30 de setembro de 2024

As Promessas de Deus

 

As Promessas de Deus

TEXTO ÁUREO

 

“E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.” (Jr 1.12)

Entenda o Texto Áureo

 

A ilustração da acusação feita por Deus é dupla.

 

Primeiro, havia o sinal da vara de amendoeira. A amendoeira era uma "árvore temporã", visto que ela era despertada do seu sono do inverno bem antes das outras árvores, florescendo em janeiro.

 

Ora um símbolo do castigo antecipado de Deus, como Jeremias havia anunciado (605-586 a.C.).

 

Segundo, a panela no fogo retrata os invasores babilônios trazendo castigo sobre Judá (cf. 20.4).

 

Velo, ou melhor, “estarei vigilante quanto à minha palavra”, etc; aludindo a Jeremias 1:11, “a árvore da vigília”.

 

VERDADE PRÁTICA

 

Deus faz suas promessas para que experimentamos um relacionamento mais próximo com Ele.

Entenda a Verdade Prática

 

Os auto­res da Bíblia acreditavam que a palavra de Deus era plena de poder divino. Eles estavam confiantes de que sua palavra não voltaria vazia, mas cumpriria seu propósito (Is 55.11).

 

LEITURA BÍBLICA = ISAIAS 55: 6-13

 

Isaías 55.6-13

 

6. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto

Aqui encontramos um dos mais claros convites de todo AT para a salvação agora e para a bênção do reino depois.

 

Isso nos dá um excelente exemplo de como as pessoas eram salvas durante o período do AT. Salvação, graça e misericórdia estavam disponíveis para as almas que estivessem dispostas a:

 

1) buscar ao Senhor (Dt 4.29; 2Cr 15.4), e

 

2) invocá-lo enquanto ele estivesse por perto (65.1; SI 32.6; Pv 8.17; Mt 25.1-13; Jo 7.34; 8.21; 2Co 6.2; Hb 2.3; 3.13,15).

 

Essa busca pela verdade, por meio da fé, é acompanhada pelo arrependimento, que é descrito como o abandono de pensamentos e caminhos e o voltar-se dos caminhos pecaminosos para o Senhor. Um pecador deve, ao crer em Deus, reconhecer seus pecados e desejar seu perdão e libertação desses seus pecados.

 

Ao mesmo tempo, deve reconhecer sua própria incapacidade de se tomar justo ou de ser incapaz de satisfazer a Deus e lançar-se aos cuidados da misericórdia de Deus. É então que ele recebe total perdão. Seu pecado será encoberto pela obra substitutiva do Messias em seu lugar. Esse padrão de salvação do AT é ilustrado em Lc 18.9-14.

 

7. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é perdoar.

 

Deixe. Uma das facetas essenciais da busca ao Senhor (v. 6) é o abandono do pecado (1.16).

 

8. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.

 

Meus pensamentos... meus caminhos. Alguém poderia duvidar de urna voluntariedade como a descrita no v. 7, mas a graça de Deus está muito além da compreensão humana, especialmente como manifestada em relação a Israel.

9. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

 

Há uma grande diferença entre os planos de Deus e os das pessoas, como há entre os céus e a terra. Compare com Salmo 36:5; 77:19; 89:2; 103:11; Mateus 11:25; Romanos 11:31-36.

 

10. Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,

 

Chuva... neve... a palavra. As águas que caem dos céus invariavelmente executam o seu propósito de ajudar a satisfazer as necessidades humanas. Do mesmo modo, a Palavra de Deus irá produzir os resultados pretendidos de cumprir os propósitos espirituais de Deus, especialmente o estabelecimento do reino de Davi na terra (vs. 1-5).

 

11. assim será a palavra que sair da minha boca ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.

 

Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará a mim vazia (compare com Isaías 54:9; Deuteronômio 32:2; Mateus 24:35; Lucas 8:11-16; Jo 6:63; Romanos 10:17; 1Coríntios 1:18; 3:6-9; 1Tessalonicenses 2:13; Hebreus 6:7; Tiago 1:18; 1Pedro 1:23).

 

A chuva pode parecer perdida quando cai no deserto, mas cumpre algum propósito de Deus. Assim, a palavra do Evangelho caindo sobre o coração duro: às vezes, finalmente resulta em mudança; e mesmo que não seja assim, deixa os homens sem desculpa.

 

Ela fará o que me agrada (compare com Isaías 44:26-28; 45:23; 46:10; Efésios 1:9-11).

 

12. Porque, com alegria, saireis e, em paz, sereis guiados; os montes e os outeiros exclamação de prazer perante a vosso face, e todas as árvores do campo baterão palmas.

 

Saireis com alegria e em paz sereis guiados. O Israel exilado deverá retornar de sua dispersão regozijando-se ern sua libertação e livre da importunação de seus inimigos.

 

13. Em lugar do espinheiro, crescerá a Faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta; Isso será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.

 

Em lugar do espinheiro crescerá o cipreste (compare com Isaías 11:6-9; Isaías 41:19; Isaías 60:1321; Isaías 61:3; Miqueias 7:4).

 

Isso resultará em renome para o SENHOR (compare com Isaías 43:21; Jeremias 13:11; 33:9; Lucas 2:14; Jo 15:8; Efésios 3:20-21; 1Pedro 2:9-10; 4:11).

 

Um sinal eterno (compare com Isaías 54:10; Jeremias 50:5).

 

INTRODUÇÃO

 

A Bíblia Sagrada é um livro de promessas. Encontramos de Gênesis a Apocalipse 8.810 promessas, sendo que a maioria delas está condicionada a nossa obediência. Segundo a Bíblia, o caminho que guiará o homem a uma vida plena, feliz e realizada está em obedecer os mandamentos do Senhor. E essa obediência para quem é salvo em Cristo, não deve ser apenas por medo de ser castigado, caso o indivíduo não obedeça ao Senhor. Mas deve ser de coração, por amor a Deus e pelo entendimento de que a vontade de Deus para nós é boa, perfeita e agradável.

 

Quando olhamos para o texto da leitura bíblica em classe, entendemos que há um empenho da parte de Deus em apressar-se em cumprir aquilo que prometeu. Depois de comissionar o profeta, Deus confirmou sua palavra para Jeremias por meio de duas visões, uma de ordem e uma de promessa.

 

O que Jeremias viu tem sido chamado de "visões inaugurais"9 por alguns estudiosos; no entanto, não podemos estar certos de que elas tenham seguido imediatamente após o seu chamado. Se as visões não vieram logo após o seu chamado, foram dadas muito cedo no ministério profético de Jeremias, porque Deus parece usá-las para assegurá-lo do seu chamado profético.

 

I. UM CONVITE DE DEUS

 

1. Um convite, uma promessa. A chuva pode parecer perdida quando cai no deserto, mas cumpre algum propósito de Deus. Assim, a palavra do Evangelho caindo sobre o coração duro: às vezes, finalmente resulta em mudança; e mesmo que não seja assim, deixa os homens sem desculpa para aquele grande Dia, quando todos os homens comparecerão diante do Supremo Juiz de toda a terra. O restante do versículo 11 explica o que significa "não voltar vazia", dizendo que a Palavra de Deus "fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." Chuva e neve fazem parte de um processo cíclico de água. A precipitação vem sobre a terra, drena na terra e produz grande benefício no crescimento de colheitas, descanso de almas e sustento da vida. A chuva e a neve vêm de cima e não retornam pra lá sem cumprir seu propósito.

Deus compara Sua Palavra à chuva e neve porque, como a precipitação, a Palavra de Deus sempre cumpre Seus bons propósitos. Quando Deus diz que Sua Palavra não voltará para Ele vazia, podemos saber que Ele tem uma intenção para Sua Palavra.

 

A Palavra de Deus vem do alto. Ele “inspirou” Suas palavras para nós, e elas foram registradas na Bíblia (2 Timóteo 3:16). Cada palavra que Ele deu à humanidade tem um propósito e foi dada por uma razão. Como a chuva e a neve, as palavras de Deus trazem vida (João 6:63) e produzem bons frutos em nossas vidas. Por meio de Sua Palavra, sabemos que Deus nos ama e que Jesus morreu para nos libertar do pecado e da morte; também aprendemos como viver à luz dessas verdades.

 

2. É preciso buscar ao Senhor. Tão graciosa é a oferta que YAHWEH agora faz ao Seu povo, tão grandes são as promessas que Ele lhe faz, em outras palavras, a glória real de Davi e o governo do mundo em virtude da religião de YAHWEH.

 

Por isso, a exortação é dirigida a ele em Isaías 55:6,7: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem injusto, os seus pensamentos: e volte-se para o Senhor, que se compadecerá dele, e para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”.

 

Eles devem procurar entrar na comunhão de YAHWEH (dârash com o significado radical ter, adquirir conhecimento experimental ou familiaridade confidencial com qualquer coisa) agora que Ele pode ser encontrado (Isaías 65:1, compare o paralelismo de palavras e coisas em Jeremias 29:14), e invocá-Lo, em outras palavras, para participar dessa graça superabundante, porque Ele está perto, ou seja, agora que Ele se aproxima de Israel e a oferece.

 

Na admoestação ao arrependimento introduzida em Isaías 55:7, ambos os lados do μετάνοια (metanóia) encontram expressão, em outras palavras, afastando-se da obstinação pecaminosa e voltando-se para o Deus da salvação.

 

Em Mt 7.7, Pedi…buscai…batei, Implica dizer que devemos lutar com Deus em oração, como Jacó lutou com o anjo (talvez com o próprio Deus) e disse: “Não te deixarei ir, a menos que me abençoes” (Gênesis 32:26).

 

A lição é: os homens devem “sempre orar, e nunca se cansar”                          (Lucas 18:1).

3. É preciso se arrepender. Que o perverso deixe seu caminho (compare com Isaías 1:16-18; 2Crônicas 7:14; Provérbios 28:13; Jeremias 8:4-6; Ezequiel 3:18-19; 18:21-23,27-32; 33:11,14-16; Oséias 14:12; Jonas 3:10; Mateus 9:13; Lucas 15:1024; Atos 3:19; 26:20; 1Coríntios 6:9-11; Tiago 4:8-10) – ou seja, seu modo de vida.

 

Uma promessa geral de perdão de pecados mediante arrependimento e mudança de vida foi dada a Israel por meio de Salomão (2Crônicas 7:14).

 

A doutrina é amplamente pregada pelos profetas; mas em nenhum lugar é mais distinta e enfaticamente estabelecida do que aqui. A vontade de Deus é perdoar ricamente, se o homem para Ele se voltar.

 

O homem maligno deve abandonar seus pensamentos (compare com Gênesis 6:5; Salmo 66:18; Jeremias 4:14; Zacarias 8:17; Mateus 15:18-19; 23:25-26; 7:21,23; Lucas 11:39-40; Atos 8:21-22; Tiago 1:15),

 

Porque nosso Deus é rico em perdoar (compare com Isaías 43:25; 44:22; Ex 34:6-7; Números 14:18-19; Salmo 51:1; 130:7; Jeremias 3:12-13; Lucas 7:47; Romanos 5:16-21; Efésios 1:6-8; 1Timóteo 1:15-16).

 

Não é preciso duvidar da Sua vontade de perdoar ricamente (compare com Isaías 55:12); pois, embora os caminhos do homem perverso e os pensamentos do homem maligno sejam tão graves que pareçam imperdoáveis, os pensamentos e caminhos de Deus em perdoar não são determinados pela proporção dos caminhos e pensamentos do homem, como os homem seriam em relação ao seu semelhante que o ofendeu (compare com Salmo 25:11; Romanos 5:19-20).

 

Há uma grande diferença entre os planos de Deus e os das pessoas, como há entre os céus e a terra. Compare com Salmo 36:5; 77:19; 89:2; 103:11; Mateus 11:25; Romanos 11:31-36.

  

II. AS PROMESSAS E SEUS FUNDAMENTOS

 

1. A Promessa na Bíblia. Promessa é o compromisso de se fazer alguma coisa. Aquele que promete algo quer dizer que está comprometido com aquilo. A promessa é entendida enquanto um voto ou uma declaração feita a uma outra parte, registrando a intenção futura de cumprir com o que foi prometido. Como uma garantia de pagamento, em que uma das partes se vê obrigada a fazer o que prometeu à outra. Do contrário, não deveria ter assumido o compromisso. Como na frase a seguir, encontrada da Bíblia: “É melhor não fazer promessas do que fazê-las e não as cumprir” (Ec 5.5).

As promessas do Senhor são infalíveis. Tantas coisas podem acontecer, mas Deus cumpre as Suas promessas. 1 Reis 8.56: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas, feitas por intermédio de Moisés, seu servo”.

 

Essas palavras fazem o nosso coração transbordar de confiança. As promessas do Senhor são para mim, são para você. Deus não faz acepção de pessoas. Ele não ama mais a mim do que a você. O amor dele é o mesmo para todos. O preço que pagou na cruz do Calvário pela minha redenção é o mesmo preço que Ele pagou por você. Deus não tem filhos prediletos. Tome posse dessa realidade. Viva o amor do Senhor, a Sua fidelidade, as promessas Dele.

 

Como está escrito: “Bendito seja o Senhor, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que prometera; nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas”. No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escreveu sobre os fundamentos das promessas infalíveis do Senhor para a nossa vida.

 

Quando lemos Romanos, capítulo 4, verso 21, nosso coração se enche de convicção. Na nossa fé existe a convicção; por isso, não vivemos por sentimento, não é uma questão de sentir, a nossa fé não é epidérmica. Às vezes a pessoa diz: “Estou sentindo a presença de Deus”. Porém, não é preciso sentir a presença de Deus para saber que Ele está presente, é preciso, apenas, tomar posse da Palavra e vivenciá-la, como Paulo escreveu: “[...], estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera”. Tem que existir em nós a convicção.

 

Quando Abraão foi chamado para oferecer o filho, Isaque, em sacrifício ao Senhor, o que enchia o coração dele, era a convicção de que aquela criança não morreria, mas, se morresse, viria novamente à vida. Havia uma convicção no coração dele. Deus prometeu um filho a Abraão e os anos se passaram, mas Sara já de idade avançada concebeu.

 

É interessante como Deus faz as coisas. “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55.8). Muitas vezes o pensamento do Senhor para a minha vida é diferente do pensamento Dele para você. No entanto, não podemos dar espaço para a incredulidade. Precisamos crer no agir de Deus. O mundo espiritual é mais real que o mundo natural. Eu creio que ao nosso lado estão anjos de Deus.

A Palavra diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmos 34.7). Abraão já tinha 100 anos, e Sara já havia passado da idade de ter filhos, mas Deus os fez fecundos e Isaque nasceu, porque as promessas do Senhor são infalíveis. Quando confessamos Jesus como Senhor e Salvador existe uma promessa de salvação. “Crê no Senhor Jesus e serás salvo [...](At 16.31).

 

Ele nos recebe como filhos amados, vasos em suas mãos. Todo peso da culpa já não existe mais. Vícios e pecados desaparecem, nascemos de novo, e nos tornamos nova criatura. As promessas de Deus têm o seu “sim” e o “amém”. O nosso inimigo não é o diabo e seus demônios, mas a falta de conhecimento é que tem nos destruído. Portanto, quando tomamos posse da Palavra, ela passa a fazer parte da nossa vida. O conhecimento nos ajuda a tomar posse da vitória. Podemos proclamar: “Somos mais do que vencedores por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.37).

 

2. Deus é infalível. Quando Deus diz que Sua Palavra não retornará vazia para Ele, somos encorajados a permanecer em Sua Palavra, permitindo que seja absorvida em nossas vidas, absorvendo-a como o solo encharca a chuva e a neve. A verdade não voltará vazia quando nossos corações são transformados. A Palavra de Deus nos repreende e nos corrige quando estamos errados, e nos treina para uma vida piedosa (2 Timóteo 3:16-17).

 

Sua Palavra é uma luz que nos guia neste mundo escuro (Salmo 119:105). É relevante para todos os problemas práticos e urgentes. A Palavra de Deus sempre realizará o que Ele deseja, seja ensinando, corrigindo, treinando, levando-nos a Ele, revelando nosso pecado ou algum outro fim bom e proveitoso. Quando Deus diz que Sua Palavra não voltará para Ele vazia, entendemos que Deus é soberano.

 

A promessa é que a Palavra de Deus cumprirá o que Ele deseja, não necessariamente o que queremos. Podemos compartilhar a Palavra com o propósito de mudar a ideia de alguém - e essa pessoa não muda. A Palavra de Deus estava vazia? Não, mas nossos objetivos pessoais podem ter sido diferentes dos de Deus. Como o vento que “sopra onde quer”, o Espírito Santo se move de maneiras misteriosas (João 3:8).

 

E Deus pode usar Sua Palavra de maneiras surpreendentes, em momentos surpreendentes e para surpreender pessoas. Não podemos prever exatamente como Deus usará Sua Palavra mais do que os meteorologistas podem prever com certeza a chuva e a neve. A Palavra de Deus não voltará vazia. É poderosa demais para isso.

Quando Deus disse: “Haja luz”, o resultado imediato foi que “houve luz(Gênesis 1:3).

 

Quando Jesus disse: “Cala-te! Aquieta-te!" o vento cessou e o mar se acalmou (Marcos 4:39).

 

A Palavra de Deus sempre prosperará; Deus terá sucesso, e aqueles que receberem Sua Palavra também serão vencedores (1 João 5:4).

 

3. Deus zela por sua Palavra.  Provavelmente nenhum texto na Bíblia revela mais explícita e claramente a paixão de Deus por sua própria glória que Isaías 48.9-11, onde Deus diz: Por amor do meu nome retardarei a minha ira, e por amor do meu louvor me refrearei para contigo, para que te não venha a cortar. Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição. Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu nome? E a minha glória não a darei a outrem.

 

Perceba que para muitas pessoas essas palavras vêm como seis marteladas, que destroem a maneira antropocêntrica de enxergar o mundo:

 

1. Por amor do meu nome!

2. Por amor do meu louvor!

3. Por amor de mim!

4. Por amor de mim!

5. Como seria profanado o meu nome?

6. E a minha glória não a darei a outrem.

 

O que esse texto martela em nós é a centralidade de Deus em suas próprias afeições. O coração mais apaixonado pela glorificação de Deus é o coração de Deus. O objetivo final de Deus é preservar e manifestar a glória de seu nome.

 

Deus escolhe seu povo para sua glória: Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça. (Ef 1.4-6, cf. VV.12,14).

  

III. TIPOS E PROPÓSITOS DAS PROMESSAS DE DEUS

 

1. Promessas incondicionais. As promessas incondicionais não dependem de condutas humanas e nem de desejos dos mesmos.

Deus cumprirá num tempo determinado a promessa. Este tipo de promessa está inteiramente ligado a vontade do Senhor, mas que refletirá intensamente na humanidade. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”, 1Ts 4.17

 

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também”, Jo 14.1-3.

 

“E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”, Ap 21.4.

 

2. Promessas condicionais. “E guarda a observância do SENHOR, teu Deus, para andares nos seus caminhos e para guardares os seus estatutos, e os seus mandamentos, e os seus juízos, e os seus testemunhos, como está escrito na Lei de Moisés, para que prosperes em tudo quanto fizeres, para onde quer que te voltares. Para que o SENHOR confirme a palavra que falou de mim, dizendo: Se teus filhos guardarem o seu caminho, para andarem perante a minha face fielmente, com todo o seu coração e com toda a sua alma, nunca, disse, te faltará sucessor ao trono de Israel”, 1Rs 2.3-4.

 

No versículo acima, Deus promete prosperar e abençoar Salomão através da boca de Davi, porém, havia uma condição para se alcançar esta promessa: era necessário guardar o seu caminho e andar fielmente perante a face do Senhor. “Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele tudo fará”, Sl 37.5. Neste versículo o Senhor quer cuidar dos justos da terra, porém, esse cuidado fica condicionado a entrega do cominho ao Senhor e a confiança nEle.

 

3. O propósito das Promessas de Deus. Deus se revela em toda a Bíblia como aquele que faz promessas. Esta é uma das principais características do seu modo de agir e se relacionar com o ser humano. A Bíblia inicia e termina com Deus fazendo promessas. As promessas de Deus têm como propósito revelar o modo de agir e se relacionar de Deus com os seres humanos, sendo uma de suas principais características.

A Bíblia começa e termina com Deus fazendo promessas, como a promessa do "novo céu e da nova terra" em Apocalipse 21.1-8.

 

Viver as promessas de Deus pode significar confiar em Deus e viver como se as promessas já tivessem sido cumpridas. Isso pode ajudar a encontrar força para se levantar, viver fielmente e esperar pacientemente, mesmo quando parecer difícil. O propósito de Deus é aquilo que incentiva a viver de uma determinada forma, e quando se vive de acordo com esse propósito, tudo ao redor coopera para o crescimento.

 

CONCLUINDO

 

Ressalta-se, como conclusão desta introdução ao trimestre, que as promessas de Deus não são amuletos para trazer sorte ao homem, mas um comprometimento da sua Palavra, segundo os seus soberanos propósitos para as nossas vidas. A soberania do nosso Deus é a prerrogativa pela qual Ele exerce autoridade e poder ilimitado sobre a criação, a fim de realizar aquilo que lhe apraz (Is 14.27; 2 Cr 20.6).

 

Há uma relação indissociável entre a soberania do Senhor e as suas promessas. As promessas divinas são atos amorosos por meio dos quais o Senhor, soberanamente, estabelece um compromisso fiel e santo com os seus servos (Cl 3.16).

 

Deus não é demovido de suas promessas (Nm 23.19; Ez 12.28).

 

As promessas de Deus registradas nas Escrituras funcionam, em qualquer situação, particular ou geral, como um parâmetro para medir se aquilo que estamos buscando é coerente com o que Deus de antemão prometeu em sua Palavra. O que não couber neste princípio é fruto do egoísmo humano; é para o deleite exclusivo da carne e não para a glória de Deus (Tg 4.1-3).

 

As promessas de Deus cumprem o propósito de sua soberania. Quando Deus, por exemplo, disse a Israel: “Eu sou o Senhor que te sara” (Êx 15.26), houve antes algumas condições a serem observadas.

 

Ele teve como propósito imediato manter o povo em perfeita saúde durante a vulnerável travessia do deserto. De igual modo, a promessa de cura divina para os dias de hoje não é um fim em si mesmo, mas cumpre o propósito de servir como sinal da manifestação de Deus, produzir saúde para que o seu propósito se cumpra na vida de cada um e trazer glória ao seu nome, para que todos confessem ainda hoje que Jesus é o Senhor (vv.11,12; Mc 16.1 7,1 8; Jo 9.1-7).

As promessas de Deus aos homens são atos da soberania divina. Elas cumprem os propósitos soberanos do Senhor.

 

AMEM

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