Parábola
Uma Lição Para a Vida
Texto Áureo = “E sem parábolas
nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.” (Mc
4.34)
Verdade
Prática = As parábolas são uma forma instrutiva para se
ensinar grandes lições, e delas podemos extrair as inspirações e os
ensinamentos divinos para a vida cristã.
LEITURA
BIBLICA = MATEUS 13: 10-17
INTRODUÇÃO
Estaremos estudando, a
partir desta lição, as parábolas do Senhor Jesus Cristo. Através delas, o
Divino Mestre revelar-nos-á os grandes mistérios do Reino de Deus. Além de seu
aspecto teológico, suas parábolas são amorosamente voltadas para a prática;
levam-nos a exercitar o verdadeiro cristianismo em nosso atribulado e
estressante cotidiano.
Agora, pois, em
espírito de profunda reverência e humildade, passemos às parábolas que nos
deixou o Filho do Homem. Se colocarmos em prática os seus ensinos, viveremos no
âmbito do Reino de Deus a partir de agora; imediatamente. E de vitória em
vitória, haveremos de chegar às Bodas do Cordeiro. Não ajamos, pois, como
muitos dos ouvintes de Jesus. Apesar da clareza das parábolas que Ele proferiu,
jamais conseguiram perceber a chegada do Reino anunciado pelos santos profetas.
1. O QUE É A PARÁBOLA
A parábola, como a
encontramos nos evangelhos é um recurso didático, largamente utilizado por
Jesus, a fim de elucidar as grandes verdades e mistérios do Reino de Deus.
Vejamos, pois, como podemos defini-la.
1.
Definição etimológica. Originária do vocábulo grego
parabolé, a referida palavra significa, etimologicamente, colocar uma coisa ao
lado de outra; comparação. Não foi exatamente o que escreveu Ezequiel ao povo
de Israel ao propor-lhe uma parábola? (Ez 17.2).
2.
Definição hermenêutica. Antes de avançarmos nesta
definição, vejamos o que é hermenêutica: é a ciência que tem por objetivo
interpretar corretamente a Bíblia.
Segundo a hermenêutica,
parábola é uma narrativa alegórica constituída de personagens, coisas,
incidentes e atitudes que, através de comparações, facilita a compreensão de
realidades que se acham além do nosso entendimento.
Exemplo:
Objetivando mostrar aos seus contemporâneos o singular e incomparável amor de
Deus para com o pecador, o Senhor Jesus narrou-lhes a Parábola do Filho
Pródigo. Doutra forma, como poderiam eles ver a Deus como o Amoroso Pai sempre
pronto a receber o filho que, caindo em si, resolve retornar à casa paterna.
3.
A Bíblia é um livro rico em parábolas. Além das parábolas de
Cristo, encontramos muitas outras através das Sagradas Escrituras. Isaías,
Jeremias, Ezequiel e Oséias usaram-nas com rara sabedoria. Ao todo, são mais de
250 parábolas na Bíblia.
Surpreendentemente,
nenhuma parábola encontramos no Evangelho de João. Por outro lado, neste
deparamo-nos com várias figuras de linguagem usadas para ilustrar o ministério
de Cristo: a serpente levantada por Moisés no deserto (Jo 3.14-17); a água viva
(Jo 4.14) etc.
II.
OS OBJETIVOS AS PARABOLAS DE JESUS
Ao proferir as suas
parábolas, tinha o Senhor Jesus, em mente, dois objetivos: um didático e outro
teológico.
1.
Objetivo didático. Como o Mestre dos mestres, Jesus sabia
perfeitamente como haveria de alcançar as ovelhas perdidas da Casa de Israel.
Por isso, pôs-se a ensinar os seus contemporâneos através de comparações. Ao
falar-lhes das coisas terrenas, mostrava-lhes, com toda a clareza, as
celestiais. Ele sabia ensinar verdades profundas utilizando-se das coisas que
eram comuns no dia-a-dia de seus ouvintes.
2.
Objetivo teológico. Além de ser o Mestre dos mestres, o
Senhor Jesus era, de igual modo, a fonte de onde manam todos os mistérios do
Reino de Deus. Como, porém, falar desses mistérios se a sua audiência era de
gente simples? Para alcançar os seus ouvintes, foi ele comparando as coisas
celestes com as terrestres, a fim de que estas esclarecessem aquelas. E, assim,
através desse recurso educacional, Ele formou a primeira geração de teólogos da
Igreja Cristã: os apóstolos.
III.
POR QUE JESUS ENSINAVA POR PARABOLAS
Ao ensinar através de
parábolas, tinha o Senhor Jesus em mente, também, esclarecer os mistérios do
Reino de Deus aos pequeninos, e ocultar estes mesmos mistérios daqueles que,
julgando-se mestres, recusavam-lhe a doutrina.
1.
Esclarecer os mistérios do Reino de Deus aos pequeninos.
Como toda a Palavra de Deus, as parábolas do Senhor Jesus eram como uma espada
de dois gumes. Se por um lado, explicava os mistérios do Reino de Deus aos
pequeninos e humildes (Lc 10, 21); por outro, tinha como alvo...
2.
Ocultar estes mesmos mistérios dos sábios e inteligentes.
Estes, ao contrário daqueles mencionadas acima, não estavam dispostos a
renunciar a tradição dos anciãos, para terem condições de entender os mistérios
do Reino de Deus. Dessa gente presunçosa e orgulhosa, profetizou Isaías (Is
6.9,10).
Por conseguinte, se
quisermos aprender os mistérios do Reino de Deus, devemos nos postar aos pés do
Divino Mestre e, assim, em profunda humildade, guardar seus ensinamentos em
nosso coração. Os que se acham sábios, nada aprenderão; os que anseiam pelo
ensino, serão plenamente saciados.
V.
COMO INTERPRETAR PARABOLAS
Como poderá você
constatar, não é difícil interpretar as parábolas. Aliás, o próprio Jesus
encarregou-se de interpretar algumas aos seus discípulos (Mt 13.37,38). Basta
termos em mente os seguintes passos, a fim de que possamos alcançar o seu
significado:
1.
Buscar a verdade (ou verdades) que a parábola ilustra.
A pergunta encontra-se, invariavelmente, no início ou no final do texto. Como
por exemplo na Parábola da Ovelha e da Dracma perdida (Lc 15.10).
2.
Ater-se à essência da parábola. Ou seja: que levemos
em conta os traços principais da parábola e não propriamente o seu cenário. Na
Parábola do Filho Pródigo, por exemplo, devemos considerar os seguintes
elementos: o pai, que representa o Amoroso Deus; o filho mais novo, que ilustra
o pecador espiritualmente perdido; e o filho mais velho que lembra o crente
inconformado com a misericórdia divina em relação ao filho que volta a usufruir
dos favores imerecidos do Pai Celeste. Por conseguinte, não devemos nos
preocupar em achar significado para os porcos, para as alfarrobas que estes comiam
etc.
3.
Jamais se esquecer de que as parábolas servem para ilustrar doutrinas e não
para estabelecê-las. Infelizmente, não são poucos os
intérpretes que, esquecendo-se disso, aparecem com ensinamentos estranhos à
Palavra de Deus.
CONCLUSÃO
As parábolas de Nosso
Senhor Jesus Cristo continuam tão atuais como nos dias do Novo Testamento.
Atentemos ao seu ensino com todo cuidado e desvelo; pois continuam a
explicar-nos os mistérios do Reino de Deus. Que o Senhor nos ajude a estudá-las
com um espírito humilde e quebrantado. Tenho certeza de que, ao findar este
trimestre, estaremos mais ricos espiritualmente. Porque aprouve a Deus
revelar-nos, através das Parábolas, os mistérios de seu Reino. Amém.
Por: Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 2005
Parábolas De JESUS - As
Parábolas No Ensino De JESUS
Texto Áureo: Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão e nada lhes falava sem
parábolas, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse:
Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do
mundo. (Mt 13.34,35).
Além de fazer
cumprir a Palavra de DEUS dita pelos profetas era para JESUS a melhor maneira
de fixar nas mentes de seus ouvintes seus ensinos de amor e humildade.
Verdade Prática: Através de suas parábolas, o Senhor JESUS continua
a revelar-nos os grandes mistérios do reino de DEUS.
As parábolas nos
ensinam que os mistérios de DEUS são facilmente entendidos pelos simples e
humildes de coração. Devemos aprender de JESUS.
"Tomem sobre
vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração,
e vocês encontrarão descanso para as suas almas". Mt 11.28,29
PONTO DE CONTATO
Depois de aprendermos como desenvolver o caráter de CRISTO em nós, no
trimestre passado, vamos agora aprender na didática de JESUS, os mistérios de
DEUS, revelados de maneira simples através das parábolas que o mestre dos
mestres nos transmitiu.
Nada de passar à frente de JESUS e nada de tentar colocar
significado em tudo, entreguemos-nos inteiramente ao ESPÍRITO SANTO para que o
mesmo nos auxilie na compreensão de tão maravilhosos ensinos.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, nesta primeira lição, faça um organograma das lições que serão
estudadas durante o trimestre. Trata-se de um quadro que relaciona conceitos e
valores, indicando as inter-relações de suas unidades constitutivas. O objetivo
é apresentar uma síntese de todo o conteúdo do trimestre e recapitular os
pontos fundamentais das lições.
SÍNTESE TEXTUAL
As parábolas eram recursos didáticos usados pelos judeus desde os
tempos do Antigo Testamento (Jó 27.1; Hb 2.6). O profeta Ezequiel está entre os
inúmeros personagens bíblicos que fizeram uso dessas alegorias a fim de comunicar
uma mensagem clara e acessível (Ez 17.2). As parábolas também eram usadas pelo
povo e sábios de Israel em forma de provérbios parabólicos (Ez 18.1-3; Sl
78.2).
O propósito da parábola está relacionado ao significado do próprio
termo, ou seja, “colocar uma coisa ao lado de outra a fim de comparar”.
Portanto, quando Jesus ensinava usando a parábola, pretendia comparar um
episódio do cotidiano com uma realidade espiritual. Jesus usava essas
ilustrações com dois objetivos: didático e teológico.
Leitura Bíblica em
Classe: Salmo 78.1-8
Introdução
Nos relatos sobre o ministério de Jesus, não nos é possível demarcar
uma separação nítida entre pregação e ensino, tão entrelaçados que um não
pode ser totalmente separado do outro.
Marcos, constantemente descreve Jesus ensinando: Mc.4:1-2; 6:2; 8:31;
9:31; 12:35. Para as multidões que se amontoavam ao redor de Jesus, Ele era
mais um mestre do que um profeta. Ele era constantemente chamado
"Mestre" ou "rabino" porque seu ensino tinha em si uma
autoridade e um poder tal que o diferenciava claramente dos rabinos da época.
Depois da ressurreição, os discípulos e apóstolos foram igualmente
pregadores e mestres ( Mt. 28: 19-20; Mc.16:15; At. 5:42 ). Isto evidentemente
significa que para os homens que conheciam Jesus pessoalmente, o ensinar e o
pregar não eram idênticos, mas interdependentes, ao ponto de um não ser
superior ao outro.
Paulo, considerando Jesus a essência da mensagem, também utilizava
todos os meios possíveis de comunicação para transmitir suas idéias. Ele
pregava e ensinava em todas as igrejas por onde passava.
Assim, constatamos que pregação e ensino fazem parte essencial do
ministério de Jesus, da Igreja primitiva e da Igreja dos nossos dias.
Jesus tem consciência de que sua prática é a culminância da história do
povo de Israel. Essa consciência é precisamente sua consciência messiânica de
ser o revelador pleno e último da vontade do Pai e a vitória definitiva de seu
Reino. Esta perspectiva histórica permite que Jesus viva, na encruzilhada das
contradições, o tempo do presente singular, tempo do companheirismo, da amizade
e da solidariedade horizontal, onde se manifestam a fé, a esperança, o amor e a
misericórdia. Jesus toma uma posição radical que lhe vale a morte de cruz,
aceita com a coerência que sua prática determina.
Vamos focalizar nosso olhar sobre o cotidiano de Jesus, seus gestos e
sua prática pedagógica em seus contatos criadores da vida e da esperança, utilizando
para isto seu ensino através de Parábolas
I- O Que É Parábola.
É uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de
ensinar uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação
tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço
mental para se compreender. E difere da alegoria, porque esta personifica
atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as
pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E também difere da fábula, visto
como aquela se limita ao que é humano e possível. No A.T. a narração de Jotào
(Jz 9.8 a 15) é mais uma fábula do que uma parábola, mas a de Natã (2 Sm 12.1 a
4), e a de Joabe (14.5 a 7) são verdadeiros exemplos.
Em is 5.1 a 6 temos a semi- parábola da vinha, e, em 28.24 a 28, a de
várias operações da agricultura. o emprego contínuo que Jesus fez das parábolas
está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no
templo e na sinagoga. os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das
parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homílias. Tais eram
os Hagadote dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada por
Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus
ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear
a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt
21.45 - Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras.
Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples
lição moral, outras uma profunda verdade espiritual. Neander classificou as
parábolas do Evangelho, tendo em consideração as verdades nelas ensinadas e a
sua conexão com o reino de Jesus Cristo. http://www.bibliaonline.net/scripts/dicionario.cgi
1- Definição etimológica.
As parábolas de
Jesus: vislumbres do paraíso "Parábola",
a forma aportuguesada da palavra grega, parabole, vem de um verbo grego que
significa "atirar para o lado". Uma parábola é uma história que
coloca uma coisa ao lado de outra com o propósito de ensinar. É uma comparação,
colocando o conhecido ao lado do desconhecido. Memoravelmente expressada, ela é
"uma história terrestre com um significado celestial".
A palavra grega para parábola ocorre cerca de cinqüenta vezes no Novo Testamento, somente duas vezes fora dos evangelhos (Hebreus 9:9 e 11:19, onde é traduzida como "figuradamente"). Em Lucas 4:23 ela é traduzida "provérbio" (RA2,NVI). É conhecida característicamente como uma narrativa "um pouco longa ... tirada da natureza ou das circunstâncias humanas, o objeto da qual é dar uma lição espiritual" mas também é "usada como um breve ditado ou provérbio" (W. E. Vine, Expository Dictionary of NT Words, p. 158).
A palavra grega para parábola ocorre cerca de cinqüenta vezes no Novo Testamento, somente duas vezes fora dos evangelhos (Hebreus 9:9 e 11:19, onde é traduzida como "figuradamente"). Em Lucas 4:23 ela é traduzida "provérbio" (RA2,NVI). É conhecida característicamente como uma narrativa "um pouco longa ... tirada da natureza ou das circunstâncias humanas, o objeto da qual é dar uma lição espiritual" mas também é "usada como um breve ditado ou provérbio" (W. E. Vine, Expository Dictionary of NT Words, p. 158).
2- Definição
hermenêutica.
Por causa da incerteza do que exatamente constitui uma parábola, as
listas das parábolas de Jesus que têm sido compiladas variam em extensão de
acordo com o julgamento do compilador. As listas mais longas incluem tais
ilustrações como "o bom pastor" (João 10) e "os dois
construtores" (Mateus 7:24-27). As listas mais curtas excluem-nas.
Se não podemos determinar com exata certeza se algumas ilustrações de Jesus merecem ser chamadas parábolas, há algumas coisas sobre parábolas que estão fora de dúvida.
Parábolas não são fábulas ou mitos. Não há elementos irreais ou situações impossíveis nelas. De fato, sua força está em serem absolutamente concebíveis e na plausibilidade das circunstâncias que elas descrevem. Elas falam de situações familiares, da vida real.
As parábolas são mais do que provérbios, ainda que às vezes semelhantes em propósito. Nos evangelhos, os provérbios são referidos às vezes como "parábolas": "Médico, cura-te a ti mesmo" (Lucas 4:23); "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14-15); "Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha;" "E ninguém põe vinho novo em odres velhos..." (Lucas 5:36-37). Mas um provérbio é caracteristicamente um ditado curto e direto, cujo significado é evidente. Uma parábola tende a ser mais longa, mais envolvida, e o significado não tão facilmente visto.
Jesus, até onde sabemos, não começou a ensinar por parábolas antes do fim do segundo ano de seu ministério público (há uma única exceção, Lucas 7:41-42). Foi na presença de uma imensa multidão próximo do Mar da Galiléia, e suas comparações ilustrativas vieram com um ímpeto que surpreendeu seus discípulos (Mateus 13). Em histórias maravilhosamente concretas e simples, Jesus revelou aos seus seguidores os mistérios do reino do céu. Era apenas o começo. Este é um convite para estudar aquelas narrativas maravilhosas que nos convidam a olhar para o próprio coração de Deus. por Paul Earnhart
Se não podemos determinar com exata certeza se algumas ilustrações de Jesus merecem ser chamadas parábolas, há algumas coisas sobre parábolas que estão fora de dúvida.
Parábolas não são fábulas ou mitos. Não há elementos irreais ou situações impossíveis nelas. De fato, sua força está em serem absolutamente concebíveis e na plausibilidade das circunstâncias que elas descrevem. Elas falam de situações familiares, da vida real.
As parábolas são mais do que provérbios, ainda que às vezes semelhantes em propósito. Nos evangelhos, os provérbios são referidos às vezes como "parábolas": "Médico, cura-te a ti mesmo" (Lucas 4:23); "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco" (Mateus 15:14-15); "Ninguém tira um pedaço de veste nova e o põe em veste velha;" "E ninguém põe vinho novo em odres velhos..." (Lucas 5:36-37). Mas um provérbio é caracteristicamente um ditado curto e direto, cujo significado é evidente. Uma parábola tende a ser mais longa, mais envolvida, e o significado não tão facilmente visto.
Jesus, até onde sabemos, não começou a ensinar por parábolas antes do fim do segundo ano de seu ministério público (há uma única exceção, Lucas 7:41-42). Foi na presença de uma imensa multidão próximo do Mar da Galiléia, e suas comparações ilustrativas vieram com um ímpeto que surpreendeu seus discípulos (Mateus 13). Em histórias maravilhosamente concretas e simples, Jesus revelou aos seus seguidores os mistérios do reino do céu. Era apenas o começo. Este é um convite para estudar aquelas narrativas maravilhosas que nos convidam a olhar para o próprio coração de Deus. por Paul Earnhart
3- A bíblia é um
livro rico em parábolas.
Parábolas sempre foram utilizadas como meio de fixar idéias, não era
diferente com o povo de Israel, desde os primeiros profetas este povo aprendeu,
por meio de parábolas, as advertências de DEUS a respeito de seu comportamento
em meio a outros povos.
II- Os Objetivos Das
Parábolas De JESUS.
1- Objetivo didático.
As parábolas de Jesus, veículo fundamental para seu ensino, se inspiram
nas mais variadas práticas da vida cotidiana:
Mt. 13:4-8........A parábola do semeador.
Mt. 13:24-30........ A parábola do joio e do trigo.
Mt. 13:33........ A parábola do fermento.
Mt. 13:44....... A parábola do tesouro escondido.
Mt. 13:45........ A parábola da pérola.
Mt.18:10-14.......A parábola da ovelha perdida, etc....
Na verdade, todo o discurso de Jesus é, antes de tudo a explicitação de
sua prática. Ele é coerente porque sua prática é o ponto de partida de seu
discurso. Esta é uma das razões pelas quais Ele foi rejeitado. A liderança
dominadora não conhecia a pedagogia da misericórdia, aquela que, diante dos
abandonados e sofridos, começa com atos libertadores.
A prática pedagógica de Jesus exige que a sociedade humana seja
colocado ao avesso. Ela só tem sentido na lógica do Reino. Não basta que uma
pedagogia se concentre na prática para que venha a merecer o qualificativo de
cristã. Para ser cristã é fundamental que esta pedagogia esteja comprometida
com os valores do Reino.
2- Objetivo teológico.
Como formar em Teologia homens rudes e sem nenhum preparo teológico?
Resposta simples: - Coloque-os na escola de JESUS, Ele dá ensino teórico e
prático, Ele ensina o que vive e vive o que prega.
As parábolas utilizadas por JESUS infundiu um precioso ensino na m,ente
de seus, primeiro discípulos, e depois, e somente depois de serem
discípulos, agora sim, apóstolos. ninguém pode ser primeiro apóstolo e depois
discípulo, porém, só se alcança a posição honrada e humilde ao mesmo tempo, de
apóstolo, aquele que passou pela escola teológica de JESUS.
III- Por Que JESUS
Ensinava Por Parábolas.
Por que Jesus falou em parábolas? Resposta simples e automática: para
explicar bem as coisas que ele queria dizer e para que o povo entendesse
melhor. Certo? Lamento, mas segundo o que ele próprio disse, está errado. Leia
você mesmo a explicação de Jesus para o seu gosto por parábolas:
"É por isso que eu uso parábolas para falar com eles. Porque eles
olham e não enxergam; escutam e não ouvem, nem entendem. E assim acontece com
eles o que disse o profeta Isaías: "Vocês ouvirão, mas não entenderão;
olharão, mas não enxergarão nada. Pois a mente deste povo está fechada: Eles
taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os
seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia
entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria! - disse Deus." (Mt
13:13-15 BLH)
1- Esclarecer os mistérios do reino de DEUS aos pequeninos.
A exceção foi os discípulos. Quando ele "manifestou a sua glória,
seus discípulos creram nele" (João 2:11). E então Marcos, o evangelista,
nos revela que
"usando muitas parábolas como estas, Jesus falava ao povo de um
modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando parábolas, mas
explicava tudo em particular aos discípulos." (Mc 4:33-34 BLH)
Quer dizer, aqueles que creram podiam compreender, porque ele
interpretava-lhes o sentido do seu ensinamento.
Assim, iniciamos com uma grande lição sobre essas preciosas parábolas:
coisas espirituais são ao mesmo tempo tão simples que podem ser ilustrados com
histórias quase infantis. Mas ao mesmo tempo, são tão profundas que só podem
ser compreendidas pela fé sincera e pelo coração aberto a ouvir e praticar a
voz de Deus.
2- ocultar estes mesmos mistérios dos sábios e inteligentes.
Parece estranho que seja justamente pela razão oposta do que parece que
Jesus falou por parábolas. Ao invés de ser para que as pessoas entendessem, na
verdade era para que NÃO entendessem. Não é intrigante? Não lhe soa estranho?
Mas você notou a citação de Isaías que Jesus usou para corroborar sua atitude?
Eles não queriam saber. Não tinham ouvidos dispostos a ouvir nem corações
inclinados a aprender. Era um povo enfatuado e orgulhoso que, na sua esmagadora
maioria não somente descreu dele como finalmente o rejeitou abertamente, a
começar dos líderes religiosos.
Para entender o ensino de Jesus, não são necessários anos de seminários
ou de estudos acadêmicos. Os fariseus, escribas e sacerdotes eram versadíssimos
nas Escrituras. Eram doutores em Bíblia. Podiam esfregar a Bíblia na sua cara e
dizer orgulhosamente que conheciam de cor trechos inteiros dos quais talvez
você nem tenha ouvido falar. Só que tudo isso não passava de conhecimento
teórico. Quando Cristo chegou e revelou-se ao mundo, eles ficaram
escandalizados. Todo o seu preparo acadêmico caiu por terra. Não raro é o que
acontece com muitos que saem das escolas bíblicas e seminários hoje em dia. Sem
generalizar, é claro. Mas tem mais descrente saindo dessas instituições do que
entrando.
Outra tremenda lição é que nem sempre a noção correta de quem é Jesus e
a compreensão correta do que ele ensina e quer de nós pertence aos mais
antigos, aos mais famosos e aos mais poderosos. Isto se mostrou verdadeiro na
época de Jesus, na Idade Média, nos avivamentos mundiais e ainda se mostra
verdadeiro nas igrejas de hoje em dia. Disse o poeta: "a sabedoria mora
com gente humilde". Pessoas simples e iletradas, como os pescadores
galileus Pedro, Tiago e João, poderiam calar todo um ilustre Sinédrio quando
falassem em nome de Jesus. A eles foi dado conhecer os mistérios do reino.
Qual é a sua atitude diante das Histórias Para a Vida que Jesus contou?
Como você se aproxima delas? Isto equivale a perguntar: Por que você vai à
igreja? Por que carrega uma Bíblia? Por que canta hinos de louvor a Deus? Por
que se diz um cristão? É isto o resultado de uma fé sincera e fervente, de uma
compreensão, ainda que turva e fraca, mas correta, de quem Jesus realmente é?
Você pode ser líder, grande, poderoso, famoso, influente, dentro e fora
de uma igreja. Se não compreender, através da fé, quem Jesus É, jamais
compreenderá o que ele DIZ. Você será sempre daquele time que ouve e não
entende, que olha e não enxerga. Será sempre (estou usando o termo bíblico) um
tapado. Pode até pregar muito bem, como faziam os fariseus e escribas. Pode
escrever coisas bonitas sobre Jesus. Os escribas e saduceus o faziam. Mas vai
seguir sendo apenas, com todo o respeito, apenas mais um religioso.
Creia. E permita que sua fé o leve a uma atitude correta em relação a
Jesus e ao seu ensino. Isto tem o poder de transformar uma vida.
As parábolas de
Jesus podem ter e freqüentemente têm mesmo, a faculdade de endurecer o
incrédulo. Pois a verdade é que as parábolas de Jesus não encontram
paralelo. As parábolas de outros mestres e moralistas podem, até certo
ponto, ser separadas de seus ensinadores.
Porém, Jesus e suas
parábolas são inseparáveis. Não compreendê-lo é não compreender as suas
parábolas. Conseqüentemente, para aqueles que não entendem Quem é Ele
realmente, ou que ignoram a natureza do dom que Ele veio trazer à
humanidade, os mistérios do reino de Deus, por muitas parábolas que venham a
ouvir, necessariamente permanece algo misterioso.
IV- Como Interpretar Parábolas.
1- Buscar a verdade
(ou verdades) que a parábola ilustra.
Sempre devemos
buscar a revelação do ESPÍRITO SANTO, nunca confiarmos em nossa própria
sabedoria, pois a parábola está inserida em uma verdade profunda que não pode
ser alterada.
2- Ater-se à
essência da parábola.
Devemos, ao
estudarmos parábolas, tomarmos sempre o cuidado para não nos desviarmos do
verdadeiro ensino que nos está sendo proposto e cairmos em distração
espiritual, porém, não direcionada pelo ESPÍRITO SANTO, pois podemos passar a
desvirtuar o verdadeiro ensino a nós transmitido e passarmos a criar outro
ensino, pois a parábola permite isto em sua interpretação.
3- Jamais se
esquecer de que as parábolas servem para ilustrar doutrinas e não para
estabelecê-las.
Ensinar uma doutrina
através de uma parábola é válido e bastante aproveitável, porém nunca se deve
passar às pessoas uma doutrina pessoal através de uma parábola.
Conclusão
PARÁBOLAS DE JESUS
Parábola
é uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar
uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão
concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço
mental para se compreender. E difere da alegoria, porque esta personifica
atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as
pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E também difere da fábula, visto
como aquela se limita ao que é humano e possível.
O
emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com
o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. Os escribas e os
doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para
ilustração das suas homilias. Tais eram os Hagadote dos livros rabínicos.
A
parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34),
servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se á vida comum e aos
interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar
a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas do Salvador
diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de
compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda
verdade espiritual.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Parábola, do grego parabolé, significa “colocar ao lado de”, o sentido
básico é o de colocar uma coisa ao lado de outra com o objetivo de comparar. A
parábola envolve uma contradição aparente apresentada em forma de narração,
relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de
declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes.
Parábolas, Símiles, Enigmas e Alegorias.
A parábola possui diferenças e semelhanças com outras figuras de
linguagem. Essas semelhanças, todavia, não devem ser confundidas, pois pode
ocorrer o erro de fundir duas figuras distintas. As diferenças notam-se
sutilmente. Essencialmente, a parábola é um símile ampliado, ainda que o símile
não seja uma parábola.
Símile e Parábola
O símile pode apropriar-se de uma comparação de qualquer gênero ou
classes de objetos, uns reais e outros imaginários. A parábola está limitada em
seu raio de ação e reduzida às coisas reais. Suas imagens sempre incorporam uma
narração que responde com verdade aos atos e experiências da vida humana.
Na parábola, também não se emprega artifício de prosopopéia como na
fábula: aves e árvores falantes, feras e árvores reunidas em concílio
etc.
Como o enigma, a parábola pode servir para ocultar alguma verdade dos
que não possuem introspecção espiritual. Para perceber sua forma figurada,
porém, seu estilo narrativo e a comparação formal sempre anunciam a suposta
lição moral, ética ou espiritual pretendida.” (BENTHO, Esdras Costa.
Hermenêutica fácil e descomplicada. RJ: CPAD, 2003, p. 321.)
Leia mais Revista Ensinador Cristão CPAD, nº 22, pág. 36.
Por: https://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao1-parabolasdejesus-asparabolasnoensinodejesus.htm
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