22 de julho de 2024

Uma firme decisão de não se contaminar

 

Uma firme decisão de não se contaminar

TEXTO PRINCIPAL

 

“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Dn 1.8)

Entenda o Texto Principal

Não se contaminar com a…comida do rei. Daniel é especificado como sendo o líder no “propósito” (a palavra implica uma resolução decidida) de se abster de profanação, manifestando assim um caráter já formado para funções proféticas. Os outros três jovens, sem dúvida, compartilhavam seu propósito.

Era costume lançar uma pequena parte do vinho sobre a brasa, como oferta de iniciação aos deuses, de modo a consagrar-lhes todo o entretenimento (compare Deuteronômio 32:38).

Ter participado de tal festa teria sido sancionar a idolatria e era proibido mesmo depois que a distinção legal de carnes limpas e impuras fosse eliminada (1Corintios 8:7,10,27-28).

Assim, a fé destes jovens se tornou instrumental para superar o mal predito contra os judeus (Ezequiel 4:13; Oséias 9:3), para a glória de Deus. Daniel e seus três amigos, diz Auberlen, destacam-se como um oásis no deserto. Como Moisés, Daniel “escolheu antes sofrer aflição com o povo de Deus, do que desfrutar dos prazeres do pecado por algum tempo” (Hebreus 11:25; ver Daniel 9:3-19).

Então pediu ao chefe dos eunucos para não se contaminar. Embora decidido em princípio, devemos buscar nosso objetivo pela gentileza, e não por um testemunho pretencioso, que, sob o argumento de fidelidade, atrai a oposição.

 

RESUMO DA LIÇÃO

 

A fidelidade a Deus implica em força de caráter e conduta íntegra para preservar os valores da vida cristã.

Entenda o Resumo da Lição

Aquele que interpreta as revelações divinas não deve se alimentar das iguarias, nem beber do cálice embriagador deste mundo. Isto fez destes jovens hebreus um nome tão estimado para seus compatriotas como Noé e Jó, que também se mantiveram solitários em sua piedade entre uma geração perversa (Ez 14.14; 28.3).

 

TEXTO BÍBLICO – Daniel 1:11-16

 

11. Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias

Melsar (“despenseiro” em algumas traduções). O mordomo, ou mordomo-chefe, encarregado por Aspenaz de fornecer a comida diária aos jovens (Gesenius). A palavra ainda está em uso na Pérsia.

 

12. Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber.

O original hebraico expressa qualquer vegetal cultivado a partir de sementes, ou seja, alimentos vegetais em geral

 

13. Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos,

 

Ilustrando Deuteronômio 8:3, “O homem não vive só de pão, mas de toda palavra que sai da boca do Senhor”. [Fausset, aguardando revisão]

 

14. E ele conveio nisso e os experimentou dez dias.

E ele consentiu-lhes nisto. O experimento foi tal, já que seria por tão pouco tempo, que ele correu pouco risco no assunto, como no final de dez dias ele supôs que seria fácil mudar seu modo de dieta se o experimento não fosse bem-sucedido.

 

15. E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores: eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam porção do manjar do rei.

 (11-16) Quando Daniel soube pela resposta do chefe que concederia o pedido se estivesse livre de responsabilidade pessoal no assunto, voltou-se para o oficial que estava sob o comando do camareiro-chefe, a quem estavam imediatamente sujeitos, e implorou-lhe para fazer julgamento por dez dias, permitindo-lhes usar vegetais e água em vez da provisão cara e do vinho fornecido pelo rei, e lidar com eles de acordo com o resultado. המּלצר, tendo o artigo, deve ser considerado um apelativo, expressando o negócio do chamado do homem.

A tradução, mordomo ou cozinheiro chefe, baseia-se na explicação da palavra dada por Haug (bibl. Jahrbb de Ewald. v. p. 159f.) da palavra persa nova mel, licores espirituosos, vinho, correspondente ao Zendh.

Madhu (μεθυ), bebida intoxicante, e é igual a צרחara, Sanscr. חiras, a cabeça; daí o superintendente da bebida, sinônimo de רבשׁקה, Isaías 36: 2.

נס נא, tente, eu te suplico, teus servos, ou seja, tente conosco, dez dias. Dez, no sistema decimal o número de completude ou conclusão, pode, conforme as circunstâncias, significar muito tempo ou apenas um tempo proporcionalmente curto. Aqui é usado no último sentido, porque dez dias são suficientes para mostrar o efeito do tipo de comida na aparência. זרעים, comida do reino vegetal, legumes, frutas leguminosas.

Daniel 1:13. מראינוּ é singular, e é usado com יראוּ no plural porque dois sujeitos seguem. כּאשׁר תּראה, como você verá, em outras palavras, nossa aparência, ou seja, como você a encontrará, aja de acordo. Nesta proposta, Daniel confiou na ajuda de Deus, e Deus não envergonhou sua confiança. Os jovens se alimentavam tão visivelmente dos vegetais e da água, que o mordomo os dispensou totalmente da necessidade de comer da mesa real.

Daniel 1:15. בּשׂר בּריאי, gordo, bem nutrido na carne, está gramaticalmente unido ao sufixo de מראיהם, do qual o pronome é facilmente fornecido no pensamento. Daniel 1:16. נשׂא, tirou igual não deu mais. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão] 

 

16. Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes.

O idioma hebraico empregado implica que o tratamento que eles receberam agora era contínuo.

 

INTRODUÇÃO

 

Não era fácil ser jovem nos dias de Daniel. A nação inteira estava vivendo em flagrante desobediência a Deus. Os tempos de fervor espiritual haviam se acabado com a reforma religiosa do rei Josias.

 

Deus, portanto, por intermédio de Jeremias e Habacuque alerta o povo que um tempo de calamidade aconteceria. A poderosa Babilônia invadiria Jerusalém e levaria o povo para o cativeiro.

Já nas terra babilônicas, os jovens se depararam com as comidas e bebidas dos pagãos, as quais eram dedicadas aos ídolos.

Regalar-se com elas seria entendido como honrar essas divindades.

Daniel decidiu em seu coração (Pv 4.23) não fazer concessões para não ser infiel ao chamado de compromisso de Deus (Êx 34.14-15).

Além disso, alimentos que haviam sido proibidos pela lei (Lv 11) estavam entre os que os pagãos consumiam; partilhar deles implicava fazer concessões diretas (Dn 1.12).

Moisés também adotou essa postura (Hb 11.24-26), como também o fizeram o salmista (Sl 119.1151 e Jesus (Hb 7.26).

Deus honrou a fidelidade e a lealdade de Daniel ao soberanamente agir de maneira favorável para com ele entre líderes pagãos.

Nesse momento, isso evitou que ele fosse perseguido e fez com que fosse respeitado, embora, mais tarde, Deus tenha permitido que Daniel viesse a sofrer oposição, o que também o dignificou (Dn 3.6).

De um modo ou de outro, Deus honra os que o honram (ISm 2.30; 2Cr 16:9).

A vida de Daniel é um farol a ensinar-nos o caminho certo no meio da escuridão do relativismo.

Seu testemunho rompeu a barreira do tempo e ainda encoraja homens e mulheres em todo o mundo a viver com integridade.

 

I. O BANQUETE DO REI

 

1. A oferta do manjar. Daniel foi sábio em sua decisão. Ele teve tato para lidar com as dificuldades.

 

O versículo 8 nos informa que ele resolveu e pediu. Ele foi firme e gentil. Ele foi firme e perseverante. Ele não disse: “Eu não como carne”.

 

Mas, embora seja ordem do Rei. “Azar do rei”. Se tivesse feito isso, certamente seria um jovem morto e, se morresse, não seria por fidelidade, mas por tolice. Daniel era sábio, discreto, gentil e sensível. Mas também firme.

 

2. Uma decisão firme. Daniel demonstrou refinada perspicácia e sabedoria em sua determinação. Em primeiro lugar, ele foi corajoso em sua decisão. Ele podia perder a vida, o emprego e, a oportunidade da sua vida. Ele podia pensar: vou fazer só essa concessão. Deus sabe que m eu coração é dEle. Vou ceder só nesse ponto.

 

Mas não, Daniel era um homem de absolutos. Ele não transigia com o pecado. Seu grande projeto de vida era honrar a Deus.

 

Muitos jovens hoje estão caídos, confusos, com o coração gelado, com a vida contaminada, porque cederam, transigiram e não resolveram desde o início viver uma vida pura.

 

O mundo está mudando todos os dias. Os valores morais estão sendo tripudiados.

 

Vivemos numa Babilônia de permissividades, num reino de hedonismo, numa terra da infidelidade, no cativeiro do pecado.

 

Para a geração contemporânea não existem mais absolutos, tudo é relativo; nada mais é pecado, tudo é normal; nada tem nada a ver.

 

3. Uma decisão pequena, mas poderosa. Daniel era radical em sua posição. Não estava aberto a mudanças, se essas mudanças interferissem em sua fidelidade a Deus. Fidelidade a Deus era inegociável para ele. Mas hoje muitos jovens estão se contaminando.

Há namoros permissivos, há roupas indecorosas, há pessoas viciadas em pornografia, há moços usando adornos peculiares às mulheres, há pessoas agredindo o próprio corpo com tatuagens e piercings. Muitos jovens entram na onda, e se conformam com o mundo, e são tragados por ele.

 

II. O FIRME PROPÓSITO DE NÃO SE CONTAMINAR

 

1. Contra a contaminação. Daniel e seus companheiros eram jovens comprometidos com a verdade. Os caldeus mudaram seus nomes, mas não seus corações. Eles compreenderam que a babilonização era uma porta aberta para a apostasia. Sentiram que o paternalismo da Babilônia era pior que a espada da Babilônia.

 

A guerra das ideias, a lavagem cerebral, a relativização da moral, a filosofia de que “nada tem nada a ver” é procedente do maligno. Daniel não negociou seus valores. Ele não se corrompeu. Não se mundanizou.

 

Ele teve coragem para ser diferente mesmo quando foi pressionado a se contaminar, mesmo quando não era vigiado e mesmo quando estava correndo risco de vida.

 

2. Cuidado com as companhias. Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Pensaram: é melhor esquecer Sião. E melhor esquecer os absolutos da Palavra de Deus. Isso não tem nada a ver.

 

A Bíblia já não serve mais para nós. Agora estamos num estágio mais avançado: estamos estudando as ciências.

 

Além do mais, a Babilônia oferecia riquezas, prazeres e Jerusalém era muito repressora. A lei de Deus, pensavam, é muito rígida, tem muitos preceitos. E assim, muitos se libertaram de seus escrúpulos e se esqueceram de Deus e de Sua Palavra. Para eles, tudo havia se tornado relativo.

 

Os tempos estavam mudando depressa e eles precisavam se adaptar às mudanças. A Bíblia ensina que nossas amizades podem nos influenciar de muitas maneiras. Quando passamos muito tempo com más companhias, podemos adquirir seus maus hábitos. Por isso, precisamos tomar cuidado com nossas amizades.

Não podemos evitar as amizades com pessoas que não são crentes. Na verdade, Jesus nos enviou para sermos luz entre aqueles que ainda não o conhecem (João 17:17-18).

 

Somente através do contato poderemos partilhar o evangelho. Nossa missão é viver no mundo sem sermos contaminados por ele.

 

3. Gentileza e favor divino. Daniel demonstrou refinada perspicácia e sabedoria em sua determinação.

 

Em primeiro lugar, ele foi corajoso em sua decisão. Ele podia perder a vida, o emprego e, a oportunidade da sua vida. Ele podia pensar: vou fazer só essa concessão. Deus sabe que meu coração é dEle. Vou ceder só nesse ponto.

 

Mas não, Daniel era um homem de absolutos. Ele não transigia com o pecado. Seu grande projeto de vida era honrar a Deus.

 

Muitos jovens hoje estão caídos, confusos, com o coração gelado, com a vida contaminada, porque cederam, transigiram e não resolveram desde o início viver uma vida pura. O mundo está mudando todos os dias. Os valores morais estão sendo tripudiados.

 

Vivemos numa Babilônia de permissividades, num reino de hedonismo, numa terra da infidelidade, no cativeiro do pecado. Para a geração contemporânea não existem mais absolutos, tudo é relativo; nada mais é pecado, tudo é normal; nada tem nada a ver.

 

O versículo 8 nos informa que ele resolveu e pediu. Ele foi firme e gentil.

 

Ele foi firme e perseverante. Ele não disse: “Eu não como carne”. Mas, embora seja ordem do Rei. Se tivesse feito isso, certamente seria um jovem morto e, se morresse, não seria por fidelidade, mas por tolice. Daniel era sábio, discreto, gentil e sensível. Mas também firme.

 

III. O RESULTADO DA FIDELIDADE A DEUS

 

1. A prova de Daniel. Daniel foi coerente durante todas as suas decisões. Porque disse não nas provas mais simples, pôde dizer não nas provas mais difíceis. Mais tarde, enfrentou a cova dos leões com a mesma firmeza. Meu caro leitor, não transija. Não venda sua consciência. Seja como Daniel e seus amigos.

 

Nosso mundo está mudando todo dia. As pessoas dizem para você: “Que nada! Os tempos mudaram, sexo antes do casamento não tem problema.

 

Dançar nas boates não tem problema. Ficar com um rapaz ou moça hoje e com outro ou outra amanhã não tem problema.

 

Visitar os sites pornográficos na Internet não tem problema. Jesus disse: “Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti...”                        (Mt 5.29).

 

2. O Senhor garante e aprova. Dez vezes mais doutos do que todos os Magos... É provável que esse número esteja sendo usado de modo qualitativo para indicar plenitude ou completude, ou seja, eles demonstravam uma incrível habilidade nas respostas, além do desempenho dos outros homens que falavam sem a ajuda de Deus.

 

Compare isso com "dez dias" nos vs. 12-15, que é usado de modo quantitativo, uma vez que se refere a uma passagem de tempo real. Ele foi aprovado com grande honra.

 

Finalmente, o curso de três anos terminou.

 

Era hora dos exames finais. Como nas universidades britânicas, em dias passados, esses exames não eram escritos, mas orais. O próprio rei os examinou. E Daniel e seus amigos foram examinados, aprovados e considerados dez vezes mais sábios que os outros estudantes. Como resultado, cada um dos quatro foi colocado em um alto cargo.

 

Porque foram fiéis a Deus, o Senhor os honrou e os fez dez vezes mais cultos e mais eminentes que os mais sábios da Babilônia. Eles estavam no palácio do rei da Babilônia, servindo ao Rei Eterno, o Deus Todo-Poderoso.

 

3. Rejeitando as tentações do mundo. Hoje muitos começam bem e terminam mal. São crentes consagrados até enfrentarem a primeira prova, mas depois negociam seus valores, vendem a consciência e se perdem no cipoal de suas paixões.

 

Muitos nessa corrida ao sucesso deixam sua devoção a Jesus, deixam a igreja e se contaminam com o mundo. Todos os dias temos que nos virar com as tentações constantes que sofremos. Elas estão em toda parte.

 

Quando ligamos a TV, navegamos pela internet ou paramos diante de uma banca de jornais para acompanhar as manchetes, lá estão elas.

 

Apesar da grande onda de sensualidade em que vivemos, as tentações que sofremos não se limitam ao campo sexual da vida.

 

Aqueles que administram e fiscalizam o emprego dinheiro público ou gerenciam grandes empresas também precisam vigiar dia após dia porque muitas são as tentações que sofrem todos os dias para a má utilização de seus cargos e da autoridade que possuem.

 

E o que dizer da tentação da preguiça, do oportunismo, da omissão, das meias verdades e de tantas outras? Certamente as tentações não são um problema surgido recentemente. Na linguagem popular, pode­mos dizer que isso é mais velho que andar pra frente. A Bíblia relata muitas delas.

 

CONCLUSÃO

Diariamente surgem tentações que procu­ram nos atrair e seduzir em todas as áreas de nossa vida. Qual é o proveito prático de podermos identificar o objetivo da tentação?

Como isso pode nos ajudar no cumprimento de nosso dever de vigiar e orar para não cairmos em tentação?

Como isso pode nos ajudar a zelar pela nossa santidade diante de Deus? A Babilônia passou, e um novo império surgiu, mas Daniel continuou servindo a Deus com integridade.

Reis subiram ao trono e desceram do trono, mas Daniel continuou como um homem incontaminado.

Você tem se guardado incontaminado do mundo? Você é um influenciador? Você faz diferença no meio em que vive? As pessoas são despertadas a conhecer a Deus por intermédio de seu testemunho?

Amem

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