3 de outubro de 2018

Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a Vida


Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a Vida

TEXTO ÁUREO

“E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos.” (Mc 4.34)

VERDADE PRÁTICA

As parábolas são uma forma instrutiva para se ensinar grandes lições, e delas podemos extrair as inspirações e os ensinamentos divinos para a vida cristã.

INTRODUÇÃO

Quando estudamos as parábolas de Jesus, com os corações abertos e dispostos a aprender como discípulos verdadeiros, em busca de sabedoria e entendimento das verdades espirituais profundas, nos deparamos com as sábias lições que Ele nos deixou para sermos bem-sucedidos em nossa vida aqui no mundo. Estudar este conteúdo, como disse Jesus aos seus primeiros discípulos, é um privilégio: “Bem-aventurados são os olhos que veem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram” (Lc 10.23,24).
Assim, as parábolas do Senhor possuem preciosas promessas de bênçãos para todos quantos acolhem sua mensagem e se dispõem a compreender as verdades que elas ensinam.

I – O QUE É PARÁBOLA

A palavra “parábola” é grega. Vem de “parabolé” (παραβολή) que, por sua vez, é uma palavra composta de duas outras palavras, “para”(παρα) que quer dizer “ao lado de” e “bolé” (βολή), que era uma medida de distância correspondente um tiro de pedra (cfr. Lc.22:41). Na verdade, “bolé” é derivado de “ballo” (βαλλω), que significa lançar, jogar, arremessar. A palavra “parábola”, portanto, tem o sentido de “lançamento ao lado”, “arremesso ao lado”, um “lançamento feito com desvio de alvo”, ou seja, uma “aproximação”, uma “comparação”.

No Antigo Testamento, a palavra traduzida por parábola é “mashal” ( )משל, que sempre designa uma comparação, uma ilustração que é feita para trazer ensinamentos espirituais, quase sempre vinculados a profecias, como nos ditos de Balaão (Nm.23:7,18;24:3,15,20), de Jó (Jó 27:1 e 29:1) ou nas profecias de Ezequiel(Ez.17:2; 18:2) e de Habacuque (Hc.2:6) ou pelo salmista (Sl.49:4). O salmista, aliás, deixou registrado o uso de parábolas pelo Messias (Sl.78:2).
Por isso, no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, é dito que a parábola “…é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia .…”.

A Bíblia On-Line da Sociedade Bíblica do Brasil define parábola como sendo “…geralmente história curta ou comparação baseada em fatos verdadeiros, com o fim de ensinar lições a respeito do Reino de Deus ou de sabedoria e moral.…” Diante da dificuldade ou da profundidade da mensagem que se quer transmitir, a pessoa acaba usando de algo aproximado, de uma comparação com elementos conhecidos pelos receptores da mensagem, fazendo, assim, com que a mensagem não seja transmitida com as ideias exatas, muitas vezes inatingíveis e incompreensíveis, mas através de uma aproximação, de uma comparação que consegue transmitir as ideias sem que a dificuldade delas impeça o conhecimento por parte do ouvinte. Por isso, há um “desvio”, fica-se “ao lado” das ideias, mas o “lançamento” é feito, a transmissão é efetuada.

O uso de parábolas é uma forma bem antiga de transmissão de conhecimentos entre os homens. Tendo criado o homem à Sua imagem e semelhança, Deus tinha plena consciência de que o homem não tinha condições de compreender o seu Criador em sua totalidade e, portanto, cremos que, já no jardim do Éden, quando o homem recebia a presença de Deus na viração do dia, o Senhor já Se comunicava com Ele por meio de comparações, de aproximações, a fim de que se fizesse conhecido.

Não é à toa que o Senhor quis deixar demonstrada a necessidade de obediência e submissão a Ele por parte do homem através de uma árvore, como era a árvore do conhecimento do bem e do mal, que nada mais era que um símbolo da obediência. Deus criou o expediente da árvore da ciência do bem e do mal para que o homem pudesse entender o que é obedecer, bem como compreendesse o seu lugar no universo. Deus sempre nos fala com aproximações, sempre nos transmite o Seu conhecimento por intermédio de comparações, pois não temos como compreendê-l’O em Sua plenitude. O apóstolo João, mesmo, admite que só quando formos glorificados teremos condições de vê-l’O como Ele é (I Jo.3:2) e, mesmo assim, de forma imperfeita, pois ninguém pode conhecer a Deus senão o próprio Deus (I Co.2:11).


A parábola é, assim, uma forma de transmissão de conhecimento e de verdades através de aproximações, do uso de elementos que já são conhecidos do ouvinte, a fim de que ele possa entender, com clareza, a profundidade do que será transmitido. Os povos da Antiguidade fizeram uso desta técnica a fim de poder transmitir, ao longo das gerações, os conhecimentos que haviam adquirido a respeito do mundo e a respeito de Deus.
Embora tenham uma certa semelhança, as parábolas distinguem-se de algumas figuras que também compõem o que se passou a denominar de “linguagem simbólica”. Aliás, a palavra “símbolo” tem a mesma raiz da palavra “parábola”, sendo, nada mais, nada menos, como explica R.N. Champlin, “comparar uma coisa com outra ao lançá-las uma junto com a outra”. “…Símbolo é algo que sugere outra coisa mediante um relacionamento, uma associação, como, por exemplo, um leão simbolizando a coragem…” (Símbolo. In: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, v.6, p.212).

II – AS PARÁBOLAS NA BÍBLIA

Sendo preponderantemente escrita em linguagem simbólica, a Bíblia Sagrada não deixaria de ter parábolas, até porque, entre os israelitas, sempre foi este um modo de ensino das verdades eternas. Esta técnica, que é anterior a Jesus Cristo, permanece até hoje entre os rabinos judeus, que está repleta de narrativas deste gênero nos seus escritos (a começar do Talmude, o segundo livro mais sagrado do judaísmo).

“…Os eruditos alistam onze parábolas no Antigo Testamento: 1. Os moabitas e os israelitas. O narrador foi Balaão, no monte Pisga (Nm.23:24). 2. As árvores que escolheram um rei. Foi contada por Jotão, no monte Gerizim (Jz.9:7-15), parábola que alguns consideram como sendo uma fábula[observação nossa]. 3. A ovelha e o pobre. Foi narrada pelo profeta Natã, em Jerusalém (II Sm.12:1-5) 4. O conflito entre irmãos. Uma mulher de Tecoa contou-a a Jerusalém (II Sm.14:9) 5. O prisioneiro que escapou. Um jovem profeta, perto de Samaria, apresentou essa parábola (I Rs.20:25-49) 6. O espinheiro e o cedro. O rei Joás a contou, em Jerusalém (II Rs.14:9) 7. A videira que deu uvas bravas. Isaías contou essa parábola, em Jerusalém (Is.5:1-7). 8. As águias e a vinha (Ez.17:3-10)   9. Os filhotes de leão (Ez.19:2-9) 10. O caldeirão fervente (Ez.24:3-5) 11. Israel como a vinha perto da água (Ez.24:10-14), estas quatro últimas foram proferidas pelo profeta Ezequiel, no cativeiro da Babilônia[observação nossa]. .…”

Notamos sempre que, no Antigo Testamento, quase sempre a parábola está vinculada ao ofício profético. Eram os profetas, no mais das vezes, quem usavam deste expediente para trazer suas mensagens ao povo, a mostrar, assim, que a parábola era um meio pelo qual o Senhor procurava transmitir um abundante ensinamento, uma orientação, fazer uma advertência para o Seu povo. Na antiga aliança, esta era a função do ofício profético, que era o porta-voz do Espírito do Senhor para Israel. A parábola, assim, desempenha este papel de comunicação direta entre Deus e o homem. 
Deste modo, vemos que Jesus não poderia deixar de usar do expediente das parábolas na pregação do Evangelho. Sendo um de Seus ofícios o ofício profético, Cristo teria, mesmo, de, a exemplo dos profetas que o antecederam, também usar deste método que, afinal de contas, era um método bem conhecido do povo israelita. Tendo a missão de fazer conhecido o Pai aos homens (Jo.15:15), o Senhor tinha de trazer Deus ao nível do intelecto humano e isto impunha o uso de uma linguagem que fosse acessível ao ser humano. O uso das parábolas, portanto, era um dos mais apropriados, porque, além de ser conhecido da população em geral, dava plenas condições para que houvesse a compreensão da parte dos ouvintes.

O uso das parábolas por Jesus foi tão intenso que há, mesmo, quem associe esta técnica a Jesus, achando que tivesse sido Ele o seu inventor, tanto assim que a própria palavra “parábola” passou a ter o significado de narrativa alegórica que encerra um preceito religioso ou moral, especialmente as encontradas nos Evangelhos, como diz o Dicionário Houaiss, ou seja, quando se fala, hoje em dia, em parábola, pensa-se, de imediato, em uma parábola que tenha sido contada por Jesus.

III – POR QUE JESUS ENSINOU POR MEIO DE PARÁBOLAS ?

Visto que o Senhor usou do método de parábolas como ninguém para ensinar os Seus discípulos, alguém pode indagar: por que Jesus usou deste expediente, por que não teria sido “mais claro” nos Seus ensinamentos, ainda mais quando parece que o uso de parábolas era para que o Senhor não fosse entendido por Israel (cfr. Mt.13:10-17)? Não seria este um contrassenso diante da missão de Jesus aqui na Terra?

Em primeiro lugar, devemos observar que Jesus usou parábolas em Seus ensinos para cumprir a Palavra de Deus. Como diz o apóstolo e evangelista Mateus, Jesus usou parábolas para cumprir o que d’Ele estava escrito no Sl.78:2 (Mt.13:34,35). Jesus veio cumprir as Escrituras e, por isso, tinha de ensinar por parábolas, pois assim estava escrito.
Em segundo lugar, Jesus tinha uma tarefa singular em Seu ministério: fazer o Pai conhecido dos homens (Jo.15:15), proclamar o Evangelho(Mc.1:15; Lc.4:43), ou seja, dizer ao mundo que Ele havia vindo para salvar o mundo e tirar dele o pecado (Jo.1:29; 3:17).

Para trazer o conhecimento do Pai ao homem, Jesus tinha de ser, antes de mais nada, Mestre. Por isso, das noventa vezes em que alguém se dirigiu ao Senhor Jesus nos Evangelhos, em sessenta delas foi chamado de mestre. Mestre, ao lado de Senhor, foi um título que Jesus jamais negou receber (Jo.13:13). OBS: “…Nunca Jesus repreendeu aquele que O chamavam de Mestre ou Ensinador. Pelo contrário, parecia aceitar de bom grado este título…” (HURST, D.V. E ele concedeu uns para mestres. Trad. de Gordon Chown, p.15).

Uma das características fundamentais do mestre é ter e compreender os alvos do seu ministério de ensino. Jesus, o Mestre dos mestres, tinha esta compreensão e sabia que tinha de fazer o Pai conhecido dos homens. Ora, para tanto, era necessário que se desse atenção especial aos alunos, pois ele é, como diz D.V. Hurst, o mais importante dos três ingredientes da situação do ensino (ao lado do mestre e da aula). Para que o aluno fosse o elemento mais importante, Jesus tinha que Se fazer entendido e compreendido por eles e isto só seria possível se descesse ao nível do aluno, ou seja, se Se utilizasse de um método a que o aluno estivesse acostumado e de elementos que permitissem que o aluno entendesse as verdades espirituais a respeito de Deus. OBS: “…O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. Tais eram os Hagadote dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se á vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19).…”

Numa análise do sistema de ensino então existente em Israel, vemos, claramente, que, para atingir estes objetivos, Jesus tinha de usar as parábolas, pois era o método que, a um só tempo, permitiria que todo o povo de Israel, que eram os Seus potenciais alunos (Jesus havia vindo para as ovelhas perdidas da casa de Israel – Mt.15:24; Jo.1:11), pudesse ter real acesso ao conhecimento do Pai, seja pelo fato de que já estavam acostumados a este método de ensino, seja porque a linguagem empregada permitiria uma fácil compreensão de todos quantos quisessem aprender.

Notamos, portanto, que Jesus quer que o ensino da Sua Palavra se faça de modo claro e acessível a todos os ouvintes, respeitando-se, pois, as condições culturais, educacionais e sociais dos ouvintes. OBS: “…O professor precisa conhecer o aluno. Foi escrito acerca de Jesus:’ O próprio Jesus …os conhecia a todos. E não precisava de que alguém Lhe desse testemunho a respeito do homem, porque Ele mesmo sabia o que era a natureza humana’ (Jô.2:24,25).

Jesus conhecia a psicologia do ser humano e manifestou este conhecimento no Seu modo de tratar com eles. Conhecia as leis do ensino e ensinava à altura. Conhecia as necessidades e os impulsos básicos dos seres humanos, oferecendo-lhes completa satisfação. Conhecia as tendências emocionais dos homens e as levou em consideração. Jesus ensinava o aluno, não ensinava lições, sendo portanto de importância primária o Seu conhecimento do aluno. Será que o mestre de hoje, que quer produzir nas vidas do alunos os mesmos resultados de Jesus, pode trabalhar sem levar isto em conta ?…” (HURST, D.V. op.cit., p.58).

Através das parábolas, Jesus usou de elementos e de situações do dia-a-dia dos Seus ouvintes para transmitir conhecimentos profundos a respeito de Deus e do relacionamento de Deus com os homens. As coisas espirituais estão acima da capacidade do homem natural, pois elas se discernem espiritualmente e, sem o Espírito de Deus, não há como o homem entender as coisas divinas (I Co.2:9-16). O homem, no pecado, não tem o Espírito Santo e, portanto, é preciso que o ensino a respeito de Deus se faça mediante instrumentos que permitam ao homem, ao ouvir pela Palavra de Deus, entender o que se está pregando, para que possa receber a fé, que é dom de Deus, e, assim, se arrepender, querendo, dos seus pecados e alcançar a salvação. Ao usar das parábolas, Jesus impediu que houvesse um bloqueio, que tornasse inacessível a Palavra de Deus ao ser humano.

Mas dirá alguém que o que estamos a falar não tem fundamento bíblico, pois, no trecho já referido, Mateus informa que Jesus falava por parábolas para que não fosse compreendido, tanto que só explicava as parábolas para os discípulos. Esta forma de entender, aliás, é muito difundida entre os espíritas kardecistas, segundo os quais, as parábolas de Jesus seriam a prova evidente de que haveria, nos ensinos de Jesus, um conhecimento exotérico, referente à exposição pública dos ensinos de Jesus e um conhecimento esotérico, reservado apenas para os discípulos de Cristo, para os “iniciados nos mistérios”. Um entendimento desta ordem, porém, daria razão ao pensamento de que somente os “iniciados” teriam acesso a Deus, o que, evidentemente, não é o que proclama a

Bíblia Sagrada, que diz que Jesus veio salvar a todos os homens indistintamente. Mas, e a pergunta persiste, como entender, então, o trecho bíblico de Mt.13:10-15?
Jesus ensinou por parábolas porque o povo de Israel não poderia ter qualquer desculpa com relação à rejeição do Messias. Ao ensinar por parábolas, Jesus ensinava usando de imagens que todos pudessem compreender. “…Durante Seu ministério, Cristo proferiu muitas parábolas. Através deste ensino ele manifestou o princípio de Sua própria missão no mundo; tomou a nossa natureza e habitou entre nós, a fim de familiarizar-nos com Sua vida e caráter. A divindade foi revelada na humanidade; da mesma forma que Deus revelou-se na semelhança de homem, e Seus ensinos seguia a mesma linha: do desconhecido para o conhecido, as verdades divinas eram reveladas por coisas terrenas com as quais o povo estava bem familiarizado. Cada aspecto da natureza era utilizado por Cristo para ilustrar verdades. Os cenários da natureza criada por Ele, foram todos relacionados com uma verdade espiritual, de tal forma que a própria natureza está revestida das parábolas do Mestre.(…). No ensino por parábolas, Jesus desejava despertar a indagação, despertar os indiferentes e impressionar-lhes o coração com verdade. Esse tipo de ensino era popular e atraía a atenção do povo. O ouvinte sincero que desejava obter maior conhecimento e compreensão das coisas divinas, poderia compreender Suas palavras, pois o Mestre estava sempre pronto a explicá-las.…”

a) Cada elemento ou personagem da parábola está associado a uma verdade espiritual. A parábola tem aplicação espiritual e esta associação é a prova disto. Assim, por exemplo, na parábola do semeador, a semente é a Palavra de Deus; o semeado, o ouvinte; o semeador, o pregador.

b) A parábola tem sempre uma lição central, uma verdade a ser transmitida, que é espiritual. O importante da parábola, pois, é este sentido espiritual e não algum pormenor ou detalhe insignificante. Assim, a semente que está à beira do caminho é o ouvinte que tem arrebatada a Palavra pelo maligno. Não é caso de ficarmos discutindo de que natureza é este caminho, os motivos pelos quais o semeador, ao semear, foi tão negligente ou qualquer outro ponto que não é o cerne do ensino. “…Não devemos, portanto, exagerar em pontos secundários das parábolas, pois estamos sujeitos a obscurecer o principal.…”
As parábolas são um meio de expressão simbólica, não exigem nem podem ser consideradas como precisas e exatas imagens, pois se a exatidão e precisão fossem possíveis, Jesus não iria usar deste expediente para nos transmitir as verdades eternas.

c) “…Tanto a super elaboração como a super simplificação devem ser evitadas na interpretação das parábolas, pois em poucas esferas da exegese do Evangelho é mais fácil para alguém ser tendencioso.…”. Não se pode, portanto, considerar que uma parábola dispense toda e qualquer doutrina que a Bíblia traga a respeito, como, por exemplo, considerar que a parábola do filho pródigo dispense a doutrina da expiação, sendo ‘o evangelho dos evangelhos’, como também considerar que as parábolas não são parte importante do ensino de Jesus, sendo meras ilustrações que só tiveram validade nos dias do Senhor.

d) No estudo das parábolas, é indispensável que tenhamos conhecimento do ambiente cultural dos dias de Jesus, para que bem compreendamos o que Jesus quis transmitir aos Seus ouvintes daquela época, a fim de que façamos a devida contextualização, ou seja, que tragamos a parábola para os nossos dias, pois, embora as verdades transmitidas sejam eternas, é fundamental que, assim como Jesus fez, tenhamos condições de, também, usarmos elementos do cotidiano, do dia-a-dia dos nossos ouvintes (ou de nós mesmos), para que bem apliquemos os ensinamentos do Senhor em nossas vidas. Afinal de contas, o objetivo de Jesus não se dirigia apenas aos Seus contemporâneos, mas a todos quantos aceitam o Seu nome (Jo.17:20).

e) As parábolas são ilustrações de verdades bíblicas, portanto não podem ser consideradas como elementos capazes de produzir doutrina. “…Na interpretação das parábolas, o problema é saber quais os detalhes que têm significação e quais os incidentes sem sentido real na história apresentada. Ordinariamente, a parábola tem por escopo mostrar um fato importante, dela não devem ser tiradas, à força, lições de cada pormenor, pois algumas partes são apenas complementos da história apresentada.
Nunca devemos nos esquecer: as parábolas não são para produzir doutrinas: seu objetivo é ilustrar as verdades que Jesus quis ensinar.…”

CONCLUSÃO
 
Não há como perceber, nem entrar, no Reino de Deus, sem ter nascido de novo (Jo 3.3-8), por isso, a salvação da alma é parte integrante das parábolas. Você já renasceu? Já se arrependeu dos seus pecados e confiou em Jesus Cristo e em seu sacrifício pelos seus pecados? Você conhece o Rei deste Reino? Seu coração já se prostra diante deste Rei?
Ou vive em rebeldia contra Ele ainda? Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do Rei e submetem-se a ela.

Por = Pb. Mickel Souza Porto = Dourados MS

Referência

http://vivos.com.br/parabolas-de-jesus/ Acesso em 31 jul. 2018).
CHAMPLIN, Russell Norman. Parábola. In: Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
Colaboração para o Portal Escola Dominical – Ev.  Caramuru Afonso Francisco.

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