22 de julho de 2024

O Encontro de Rute com Boaz

 

O Encontro de Rute com Boaz

TEXTO ÁUREO

 

“O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar.” (Rt 2.12)

Entenda o Texto Áureo

 

Asas... refúgio. A Escritura retrata Deus levando Israel sobre as suas asas no Êxodo (Êx 19.4; Dt 32.11). Aqui Deus é retratado corno uma ave-mãe protegendo seus frágeis filhotes com suas asas (cf. Sl 17.8; 36.7; 57.1; 61.4; 63.7; 91.1,4). Boaz abençoou Rute à luz do recente compromisso dela com o Senhor e da dependência que ela demonstrava ter dele. Mais tarde, Boaz se tornaria a resposta de Deus a essa oração (cf; 3.9).

 

VERDADE PRÁTICA

 

O verdadeiro e puro modelo de bondade é servir uns aos outros de coração, confiando na fidelidade e justiça de Deus.

Entenda a Verdade Prática

 

O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e sóbrios; dediquem-se à oração. Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados. Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação (1Pe 4.7-9). Isso faz o cristão se lembrar de que ele é um cidadão do céu que está de passagem nesta terra. Deveria também fazê-lo se lembrar de que ele prestará contas de seu serviço a Deus e será recompensado pelo que resistir ao teste diante do tribunal de Cristo, que acontece depois da volta de Cristo para arrebatar a sua igreja (veja ICo 3.10-15; 4.1-5; 2Co 5.9-10).

 

LEITURA BÍBLICA = Rute 2:1-4;11;12.14

 

1. E tinha Noemi um parente de seu marido, homem valente e poderoso, da geração de Elimeleque; e era o seu nome Boaz.

 

Parente... da família. Possivelmente tão próximo como um irmão de Elimeleque (cf. 4.3); se não, certamente tratava-se de parentesco dentro da tribo ou clã. Senhor de muitos bens. Lit., "um homem de valor" (Jz 6.12—11.1), dotado de capacidade incomum de obter propriedade e protegê-la. Boaz.

Seu nome significa "nele há força". Ou ele nunca havia se casado ou era viúvo (cf. 1 Cr 2.11-12; Mt 1.5; Lc 3.32).

 

2. E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça. E ela lhe disse: Vai, minha filha.

 

Apanharei. A lei mosaica ordenava que não se colhesse nos cantos e que as espigas caídas não fossem apanhadas (Lv 19.9-10). Tratava-se dos talos remanescentes de cereal depois do primeiro corte (d. 2.3,7-8,15,17); Estes eram destinados aos necessitados, especialmente às viúvas, aos órfãos e estrangeiros (Lv 23.32; Dt 24.19-21).

 

3. Foi, pois, e chegou, e apanhava espigas no campo após os segadores; e caiu-lhe em sorte uma parte do campo de Boaz, que era da geração de Elimeleque.

 

Por casualidade entrou. Aqui está um clássico exemplo da providência de Deus no trabalho, na parte. Possivelmente uma área comunitária na qual Boaz possuía uma lavoura.

 

4. E eis que Boaz veio de Belém e disse aos segadores: O Senhor seja convosco. E disseram-lhe eles: O Senhor te abençoe.

 

Observe como Boaz manifestou o tempo todo o espírito da lei, indo além do que a legislação mosaica exigia, por:

 

1) alimentar Rute (2.14);

 

2) permitir que Rute apanhasse espigas entre as gavelas (2.15); e

 

3) deixar espigas extras para ela colher (2.16).

 

O SENHOR seja convosco! Essa prática incomum de trabalho testemunha da bondade excepcional de Boaz e seus servos.

 

11. E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.

 

Me contaram tudo. Isso diz respeito tanto à rapidez de Noemi para falar bem de Rute quanto à rede de influência de Boaz em Belém. Rute permaneceu fiel à sua promessa (1.16-1 7).

12. O Senhor galardoe o teu feito, e seja cumprido o teu galardão do Senhor, Deus de Israel, sob cujas as os te vieste abrigar.

 

Asas... refúgio. Aqui Deus é retratado corno uma ave mãe protegendo seus frágeis filhotes-com suas asas (cf. Sl 17.8; 36.7; .57.1; 61.4; 63.7; 91.1,4). Boaz abençoou Rute à luz do recente compromisso dela com o Senhor e da dependência que ela demonstrava ter dele. Mais tarde, Boaz se tornaria a resposta de Deus a essa oração (cf; 3.9).

 

14. E, sendo já hora de comer, disse-lhe Boaz: Achega-te aqui, e come do pão, e molha o teu bocado no vinagre. E ela se assentou ao lado dos segadores, e ele lhe deu do trigo tostado, e comeu e se fartou, e ainda lhe sobejou.

 

Vinho. Vinho azedo, misturado com um pouco de óleo, usado para matar a sede.

 

INTRODUÇÃO

 

Rute demonstrou disposição de trabalhar e buscar o seu sustento e o sustento da sua sogra. Ela não ficou esperando, de braços cruzados, um milagre acontecer. Ela se moveu, se mexeu na direção do trabalho. Ela assumiu sem traumas que era carente e necessitada. Rute teve iniciativa para cuidar de sua sogra. Ela assumiu a posição de provedora da sogra. Não foi a sorte que conduziu Rute aos campos de Boaz, mas uma agenda traçada no céu. A mensagem central desse capítulo é que a casualidade humana tem como pano de fundo a providência divina. Por trás dos aparentes acasos dos encontros comuns do dia-a-dia, Deus expressa o Seu cuidado e a Sua determinação providencial, a graça da Sua aliança.

 

I. BOAZ, O REMIDOR

 

1. Um homem próspero. O capítulo dois do livro de Rute é a história de um dia na vida de Rute que transforma a tragédia de um passado doloroso e abre largas avenidas para um futuro glorioso. David Atkinson diz que o dia da vida de Rute contido nesse capítulo é o dia em que ela vem a conhecer Boaz. No final do dia, depois do trabalho, ela conta a Noemi o que aconteceu. Só então, ela percebe o verdadeiro significado do seu encontro (2.20). Até então, Rute não percebera que o encontro não fora coincidência, mas parte do soberano propósito de Deus.

 

O que para Rute foi uma mera coincidência em um conjunto de circunstâncias não planejadas, foi parte do cuidado gracioso de Deus.

Não foi a sorte que conduziu Rute aos campos de Boaz, mas uma agenda traçada no céu.

 

Boaz viveu no tempo depois da conquista de Canaã, quando ainda não havia rei sobre Israel. Ele era da tribo de Judá, filho de Salmon e Raabe, e morava em Belém. No livro de Rute ele aparece como o resgatador da família. Era também um homem valoroso, dono de muitos bens, que possuía um campo e vários trabalhadores a seu serviço.

 

2. “Goel” e “Levir”. Goel (O Go'el HaDahm) é um termo hebraico para a palavra ("redimir"), semelhante a "redentor", pelo qual a Bíblia hebraica e a tradição rabínica denotam um parente relativo apto a restaurar os direitos perdidos por uma pessoa próxima. A lei do levirato (em hebraico: yibum) é ordenado em Deuteronômio 25.5–6 e obriga o irmão a se casar com a viúva de seu irmão falecido sem filhos, com o filho primogênito sendo tratado como do irmão falecido, (ver também Gênesis 38.8), que torna a criança seu herdeiro e não herdeiro do pai genético.

 

Deuteronômio 25.5-10 delineia o que é conhecido como a lei do levirato. Se um homem morria e deixava sua esposa sem filhos, o irmão daquele homem era moralmente obrigado a casar-se com a mulher de seu irmão e gerar filhos no nome de seu irmão falecido. Essa prática assegurava que o nome de quem morria sem gerar filhos não ficaria sem descendência. Entretanto, Boaz não era irmão de quem tinha sido marido de Rute, e que falecera.

 

Assim, o procedimento deles não estaria em desacordo com a lei do levirato? Embora tenha sido um caso um pouco mais complicado, o procedimento de Boaz, Noemi e Rute certamente não estava em desacordo com o que a lei do levirato estabelecia. O primeiro propósito do casamento pelo levirato era perpetuar a linha familiar daquele que morreu. Alguns fatores indicam que no tempo de Boaz e Rute já eram comuns alguns acréscimos ao que a lei do levirato originalmente estabelecera .

 

Primeiro, se não havia um irmão vivo na família, então a obrigação do casamento ficava com o parente do sexo masculino mais próximo do falecido. No caso em questão, havia um parente mais próximo do que Boaz da família de Noemi. Entretanto, quando ele não aceitou o convite, Boaz tornou-se o homem com grau de parentesco mais próximo, enquadrando-se na condição de ser aquele que legalmente teria de cumprir aquela obrigação moral.

 

Segundo, junto com a responsabilidade de gerar filhos no nome do falecido, havia ainda a responsabilidade de resgatar qualquer propriedade que pertencia ao que morrera e que tivesse sido vendida ou confiscada (Lv 25.25). Como o parente mais próximo não estava em condições de assumir tal responsabilidade (Rt 4.6), ele declinou desse direito e dessa responsabilidade de resgatar Noemi e casar-se com Rute, passando tais obrigações a Boaz. Nada há no resgate de Noemi nem no casamento de Boaz com Rute que esteja em desacordo com a lei do levirato.

 

3. Temor e respeito. Boaz era parente de Noemi e um homem rico. Ele era um homem íntegro, influente e grande fazendeiro. Seu nome significa “nele há força”. Ele podia cumprir os requisitos legais de casar-se com Rute, no regime do levirato, e suscitar descendência à família de Elimeleque. Daí foi que surgiram tanto Davi, o rei, quanto o Rei dos reis, o Messias. Desta forma, Rute entrou tanto na linhagem real quanto na linhagem divina.

 

Observe como Boaz manifestou o tempo todo o espírito da lei, indo além do que a legislação mosaica exigia, por:

 

l) alimentar Rute (2.14);

 

2) permitir que Rute apanhasse espigas entre as gavelas (2.15); e

 

3) deixar espigas extras para ela colher (2.16).

 

Pela saudação “O SENHOR seja convosco!”, prática incomum de trabalho, testemunha da bondade excepcional de Boaz e seus servos. um verdadeiro crente é também o melhor patrão. Uma fé viva em Deus é o melhor vínculo entre patrão e empregado, prevenindo o uso indevido de autoridade de um lado e a pretensiosa insubordinação do outro lado. Boaz é um abençoador. Ele transforma as coisas comuns da vida em liturgia de adoração a Deus.

 

Ele faz do seu trabalho um tributo de glória ao Senhor. Ele trafega do altar ao campo com a mesma devoção. Ele não dicotomiza a vida entre secular e sagrado. Para ele, tudo é sagrado. Ele se dirige a seus empregados com devoção. Por onde passa, Boaz deixa as marcas de sua benfazeja influência. As pessoas se tornam melhores por se relacionarem com ele.

 

O relacionamento de Boaz com os homens revela o seu íntimo relacionamento com Deus. A maneira de ele tratar seus empregados dava abundantes provas de que ele era um homem pleno de Deus.

 

 

II. O CARINHO DE BOAZ PARA COM RUTE

 

1. A pureza não exclui a ternura. Em Boaz vemos ilustradas muitas das excelências de Cristo. Boaz era um homem de muitas riquezas (2.1). Ele era compassivo com os estrangeiros que não tinham nada a reivindicar a seu favor (2.8,9). Ele sabia tudo sobre Rute antes de ela encontrar-se com ele (2.11). Ele serviu Rute graciosamente, e todas as suas necessidades foram supridas (2.14).

 

Ele garantiu a Rute proteção para o presente e prosperidade para o futuro (2.15,16). Nesses atos de graça, temos uma antevisão do nosso bendito Redentor. Quando Rute saiu naquela manhã para respigar nos campos, estava procurando alguém que lhe mostrasse graça (2.2,10,13).

 

A graça é o favor concedido a alguém que não o merece e que não tem como obtê-lo por seu esforço. Como mulher, viúva pobre e estrangeira, Rute não poderia reivindicar coisa alguma a quem quer que fosse. O canal dessa graça foi Boaz. Graça significa que Deus dá o primeiro passo a fim de nos socorrer, não porque mereçamos, mas porque Ele nos ama e nos quer para si. “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (l Jo 4.19). A salvação não foi algo que Deus improvisou, mas, sim, aquilo que planejou desde a eternidade.

 

2. Deus estava agindo. Rute estava o tempo todo consciente de que era uma estrangeira e, como tal, devia conduzir-se com humildade. Possivelmente ela tinha conhecimento de Dt 23.3-4. Ela reconhecia a generosidade (lit., "favor") de Boaz. Ele não apenas permite que Rute recolha em seu campo, mas oferece a ela a mesma provisão dada aos trabalhadores. Ela passa a ter liberdade de beber da sua água e desfrutar a companhia das suas servas. Jesus partilhou conosco as riquezas de Sua misericórdia e do amor (Ef 2.4), as riquezas da Sua graça (Ef 2.7), as riquezas da Sua sabedoria e de seu conhecimento (Rm 11.33), as riquezas da Sua glória (Fp 4.19) e, além de tudo isso, Suas insondáveis riquezas (Ef 3.8). Nós, “estrangeiros” indignos, somos membros da família de Deus e temos toda a Sua herança à nossa disposição.

 

3. Sensível e espiritual. A Escritura retrata Deus levando Israel sobre as suas asas no êxodo (Êx 19.4; Dt 32.11). Aqui Deus é retratado corno uma ave mãe protegendo seus frágeis filhotes com suas asas (Sl 17.8; 36.7; 57.1; 61.4; 63.7; 91.1,4). Boaz abençoou Rute à luz do recente compromisso dela com o Senhor e da dependência que ela demonstrava ter dele. Mais tarde, Boaz se tornaria a resposta de Deus a essa oração (cf; 3.9). Rute reconhece o tratamento amoroso de Boaz.

Ele demonstrou graça a ela, dando-lhe conforto e falando-lhe ao coração. Rute não tinha necessidade apenas de pão, mas também de significado. Na verdade, ela estava mais carente de consolo do que de alimento. Boaz abriu-lhe não apenas as portas da provisão, mas, sobretudo, os celeiros do seu coração e a abundância do seu amor. Rute não olhou para trás, para seu passado trágico, nem olhou para si mesma, pensando sobre sua triste situação. Lançou-se aos pés do senhor e sujeitou-se a ele. Afastou o olhar de sua pobreza e o voltou para as riquezas dele. Esqueceu seus medos e descansou nas promessas dele. Que excelente exemplo a ser seguido pelo povo de Deus!

 

III. A COLHEITA DE RUTE E A SUA SOBREVIVÊNCIA

 

1. A lei da semeadura. A lei da semeadura é uma regra geral que ensina que cada pessoa colhe o que planta. Nossas ações têm consequências. Esse ensinamento é bíblico, mas tem seus limites e devemos tomar cuidado para não cair em extremos. A lei da semeadura está explicada em Gálatas 6:7-8: cada um colhe aquilo que semeou em sua vida. Significa que toda “semente” que você lançar na terra um dia retornará para você em forma de “colheita”.

 

2. Os “acasos” de Deus. Em Rt 2.3, por casualidade entrou, está um clássico exemplo da providência de Deus no trabalho. Ela entrou justamente na parte que pertencia a Boaz. Possivelmente uma área comunitária na qual Boaz possuía unia lavoura.

 

3. O resultado da colheita. A maior parte da Bíblia foi originalmente escrita para aqueles que vivem em uma sociedade agrária, ou seja, pessoas familiarizadas com o trabalho na terra, o manejo do gado e o cultivo. Muitas das parábolas de Jesus envolvem a vida agrícola. Não surpreende, portanto, que a Bíblia contenha muitas referências a semear e colher, e aqui estão alguns dos princípios que aprendemos: Semear e colher é uma lei do mundo natural. No terceiro dia da criação, Deus ordenou à terra que produzisse plantas vivas “que davam semente” e frutos “com semente” (Gênesis 1:12).

 

Essas plantas foram dadas à humanidade como alimento (versículo 29). Desde o início, a humanidade compreendeu o processo de semear e colher e o aplicou em seu benefício. Deus usa a lei de semear e colher para conceder a Sua bênção. A bênção de Deus vem geralmente para o mundo inteiro quando Ele envia o sol e a chuva para justos e injustos (Mateus 5:45).

Em alguns casos, Sua bênção vem mais especialmente para aqueles de Sua escolha, como Isaque. Gênesis 26:12 diz que Isaque semeou uma colheita e recebeu cem vezes mais em uma estação porque o Senhor o escolheu para a bênção. A gratidão de Israel pela bênção anual de Deus foi expressa na Festa das Primícias, quando as primícias da colheita eram trazidas ao Senhor como oferta (Êxodo 23:19a; Levítico 23:10).

 

Deus advertiu a Israel que, se O abandonassem e perseguissem os ídolos, a lei de semear e colher seria suspensa e suas colheitas falhariam (Levítico 26:16b). Isso aconteceu com o desobediente Judá em algumas ocasiões (Jeremias 12:13; Miquéias 6:15).

 

Semear e colher também é uma lei do mundo espiritual. É mais do que apenas um princípio agrícola. É um axioma da vida que colhemos o que plantamos. Gálatas 6:7 diz: “Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá." Existem consequências naturais para as nossas ações. O mundo opera sob a lei de causa e efeito.

 

Não há como fugir disso: toda vez que escolhemos uma ação, também escolhemos as consequências dessa ação. Semear e colher sugere uma espera. Nada de bom cresce da noite para o dia. O agricultor deve ser paciente para ver o fruto do seu trabalho.

 

Quando a Bíblia compara o ministério a plantar, regar e colher (1 Coríntios 3:6), isso sugere um período de tempo. Deus produzirá frutos para a Sua glória em Seu tempo.

 

Até então, trabalhamos fielmente em Seu campo (Mateus 9:38), sabendo que “não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos” (Gálatas 6:9; veja também Salmo 126:5).

 

Colhemos na mesma moeda o que plantamos. Aqueles que plantam sementes de maçã devem esperar colher maçãs. Aqueles que semeiam raiva devem esperar receber o que a raiva produz naturalmente. Gálatas 6:8 diz: “Quem semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.” Viver uma vida de carnalidade e pecado e esperar herdar o céu é como plantar carrapichos e esperar colher rosas. Este princípio funciona tanto positiva quanto negativamente. “O ímpio recebe um salário ilusório, mas o que semeia justiça terá recompensa verdadeira” (Provérbios 11:18b), mas “o que semeia a injustiça colhe a desgraça” (Provérbios 22:8a). Colhemos proporcionalmente ao que plantamos.

A regra é, quanto mais sementes plantadas, mais frutos colhidos. A Bíblia aplica esta lei às nossas ofertas. Aqueles que mostram generosidade serão mais abençoados do que aqueles que não o fazem. “E isto afirmo: aquele que semeia pouco também colherá pouco; e o que semeia com fartura também colherá com fartura” (2 Coríntios 9:6).

 

Esse princípio não diz respeito ao valor da doação, mas ao espírito com que é dada. Deus ama quem dá com alegria (2 Coríntios 9:7), e até mesmo as moedas da viúva são notadas por nosso Senhor (Lucas 21:2-3).

 

Colhemos mais do que plantamos. Em outras palavras, a lei da semeadura e colheita está relacionada à lei da multiplicação. Jesus falou da semente que produziu “a cem, a sessenta e a trinta por um” (Mateus 13:8). Um grão de trigo produz uma espiga inteira de grão. Da mesma forma, uma pequena mentira pode produzir um frenesi descontrolado de falsidades, falácias e ficções. Semeie o vento e colha tempestades (Oséias 8:7).

 

Positivamente, uma boa ação pode resultar em uma bênção para toda a vida. Semear e colher é usado como uma metáfora para morte e ressurreição. Quando Paulo discute a doutrina da ressurreição do corpo, ele usa a analogia de plantar uma semente para ilustrar a morte física. “Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1 Coríntios 15:42b-44a).

 

Uma semente pode “morrer” quando cai no chão, mas isso não é o fim de sua vida (João 12:24).

 

Encontrado em toda a Escritura, a ideia de semear e colher é um princípio importante que transmite sabedoria tanto para este mundo quanto para o próximo.

 

CONCLUSÃO

 

Boaz é um tipo de Cristo, o Redentor. Rute, por sua vez, é um tipo da Igreja, a redimida. O Filho de Deus é o Redentor não apenas de uma família pobre, mas de todos os pecadores que confiam na Sua graça. Ele é o rico remidor que se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das Suas insondáveis riquezas (2Co 8.9).

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