3 de março de 2010

A defesa da Autoridade Apostólica de Paulo

A defesa da Autoridade Apostólica de Paulo

Texto Áureo = “Paulo Apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus” 2 Co 1.1

Introdução:

Você tem condições de defender sua fé, seu Deus, sua igreja? Você conhece quem lhe chamou, e lhe credenciou, para ser embaixador do céu na terra? Pois é, são perguntas como essas que precisamos fazer para nós mesmos e vermos se temos condições de nos defender e principalmente defender o nome de Jesus cristo.

Autoridade: Poder legítimo, nesse caso Paulo tinha poder legítimo dado por Deus.


I – Paulo responde aos seus adversários

1) A aspereza versus a delicadeza de Paulo.

Neste momento Paulo confia no senhor, sabendo em quem tinha crido, mesmo sendo humano, com todos os sentimentos inerentes do homem, não deixou seus sentimentos aflorarem, mesmo porque a aspereza de suas palavras em 2.4 e 7.8, quando se refere aos seus opositores, provocou uma reação ainda mais hostil por parte de alguns membros da igreja. Paulo agora usa de psicologia, através de um teor mais brando e delicado no cap 10.

Usa a razão e deixa a emoção de lado por amor aos coríntios. Todo obreiro deve agir como Paulo, na hora da advercidade, da afronta sabendo que não mais vivo eu mas cristo vive em mim, quem controla os sentimentos deve ser o Espírito Santo, com mansidão ganhamos nossas almas.

2) Paulo apela para a mansidão e ternura de Cristo.

Paulo demonstra que verdadeiramente era um convertido, pois era outrora considerado um carrasco dos cristãos, e não tolerava desculpas, nem tinha misericórdia, agora estava vivendo o contrário, sendo perseguido, caluniado e confrontado. Paulo era um homem conhecedor da Justiça, entendia de direitos pois foi instruído aos pés de Gamaliel, tinha dupla cidadania, era respeitado, porém, nesta hora Paulo não apela para seus conhecimentos acadêmicos, seculares, ma sim para a mansidão e benignidade, fugindo assim dos padrões mundanos, de defesa. Obs: Hó meus irmãos como seria bom que aprendêssemos com Paulo, a sofrer o dano, a responder com mansidão, porém enérgicos.

Aos que o acusavam de fraqueza, responde: “eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde (temeroso), mas ausente, ousado (corajoso) para convosco”(vs1).

Paulo agia dessa forma para evitar um conflito maior e com isso causar uma recusa, tristeza nos coríntios.

3) Paulo diz que sua conduta não era segundo a carne (10.2,3).

Nas sagradas escrituras o termo “carne” é usado tanto para descrever a natureza humana, como para qualificar o princípio que está sempre disposto a opor-se ao espírito. Este último sentido foi desenvolvido como doutrina pelo próprio apóstolo Paulo. O crente carnal segundo muito bem explica em suas epístolas, é o que dá inteira guarida ao pecado.

Embora vivendo com seres humanos, não lutamos segundo os padrões do

II- Inimigos e armas espirituais do Apostolado.

1) Os inimigos interiores. No caso da igreja de Corinto, tais inimigos eram os argumentos contra o Evangelho puro, simples e verdadeiro de Jesus Cristo, que Paulo pregava e ensinava, bem como as falsas acusações contra seu ministério. O pior combate é contra os inimigos internos, pois achamos que nunca vem uma calúnia, uma inveja dos que estão junto conosco, porém, nos enganamos e devemos estar vigilantes até contra os de dentro da nossa própria casa.

O inimigo de nossas almas satanás tem mudado a estratégica de guerra, agora temos uma guerra interna na mente e no coração. (acesse o blog atitudedojovemcristao.blogspot.com que tem uma matéria “a batalha pela mente”). O apóstolo Paulo revela essa batalha em Gálatas 5:16,17 quando diz que há uma luta entre a carne e o espírito, um se opõe ao outro. Entretanto, Paulo nos revela como vencer essa guerra tão difícil contra inimigos tão poderosos. “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”.

Obs: Precisamos urgente nos revestir-mos do Espírito, orando e vigiando, para não entrar em tentação, tem um ditado popular que diz: “mente vazia é oficina do diabo” devemos ter consciência que essa batalha é real, pois ao ignorarmos essa realidade já estamos perdendo, pois essa é uma estratégica maligna, que temos que lutar com nós mesmos, que não precisamos ir à igreja todas as reuniões, e sim só no domingo, etc... cuidado vigiemos.

2) As armas espirituais (VV.4,5). Paulo sabia que nesta guerra espiritual de nada adiantaria utilizar as armas carnais, tais como: Capacete intelectual, influência, posição social etc. Embora conforme vimos a cima Paulo possuía todas as qualidades de uma pessoa influente. O inimigo não pode ser derrotado com armas semelhantes às suas, por isso as armas do apóstolo eram espirituais e poderosas em Deus para destruição das fortalezas. Tais fortalezas são utilizadas para impedir que o conhecimento de Deus avance na mente e no coração do homem. OBS. Infelizmente temos utilizados armas de persuasão, não para os pecados se converterem a Cristo, mas para virem para a igreja, na promessa de saúde, casa, emprego, riquezas e etc. e aos inimigos internos, temos utilizados das armas carnais, homens ameaçando outros por votos nas conversões, com promessas de dar ou tirar cargos. A guerra é contra o inimigo de nossas almas, Satanás e seus anjos, e não por posição, cargos status etc.

Voltemos a lutar sempre com as armas espirituais que são: a Palavra de Deus - a espada do Espírito – a verdade, um caráter justo e reto, a proclamação do Evangelho da paz, a fé, a certeza de salvação, e uma vida de oração (Ef 6:11-18).

III – Aperspectiva de Paulo sobre autoridade

1) O significado de Autoridade. De acordo com o dicionário Teológico de Claudionor Corrêa de Andrade essa palavra significa Direito ou poder de se fazer obedecer, de tomar decisões, de agir etc. Domínio Jurisdição, influência, prestígio. Já o dicionário Bíblico Wyclife, uma das palavras gregas é exousia, cujo significado também é poder, liberdade ou direito de escolher, agir.

2) A perspectiva de Paulo quanto à autoridade espiritual.

Paulo argumenta com os coríntios que a consistência de sua autoridade apostólica encontra-se na coerência entre o seu discurso e a sua prática. As atitudes dele refletiam a sua pregação. Ele vivia o que pregava e pregava o que vivia. E isso lhe dava autoridade para combater de forma enérgica e dinâmica aqueles que se opunham ao seu ministério. O apóstolo também questionava as acusações daqueles homens, pois assim como se autodeclaravam de Cristo, Paulo também podia se declarar. Ele assegurou àquela igreja que sua autoridade fora-lhe concedida pelo Senhor “para edificação e não para a destruição” dos coríntios (2 Co 10.8).

Outro ponto abordado pelo apóstolo é que ele e seus companheiros tinham sido os primeiros a chegar em corinto com o evangelho, por isso, a igreja deveria dar crédito à sua palavra.

Por fim Paulo recomenda que nosso padrão de medida deve ser o Senhor e não os outros, porquanto, se fizermos assim, constataremos que não temos nenhum motivo para se orgulhar. OBS. Diante da atitude de Paulo de aconselhar os Coríntios para que o padrão a ser seguido seja o de Cristo e não dos homens, ele reconhece que os homens falham e Cristo é a perfeição a ser seguida, buscada. Cabe-nos aqui um alerta aos queridos irmãos que “idolatram” pregadores, pastores e quando eles caem há uma enorme decepção a ponto da tristeza invadir seus corações e mentes e esses chegam a desviar-se do caminho da verdade, por colocar o homem acima de cristo. No final Paulo ainda aconselha a buscarmos o reconhecimento divino, e não humano. Cabe-nos mais uma reflexão destas palavras, pois quando buscamos o reconhecimento do homem, estamos trabalhando não para o Cristo e sim para satisfazer nosso “Eu”.

Conclusão:

Concluímos que a autoridade apostólica de Paulo que de tanta convicção que o mesmo tinha que recebera da parte do Senhor, e que encontrava-se fundamentada em seu relacionamento com Deus e na integridade de seu caráter e ministério, Exerceu na medida certa, no momento exato, causando alegria nos Coríntios e trazendo mais firmeza espiritual.

Para pensar: “Autoridade é igual a sabão, quanto mais se usa mais vai gastando” é para ser utilizada na hora certa no momento certo e na proporção certa e Paulo nos ensinou isso nesta lição.

Subsídio Bibliológico

“O ofício apostólico e a autoridade de Paulo

[...] Paulo retrata seu ministério apostólico em termos de campanha militar. Ele e sua equipe ministerial viviam no mundo (gr. en sarki, ‘na carne’, cf. ‘em vasos de barros’, 2 Co 4.7). Mas ele não militava ou empreendia guerra como o mundo faz (gr. kata sarka, ‘segundo a carne’, isto é, limitado pelo que é finito, humano, terrestre ou meramente físico). Pouco importando o quão fraco, tímido ou humilde Paulo parecesse ser na presença dos coríntios, ele não teve de enfrentar destemidamente ou usar métodos e armas que o mundo usa. Quando o Espírito o ungiu ele tinha armas ‘poderosas em Deus’ para destruir as fortalezas inimigas. Estas armas são o Espírito e a Palavra. As ‘fortalezas’ eram os ardis argumentos contra o Evangelho simples de Cristo que Paulo pregava, como também os esforços em destruir seu ministério e levar seus convertidos à escravidão espiritual pelas falsas doutrinas dos inimigos. Podemos aplicar isto às forças do mal que procuram destruir a Igreja trazendo falsas doutrinas, modos mundanos, entretenimento secular e apresentações terrenas. A Palavra e o Espírito ainda têm o poder de destruir os poderes das trevas (veja Ef 6.14-18)”.

(HORTON, S. M. I & II Coríntios: Os problemas da Igreja e suas soluções. RJ: CPAD, 2003, pp.234-35)

Elaboração pelo:- Pb. Josenildo Cardoso Cavalcante

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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