A
Natureza dos Demônios Agentes da Maldade no Mundo Espiritual
TEXTO
ÁUREO
E foi precipitado o grande dragão, a antiga
serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi
precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele (Ap 12.9).
VERDADE
PRÁTICA
Os Demônios são os anjos que se rebelaram contra
Deus seguindo o seu maioral, Satanás.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Apocalipse 12.7-10
INTRODUÇÃO
Quanto
aos anjos, Deus os criou em número incontável, milhões de milhões e milhares de
milhares (Ap 5.11). Tanto quanto é insondável o Universo, assim é o número dos
anjos criados pelo Todo-Poderoso. Hostes angelicais em classes especiais de
serviços ao Criador foram espalhadas pelo Universo. A terra, um dos pequenos
mundos da Criação divina, foi alvo do interesse de Deus. Para ela, anjos foram
designados, a partir da criatura mais bela e perfeita de toda a Criação, o anjo
Lúcifer, o querubim ungido (Ez 28.14,16).
Esse,
entretanto, no exercício do seu livre-arbítrio e pelo orgulho de sua alta
posição nas hostes angelicais, decidiu presunçosa- mente tomar o lugar do
Criador para ser adorado e glorificado (Is 14.13,14). Sendo impossível alcançar
o seu intento, Lúcifer perverteu um grande número de anjos sublevando-os contra
o Criador (Jd 6; Ap 12.3,4). Satanás e esses anjos rebelados foram precipitados
da presença de Deus e de sua habitação original (Jd 6).
1. ANJOS
CAÍDOS
Na
rebelião promovida por Lúcifer, ele arrastou consigo uma grande multidão de
seres angelicais (Mt 25.41; Ap 12.4), e depois organizou sua própria corte de
anjos caídos, distinguindo-os em “principados, potestades e príncipes das
trevas e hostes espirituais” (Ef 6.12).
Esses
são os que estão sob a liderança de seu chefe principal, Satanás, o único que
recebe menção específica na Bíblia. A ele são atribuídos a liderança e os
títulos que o identificam como “Belzebu”, príncipe dos demônios “(Mt 12.24)”,
diabo e seus anjos (Mt 25.41), “o dragão e seus anjos” (Ap 12.7).
Esses
anjos são “espíritos malignos” em relativa liberdade que estão sujeitos ao
domínio de Satanás (Mt 12.26). Eles são tão numerosos e atuantes que chegam a
dar idéia de onipresença.
Por
serem espirituais, esses seres possuem um poder de locomoção ultra rápido e dão
a entender, com isto, que estão em todo lugar ao mesmo tempo. Entretanto, é
apenas o número deles que é incontável. -‘
II. QUEM SÃO
ESSES ANJOS CAÍDOS
Os
anjos caídos receberam um nome que se tornou popular, tanto na linguagem
bíblica como na secular, que é a palavra “demônio”. Para compreendermos de
fato, quem são e o que fazem os demônios, devemos conhecer o caráter desses
espíritos maus, pelo testemunho das Escrituras, deixando de lado toda a
superstição e imaginações.
I: A
natureza espiritual dos demônios. Indiscutivelmente, o melhor testemunho
acerca da natureza dos demônios está nos Evangelhos. O ministério terrestre de
Jesus exposto nas páginas dos Evangelhos é a maior demonstração da presença e
realidade dos demônios (Mt 8.16; Lc 10.17). Esses demônios são identificados
como sendo “espíritos imundos” (Mc 9.25). Lucas relata que algumas mulheres
foram curadas de “espíritos maus” (Lc 8.2).
Portanto,
os demônios são espíritos (Lc 10.17,20), como os anjos de Deus, também, são
espíritos (Hb 1.13,14).
2. A
natureza intelectual dos demônios. Existe a crença de que os demônios não
possuem intelecto e por isso não pensam, nem raciocinam, e, sendo assim, eles
agem como os animais irracionais que obedecem aos seus instintos. Entretanto,
esse conceito é desprovido de base e inconcebível, pois todos os anjos criados
por Deus foram dotados de inteligência sobre-humana. Até Platão, filósofo
grego, considerou a etimologia da palavra DAIMON como advinda de um adjetivo
que significa “conhecedor” ou “inteligente”.
Ora,
não seria necessário buscar argumento comprovador fora das Escrituras, pois
elas enfatizam a inteligência dos demônios quando afirmam que os mesmos
conhecem a Jesus (Mc 1.24), se inclinam perante Ele e falam dele como o “Filho
do Deus Altíssimo” (Mc 5.6,7), negam o conhecimento da morte vicária de Cristo
(1 J° 4.1-3), distinguem entre os selados de Deus e os não selados (Ap 9.4) e
estão conscientes de sua inevitável condenação futura (Mt 8.29). A Bíblia
afirma que os demônios crêem e estremecem (Tg 2.19).
3. A
natureza moral dos demônios. Haverá algum princípio de moral nos
demônios? Há um fato que devemos analisar. Os demônios, em seu estado original,
antes da queda, foram criados santos e para o serviço de Deus. Eles não foram
criados propensos ao pecado, nem foram criados para o mal. Porém, por seu
livre-arbítrio, rejeitaram a luz e, conscientemente, preferiram seguir a
Satanás. Conseqüentemente tornaram-se inimigos de Deus e da Sua obra.
Como
anjos decaídos, a Bíblia atesta a total depravação e baixeza moral deles pelas
suas obras más produzidas no mundo dos homens. Sua decadência moral pode ser
identificada na Bíblia pelo constante emprego do epíteto “espíritos imundos”
que se aplica a eles (Mt 10.1; Mc 1.27; 3.11; Lc 4.36; AI. 8.7; Ap 16.13).
III. O QUE
FAZEM OS DEMÓNIOS
Eis
algumas das obras dos demônios em relação a Deus e aos homens
1. Os
demônios se opõem a Deus. Satanás e seus demônios odeiam a humanidade e por isso querem
destruí-la ou jogá-la contra o Criador. Portanto, Satanás é o oponente, em
primeiro lugar, de Deus e, em segundo lugar, do homem (Zc 3.1; 1 Pe 5.8). O
termo “diabo” significa “acusador”, por isso diz a Bíblia que ele procura
incessantemente acusar os homens diante de Deus (Já 1.9,11; 2.4,5; Ap 12.10), e
acusar a Deus diante dos homens (Gn 3.1-5). A apostasia original surgiu da
oposição contra a vontade Divina (Is 14.13,14) -s—
2. Os
demônios oprimem as pessoas. O Diabo Oprime também a mente através de
imaginações fantasiosas de pecado, ou de doenças emocionais e físicas. Na
Bíblia temos o exemplo de Já, ferido com tumores malignos. Isto não significa
que Jó tenha ficado endemoninhado (Jó 2.7).
3. Os
demônios podem tomar posse de pessoas. No grego a expressão DAIMONIZOMAI implica em
estar sob o controle de um espírito mau. A possessão demoníaca é aquela em que
a personalidade de uma pessoa é invadida, o corpo é habitado e o demônio tem o
controle total da pessoa, seu espírito, alma e corpo. Até mesmo a aparência
física da pessoa possessa pode ser afetada. Atitudes irracionais são assumidas
de modo assustador.
Temos
um exemplo do pai aflito que trouxe seu filho que tinha um espírito mudo (Mc
9.17-27), e esse espírito quando se manifestava no rapaz o fazia espumar pela boca,
ranger os dentes, e agitar se com violência. Mas Jesus o repreendeu e
ordenou-lhe que saísse e não mais voltasse. Normalmente, a pessoa possuída por
demônios não tem controle de sua própria mente, daí ser impossível falar com
ela.
A
fala deve ser dirigida ao espírito imundo que a possui e que está em pleno
controle da mente e da voz da pessoa possessa. Há casos em que em uma só pessoa
habitam e dominam muitos espíritos imundos. Certa feita Jesus encontrou-se com
um homem endemoninhado na terra dos gadarenos. Este homem era violentamente
possuído por uma legião de demônios, que o agitavam e o faziam andar entre os
sepulcros, não tendo casa para morar.
Quando
Jesus aproximou-se do endemoninhado, os demônios mais uma vez se agitaram e um
deles falou pelos outros espíritos (Lc 8.27-34), mas Jesus ordenou-lhes que
saíssem e deixassem em paz aquela vida.
IV. A
AUTORIDADE SOBRE OS DEMÓNIOS
A
fonte da autoridade espiritual sobre todo o mal é revelada na Bíblia Sagrada, O
crer e o viver em Crista dão ao crente o poder necessário, pelo Espírito Santo,
para ter vitória sobre o mal. A manifestação do mal procede do Diabo e seus
anjos, e, portanto, não temos que temer o seu ataque. Devemos, sim, tomar posse
da autoridade outorgada por Cristo para resistir o mal, repreender e expelir os
demônios. O poder de Jesus Cristo é maior do que o poder do Diabo e seus anjos.
1. Que fazer
para ter autoridade sobre os demônios? Creia que Jesus é Salvador e Vencedor sobre
o sistema satânico. Veja o que diz o texto de Marcos 16.17: “Estes sinais,
seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios”.
2. Tome
posse da autoridade sobre os poderes do mal. Em Lucas 9.1, Jesus convocou os
12 discípulos e lhes deu poder e autoridade sobre os demônios. Posteriormente
Jesus repetiu a mesma ação sobre os 70 discípulos, os quais saíram e voltaram
regozijando-se, porque os demônios se lhes submetiam no nome de Jesus (Lc
10.1,17).
Há
um caso negativo exemplificado nos Atos dos Apóstolos, acerca de alguns jovens
que, curiosamente, vendo os sinais e as libertações feitas pelo ministério de
Paulo, resolveram expelir demônios de um certo homem. Como não haviam crido, nem
recebido poder e autoridade para tal, o endemoninhado saltou para cima deles e
os deixou feridos, nus e envergonhados (At 19.11-17). Essa autoridade e poder
Jesus outorgam aos que lhe ser vem.
3. É preciso
usar as armas corretas para a expulsão de demônios. A principal
delas é o “nome de Jesus”, as demais podem ser vistas em Ef 6.10-18. Disse o
próprio Jesus: “Em meu nome expulsarão os demônios” (Mc 16.17). Portanto, “a autoridade
do nome de Jesus sobre os demônios” revela a sua superioridade acima de todos
os nomes. No seu nome está o “Deus Forte” que Ele é (Is 9.6).
Nos
Atos dos Apóstolos há o caso de uma jovem que tinha o “espírito de adivinhação”
e, por algum tempo, perturbava as pregações de Paulo na cidade de Filipos.
Chegou ao ponto de Paulo sentir-se incomodado e repreender o espírito
perturbador, dizendo: “Em nome de Jesus Crista eu te mando que saias dela”• (At
16.17,18). Ora, os demônios sabem e conhecem a autoridade superior do nome de
Jesus Crista, por isso, o temem e estremecem ao ouvi-lo.
Eles
são impotentes para resistir ao impacto do poder do nome de Jesus quando é
pronunciado. Não é o som do nome de Jesus que os demônios temem, mas a
autoridade desse nome. Também, de nada servirá pronunciar o nome de Jesus por
quem não crê em Jesus. Ora, o poder do nome de Jesus é manifesto por aquele que
crê nesse nome, pois a Palavra diz: “Estes sinais seguirão aos que crerem” (Mc
16.17).
Por:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lição
Bíblicas 4º. Trimestre 1988 - CPAD
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