.28).
- Só é permitido o divórcio se o cônjuge praticar
infidelidade. Outro motivo não tem respaldo nas normas de Cristo (Mt
5.32;19.9);
- O falar deve ser sim, sim; não, não. O que disso
passa é de procedência maligna (Mt 5.37);
- O certo é amar os inimigos, bendizer os que nos
maldizem, fazer bem aos que nos odeiam e orar pelos que nos maltratam (Mt
5.44);
- Cristo manda que sejamos perfeitos como é nosso
Pai que está nos céus (Mt 5.48);
- Não se deve julgar os outros (Mt 7.1);
- Só devemos fazer aos homens o que queremos que
eles nos façam (Mt 7.12);
- Se o irmão pecar contra nós, devemos perdoar
sempre – até 70 x 7 (Mt 18.22);
- É para dar a César o que é de César e a Deus o
que é de Deus (Mt 22.21);
- Quando o cristão der um banquete (casamento,
festa de 15 anos, etc.) não deve convidar os amigos, os irmãos, os parentes, os
vizinhos ricos, mas “os pobres, os mancos e cegos”(Lc 14.12-13).
A Ética nas Epistolas
1) Fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10.31);
2) Fazer tudo em nome de Jesus, dando graças a Deus
(Cl 3.17);
3) Fazer de todo o coração, como ao Senhor (Cl
3.23);
4) Fazer o que é lícito e conveniente diante de
Deus (1 Co 10.23);
5) Não dar escândalo ao mais fraco (1 Co 8.9-13);
6) Não fazer nada em caso de dúvida (Rm 14.23);
7) Lembrar que vamos dar contas a Deus de todas as
nossas obras (Rm 14.11,12; Ec 11.9).
8) Evitar a aparência do mal (1 Ts 5.22).
Questões éticas à luz da Bíblia
Daremos, aqui, uma síntese de algumas questões
éticas, com algumas respostas indicadas por certas correntes de pensamento.
A
ÉTICA CRISTÃ NO NOVO TESTAMENTO
A Ética no Novo Testamento origina-se nos Evangelhos
e prossegue nos escritos apostólicos. Jesus travou grandes embates com os
religiosos de Sua época, que engessavam a Lei, dando a ela excessiva
formalidade, principalmente no tocante às práticas litúrgicas; tropeçavam,
entretanto, em outros pontos, que diziam respeito ao relacionamento entre
irmãos. (Mateus 12. 1 – 10; 23; Os 6. 6).
1. A Ética e Jesus –
Jesus restaurou o verdadeiro sentido da ética, e ele o fez combatendo os
religiosos. Por exemplo, o Mestre e Seus discípulos foram acusados de
transgredir a Lei por comerem sem lavar as mãos; Jesus, por sua vez, retrucou
dizendo que os opositores da Lei são os que a invalidarem – e assim o fazem
quando a interpretam e a aplicam erroneamente (Mt 15. 1 – 9; Lc 7. 6 – 9; Mt.
5. 27, 28).
2. A Ética nas Epístolas:
- As vinte e uma (21) epístolas do Novo Testamento, sendo treze de Paulo, uma
(Hebreus) de autor desconhecido, uma de Tiago, duas de Pedro, três de João e
uma de Judas, pelo menos durante os primeiros 200 anos da Igreja, se
constituíram no único código de ética dos cristãos espalhados por todos os
recantos do grande Império Romano. Inseridas no cânon divino, viria a se
imortalizar como elemento inseparável dum código de ética da Igreja dos dias modernos.
3. A Ética de Princípios. –
As orientações dadas ao povo da nova aliança – a Igreja – são diferentes das
que tinham sido dadas ao povo da velha aliança. – o povo hebreu. - A ética do
Antigo Testamento é promovida pelas regras da Lei; a do Novo Testamento, por
princípios. – O que caracteriza o
espírito ético-cristão das ações é a expressão voluntária de amor. O Amor é a
Regra! - (Lucas 12. 48; Rm 13. 10; Gl 5.
14; Mt 22. 37 - 40).
A
Ética Cristã está fundamentada nas Escrituras Sagradas.
O amparo bíblico garante a sustentação de regras e princípios pelos quais o
cristão norteia a sua vida e se relaciona com o mundo. (Salmo 119. 105).
4.
Julgamento dos Transgressores. A Bíblia fala dos que
conhecem a Lei e não a praticam: – Serão
responsabilizados por seus atos (Rm 2. 13).
Os que erram sem nunca ter ouvido a Palavra de Deus:
- A revelação divina é inerente ao homem, o que o obriga a praticar atos
corretos (Rm 1. 18 – 21).
A
DIFÍCIL RESPONSABILIDADE DE DECIDIR
Como é um ser livre para decidir, o homem sempre faz
escolhas. Mesmo quando resolve não se posicionar sobre algum fato, ele faz uma
escolha, porque o não decidir é também uma decisão.
As escolhas revelam-se sempre mais simples quando
alinhadas às vontade e ao desejo; porém, tornam-se difíceis quando suas
implicações são profundas e complicadas.
1)
Decidir em Conformidade com a Palavra: - Agir em conformidade
com a Palavra é o que Deus espera de todos nós (Êx 15. 26; Dt 4. 5; Sl 19. 8;
Cl 3. 16). A Palavra de Deus fornece regras: o que se deve e o que não se deve
fazer; bem como princípios: aquilo que está implícito no amor de Deus e norteia
o espírito Cristão.
2) Situações Novas em um Mundo Novo:
- Atualmente, todos os assuntos que dizem respeito ao ser humano – suas
necessidades, vontades e paixões – vêm à tona de forma aberta e exigem
respostas conclusivas. Geralmente, as pessoas querem respostas simples para
problemas complexos. – É preciso encarar a ética com mais profundidade, zelo e
temor de deus, para que não se recorra aos extremismos.
3) A Ética Situacional:
- A ética situacional contempla um problema em uma perspectiva particular, não
generalizada, de acordo com uma situação específica, em que uma escolha ou
decisão não ocorre pelas vias convencionais. Exemplos: Êx 1. 19, 20: As parteiras
do Egito ao mentirem acerca dos recém-nascidos; Js 2. 4; Hb 11. 31: A mentira
de Raabe. Nesse caso, quando dois valores se chocam, prevalece o valor maior.
NÃO COBICEIS AS COISAS MÁS.
ESSAS COISAS... FEITAS EM FIGURA. O terrível
juízo divino sobre os israelitas desobedientes serve de exemplo e advertência
aos que estão sob a Nova Aliança, para não cobiçarem as coisas más. Paulo
adverte aos coríntios que se eles forem infiéis a Deus como Israel (vv. 7-10),
eles também serão julgados e não entrarão na pátria celeste prometida.
DETESTAI
O MAL = Detestar o mal é o mesmo que odiá-lo. Paulo usa
várias vezes a palavra “fugir” para significar a repulsa que o cristão deve ter
das coisas que são más (1Co 6.18; 10.14 e 1Tm 6.11): “Tu, porém, ó homem de
Deus, foge destas coisas”. Carlyle, escritor cristão, comentando esse texto,
diz: “O que necessitamos é ver a infinita beleza da santidade, e a infinita
maldição e o horror do pecado”. O apóstolo João, em sua primeira epístola,
coloca esse “detestai o mal” da seguinte maneira: “Não ameis o mundo nem as
coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”
(1Jo2.15).
NÃO
VOS TORNEIS IDÓLATRAS.
Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles;
conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para
folgar.
Não se interessaram em aprender do Senhor e nem de
ensinar a seus filhos sobre o Senhor que lhes tirara da escravidão. Não davam
honra e glória àquele que lhes tirara do Egito, antes queriam voltar para lá
por causa da comida.
NÃO
NOS PROSTITUAMOS.
Clara referência ao episódio de Balaão e a
prostituição de Israel. (Jd 1.11)
CONCLUSÃO
Nesta lição. Estudamos, brevemente, as bases da
ética, em particular da ética cristã. Como pudemos observar, trata-se de um
terreno propício a muitas discussões. Por essa razão, precisamos buscar nossas
respostas nas Escrituras Sagradas. Tais preocupações buscam proteger a Igreja
de situações contraditórias que carregam em si o potencial de promover
escândalos à fé cristã, além de deixar claras as práticas que ofender a Deus.
Conscientizemo-nos de uma vez por todas: a Igreja de
Deus, por sua própria natureza e origem, sempre será vista como contracultura;
jamais se conformará com este mundo. (Rm 12. 1).
Por: Evangelista Isaias
Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica
Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibliografia
O QUE É
ÉTICA CRISTÃ
Introdução
Paz do Senhor ,Graças ao Nosso Deus Chegamos mais
um Trimestre para aprendemos mais, é com o coração transbordando de uma imensa
alegria que volto para publicar mais uma artigo subsídio de apoio aos
nossos alunos e professores da Nossa Querida Ebd, (Escola Bíblica Dominical). e
neste estaremos estudando sobre a Ética Cristã Para A Juventude. O
cristão, como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser diferente, mas seu
comportamento como cristão deve ser um referencial para a sociedade.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Prepare-se convenientemente para as próximas
lições! Como você pode constatar, os temas deste trimestre não são fáceis.
Portanto, não perca tempo, pesquise o máximo que puder. Visite uma boa
biblioteca. Estude com afinco todos os dias da semana.
Observe os seguintes princípios:
1. Preparar cada lição, estudando-a como assunto
novo, mesmo que este lhe pareça conhecido.
2. Estudar bem a lição até que o assunto se torne
bem conhecido e bem claro.
3. Estudar bem o assunto até que a lição se
desenvolva em uma sequência lógica.
4. Ao preparar a lição, procurar relacionar cada
parte dela às necessidades dos alunos.
5. Usar métodos e materiais adequados.
6. Planejar tudo de modo que todos os alunos
participem.
7. Ter alvos específicos: sabendo o que seus alunos
devem sentir, saber, e fazer como resultado do estudo desta lição.
I. O QUE É ÉTICA CRISTÃ
A.
CONCEITUAÇÕES IMPORTANTES
A Ética integra os seis sistemas tradicionais da
Filosofia, ao lado da Política, da Lógica, da Gnosiologia, da Estética e
da Metafísica. A palavra ética vem do grego, ethos, que significa costume,
disposição, hábito. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de
vontade, costume, uso, regra.
De acordo com Champlin e Bentes, ética é ‘A teoria
da natureza do bem e como ele pode ser alcançado”; ‘A ética é a conduta
ideal do indivíduo” {Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, p. 554).
Para Claudionor de Andrade, é o “Estudo
sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo.
Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que é errado” (Dicionário
Teológico, p. 121)
B. Ética Cristã
Para o cristão, a ética pode ser entendida como um
conjunto de regras de conduta, aceitas pelos cristãos, tendo por
fundamento a Palavra de Deus. Para os que creem em Jesus Cristo como Salvador e
Senhor de suas vidas, o certo ou o errado devem ter como base a Bíblia
Sagrada, considerada como “regra de fé e prática”, conforme bem a
definiram Lutero e outros reformadores. A ética cristã pode valer-se de
argumentos filosóficos, de modo complementar, mas prescinde deles nas
definições do que é certo ou errado.
Segundo Gardner, “a tarefa da ética cristã seria
bem mais fácil se, por um lado, o cristão pudesse aceitar as conclusões da
razão natural, pura e simplesmente, portanto, sem crítica, acrescentando-as ao
que é do seu conhecimento pela fé, ou, por outro lado, se as pudesse repudiar
sumariamente. Estes dois processos de relacionar a ética cristã com o
pensamento ético secular são, no entanto, insatisfatórios...” (Fé Bíblica
e Ética Social, p. 33).
C. Os padrões da ética humana mudam conforme as
tendências dos valores morais da sociedade. De país
para país, verifica-se que há o fenômeno chamado de “nova moralidade”, que
envelhece em pouco tempo.
Entretanto, na visão de Rudnick, “a ‘nova
moralidade’ que estamos experimentando desde os anos sessentas não é o tipo de
atualização natural e necessária dos pontos de vista éticos, com base em
nova informação. É,na verdade, uma revolução ética, na qual os princípios da
ética cristã têm sido agredidos e repudiados por muitos” (Ética Cristã
para Hoje, p. 18).
Assim, temos de admitir que a ética cristã tem sua
própria lógica e consistência, quando baseada na Bíblia, pois esta é infalível,
imutável e inerrante.
II. CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES
1. Ética como ciência secular. A Ética
é um aspecto da filosofia. A Filosofia está segmentada em seis sistemas
tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia, Estética, Metafísica e Ética que é
o objeto de estudo de Lições Bíblicas neste trimestre.
Para compreendermos melhor o sentido de Ética,
vejamos, de forma sintética, em que se constituem os outros aspectos aos quais
ela está agregada no contexto filosófico.
Dentre suas muitas acepções, filosofia é o saber a
respeito das coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a vida e,
finalmente, consiste em especulações acerca da forma ideal de vida. Em suma, é
a história das ideias. Tudo isto sob a ética humana. Precisamos aferir o
pensamento humano com os ditames da Palavra de Deus que são terminantes, peremptórias,
finais. O homem, seja ele quem for, é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9;
Nm 23.19; Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os campos de pensamento e de atividades têm
suas respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da
religião, da sociologia, da medicina, da história, da ciência etc. Consideremos
entretanto, os seis sistemas acima mencionados que foram sistematizados por
três antigos pensadores: Sócrates, Platão e Aristóteles.
a) Política — Este vocábulo vem do grego polis
e significa “cidade”. A política procura determinar a conduta ideal do Estado,
pelo que seria uma ética social. Ela procura definir quais são o caráter, a
natureza e os alvos do governo. Trata-se do estudo do governo ideal.
b) Lógica — É um sistema que aborda os
princípios do raciocínio, suas capacidades, seus erros e suas maneiras exatas
de expressão. Trata-se de uma ciência normativa, que investiga os princípios do
raciocínio válido e das inferências corretas quer seja partindo da lógica
dedutiva quer seja da indutiva.
c) Gnosiologia — É a disciplina que estuda o
conhecimento em sua natureza, origem, limites, possibilidades, métodos, objetos
e objetivos.
d) Estética — É empregada para designar a
filosofia das belas-artes: a música, a escultura e a pintura. Esse sistema
procura definir qual seja o propósito ou ideal orientador das artes,
apresentando descrições da atividade que apontam para certos alvos.
e) Metafísica — Refere-se a considerações e
especulações concernentes a entidades, agências e causas não materiais. Aborda
assuntos como Deus, a alma, o livre arbítrio, o destino, a liberdade, a
imortalidade, o problema do mal etc.
f) Ética — É a investigação no campo da
conduta ideal, bem como sobre as regras e teorias que a governam. A ética, o
homem distanciado de Deus por sua incredulidade e seus pecados, a estuda,
entende e até se propõe a observá-la, mas não consegue, por estar subjugado
pelo seu eu, pelos vícios, pelo mundo, pelo pecado (Rm 2.15-19). Já os servos
de Deus, pelo Espírito Santo que neles habita, triunfam sobre o pecado (Rm
8.2).
Existem inúmeros argumentos e considerações acerca
deste tema, que será tratado aqui do ponto de vista da ética bíblica a qual
expõe Deus como fundamento e alvo da conduta ideal.
2. Origem da palavra. Ética
vem do grego, ethos, que significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim,
vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra.
3.
Definição. Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo.
Na teoria, é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a
exata conceituação do que é certo e do que é errado. Reiterando, Ética Cristã é
o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra
de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a
Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo ética, ethos, aparece várias vezes no Novo
Testamento, significando conduta, comportamento, porte e compostura
(habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no
conhecimento de Deus como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de
Cristo, de modo que “...ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam
mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef
2.10).
III. VISÃO GERAL DA ÉTICA SECULAR
E DA ÉTICA CRISTÃ
1. Antinomismo. Esse ensino errôneo é humanista
e secular. Tudo depende das pessoas, e das circunstâncias. O filósofo incrédulo
e existencialista Jean Paul Sartre, um dos seus promotores, afirma que o homem
é plenamente livre. Num dos seus textos, ele escreve: “Eu sou minha liberdade;
eu sou minha própria lei”.
a) Posicionamento cristão. Esta
teoria não serve para o cristão. Nela, o homem se faz seu próprio deus. A
Bíblia diz: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os
caminhos da morte” (Pv 14.12). “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a
Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec
12.13). O antinomismo é relativista, isto é, cada um age como quiser. É o que
ocorria com o povo de Israel quando estava desviado, sem líder e sem pastor (Jz
17.6 e 21.25).
2. Generalismo. Essa falsa doutrina prega que
devem haver normas gerais de conduta, mas não universais. A conduta de alguém
para ser chamada de certa ou errada depende de seus resultados. É o que
ensinava, no século XV, o descrente, político e filósofo italiano Nicolau
Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
a) Posicionamento cristão. O
generalismo não se coaduna com a ética cristã, pois, para o crente em Jesus,
não são os fins, nem os meios, que indicam se uma conduta ou ação é certa ou
errada. A Palavra de Deus é que é a regra absoluta que define se um ato é certo
ou errado. Ela tem aplicação universal. O dever de todo homem é temer a Deus e
guardar seus mandamentos (Ec 12.13).
A Palavra de Deus não muda de acordo com as
circunstâncias, os meios ou os resultados. Deus vela para a cumprir (Jr 1.12b;
Mc 13.31).
Há outras modalidades, formas e expressões da ética
secularista, como o situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada
disso se coaduna ou se enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a
tipológica e a ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o
mundo fala muito nelas, mas não as cumpre.
O cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor,
terá sempre no manancial da Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na
sua expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos
e práticas diuturnas da nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho
dEle diante dos homens.
IV. O POSICIONAMENTO DO
CRISTÃ NOS DIAS ATUAIS
0 posicionamento do cristão, neste início de
século, não é fácil de ser tomado, face às abordagens e questões éticas
contemporâneas. É que, em termos de moral, de conduta, de costumes, que formam
as culturas dos povos, o que se vê é um verdadeiro terreno escorregadio e
pantanoso, em que não se sabe onde o certo termina, e começa o errado.
Os limites da moral estão cada vez mais sendo elastecidos e abolidos. O
que era certo há apenas 10 anos, hoje é visto como errado; o que era
errado, agora é visto como certo.
Diante disso, a sociedade sem Deus, materialista e
hedonista, não tem referenciais seguros, em que se possa confiar. O
profeta Isaías bem traduziu esse fenômeno, há quase mil anos antes de
Cristo, quando bradou:
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que
fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e
do doce, amargo!” (Is 5.20). Isso prova que a humanidade, não obstante o
perpassar dos séculos, continua a mesma, em termos de ética e moral, sob
o domínio avassalador dos formadores de opinião; principalmente nos tempos
pós-modernos, com a influência dos meios de comunicação, notadamente da TV
e da Internet, a rede mundial de computadores, que colocam dentro dos
lares uma gama imensa de informações, as quais, na maioria dos casos, não
permitem ao expectador uma filtragem daquilo que é certo ou é errado.
Admitindo que tudo isso seja verdade, como deve o
cristão posicionar- se, face às questões éticas e suas abordagens mais comuns?
A resposta não pode ser tão simples, mas o cristão tem a vantagem de
possuir um código de ética extraordinário, que é a Bíblia Sagrada, por ele
aceita como inspirada e revelada por Deus, através do Espírito Santo. Ele
pode dizer com ousadia, como o fez o salmista: “Lâmpada para os meus pés é
a tua palavra e luz, para o meu caminho” (SI 119.105).
CONCLUSÃO
“Princípios morais, que são os mais abrangentes e
importantes conceitos éticos, não se aplicam a algumas atividades, mas a todas.
São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de
conveniência. ‘Que é o que o Senhor pede de ti... senão que pratiques a
justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?’ (Mq 6.8).
Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor.
Observe esses dois princípios neste contexto. Ambos
se referem a pessoas, à maneira justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem
mais elevado, e não apenas alegria ou sucesso na vida). ‘O Senhor faz...
justiça a todos os oprimidos’ (Sl 103.6) e devemos fazê-lo também. Leis justas,
governo justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações equânimes
entre marido e mulher fiéis um ao outro, relação pacífica equânime também entre
as nações deste mundo. Devem ser esses os nossos conceitos, pois procedem de
Deus (Is 9.2-7; 11.1-5). A justiça é um princípio distributivo que trata
igualmente as pessoas” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD,
pág.60).
“A relevância do sal e da luz pode ser notada pelos
efeitos que exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor. Se
a luz estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente.
Partindo desse pressuposto, há três aspectos em que se espera a valorização da
relevância cristã.
O primeiro é pelo exemplo. Atitudes falam mais alto
do que mil palavras. Quando o nosso comportamento não condiz com o que falamos,
de nada adianta eloquência e verbosidade, porque o que fica é a marca do que
fazemos. As palavras vão ao vento, mas os traços do nosso exemplo, bom ou ruim,
permanecem.
A falta de lisura e nitidez em nossas ações
leva-nos à perda da credibilidade naquilo que propomos e à consequente ausência
de relevância do ponto de vista da fé. Foi o testemunho de Eliseu que permitiu
à sunamita identificá-lo como homem de Deus.
Nossos atos podem ser positivos ou negativos e
sempre terão influência para o bem ou para o mal. Quanto mais a nossa vida é
exposta ao público, os rastros de nossas ações terão número cada vez mais
considerável de seguidores, que, em muitos casos, não questionarão o que
fazemos, mas simplesmente copiarão o nosso modelo tal é a força do exemplo” (A
Transparência da Vida Cristã. CPAD, pp.51,52).
Por: Evangelista Isaias
Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica
Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
REFERÊNCIA
Ética Cristã - Elinaldo Renovato de Lima -
CPAD
Lições cpad 3º Trimestre de 2002 Título: Ética
Cristã — Confrontando as questões morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD,
pág.60.
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. CPAD.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência
Cristã. Um Desafio à Ética dos Tempos Modernos. CPAD.
HOLMES, A. F. Ética: As Decisões Morais à Luz da
Bíblia. CPAD.
PALMER, M. D. (ed.) Panorama do Pensamento Cristão.
CPAD.
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