A QUEDA
DO IMPÉRIO BABILÔNICO
TEXTO ÁUREO = “E
te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos
deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não
veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os
teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23)
VERDADE PRÁTICA = Se
nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus Ele nos abatera
LEITURA
BIBLICA = Daniel 5: 1, 2,22-30
INTRODUÇÃO
O desenfreio da vida termina em tragédia quando não
reconhecemos
a glória de Deus.
Dn 5.1-31
Indiscutivelmente,
Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia. Seus feitos
arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de
demonstrar uma inteligência espetacular
apresentam a sua história.
Depois
da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., Evil-Merodaque o sucedeu no trono e,
dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, mas quem veio a
assumir o Trono foi Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou o filho
chamado Belsazar. Este, veio a ser corregente com seu pai, três anos depois.
Era um homem blasfemo e não sabia respeitar princípios. Sua história contém
elementos de crueldade e total inclemência com os subordinados do reino. Foi,
também, um homem devasso que não sabia respeitar a história nem aos valores do
reino.
Este
capítulo descreve e registra o reinado de Nabonido por 17 anos (556-539 a.C.).
Quando foi a Arábia, deixou a seu filho Belsazar como corregente na capital do
império. Ele havia sido nomeado por seu pai como seu representante na
Babilônia. Era, portanto, a segunda pessoa mais importante do reino. Alguns
anos haviam se passado e ao final de sua corregência, Belsazar não contava com
a invasão dos exércitos da Média e da Pérsia na Babilônia. O império caiu nas
mãos dessa aliança medo persa e um novo reino se instalou.
O
capítulo cinco relata essa invasão na capital babilônica. Belsazar fazia uma
festa regada a vinho e sexo, quando Deus escreveu na parede do palácio a
sentença de morte e queda do império babilônico. Está registrado, também, o
desrespeito com os valores religiosos das nações e como, de forma abusiva e
irresponsável, ele mandou buscar os vasos sagrados do templo de Jerusalém para
embebedar—se com vinho nos mesmos, Belsazar ultrapassou a medida da paciência
de Deus e, na noite de sua festa, foi morto e o reino da Babilônia foi ocupado
pelos medos e persas em 539 a.C.
Nesta
história aprendemos que ninguém zomba de Deus. Sua soberania jamais poderá ser
questionada por simples mortais. Na onisciência divina os fatos futuros,
presentes e passados são do inteiro conhecimento de Deus. A queda do Império
Babilônico havia sido profetizado pelo profeta Isaías, pelo menos uns 150 anos
antes de acontecer (Is 14.3—5; 47.1,5). O profeta Jeremias também profetizou
sobre tudo o que aconteceria com Israel e as invasões de Jerusalém e Judá, bem
como anunciou a destruição da Babilônia (Jr 50.2; 51.53,58).
1- A
FESTA PROFANA DE BELSAZAR
A
licenciosidade zombeteira de Belsazar (Dn 5.1-3)
“na
presença dos mil” (5.1). Refere-se aos convidados de Belsazar na frente dos
quais ele bebeu vinho, como uma demonstração libertina diante dos seus
convidados iniciando a bacanal dentro do palácio. Poderia ter sido mais uma
festa palaciana na Babilônia se a festa promovida por Belsazar não tivesse sido
urna festa de escárnio ao Deus dos cativos judeus.
“mandou
trazer os utensílios de ouro e de prata... que seu pai Nabucodonosor tinha
tirado do templo que estava em Jerusalém” (5.2,3). Belsazar não teve escrúpulos
nem respeito com os utensílios sagrados trazidos de Jerusalém como espólio de
guerra por seu avô Nabucodonosor. Ele foi um homem sensual e sacrulogo, pois
não tinha menor respeito por coisas sagradas. Além de desafiar o poder de Jeová
e querer usurpá-lo, Belsazar foi mais longe e fez escárnio da verdadeira religião para satisfazer seus
intentos baixos, frívolos profanos. Quando o teor alcoólico subiu à cabeça de
Belsazar, então mandou trazer os “vasos sagrados do templo de Jerusalém” para
serem usados em suas orgias com suas mulheres e prostitutas. A profanação das
coisas santas sempre foi condenada pelo Senhor ( Dn 1.3; Am 6.6; Is 52.11).
A insensatez de Belsazar
Sua
insensatez era demonstrada pelo pouco caso que fazia do próprio reino sem se
importar com o fato de que seu pai estava fora da Babilônia. Sua insensatez foi
demonstrada nas ações libertinas cuja preocupação era o seu próprio prazer com
bacanais com sexo e bebidas alcoólicas. O sábio Salomão referiu—se a esse tipo
de festa e disse: “Melhor é ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há
banquete, porque ali se vé o fim de todos os homens” (Ec 7.2).
Foi o
que aconteceu com Belsazar que, em sua orgia e devassidão, acabou por ver o fim
do seu reino e dos seus convidados naquela mesma noite em que a mão escreveu o
seu juízo na parede do salão de festas.
Belsazar
promoveu uma festa de profanação das coisas sagradas (5.3). Na verdade,
Belsazar não tinha o menor escrúpulo com coisas sagradas. Ele era um dissoluto
e soberbo que, não apenas bebeu vinho nos vasos sagrados da Casa de Deus em
Jerusalém, mas encheu a medida do cálice da ira divina. Como era um homem
dissoluto, promovia festanças para se entregar à bebedeira. A Babilônia era
urna cidade de opulência e luxúria e no palácio imperial se promovia
constantemente festas que homenageavam seus deuses, os deuses dos caldeus.
Enquanto
seu pai Nabonido estava no campo de batalha defendendo o reino da Babilônia
contra as forças dos medos e dos persas, ele pouco se preocupava, senão
satisfazer suas paixões. A festa era incompatível com a situação instável de
enfraquecimento do reino da Babilônia, mas ele preferiu dar vazão aos seus
instintos pecaminosos sem se preocupar com aquela situação.
Belsazar
era homem cruel. Acostumado a ter o que quisesse, não media dificuldades para
fazer valer sua vontade, tanto para matar seus oponentes como para se cercar de
pessoas da mesma estirpe. Naquele momento festivo as províncias do reino já
haviam caído nas mãos dos inimigos, e Ciro, da Pérsia, com seus exércitos
estava cercando a capital que seria, de fato, a conquista final do novo império
que o sucederia.
Uma
festa profana ofensiva ao Deus Altíssimo
“e beberam neles o rei, seus grandes as
suas mulheres e concubinas” (5.3,4). A despeito da opulência e
grandeza da cidade ostentando um palácio imperial onde havia festas, luxúria,
prazeres, riquezas e exibição de maldades, Belsazar não teve nenhuma
sensibilidade com os vasos sagrados, que certamente eram taças de ouro e de
prata e que serviam aos atos litúrgicos do Templo de Deus em Jerusalém.
No
versículo 4 diz que “beberam o vinho e deram louvores aos deuses... “. Era uma
festa dedicada aos deuses (ídolos) do império, mas que continha degeneradas
orgias com homens e mulheres, muita glutonaria e bebedice. A intenção libertina
de Belsazar era desafiar os outros deuses, principalmente, o Deus de Israel,
amado e reverenciado pelos cativos judeus dentro do palácio. Havia dentro do
palácio uma forte influência satânica. Não há dúvida de que os demônios
trabalham para desfazer tudo o que diz respeito a Deus e, tomar aquelas taças
sagradas do templo de Deus, fazia parte da estratégia de Satanás para profanar
as coisas de Deus. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, algo que confirma
esse fato: “As coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e
não a Deus” (1. Co 10.20).
II- O
IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS
A
justiça de Deus é perfeita e não há nada que possa revogar sua demonstração
quando é ferida pela presunção e arrogância do homem. A misericórdia divina
está aliada à justiça e se manifesta quando há possibilidade de arrependimento.
No caso de Belsazar, no seu coração insensato e cruel não havia espaço para a
prática da justiça nem para o arrependimento, o que o levou a sofrer a pena
pelo seu pecado. A justiça de Deus manifesta-se pela sua santidade que é a
essência do próprio Deus, por isso, não há nenhuma lei acima de Deus, mas há
uma lei em Deus. A justiça é uma forma de sua santidade. Não há nada que possa
alterar os padrões absolutos de Deus, porque Ele é Deus e sendo Deus, Ele é o
que é e, por sua natureza divina Ele faz o que sua natureza requer.
Na
história do reino da Babilônia e do seu rei Belsazar o juízo divino revelado e
demonstrado contra Belsazar era a manifestação automática e natural da reação
divina aos pecados de profanação desse rei.
“Na mesma hora” ou “no mesmo instante”
(5.5) da bebedeira e comilança, quando danças sensuais, lascívia
e idolatria aconteciam, o juízo de Deus quebrou a arrogância de Belsazar e dos
seus grandes, com suas mulheres e concubinas. A festa de orgias e libertinagens
que Belsazar promoveu com os objetos sagrados do Templo de Jerusalém, foi
surpreendida pelo juízo de Deus. O sábio Salomão escreveu em um dos seus
provérbios: “O peso e a balança justa são do Senhor”(Pv 16.8). Não há
concessões, nem peso a mais ou menos, na balança da justiça divina.
Todos
somos pesados pela mesma medida, porque Deus é justo juiz e julga com equidade.
O que é irrevogável é aquilo que não se pode anular, não pode mudar. A resposta
divina foi imediata dentro do palácio. De repente, no meio da festa de
ostentação e profanação no palácio babilônico, Deus interfere naquela história
e manifesta seu poder de juízo escrevendo na parede do salão de festas, diante
dos olhos de Belsazar.
O dedo de Deus escreve na parede do salão
de festas (5.5). Na linguagem antropomórfica da Bíblia, quando
se atribui a Deus mãos, pés, coração, olhos e outros órgãos físicos, próprios
do ser humano, há uma demonstração autêntica da figura de “uns dedos da mão de
homem” que aparecem escrevendo sobre uma parede caiada. Esta parede estava
iluminada por um candeeiro e os dedos daquela misteriosa mão escrevem palavras
de juízo contra Belsazar e o reino da Babilônia. A euforia da festa é
silenciada e todos, assustados tentam ler a escritura enigmática que tinha um
caráter misterioso e exigia que alguém a interpretasse.
A visão
era nítida sobre a parede. Não só o rei via a mão se movimentando na parede,
mas seus convidados também viam, O barulho das taças e dos vasos de vinho
cessou e todos estavam pasmados e emudecidos. A alegria do rei e dos convidados
também cessou, O fruto do desprezo ao Deus do céu e o sacrilégio com as coisas
sagradas do templo do Senhor em Jerusalém produziram um desespero sepulcral. Na
parede se escrevia de modo esplendoroso e assustador a sentença contra aquele
rei e contra o seu reino, O mistério da mão escrevendo na parede era confuso,
porque Deus confunde os sábios do mundo, porque eles não sabem discernir as
coisas espirituais (1 Co 2.14-16). De repente, tudo terminou para aquele
monarca estúpido e atrevido.
O estado de espírito de pavor total (5.6). O rei
e seus convidados empalideceram e seus corações se encheram de terror e medo.
Belsazar perdeu o domínio da situação naquele banquete, porque a mensagem sobre
a parede era uma realidade.
A busca de respostas de Belsazar . (
5:7-9). Belsazar manda chamar com urgência os astrólogos, magos e
sábios do reino. Pediu aos seus sábios que lessem a escritura sobre a parece e
a interpretassem. Não estava entre eles o sábio Daniel. Mais uma vez aqueles
homens falharam e não puderam ler nem interpretar aquela mensagem, porque lhes
era misteriosa. Belsazar no seu desespero, ofereceu honrarias especiais aos que
conseguissem ler a mensagem, mas ninguém pôde fazer isso.
A rainha mãe se lembrou do profeta Daniel
(5.10). Quem era “A rainha”? Seu nome era Nitocris, filha de
Nabucodonosor e mãe de Belsazar.Tudo indica que a rainha não estava presente
naquela festa de seu filho Belsazar, mas estava no palácio. A rainha mãe, ao
ouvir os gritos do filho, entendeu que havia um movimento diferente no palácio.
Entrou no salão de festa onde estava o filho—rei para saber o que estava
acontecendo. Ao ter conhecimento da misteriosa mão sobre a parede lembrou-se de
que havia no Reino um homem (v. 11), chamado Daniel e que era de confiança,
tanto de seu pai quanto de seu marido, mas tudo indica que Belsazar sabia muito
pouco acerca de Daniel, porque ele não estava no palácio (Dn 5.13).
“Daniel, um espírito excelente” (5.12). No
versículo 11, a rainha disse que era um homem que tem o espírito dos deuses
santos. Era um modo pagão de identificar que havia em Daniel algo superior aos
demais sábios, O fato de referir—se aos “deuses santos” tinha a ver com a
crença politeísta dos caldeus, mas que Daniel diferia em tudo. Ele não era o
jovem do capítulo 2 interpretando o sonho do rei. Ele já era um velho,
respeitado e se manteve ausente do palácio por mais de 20 anos, desde a morte
de Nabucodonosor.
O fato
de Daniel “ter um espírito excelente” significava que ele demonstrava um
comportamento equilibrado, firme, honesto e despido de egoísmo. O seu temor ao
Deus de seus pais, o Deus de Israel, era percebido pela sua fidelidade aos seus
princípios.
Daniel entra na presença de Belsazar
(5.13). Belsazar não via Daniel como um servo do Deus Altíssimo,
mas como um sábio sem serviço no palácio. Mas sua mãe o conhecia e sabia que
Daniel era uni homem diferente e que o seu Deus era Poderoso porque ela mesmo
havia testemunhado as proezas desse Deus em outras situações dentro daquele
reino, O juízo divino contra Belsazar foi a oportunidade que Deus usou para que
seu servo Daniel voltasse a ser reconhecido em uma posição de eminência dentro
do palácio. Na realidade, Daniel era um homem que fazia diferença. A rainha o
identificou como um de “luz e entendimento” por causa da sua sabedoria e
revelação de coisas sobre naturais. Daniel era um homem que não fazia
concessões em relação á sua fé em Deus, por isso, depois de lhe ter sido
oferecido presentes, Daniel rejeitou aos presentes do rei (Dn 5.17).
Belsazar fala a Daniel da sua angustia
(5.15,16). Belsazar declara a Daniel que os sábios do palácio não
puderam entender nem decifrar a escritura na parede. O rei, também, diz ter
ouvido da sua mãe acerca de sua pessoa (v.16) e da sua capacidade de revelar
sonhos e enigmas e de dar a sua interpretação. Belsazar teve que reconhecer que
Daniel fazia diferença dentro do palácio e que ninguém mais poderia ajudar-lhe
com a interpretação daquela escritura na parede. Sabendo que os seus magos e
astrólogos nada podiam fazer, reconheceu que Daniel era servo de um Deus muito
mais poderoso que todos os deuses da Babilônia, Sem dúvida alguma, a tragédia
de Belsazar e da Babilônia foi a oportunidade que Deus tinha para que seu servo
Daniel fosse reconhecido e voltasse a ter a primazia dentro do palácio.
III - A
REVELAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NA PAREDE
A atitude de Daniel na presença do Rei
(5.17). Daniel se apresenta com autoridade e confiança, porque
sabia que Deus lhe daria a interpretação da escritura sobre a parede. Declara
ao rei que o faria saber a interpretação, mas a mensagem era dura contra o rei
e contra o seu império.
A
mensagem continha realidades que se confirmariam em breve e o rei precisaria
estar pronto para recebê-las. O rei lhe quis dar dádivas, as quais foram
rejeitadas por Daniel. Seu papel de profeta de Deus não lhe dava direitos de
negociação com a mensagem divina.
Daniel traz à tona a história da grandeza e
tragédia de Nabucodosonor (5.19,20). Na realidade, Daniel apela aos
sentimentos de Belsazar e descreve a história de seu avô Nabucodonosor para
realçar o fato de que, a despeito dos sucessos de seu avô, exercendo domínio sobre
as nações conquistadas, deixou—se dominar pela opulência e auto-exaltação, sem
reconhecer que o cetro de poder e domínio pertence ao Deus Eterno sobre tudo e
todos.
No
versículo 19, Daniel fala da grandeza de seu avô Nabucodonosor, como grande
guerreiro, que tinha mão de ferro contra os seus inimigos. Daniel destacou
ainda que, “quando o seu coração se exaltou e o seu espírito se endureceu em
soberba, foi derribado do seu trono, e passou dele a sua glória “(v. 20).
Daniel queria que Belsazar entendesse que ninguém age desafiando o poder de
Deus. Ninguém tira, nem acrescenta a glória de Deus. Quando extrapolamos os
limites da racionalidade nos tornamos orgulhosos e presunçosos e, por isso,
podemos ser punidos.
Daniel declara o pecado de Belsazar (5.22,23). O
texto diz: “E tu, seu filho Belsazar, não humilhaste o teu coração ainda que
soubeste de tudo isso”. Belsazar tinha sido advertido de que não deveria abusar
contra a soberania do Único Deus, o Deus de Israel, mas ele não acreditou nem
aceitou a admoestação de Deus.
No
versículo 23 está escrito que Belsazar se levantou contra o Senhor do céu ao
profanar os vasos sagrados do Templo de Jerusalém. com mulheres e concubinas do
palácio.
“Então,
dele foi enviada aquela parte da mão, e escreveu esta ra” (5.24). Foi Deus quem
enviou a escritura na parede. Foi a mão e os dedos que escreveram na parede do
palácio. Q palavras apenas escritas na parede que confrontam todos os estavam
naquele banquete. A parede, de repente, parecia a lápF de um túmulo, que, de forma
objetiva tem escrito quatro pala assustadoras e enigmáticas: MENE, MENE, TEQUEL
e PAR SIM (v. 25)
IV - A
INTERPRETAÇAO DA ESCRITURA NA PAREDE
Uma
mensagem em língua estranha
“Mene, Mene, Tequel e Parsim” (5.25). Quatro
palavras apenas que continham uma mensagem direcionada ao rei e ao seu reino.
Quatro palavras estranhas ao conhecimento de todos os que estavam presentes
naquele salão de festas, inclusive para os sábios caldeus e astrólogos do
palácio que não puderam ler nem entender aquela escritura. Era, de fato, uma
escritura em “língua estranha”. A expressão “língua estranha” faz lembrar o Dia
de Pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre os discípulos e eles
começaram a falar em “línguas estranhas” ( At 2.1—4).
De
certo modo, o que aconteceu dentro do palácio Babilônico foi a manifestação de
uma língua desconhecida para os sábios do Palácio. Além de não poderem ler a
escritura, nem entendê-la, a escritura estava escrita na parede na forma de
código. A mensagem na parede continha quatro palavras: MENE, MENE, TEQUEL,
PARSIM (Dn 5.25)
A interpretação da escritura na parede
Alguns
estudiosos e linguistas bíblicos afirmam que as palavras pareciam uma mistura
de língua caldaica e língua do aramaico, mas não há como provar isso. As
palavras escritas eram conhecidas na língua dos caldeus, mas eles não sabiam
interpretar o sentido dessas palavras. Daniel, então, com autoridade de Deus dá
a interpretação sem medo e com segurança.
O sentido das palavras da escritura
(5.25-28). “Esta é pois a escritura que se escreveu: MENE, MENE,
TEQUEL e PARSIM”. As duas primeiras palavras se repetiam: MENE, MENE e tinham o
sentido de “contar ou contado”.A palavra TEQUEL significa “pesado”e a última
palavra é PARSIM que significa “dividido” (Dn 5.25). Na interpretação da
mensagem, Daniel usou no versículo 28 a palavra “PERLES”, que é palavra
correlata de “PARSIM” e tem o mesmo sentido.
Nos
versiculos 26 ao 28, o profeta explica cada uma das palavras e diz sem medo a
Belsazar o significado de cada uma delas. MENE (v. 26):”Contou Deus o teu reino
e o acabou”.TEQUEL (v. 27): “Pesado foste na balança e foste achado em falta”.
PERES (ou parsim)(v. 28): Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos
persas”
O fim repentino do Império Babilôníco
(5.30,31). Belsazar não escapou do juízo de Deus pela sua profanação.
Enquanto ele fazia sua festa blasfema, os exércitos medos—persas cercaram a
cidade da Babilônia. Havia um sentimento de segurança dos habitantes da cidade
porque ela tinha fortificações que pareciam impenetráveis. Seus muros eram
altos e largos e todos se sentiam seguros. Porém, a estupidez e displicência de
Belsazar o fizeram descuidar-se da segurança da cidade, quando Ciro, o persa,
conduzia seus exércitos para cavarem canais aos lados do rio Eufrates afim de
que as águas do rio fossem desviadas.
As
águas desviadas foram represadas e canalizadas deixando seco o leito do rio.
Por esses canais, os exércitos medos-persas caminharam e tomaram de surpresa a
cidade que não ofereceu qualquer resistência. Os exércitos invasores dos
medos—persas, aliados, desarmaram os soldados da segurança da cidade naquela
noite e não foi dificil tomar o reino. Dano, o medo, tomou o reino naquela
noite fatídica para Belsazar e seus grandes.
Aquela
noite foi uma demonstração de que Deus, o Todo Poderoso, tem o cetro de governo
do mundo em suas mãos e que nada escapa ao seu poder. Esse fato lembra e
tipifica o final do poder gentilico por ocasião da segunda vinda de Cristo. O
colapso do império foi imediato. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem
e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o exército
de Dano entrou na cidade e o exército de Nabonido e de seu filho Belsazar, bem
como a guarda do palácio não puderam evitar a invasão dos exércitos dos medos e
dos persas.
Olhando
escatologicamente a queda da Babilônia a identificamos como uma figura da
Babilônia religiosa do Apocalipse 17 e a figura da Babilônia comercial de
Apocalipse 18. No texto de Ap 18.10 está escrito: “Ai, ai daquela grande cidade
Babilônia, aquela forte cidade! Pois numa hora veio o seu juízo”. Do mesmo modo
como Ciro, o persa, desviou as águas do rio Eufrates e o secou para invadir com
seus exércitos a grande Babilônia, nos faz lembrar a profecia do secamento do
rio Eufrates como juízo divino expresso na abertura do sexto selo. Esse juízo
significa a preparação do caminho aos reis do Oriente para invadirem com seus
exércitos para a grande Batalha do Armagedom (Ap 16.12).
Após
Daniel ter interpretado a escrita na parede e ter deixado pasmos a todos,
Belsazar ordenou que vestissem a Daniel com roupas de púrpura e lhe pusessem
uni colar de ouro ao pescoço o proclamando como o terceiro homem do reino, a
autoridade mais importante do império depois do rei Nabonido e de Belsazar. Mas
Deus é reto em seus desígnios e permitiu que Belsazar fosse morto naquela mesma
noite e, Dario entrou na Babilônia assumindo o seu trono (Dn 5.29-31).
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS Livro Integridade
Moral e Espiritual = CPAD = Elienai Cabral
Um comentário:
A paz do Senhor meu irmão,já fiz leitura de outros comentários de autores diferentes,mas nenhum com tantas riquezas de conhecimentos quantos aos seus,parabens pela requizas de conhecimentos,que o Senhor continue te abençoando poderosamente.fica na paz do Senhor Jeus cristo.
Postar um comentário