23 de abril de 2019

O Altar do Holocausto


O Altar do Holocausto


TEXTO ÁUREO

"Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa.” (Hb 10.22)

Verdade Prática

Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 27.1,2,6,7

HINOS SUGERIDOS: 380, 390, 577 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Mostrar que o Altar do Holocausto aponta para o Calvário.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conceituar o Altar do Holocausto;
Explicar as quatro pontas do altar e o sentido de redenção;
Pontuar que o Altar do Holocausto é uma imagem do Calvário.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Na aula passada vimos que o Pátio do Tabernáculo tinha uma posição especial entre as Tribos de Israel. Relembre esse assunto e mais algum que você achar importante a fim de garantir um pequeno resumo à classe.

Passamos pela porta do Pátio. Agora, paramos no Pátio. Ao cruzar sua porta, deparamo-nos com o Altar do Holocausto. É o tema desta lição. Apresente-o, mostrando que a lição está estruturada assim:

(I) O Altar do Holocausto;
(II) As Quatro Pontas (Chifres) do Altar e o Sentido de Redenção;
(III) O Altar dos Holocaustos é uma imagem do Calvário.
A aula deve apresentar a perspectiva de que no Altar do Holocausto se formou a primeira imagem a respeito da necessidade de redenção dos pecadores. Assim, fomos redimidos pelo sangue de Cristo Jesus derramado no Calvário.

PONTO CENTRAL

A Cruz do Calvário foi o Altar do Holocausto da Nova Aliança.

INTRODUÇÃO

A primeira vez que a palavra holocausto aparece na Bíblia é em Gênesis 22.2, onde Deus pede a Abraão que sacrifique seu único filho em holocausto. Isso significa que esse tipo de sacrifício já era feito mesmo antes de Deus dar leis de como fazer esse tipo de sacrifício ao seu povo através de Moisés.

1 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO

Mas a lei sobre o sacrifício de holocausto foi dada apenas no tempo da antiga Aliança feita por Deus com Moisés e com o povo de Israel no Antigo Testamento. Dessa aliança sugiram diversas leis dadas por Deus para que o povo fosse santo. Várias dessas leis falavam acerca de sacrifícios de animais ordenados por Deus para fins específicos (para perdão de pecados, para gratidão, para purificação, etc.). Naquela época, por exemplo, Deus ordena que se sacrifiquem animais pelo pecado do ser humano; esses animais seriam substitutos do ser humano e, assim, ele seria perdoado.
O holocausto é uma das formas de se fazer sacrifícios de animais no Antigo Testamento. Alguns sacrifícios deveriam ser feitos em forma de holocausto.

No holocausto, o animal era queimado sobre um altar em oferta ao Senhor. Ou seja, era uma oferta queimada totalmente ao Senhor. Normalmente eram queimados animais de gado (bois, ovelhas, bodes, etc.). Os mais ricos tinham essa possibilidade. Também eram oferecidos holocaustos de aves (pombas, rolinhas, etc.). Os mais pobres traziam essas ofertas, pois estavam dentro das suas possibilidades financeiras.

O MODELO DO ALTAR E SEUS MATERIAIS

O Altar de Holocausto era o primeiro item que podia ser visto ao se entrar pela Porta do Pátio Externo do Tabernáculo. Ele era impressionante em sua construção, sendo feito de madeira de acácia e recoberto com bronze, tendo 1,4 metros de altura e 2,3 metros quadrados de largura.
A madeira é uma figura Bíblica do homem (Salmos 1:1,3 e Jeremias 5:14).

A madeira de Acácia é muito resistente e de alta qualidade, representando o melhor da humanidade, que é Cristo. O bronze na Bíblia fala do julgamento de Deus, particularmente Seu julgamento sobre nossas palavras e pensamentos de rebeldia contra Ele (como em Números 16:29-40 e Judas 11). Visto que a madeira é recoberta com bronze, o Altar de Holocausto nos faz lembrar do homem sob o julgamento de Deus, em virtude de nossas rebeliões contra Ele. Sendo que a madeira é de acácia, isto fala de Jesus sofrendo julgamento de Deus na cruz, em nosso lugar.

No Altar de Holocausto o sacerdote sacrificava varias ofertas para Deus. Algumas ofertas eram pelos seus próprios pecados e outras pelos pecados do povo. O alvo do holocausto era que, por ele, a pessoa poderia se tornar aceita diante de Deus e perdoada (Levítico 1:4). Para o holocausto, um animal macho era sacrificado: um carneiro, um bode, um boi ou uma rola (ou um pombinho) (Levítico 1:13-17). 

A oferta deveria ser sem mancha ou defeito, a mais saudável e a melhor disponível. Isto representa o Senhor Jesus, que foi examinado por Poncio Pilatos, o qual declarou: "Não acho nele crime algum" (João 18:38).

O sangue da oferta era derramado ao redor da base do altar, prenunciando o Senhor Jesus, cujo precioso sangue foi derramado quando, na cruz, o lado dEle foi traspassado pela lança de um soldado Romano (João 19:34 e I Pedro 1:19).

Todo o conceito de sacrifícios sangrentos é perturbador para a mentalidade do mundo atual. Algumas explanações podem nos ajudar a entender a perspectiva de Deus na Bíblia. Em Ezequiel 18:4, Deus diz: "Todas as almas são minhas ... a alma que pecar, essa morrerá". A penalidade para o pecado é a morte (Romanos 6:23). O pecado foi definido pela lei, o !Torá?, que são os primeiros cinco livros da Bíblia. A justiça requerida pela lei era sem misericórdia: "vida por vida, olho por olho, dente por dente" (Deuteronômio 19:21).

Esta é então a posição legal: nós pertencemos a Deus, Ele nos fez e, portanto somos Dele por direito. Mas nós temos feito nossas próprias coisas e vivido nossa própria vida sem Deus: nós pecamos.
Nós sempre tentamos provar que nossos pecados não são tão graves. Entretanto, aos olhos de Deus tudo é importante, mesmo as coisas mínimas. Desde que nós temos roubado de Deus as nossas vidas para nós mesmos, sendo que nós pertencemos a Ele, nós temos cometido pecado.

De acordo com os justos requerimentos da lei, nós deveríamos morrer pelos nossos pecados. Entretanto, há uma provisão: "a vida da carne (do holocausto ou sacrifício) está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas" (Levítico 17:11, 8).
Assim, ou você deve morrer, ou a oferta deve morrer em seu lugar, vida por vida. Se a oferta morrer, então (através do sangue da alma) há expiação por sua alma, restauração a Deus a Quem você pertence (Levítico 1:4).

Este é o caminho de Deus, Sua provisão. Injustiça para com o animal? Isto é porque nós temos sido injustos para com Deus, não vivendo para Ele, o que faz com que uma oferta seja necessária. E isto é fé: confiar de coração na provisão de Deus, quando nós não podemos fazer nada por nós mesmos.

Como Abraão disse á Isaque pela fé: "Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto" (Gênesis 22:8), e Ele proveu: um carneiro preso pelos chifres num mato (Gênesis 22:13) perto dali mesmo no Monte Moriá (Gênesis 22:2,14), onde hoje se localiza o Monte do Templo, isto é, em Jerusalém.
Em cumprimento de todas estas indicações, Deus não poupou Seu Filho unigênito (Gênesis 22:16, João 3:16), o Senhor Jesus Cristo, que foi o cordeiro que Deus proveu: Ele foi crucificado perto dali, no Monte Moriá, na ocasião da Festa da Páscoa, no ano 33 A.D, "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). Creia Nele. Vendo Jesus morrer, até mesmo o centurião declarou: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus" (Marcos 15:39).

Após seu sangue ser derramado, o holocausto era totalmente consumido pelo fogo, resultando em apenas as cinzas e o aroma. As cinzas eram removidas do arraial para um "lugar limpo" (Levítico 6:8-13). O holocausto era um cheiro suave e agradável para Deus (Lev. 1:9,13,17) e fazia com que a pessoa fosse aceita diante de Deus e perdoada (Levítico 1:3-4). Em Efésios 5:2, Paulo nos mostra claramente que o holocausto era uma figura exata do Senhor Jesus Cristo, que "vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave".

O Salmo 22 descreve em detalhes e profeticamente as palavras de Jesus na cruz quando Deus lança sobre Ele os pecados do mundo inteiro "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Salmo 22:1), e a agonia de ser crucificado: "todos os meus ossos se desconjuntaram" (Salmo 22:14). E então se segue o calor do fogo da morte: "O meu coração é como cera; derreteu-se no meio de minhas entranhas. A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar (Salmo 22:14-15) Em seu último respiro, a oferta está completa e Jesus clama: "Está consumado" (João 19:30). "Ele o fez!" (Salmo 22:31).

A parte final do cumprimento, ou seja, levar as cinzas a um !lugar limpo?, se cumpriu quando o corpo morto dEle foi tirado da cruz: "e havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto. Ali, pois ... puseram a Jesus" (João 19: 41-42). João, uma testemunha ocular disso tudo escreveu: "aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais" (João 19:35).

Quando nós estávamos na Porta do Pátio Externo nós ouvimos as palavras de Jesus: "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens" (João 10:9). Jesus não é somente a Porta, Ele também nos diz: "Eu sou o bom Pastor" (João 10:11), para nos ajudar a entrar pela Porta. Além disso: "o Bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (João 10:11), sendo assim Jesus é a oferta no Altar de Holocausto, tão logo nós entramos por Ele, a Porta.

Por direito nós pertencemos a Deus: nós somos povo dEle e nós povo de Seu pasto, as ovelhas da Sua mão, ouvindo a Sua voz (Salmo 95:7). O problema é que nós nos rebelamos contra Deus o nosso Criador, nós não temos ouvido a Sua voz. 

O destino normal de uma ovelha ao entrar no Tabernáculo era a morte. Entretanto, Jesus deu a Sua vida em nosso lugar, como por nós, Suas ovelhas. Quando o lobo da morte veio, Jesus não fugiu, como faria o mercenário a quem não pertencem as ovelhas (João 10:12-13). 

Em suas próprias palavras, Jesus diz: "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas,...e dou a minha vida pelas ovelhas (João 10:14-15). E as ovelhas a quem Ele se refere, não são apenas aquelas da casa de Israel "Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor" (João 10:16).

Estas são as boas novas do Altar de Holocausto: não importa se nós somos Judeus ou Gentios, pois todos nós estamos debaixo do julgamento de Deus, devido aos nossos maus pensamentos, obras e palavras. Entretanto, o Senhor Jesus, que "não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" (I Pedro 2:22) tornou-se o holocausto em nosso lugar. Por crermos em Sua morte, que Ele levou "em Seu corpo o nosso pecados sobre o madeiro" (I Pedro 2:24), nós nos tornamos aceitáveis diante de Deus, restaurado ao Pastor e ao Seu rebanho (I Pedro 2:25). Então nós podemos entrar em Seus átrios com louvor e ações de graças (Salmo 100:3-4).

Um cordeiro era queimado no Altar de Holocausto todo dia, de manhã e de tarde (Êxodo 29:38-42). Aprenda a vir a este altar todos os dias para confessar os seus pecados a Deus e para lembrar (oferecendo a Deus sacrifícios de louvor, Hebreus 13:15) que o Senhor Jesus morreu em seu lugar para te perdoar e te limpar de todos os seus pecados pelo Seu sangue (I João 1:7-9; Hebreus 8:12; 9:14), a fim de que você pudesse viver não mais para si mesmo, mas para Ele (II Coríntios 5:15).

II – AS QUATRO PONTAS CHIFRES DO ALTR E O SENTIDO DE REDENÇÃO

Dentre as várias peças e detalhes no qual encontramos no tabernáculo, quero trazer a atenção dos irmãos acerca dos 4 chifres do Altar de Holocausto.

Esses quatros chifres encontravam-se em cima do altar de holocausto, pois em cima destes eram colocados pouco do sangue do cordeiro a ser sacrificado. No entanto, isto tem uma simbologia tremenda, pois esses quatros chifres representam as trombetas do Apocalipse, pois as trombetas eram chifres de carneiros ou de algum outro animal, onde era feito o Shophar, em outras palavras, as trombetas. Neste caso das trombetas do Apocalipse, elas ao serem tocadas darão início ao juízo de Deus na terra no período da Grande tribulação. Ou seja, este juízo esteve preparado para o mundo a muito tempo, mas teve algo que interrompeu este juízo, o que pode ter sido? O Sangue do Cordeiro de Deus na Cruz do Calvário. No período do tabernáculo, o sacerdote matava o cordeiro e colocava o sangue do cordeiro em cima desses chifres, isto já tipificava a morte de Cristo, onde pausaria o juízo divino, pois, se a morte entrou no mundo devido ao pecado de Adão, a vida e a liberdade veio por Cristo o nosso Senhor.

Por isso tinham esses quatros chifres para representar que o Juízo de Deus se estenderia aos quatros pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste, porém, quando ascende a ira de Deus, o mesmo olha para as mãos do seu filho Jesus Cristo, e diz: Agora não, pois o meu Filho deixou o seu sangue na vida deles, e onde há presença de sangue, a livramento da ira de Deus.

A Linguagem Figurada das quatro Pontas

A linguagem figurada de coisas e objetos no AT prefiguram coisas e experiências no NT. As quatro pontas que se pareciam com “chifres” denotavam autoridade espiritual. No mundo animal, os chifres significam a força, o poder e a autoridade de um animal. No campo espiritual, “os chifres” falam de autoridade. No Altar de Sacrifícios, havia quatro pontas; quando o sacerdote tomava o sangue do animal, ele aspergia-o nessas quatro pontas.

Dois fatos históricos citam o Altar de Sacrifícios, O primeiro aconteceu quando Adofias, filho de Davi, não aceitando que se assentasse Salomão no trono de seu pai e percebendo que podia ser morto por traição, “pegou das pontas do altar” para não ser morto (I Rs 1.50). Outro fato aconteceu com o general do exército de Israel, Joabe, que seguiu a rebelião de Adonias, mas também percebeu que podia morrer e, por isso, “pegou das pontas do altar” (I. Rs 2.28).

Podemos interpretar a tipologia “das pontas do altar” significando quatro elementos da nossa redenção quando passamos pelo Altar de Sacrifícios,

a) O primeiro significado do alcance da redenção chama-se Propiciação. O que significa a palavra propiciação? O ato de propiciar implica “tentar obter de (alguém) sua boa vontade, torná-lo favorável, aplacar a sua ira [com sacrifícios]” (Dicionário Houaiss, sem colchetes no original). O sangue do sacrifício era a vida inocente daquele animal; por isso, quando o sacerdote imolava o animal e retirava o seu sangue em uma bacia, era feita a oferta pelos pecados. 

Era uma propiciação, ou seja, um modo de readquirir o favor de Deus. Constituía-se numa ação para apaziguar a ira de Deus, a fim de que sua justiça e santidade fossem satisfeitas e, com essa ação, receber o perdão dos pecados. Por meio da morte de Cristo, é feita a propiciação para cobrir o pecado do homem e manifestar a justiça divina, havendo Cristo levado sobre si toda a culpa. Trata-se de um ato gracioso da parte de Deus (ver Rm 3.24-26; I Jo 2.2).

b) O segundo significado redentivo chama-se Substituição. Entendemos  esse aspecto quando lemos Levítico 16. Arão, o sacerdote, colocava as mãos sobre a cabeça do animal para o sacrifício, que deveria ser um macho sem defeito, e então confessava os pecados do pecador com a sua oferta. Jesus Cristo levou sobre si a culpa do homem e ofereceu-se para o sacrifício na cruz do Calvárío (ver Is 53.4-6;Jo 1.29; 1 Pe 2.24). A pena não foi adiada, mas foi cumprida totalmente na pessoa de Jesus Cristo, que se fez pecado por nós (ver 1 Co 5.7).

c) O terceiro significado redentivo chama-se Reconciliação. O Altar foi o único lugar onde Deus encontrava-se com o povo de Israel para reconciliação. Uma vítima inocente era consumida e queimada com todas as suas vísceras, e somente o sangue era retirado e colocado numa pequena bacia para ser levado ao Lugar Santíssimo, o qual era aspergido sobre o Propiciatório (Êx 29.11-14; Lv 4.12,16-21; 16.14-19,27).

Esse rito ensina-nos que a cruz é o único lugar onde Deus tem um encontro com o pecador, perdoado e reconciliado mediante o sangue da expiação (ver Hb 9.12; Rm 5.10,11; 2 Co 5.18,19). Foi ria cruz que o Inocente pagou pelo culpado e a dívida foi paga. Em Cristo, sabemos que “nenhuma condenação há” (Rm 8.1).

d) O quarto significado redentivo é a própria Redenção. A ideia que nos dá a palavra Redenção é a da libertação da escravidão do pecado. Redenção implica o pagamento de um preço pelo resgate, e a morte de Cristo foi o preço de nossa Redenção (ver Mt 20.28; At 20.28; Gi 3.13; Ef 1.1; 1 Tm 2.6; 1 Pe 3 1.18,19; Rm 6.14,18,22; 8.2). É interessante notar que o termo “redimir” aparece na língua grega como “resgatar” e significa “comprar e tirar fora do mercado” de uma vez por todas para que jamais, por nenhuma circunstância, venha a voltar ao estado de escravidão. Trata-se de uma palavra proveniente do comércio de escravos.

É impossível alcançar a graça de Deus sem passar pelo Altar de Sacrifícios com a sua oferta pelos seus pecados. Em nossos tempos do NT, Cristo é a nossa oferta pelos nossos pecados. Ele ofereceu a si mesmo em sacrifício para expiar a nossa culpa.

III – O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO

O lugar do sacrificio. Todos os sacrifícios eram feitos com animais vivos, este por sua vez não poderiam ter manchas ou qualquer deficiência, eram levados até os sacerdotes para a imolação e oferenda a Deus, para o perdão dos pecados de quem levou o animal.

Quando Jesus veio a mundo, foi morto, em sacrifício vivo á na cruz do calvário, vez o último Holocausto necessário para o perdão dos pecados da humanidade.

Hoje quando pecamos não mais a necessidade de comprarmos um animal (boi, cordeiro, etc) e levar até um sacerdote para expiação de nossos pecados. Precisamos, então, reconhecer o sacrifico de Jesus, aceitar Ele, e pedir perdão pelos pecados cometidos, apenas isso nos garante remissão pelas nossas falhas.

“E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus”. João 1.36
Moisés orientado por Deus, antes da última praga do Egito, disse a povo a fazer o Holocausto, e este, faz menção sobre a profecia de Jesus o último sacrifício vivo. “Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao SENHOR nosso Deus”. (Êxodo 10.25).

Davi em forma de gratidão por Deus ter permitido que a Arca da Aliança fosse devolvida a seu povo ofereceu holocausto a Deus; “E introduzindo a arca do SENHOR, a puseram no seu lugar, na tenda que Davi lhe armara; e ofereceu Davi holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR”.(II Samuel 6.17).

O lugar de punição ao pecado. A morte de Jesus foi o sacrifício perfeito. Sacrifícios no Velho Testamento Todo pecado precisa ser castigado.(para satisfazer a justiça). Se Deus não castigasse o pecado, não seria justo. O castigo do pecado é a morte e a separação de Deus (Romanos 3:23; Romanos 6:23) mas Deus nos ama e não quer nos condenar a uma eternidade sem Ele. Por isso, Ele estabeleceu sacrifícios – um animal podia morrer no lugar do pecador. Uma vida por uma vida. O sacrifício de um animal deveria refletir o arrependimento da pessoa que o oferecia. Quando a pessoa entendia que tinha pecado e se arrependia, oferecia um animal para Deus para mostrar que queria mudar de vida. Então o animal levava o castigo que a pessoa merecia. Mas sem arrependimento e mudança de atitude, os sacrifícios não tinham valor algum (Salmos 51:17). 

O sacrifício de Jesus Cristo foi tão grande que pode pagar por todos os pecados do mundo! Por causa do sacrifício de Jesus, não precisamos mais oferecer animais como sacrifícios sempre que pecamos. Jesus já pagou por tudo (Hebreus 9:27-28). Mas, assim como acontecia no Velho Testamento, o sacrifício de Jesus não tem significado se não nos arrependemos. Quando nos arrependemos, o sacrifício de Jesus se torna válido em nossas vidas e não ficamos mais separados de Deus. 

O lugar de esperança.. Usando a linguagem das Escrituras, Cristo "padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus"; "Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios"; "Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". I Pedro 3:18 e Romanos 5:6 e 8. Cristo morreu pelos pecadores sem distinção de raça, cor ou classe. 

O Evangelho deve ser pregado aos homens como pecadores com a certeza de que qualquer um que venha a Cristo será salvo. Jesus disse: "O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora". João 6:37. Nenhum pecador precisa descobrir que é um dos eleitos, antes de vir a Cristo. E os que já vieram a Ele para a salvação, podem ter certeza de que são eleitos. Não podemos negar que há limitações na Bíblia em conexão com a morte de Cristo, porque Cristo morreu para salvar os seus eleitos. Jesus morreu para salvar todo aquele que crê nEle. Nenhum pecador precisa ter medo de que Ele não comprou salvação bastante que dê para todos quantos confiam nEle.

Como o Bom Pastor, Cristo morreu por Suas ovelhas. "O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas". "Dou a minha vida pelas ovelhas". João 10"11 e 15. Mas nenhum pecador precisa saber que é uma ovelha antes de confiar em Cristo; pelo contrário: ele tem que confiar em Cristo antes que possa saber que é uma das ovelhas de Cristo. O Evangelho é uma proclamação divina das boas novas aos pecadores. "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida". Apocalipse 22:17.

CONCLUSÃO

Homens em apuros fugiam para se agarrar as pontas do altar (I Reis 1:50-51). A ponta era um símbolo de força. Cristo é a ponta da salvação (Lucas 1:68-69). Ele é o poder de Deus para salvação (Romanos 1:16). Pela fé em Cristo nós nos apoderamos da força salvadora do Senhor (Isaías 27:5).

Por: Ev. Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Livro: O Tabernáculo Símbolos da Obra Redentora de Cristo. 1 º. Edição 2019 CPAD

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